Observatório Alviverde

29/12/2014

O QUE EU VOU DIZER NO BLOG, A MAIORIA NÃO VAI GOSTAR!


UM
 
Tenho lido, visto e ouvido o desespero absurdo e a ânsia incontível de quem pouco sabe de bola, exigindo que o Palmeiras elabore uma lista de dispensas, a que chamam, desprezivelmente, de trem, bonde, barca e outros depreciativos.

Perplexo, percebo que, até, blogs e sites respeitáveis da mídia palestrina aderiram à onda, extremamente prejudicial ao clube, exatamente no tempo em que se verifica a abertura do mercado de compra, venda e empréstimos de jogadores.

Trata-se de um procedimento irresponsável, que revela falta de preparo e imaturidade, à beira da insanidade! Prova irrefutável da ignorância futebolística de tantos, revestida de um amadorismo digno de dó.

Pior é que os dirigentes sentem-se pressionados por esses apedêutas e acabam divulgando listas, desvalorizando a mercadoria de que dispõem para os negócios, reforçando, de graça, outros clubes. Todo o ano é assim! Espero que Mattos corte essa onda pela raiz!

Exemplifico: Um clube qualquer se interessa por Vinicius. O Palmeiras pede 5 milhões. O clube responde: mas, 5 milhões por quem não será aproveitado e faz parte da lista de dispensas?

Meus amigos, lista de dispensas, trens, bondes, barcas que muitos, sadicamente, gostam de pedir, são coisas do passado, altamente prejudiciais ao clube, pois desvalorizam-lhe os ativos. (AD)
---------------------------------------

O que eu vou dizer, agora, não vai agradar aos palmeirenses que estão aborrecidos com a volta de  tantos jogadores emprestados. 

A maior parte dos que estão retornando foi covardemente queimada pelos técnicos com quem trabalharam no Palmeiras, sobretudo, Felipão.

Da mesma forma, outros foram incinerados, depois, por Kleina, Gareca e Júnior, três treinadores abaixo da linha da fraqueza. 

Da lista dos que estão voltando, em meu entendimento, são, perfeitamente, aproveitáveis: 

1) Maicon Leite 
Tem condições de sobra, até, para ser titular. Foi muito bem, no Atlas do México e só retornou, a contragosto, por problemas contratuais.

2)Ayrton 
Tem bola e experiência para ser reintegrado e ir para o banco, embora seu aproveitamento seja pouco provável.
  
3) Tiago Real e 4)Luan 
Também têm bola e experiência para fazer parte do grupo e compor o elenco.
  
5) Vinicius e (6)João Denoni 
Mais maduros, depois dos empréstimos, têm de ser testados. Se não forem serão mais dois jogadores desperdiçados que poderão brilhar em outros clubes.
 
7) Chico 
Jovem, velocista e driblador, atacante agudo, tem de ter novas chances.

Tinga (não o incluo na relação acima pois não o reitegraria) , é um caso à parte, que analiso mais à frente.

Muitos desses jogadores foram esturricados por Felipão, o maior incinerador de jogadores que conheci em 50 anos de observação crítico-profissional de futebol.

Começou queimando Vinicius. 

Muitos hão de dizer: "como, queimando, se ele tirou o garoto da base, o profissionalizou e sempre que pôde o escalou, ainda que fosse por poucos minutos".

Ocorre que Vinicius, habilidoso, bom físico, foi aproveitado precocemente, de maneira imprópria, na contramão da procura do gol, função principal de um atacante.

Viciado em retrancas e esquemas defensivos, preocupado, apenas, com a valorização de seu esquema, a única coisa que Felipão ensinou a Vinicius, foi marcar a saída de bola e os avanços dos defensores.

Se querem saber, mesmo, Felipão deveria mudar de nome e chamar-se Luís Felipe Lorenzetti, pois só sabe atacar com chuveirinhos!  Ele sabe pouco, quase nada, de atacantes e de esquemas ofensivos! 

Vinicius, ótimo e promissor garoto da base, com apenas 16 anos, foi integrado ao elenco, como se fosse ele um fora de série tipo Pelé, Edu, Mazola, Ronaldo, Ronaldinho e outros, saltando etapas importantes de sua vida profissional.

Tinga é o exemplo clássico. Quem entre os palmeirenses não vibrou e gostou da chegada desse jogador, egresso da Ponte, que se afigurava como promissor e de um futuro muito brilhante?

O que fez o queimador de talentos? Simplesmente exigiu que Tinga marcasse o tempo todo e só se preocupasse com isso, fora os esporros incessantes que o garoto levava em campo de minuto em minuto. Como jogar assim? Como ter equilíbrio emocional? Como render? Como se soltar?


Com Patrik, o primeiro, o maior destaque do Palmeiras B, ocorreu a mesma coisa e ele, um jogador de improviso e talento, um dos artilheiros da base, teve de fazer um curso forçado de marcação e nunca mais foi o mesmo!

Patrick Vieira é, entre todos, o maior exemplo. Habilidoso, canhoto, era candidato, fácil, a craque! 

Mas, Felipão, o calcinador de talentos, transformou-o de um atacante perigoso, insinuante, ofensivo, assistente e  driblador, em um réles marcador de zagueiros sem aprimorar-lhe a capacidade de arremate. 

Kleina encarregou-se de continuar o curso de zagueiro que Felipão ministrou a Patrick Vieira e a tantos outros jogadores.

Meus amigos, temos de analisar a volta desses profissionais em um contexto diferente, sob uma ótica diversa daquelas que lhes precipitaram as saídas.

Temos de transportar o mesmo raciocínio, sem preconceitos,  a alguns titulares, entre os quais Diogo, que, agora, é a torcida que está querendo queimar.

É preciso saber se, sob nova direção e em um novo contexto, muitos desses jogadores não vão ressuscitar.

Isso tudo, independentemente da chegada de atacantes, em consonância com as declarações de Oswaldo ao site "Futebol Interior", segundo as quais o time tem de partir, imediatamente, para a contratação de atacantes, a primeira, entre todas as necessidades.

Mas essa é, apenas, a minha opinião!

DEIXE A SUA!

COMENTE COMENTE COMENTE