Observatório Alviverde

13/02/2016

LINENSE NÃO TOMA CONHECIMENTO DA GRANDEZA DO PALMEIRAS E DERROTA O VERDÃO DE VIRADA EM PLENO ALLIANZ PARQUE!

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Nem o time reserva do Palmeiras consegue jogar bem e agradar a torcida.

Primeiro tempo de predominância territorial do Palmeiras, nada mais que isso.

O esquema palmeirense é o mesmo:

time de bola comprida, que toca pouco a bola e joga à base de lançamentos e alguns poucos cruzamentos nas raríssimas projeções dos laterais.

Quando não é isso é pura condução de bola.

Não adianta Allione querer jogar bonito e driblar a toda hora. Não resolve!

Como pode um time jogar assim sem um armador?

A mídia continua dizendo que isso não existe mais.

Mas vai continuar dizendo apenas para desestimular o Palmeiras de ter um jogador assim.

O pênalti pro Palmeiras existiu.

Da mesma forma, existiu falha de Vitor Hugo no gol de empate do Linense.

Prass não teve culpa.

Não gosto desse esquema de MO que recua Rafael Marques pela direita para ajudar a marcar.

Pelo lado esquerdo recua Allione e até Moisés.

Seria normal se esses jogadores cumprissem eventualmente a função mas o fato é que recuam o tempo todo e jogam, muito mais, na defesa, mais atrás do que à frente. 

Isso não é normal, admissível e nem compatível com a grandeza do Palmeiras que nunca se impõe e insiste em jogar como time pequeno.

Alecsandro, em razão disso, isolado pelo meio como pode, então, ser cobrado? 

Qualquer atacante só pode render e fazer os gols se a bola chegar. Não chegou!

Correndo e se esforçando, ao menos ele está.

Será que MO vai ter coragem para colocar Regis no segundo tempo?
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2º Tempo

Régis entrou, mas só entrou porque Moisés se machucou.

Régis começou nervoso e errando muito. Só rendeu um pouco mais com o passar do tempo e do jogo.

A julgarmos pela primeira amostra, não passa de um jogador comum sem qualquer excepcionalidade. Ainda é cedo para uma análise definitiva. Vamos dar tempo ao tempo!

Reconheça-se, o Palmeiras melhorou um pouco com a alteração, pois Régis esteve melhor e mais participativo que Moisés. Entretanto foi insuficiente para que levasse o time à vitória.

Vitor Hugo, o pior em campo, jogou em ritmo de treino. 

Sem percepção para a antecipação de jogadas e sem a menor visão do ponto futuro, levou duas bolas nas costas e entregou o jogo na bandeja de seu desinteresse. 

Ah, antes que eu me esqueça, Rafael Marques disputa com Vitor Hugo a condição de pior, pois também não jogou absolutamente nada.

Displicente e desmotivado melhor seria se não houvesse jogado.

Para que não digam que eu não falei de flores, João Pedro mostrou que tem físico e bola suficientes para ser titular.

Thiago Martins também tem potencial mas precisa ser lapidado.

Allione não é aquele jogador a quem se possa chamar efetivamente de armador, mas, simplesmente, um meia de aproximação com boa capacidade de drible mas que peca mortalmente por sua insistência nas jogadas individuais. 

Há muitos palmeirenses se iludindo, imaginando que Allione solucionará o problema de armação e construção de jogadas, em razão de ter driblado sequentemente alguns adversários em dois ou três lances pessoais de bela feitura.

Eu, particularmente, só acredito que Allione possa se tornar um grande jogador nas mãos de um treinador que valorize a base e os novos valores. A passagem de Matheus Sales para o banco de reservas indica, claramente, que MO não valoriza os jovens valores.

Agora, se mal pergunto me perdoem, mas entre Thiago Santos, Matheus Sales, Rafael Marques, Moisés, Régis e Allione, qual deles pensa o jogo? Quem arma o jogo?  O time do Palmeiras pensa ou arma o jogo?

Notaram que todos os meio-campistas querem armar o jogo e até tentam, mas a área dos adversários e imediações está sempre vazia? Ninguém faz a aproximação e quando faz é sempre fora do tempo de jogo. 

Lançar, então, para quem? Para Alecsandro marcado, sempre, por dois ou três adversários e perdido entre uma zaga bem mais alta do que ele?

Imaginei que com as entradas de Eric no lugar de Rafael Marques e de Cristaldo no lugar de Alecsandro o time tivesse mais profundidade e força ofensiva e criatividade, mas pouco adiantou.

O problema básico dos dois times do Palmeiras, o titular e o reserva, é que a equipe não tem peças  adequadas para 4-2-3-1 a tática que Marcelo Oliveira, teimosamente, insiste em adotar. Não se pode fazer omelete sem ovos. Será que ele ainda não sabe disso?

Outra coisa: notaram a média de altura do time de Lins? Sentiram a dificuldade que o Palmeiras sempre tem diante de times mais altos e fisicamente mais fortes? 

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O MAIOR PROBLEMA DOS TIMES QUE CONTRATAM EM EXCESSO É A FORMAÇÃO DE IGREJINHAS!


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Para quem desconhece a expressão "igrejinha" leia a definição na ilustração acima.

