Observatório Alviverde

23/11/2015

O CURICA, ONTEM, ME FEZ LEMBRAR DO PALMEIRAS DE LUXA, DA DÉCADA DE 90!


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Vejam de que time o Curica me fez lembrar!


Lembram-se de quando escrevi neste OAV que o Palmeiras, mesmo quando pode e tem condições, irresponsavelmente não goleia os seus adversários?

É um comportamento de omissão em franco contraste à filosofia dos Curicas, eternamente vocacionados ao gol e que, se pudessem, ganhariam todos os jogos por larga diferença! 

Ontem eles pulverizaram os Bambis impondo-lhes uma avassaladora derrota, 6 x 1, que ostentarão com justificado orgulho no decorrer dos tempos e da história. 

Mas nem a mídia e nem ninguém dirá que o Palmeiras só não impôs aos bambis um placar igual ou a maior, porque, ao enfiar 4 x 0 neles, no dia 28/06 deste ano, o Verdão relaxou, recuou, tirou o pé e ficou tocando a bola para os lados, a fim de que muitos trouxas nas arquibancadas em vez de gritar "mais um", gritassem apenas "olé"! 

O mesmo fenômeno, aliás, já houvera ocorrido no Paulistão, quando o Palmeiras, após empurrar um 3 x 0 neles, abdicou de jogar e de fazer gols e, outra vez, preferiu aplicar o "olé". 

Quem, daqui a 10 anos lembrará que a torcida gritou essa expressão tola e inútil?

E, no entanto, se o Palmeiras estabelecesse um placar de 5, 6 ou mais gols, o feito ficaria registrado "ad aeternum", isto é, para sempre na história do clássico.

É preciso acabar com essa acomodação e conscientizar os jogadores que, paralelamente aos clássicos e aos campeonatos, há uma história a ser escrita e o interesse do clube por empolgar as multidões e fazer proselitismo, pois é preciso aumentar a torcida, hoje, amanhã e sempre!

Infelizmente, muita coisa ruim do futebol acaba se incorporando e virando uma prática no (quase sempre) mal administrado Palmeiras. 

Entre tantas essa cultura safada de, a partir de um 2 x 0 ou de um 3 x 0, o time recuar, desistir de jogar e a partir de um resultado cômodo, abdicar de golear.

É uma forma visível e palpável de acomodação que não pode, definitivamente, ser aceita pelo torcedor consciente sob qualquer hipótese ou desculpa!

Dizem que, entre si os jogadores comentam: "para que humilhar um adversário no qual eu posso jogar no ano que vem".  

É preciso acabar com isso porque além de não ser uma atitude profissional, está longe de ser honesto...  

É, como se diz para retratar absurdos, "o fim da picada"... 

Mas, fazer o que, se é o que acontece com os times que, a exemplo do Palmeiras, desprezam a base e contratam jogadores de forma indiscriminada e aleatória, sem a menor identificação com o clube e em conformidade com as invisíveis mas concretas leis do mercenarismo.

Será que os palmeirenses já se esqueceram dos últimos exemplos de mercenarismo explícito, de Wesley e de Alan Kardec?

O Palmeiras, estupidamente, jamais aproveitou a sua talentosa base e segue segurando a vaca para outros times mamar! 

Mas a torcida não está isenta de culpa, em face de não ter a mínima tolerância e paciência com os jogadores mais jovens e egressos das categorias inferiores. Já estão acabando com João Pedro!

Aí, quando o Palmeiras, finalmente, consegue adquirir um craque desequilibrante que se identifica com o clube e sob a batuta do qual o time conseguiu derrotar TODOS os seus maiores concorrentes e oponentes (ele sempre se lixou para as inúmeras propostas dos bambis e dos curicas) fazem tudo para expulsá-lo do time...

Um diretor de futebol que não sabe nada de Palmeiras, completamente subserviente à mídia e ávido por empreender novas contratações...

um presidente que, tolamente, o chancela e prestigia... 

a  própria mídia que tanto odeia e persegue o clube ...

os torcedores intolerantes e todos aqueles que gostam mais das organizadas do que do time... 

Todos, juntos, fizeram, então, tudo o que fizeram, impedindo a continuidade de um cracaço de bola que, mesmo tão distante, do Brasil e do Palmeiras, dá provas definitivas e demonstra a cada dia todas as suas afinidades e afetividades em relação ao Verdão. 

