Observatório Alviverde

16/08/2012

BARCO(S) SALVA O PALMEIRAS DO NAUFRÁGIO E O TRANSPORTA A MARES MENOS REVOLTOS.

 

Não vou julgar o resultado.

Ganhar qualquer jogo é bom, sobretudo quando se derrota  o antipaticíssimo Flamengo, o CU-ríntia carioca, mais do que simples rival, um inimigo.

Foi muito bom vencer os urubus e subir três pontos na tabela.

Poderia ter sido melhor, tivesse o Palmeiras jogado com agressividade, ofensividade, volúpia e maior sede de gols.

Apesar da vitória, merecidíssima, sentamos, novamente, sobre o resultado e estivemos sob pressão do adversário nos últimos quinze minutos de jogo, embora atuando com um homem a mais.

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O time apresentou:aspectos muito positivos ontem à noite, entre os quais ressalto:

1) Coragem para responder à altura ao jogo de atrito e  de intimidação que os cariocas tentaram impor logo de cara praticando a violência. Thiago Heleno, Maurício Ramos Assunção e Henrique não deram mole aos flamenguistas

2) Dedicação e aplicação o jogo inteiro com muita raça, disposição e força de vontade. Juninho e Mazinho jogaram assim o tempo inteiro..

3) Sistema de marcação quase perfeito, sem titubeios, hesitações ou preguiça de correr até o final do jogo. Só Barcos não marcou os adversários, marcou o gol da vitória, no que foi muito mais útil. Contudo, voltou sempre para prestar ajuda nos lances de bola parada alçadas contra a nossa área. Nessas ocasiões, ajudou bastante a defesa sobretudo no jogo aéreo.

4) Trabalho de cobertura incrível do time todo, com ajuda de todos os jogadores bem distribuídos por todos os setores de campo. Patrik, taticamente, foi o melhor nesse aspecto.

5) Marcação fortíssima, o tempo todo, principalmente sobre Ibson, expulso precocemente por reincidir na violência, assim como sobre Negueba e sobre o artilheiro Vagner Love, os principais jogadores de ataque flamenguistas. Maurício Ramos anulou Love que só conseguiu, em 96 minutos de jogo, um único e isolado chute fraco contra o gol de Bruno, que pouco trabalhou.

6) Saída de bola espetacular com Henrique e Assunção, donos absolutos da zona de raciocínio. Para que se tenha idéia da importância de Assunção no jogo de ontem, quando Márcio Araújo o substituiu no intervalo, por contusão, a nossa saída de bola já não foi mais a mesma. Detalhe: Araújo, jogou um bolão e foi muito bem!  Assunção é importante na saída de bola?

7) Maior criatividade ofensiva, apesar de um certo desentrosamento funcional, na chamada última bola. Nossa maior criatividade tem nome e se chama Valdívia que, mais uma vez,  esmerilhou. Embora sem ritmo de jogo, deu um baile na defesa carioca, enlouquecendo-a. Três flamenguistas receberam cartões por baterem em Valdívia, dois amarelos e um vermelho, este para Ibson, cuja saída enfraqueceu demais o adversário e aplainou o caminho para que o Palmeiras vencesse a partida.

8) Toque de bola quase perfeito envolvendo o adversário e cansando-o por obriga-lo a correr o tempo todo para tentar recuperar a bola. Ontem, ninguém tocou mais e melhor do que os nossos canhotos Junior e Mazinho, este substituído por Fernandinho. Está dando gosto de ver jogar as duplas que aturam pelo lado esquerdo, seja a Juninho-Mazinho, ou a Juninho-Fernandinho. É desse lado que têm surgido as melhores jogadas ofensivas palmeirenses e o desafogo tático do time, sobretudo pela presença de muitos canhotos..

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Há, porém alguns aspectos negativos que têm de ser corrigidos.

1) O time ataca muito pouco pelo lado direito e joga como se estivesse penso, quase que só pela esquerda.

Entretanto, foi depois de ótima arrancada de Artur pela direita que fizemos o nosso gol.

Ele combinou com Patrik e chutou forte para a defesa parcial de Felipe.

Barcos, na mesma linha, em perfeitas condições de jogo, fuzilou o gol do Flamengo, para o desespero da mídia inimiga e da “tchurminha de rubro-negros da Globo”.

Não venham com essa de “tira-teima” porque “a velocidade do lance não permite que se estabeleça referências ou conclusões”.

Por que a Globo matriz e o Première não repetiram o que sempre dizem, quando esse tipo de lance acontece favorecendo os Bambis, o Flamengo e o CU-rintia que “foi um lance para as câmeras e que seria impossível ao olho humano verificar a existência do impedimento”.

Quando o gol duvidoso é contra qualquer dos três clubes protegidos, eles falam uma única vez e depois se calam. Como era o Palmeiras falaram o tempo todo. No Première, conforme relatou-me o meu irmão, disseram o tempo todo que o Flamengo havia sido prejudicado. Também, com Odiney narrando e Ademar comentando o que se poderia esperar?

Vi o jogo pela Band com o Téo José e o Edmundo.Téo não parecia satisfeito com a vitória do Palmeiras mas comportou-se profissionalmente.

Edmundo disse o certo, que não houvera impedimento, pois o Barcos estava na mesma linha na hora do lançamento.

Mas e o pênalti escandaloso sobre o Obina no final do jogo?

Quem registrou? A Globo? Diga-me alguém porque só vejo a Globo se não houver outra opção.

E o canal “pay-per-view da Première”?

Não ouvi, mas duvido que Odiney e Luiz Ademar tenham dito que foi pênalti.

Sabem o que disse Edmundo na Band?

Que foi obstrução (?) e que deveria ser marcado um tiro indireto (?) contra o Flamengo,

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Faltou-lhe coragem para dizer, simplesmente, “foi pênalti”!

A que ponto chegou a Band com os seus ridículos comentaristas (?) “invasores da profissão”!

Que não ria conosco o pessoal do Sportv,  porque por lá desfila à frente das câmeras e microfones o “imparcialíssimo e “extra ordinário” Miller. além de outros menos votados.

2) Barcos decidiu o jogo e fez duas ou três jogadas espetaculares, mas não rendeu o que sabe e o que pode, em função do esquema de Felipão que o coloca em posicionamento solitário, invariavelmente entre três ou quatro zagueiros. Em que pesem a sua alta qualidade técnica, a sua frieza, o seu controle de bola, o seu individualismo e o seu enorme  poder de improvisação ele fica sempre isolado entre três ou mais zagueiros e perde a maioria das jogadas.

3) Felipão demorou demais para colocar Obina em campo, o que ocorreu apenas aos 40 minutos do segundo tempo. Barcos, desde, aproximadamente, os 25 minutos do segundo tempo já estava cansado, completamente entregue. Se houvesse a antecipação da entrada de Obina, o Palmeiras teria tido mais poder de marcação e maior possibilidade de  fazer outros gols,

4) Toque de bola excessivamente lateral, mais pelo setor esquerdo, com pouca profundidade, mesmo com Valdívia em campo. Esse defeito é preocupante, sobretudo dentro do esquema superado em que jogamos, primeiro para não tomar gols e, depois, se possível achar um gol. Jogos haverá nos quais o adversário sairá à frente no placar. Como reverter essas situações se não sabemos atacar?

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Apesar da vitória, importantíssima, que chega em ótima hora, o velho vício de sentar sobre o resultado mínimo quase complicou a vida do Palmeiras em um jogo em que, se houvesse forçado, o Palmeiras poderia ganhar por uma contagem muito mais elástica.

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