Aplicada ao jargão do futebol, eu a traduzo como grupos, sub-grupos e grupelhos que se formam em um elenco, cujas ações e reações, sempre à socapa, transcendem e subvertem a hierarquia e a ordem vigentes a serviço de individualidades descontentes. 

Mas as igrejinhas também podem ser do bem e para o bem quando um grupo se fecha objetivando um bom trabalho, um título, uma conquista ou um ideal de vitória. Neste caso são extremamente úteis aos clubes!

O Palmeiras da década de 70, de  Leão, Luís Pereira, Dudu, Mostarda, Ademir, Leivinha e César, em campo comandado por um líder nato, Dudu e fora dele pelo pulso forte e ao mesmo tempo paternal de Osvaldo Brandão, mais do que uma simples "igrejinha" era uma imponente "catedral".

Ser aceito naquele grupo não era para qualquer um! Jogador novo que chegasse tinha de submeter-se ao grupo, ser responsável, aceitar o banco, e ter, verdadeiramente, compromisso com o trabalho mediante uma entrega total.

Só "oravam" nessa igrejinha, digo, nesta matriz que deu certo, homens com H que estivessem dispostos a cerrar fileiras com o grupo, certamente o mais vitorioso da história palmeirense.

A propósito, para que todos os que leem este OAV se divirtam, meu saudoso companheiro Roberto Silva, o repórter "olho vivo" da Rádio Bandeirantes, mineiro de Poços de Caldas e ferrenho torcedor do Palmeiras contou-me o seguinte a propósito da "igrejinha" desse inolvidável time da década de 70.

Ele, RS escondeu-se estrategicamente no vestiário palmeirense pois ouvira rumores de que o time se deixava derrotar no primeiro tempo para que os dirigentes aumentassem o "bicho" no intervalo dos jogos.

Aconteceu após um jogo importante em que o time houvera perdido propositalmente o primeiro tempo por 1 x 0 e o fizera por não concordar com o  valor da gratificação.

O diretor de futebol da época inconformado com a derrota, desceu com seu assessor ao vestiário, aumentou o valor da gratificação ao exigido pelos jogadores. 

O time voltou para o 2º tempo e em poucos minutos virou o jogo. Segundo Roberto Silva, esse expediente era corriqueiro em determinados jogos...

Há porém um outro tipo de "igrejinha", muito nociva, que é aquela do inconformismo, voltada, exclusivamente, para o mal e que liquida a unidade de um time. 

O atual time do Palmeiras, quem não vê ou não percebe, padece desse mal. Desde a temporada passada se nota isso!

As razões determinantes começam pelo excesso de jogadores, passam pelo egocentrismo de muitos, inconformados com o banco, totalmente despreparados para conviver coletivamente em situação de harmonia e terminam pela fraca administração de egos, tanto da parte dos diretores de futebol  mas, sobretudo, do técnico. 

Há como que uma reação grupal surda e muda ao treinador que insiste sempre com os mesmos jogadores em detrimento de outros, ainda que os escolhidos não rendam o necessário e deixem a desejar em suas atuações.

Esse tipo de atitude é errônea e condenável pois gera improvisações desnecessárias em face da escalação contínua dos mesmos atletas, acomodando quem está dentro e revoltando e desestimulando quem está fora da igrejinha. 

Muitos jogadores (Kelvin foi o último deles) de ótimo potencial, descoroçoaram. 

Muito jovens perderam o ânimo e a vontade de continuar no elenco em face da completa falta de oportunidades, ainda que o time estivesse mal, sem técnica, sem tática, sem individualidades e, sobretudo, sem os resultados.

A conquista da Copa do Brasil, no peito, na raça, na motivação e na camisa, com o apoio decisivo da Leal torcida escondeu tudo isso e as inconsequentes contratações de jogadores em excesso para certas posições em detrimento de outras neste início de temporada também contribuíram para tal.

Neste momento é necessário que o Palmeiras se desvencilhe e se livre das igrejinhas do elenco e que Marcelo Oliveira tenha personalidade e coragem suficientes para montar seu time livre das algemas da amizade com uns e da influência personalística de outros.

Gosto que hoje contra o Linense ele coloque em campo um time misto, sem as principais estrelas da equipe, todas preservadas para que não se contundam antes do primeiro jogo da Libertadores. Afinal, ele precisa saber como reagem os novos contratados em jogos oficiais. É útil, é pertinente!

Não desgostaria, porém, se Dudu, Arouca, Robinho e Barrios (todos fora da relação de concentrados) ainda em processo de readquirir forma e ritmo de jogo entrassem em campo visando a encontrar aquilo que mais se espera desse time, o entrosamento, haja vista que contundir-se o jogador corre o risco até em "brincadeira de bobinho".  

Provável time palmeirense para enfrentar o Linense, antigamente chamado de  " O Elefante da Noroeste":

Fernando Prass; João Pedro (Lucas), Roger Carvalho, Thiago Martins (Vitor Hugo) e Egídio (Zé Roberto); Thiago Santos, Jean (Régis), Rafael Marques, Moisés e Erik (Gabriel Jesus); Alecsandro.

Esse time, com Moisés e, possivelmente com Régis armando, é melhor que o principal?

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