Observatório Alviverde

12/08/2016

OTIMISMO E PENSAMENTO POSITIVO!


Otimismo e pensamento positivo não ganham os jogos, mas, está provado,  ajudam a ganhá-los.

Entendo, perfeitamente, que é difícil ser otimista em relação a um clube em que a incoerência e o amadorismo estão presentes na maioria de suas ações no futebol, mas, ao menos, não sejamos pessimistas.

Pessimismo e pensamento negativo não perdem os jogos, mas, está provado, ajudam a perdê-los! 

O fator psicológico já está mais do que provado, consagrado, é vital no futebol ou em qualquer outro segmento da atividade humana.

Por tudo isso, temos a obrigação de cultivar em torno do Verdão uma aura de otimismo e de esperança, procurando blindar o time e os jogadores, tanto do pretensioso "já ganhou" como do desanimante "já perdeu".

Sei que é difícil manter a confiança em um elenco desprovido de regularidade e que começa (ao contrário do que manda o figurino da bola) por um goleiro que, apesar dos dois anos de militância no clube, ninguém conhece.

A quem pensa dessa forma respondo que também desconhecíamos Prass até que ele nos provou que era o melhor goleiro em atividade no país. 

Esse fenômeno pode, perfeitamente, acontecer também com Jailson que veio precedido por enorme cartaz, que já tem uma certa idade, uma razoável bagagem e se trata de um atleta exemplar e dedicado. 

Disse-me um colega da mídia cearense que ele tem certeza de que Prass terá muito trabalho para voltar à titularidade. Espero que aconteça!

Também sei que estamos sem o concurso de um lateral direito de ofício para aumentar e aprimorar o apoio e a ultrapassagem, porquanto Jean é -muito mais- um volante de contenção com melhor chegada ao ataque bem melhor quando atua pelo meio.

No entanto, ainda assim Jean consegue ser eficiente e dar -limitadamente- conta do recado, tendo marcado três gols até agora.

A quem tem dúvidas da possibilidade de chegarmos ao topo com um lateral bom e, no entanto, limitado eu respondo que, de fato, estaríamos, certamente, mais bem servidos com um especialista da posição.

Entretanto eu lhes digo que há de se considerar as boas performances desse atleta no primeiro turno, tanto e quanto a sua excelente preparação física,  não obstante as suas conhecidas qualidades de seriedade e responsabilidade.

Temos tido, também reconheço, alguns problemas na definição da miolo da zaga, em razão de seguidas contusões de tantos zagueiros.

Aos que desconfiam da competência da zaga, respondo que dispomos do melhor zagueiro interior de área pela esquerda, Victor Hugo, mas não para por aí. 

Contamos ainda com o experiente Dracena e com o jovem Thiago Martins, mas, a partir de hoje, ambos devem esquentar o banco para o gigante colombiano Mina que, além de dar um up-grade ao setor, será importantíssimo no jogo aéreo,  pra defender e para atacar.

Como deixar, finalmente, de reconhecer a vulnerabilidade, a lentidão e as limitações para apoiar, de Zé Roberto?

Em contrapartida, como deixar de reconhecer também nos últimos quatro ou cinco jogos, o visível crescimento do vetusto atleta que, a partir daí, não pode mais ser responsabilizado isoladamente pelas falhas defensivas da equipe?

É óbvio que, da mesma forma que ocorre pelo lado direito, se o Palmeiras dispusesse de um lateral jovem, mais bem dotado fisicamente e que pudesse se apresentar -mais- para o apoio o tempo todo e não limitadamente, como ocorre com Zé Roberto, o poder de fogo da equipe seria muito maior.

Domingo que vem o Palmeiras terá condições de jogar de testar essa opção, em face de ZR estar suspenso e oficialmente fora do jogo contra o Atlético Pr. .

Da defesa para o meio de campo, esse é um setor em que o Palmeiras é um time rico. 

Dispõe de "N" alternativas individuais porém com desequilíbrio, pois tem muito mais gente para defender do que para atacar. 

Uma das isoladas peças de armação de jogadas é o incansável Moisés, ainda assim improvisado,  já que essa não é a sua especialidade.

Cleyton Xavier, o outro armador é um jogador mediano, apenas com lampejos de craque.

Além disso é óbvio, fisicamente frágil e sujeito a contusões crônicas, como a maioria dos jogadores que o luminar Mittos, digo, Matos, contratou.

O maior exemplo é aquele "Felipe não sei mais das quantas", ex Botafogo, repatriado por alguns milhares de dólares do futebol árabe direto para o Depto Médico, que só estreou, voltou para o DM e depois sumiu até do noticiário.

Por falar em Mattos, como deixar de mencionar o presente de grego que deu à torcida,  "fazendo o favor" de dispensar Valdívia, o único craque de que o Palmeiras dispunha, pela simples necessidade de abrir um espaço no elenco e justificar as suas patéticas incursões como diretor-empresário pelo mercado da bola.

Só Palmeiras, mesmo, para tolerar tanto amadorismo e, ao mesmo tempo, alimentar a ganância de gente que não tinha, não tem e não terá -nunca- qualquer vínculo com o clube que não seja o financeiro.

O jogo contra o -literalmente- pesado meio de campo do Atlético Mineiro expôs bem e explica o quanto é leve e frágil no duelo de corpos o meio de campo palmeirense que, a rigor, só tem dois jogadores aptos ao confronto físico exigido por determinadas partidas, Thiago Santos e Moisés.

O ataque, dependente direto do talento, da individualidade e do improviso de Gabriel Jesus, deixa muito a desejar pela indefinição tática da equipe que cada jogo se apresenta de uma forma e com escalações diferentes, dificultando o entrosamento.

Não imaginem que Gabriel Jesus sozinho, mesmo com sua imensurável categoria e inegável condição de artilheiro do Brasileiro, tem condições de resolver os problemas ofensivos do time.

Aliás até ele, que viu de perto a mesma situação na Seleção Olímpica com Neymar, sabe, perfeitamente que nome não ganha jogo e que andorinha solitária não faz verão!

Por fim, achamos estranho que Cuca, que perdeu GJ para a Seleção, tenha prescindido de um jogador da qualidade de Róger Guedes.

Róger Guedes cumpriu performances impecáveis em quase todas as partidas deste Brasileiro e mesmo sacrificado pelo esquema de marcação que lhe foi imposto (ele atuou taticamente como lateral ajudando Jean na cobertura sem fazer o que mais sabe, atacar), chegando a ser apontado como uma das revelações do Campeonato.

Outro aspecto importante é a indefinição do centro-avante, decorrente, muito mais, do esquema de jogo adotado por Cuca.

A preferência de Cuca por Leandro tem a ver com a característica de jogo desse atleta e por seu modo de atuar, mais em tabela com a bola no chão.

A existência de três centroavantes expõe claramente a ineficiência e o desconhecimento de mercado de quem contrata. 

Teoricamente, o clube tem três, mas todos eles limitados ao jogo aéreo, às jogadas óbvias e com pouca capacidade de driblar e improvisar. 

Não foi à toa que quando dispôs de peças suficientes para montar uma linha rápida e insinuante, Cuca não quis saber de um centroavante de ofício.

Malgrado todos esses problemas e tantos outros que fogem à minha capacidade de captação e interpretação...

Em que pesassem e pesem os erros absurdos de arbitragem que arrebataram do clube a perspectiva de ganhar, minimamente, uns dez pontos...

Apesar das contusões sequentes que transformam o DM em um autêntico posto do INSS...

Apesar da falta de um armador autêntico e categorizado que, como um maestro, possa reger a equipe em campo...

Apesar de tudo e de todos, ainda assim o Palmeiras levantou o título simbólico do primeiro turno, com a sobra de um ponto...

Diante de tudo isso, como não acreditar?

Eu sou otimista e acredito, muito!

Vamos fazer uma corrente pra frente e  com toda a força de nossa mente!

Otimismo e pensamento positivo não fazem mal a ninguém!

COMENTE COMENTE COMENTE