Fosse outro jogador, mormente um estrangeiro, depois de tudo o que aprontaram com ele, ciente, principalmente, de que nunca mais será chamado para defender o clube, teria esse tipo de carinho e essa atitude de respeito em relação ao Palmeiras e à torcida?

Voltando ao tema, o que o time do Palmeiras, por exigência de facções de torcida estúpidas, não abre mão é de, sempre que possível, tocar a bola de um lado para o outro para que estúpidos gritem nas arquibancadas "olé, olé, olé...", absurdo dos absurdos.

É por isso que historicamente, o Palmeiras vive contratando tantos zagueiros e meios-campistas, colocando, sempre, como secundária a aquisição de atacantes. O "olé" passa a ser mais importante do que o gol e o objetivo real da equipe, por incrível que possa parecer!

Façam a retrospectiva constatadora e vejam que sempre o Palmeiras se  esquece do principal, isto é, de contratar os artilheiros, aqueles jogadores decisivos e que sabem fazer gols.

Este ano não foi diferente e, mesmo com dois ou três jogadores adquiridos para cada posição, o Verdão contratou homeopaticamente, ou, se quiserem, à prestação, os atacantes para a temporada...

Além de abrir mão, inexplicavelmente, do mais jovem, promissor e que tanto permanecer no clube, Leandro Pereira, o Palmeiras vendeu-o ao futebol belga

Em face da juventude, inquietude e da necessidade negocial crônica de Mattos, o Palmeiras, então, contratou Alecsandro, ainda que ciente de que ele estava impossibilitado de atuar na Copa do Brasil. 

Como sabe das coisas o nosso diretor de futebol, vocês não acham?

Quando o melhor Palmeiras dos tempos mais recentes, aquele dos anos 90s, do ataque dos 100 gols, montado pelo melhor técnico que o Palmeiras teve, dos anos 70s a esta data, Vanderley Luxemburgo, enchia os adversários de gols, torcedores estúpidos reclamavam que preferiam que o time fizesse menos gols e tocasse mais a bola para que extravasassem o que consideram o ápice do futebol. 

O gol?

 Não, o "Olé"". 

Ontem eu lia um trecho do livro  que ganhei de minha sobrinha, de nome "Palmeiras", de Luciano Ubirajara Nassar e pude confirmar o que já sabia...

Ao contrário do legendário Palestra de antes da guerra, um time que tinha no sangue a volúpia pelo gol e a disposição constante para procurá-lo, o seu sucessor, Palmeiras, com algumas exceções, sempre foi um time com vocação defensiva, compatível com a frase do hino de Antonio Sergi que diz "defesa que ninguém passa"!

Pois o velho Palestra de tantas glórias e tradições, de um passado limpo imaculado e escorreito, tem de mudar de atitude e passar a ser um time agressivo, envolvente e goleador. 

Essa filosofia tem de ser inculcada, introjetada na cabeça dos jogadores do Verdão, que nem parecem mais cientes de que a melhor defesa é o ataque. Essa é que tem de ser, necessariamente a  verdadeira vocação palestrina.

É óbvio que o Palmeiras não pode, irresponsavelmente, só atacar, atacar e atacar de maneira irresponsável e sem os necessários cuidados defensivos.

Mas, também, não precisa jogar sempre encastelado na defesa e esperando a chance de contra-atacar, sobretudo com os centroavantes de que dispõe (exceto o limitado Cristaldo muito mais meia do que homem de área) pesados, lentos e de reduzidas mobilidade e velocidade.

Creiam, muitas das derrotas do Palmeiras, sempre atribuídas à fragilidade da defesa, são decorrentes do fato de o time recuar e doar o meio de campo aos adversários e ser o tempo todo bombardeado, sem trégua ou descanso

Repararam que Prass, sempre, é o destaque do time em face da sequencia interminável de lances ofensivos dos rivais e dos sequentes arremates ao gol?

O Palmeiras, se jogar acuado e recuado contra o Santos corre o risco de uma derrota irrecuperável em segunda instância, mesmo jogando a decisão no Allianz.

Em razão disso necessário se torna que o time saiba dosar o jogo ofensivo e o defensivo, marcando o time do Santos não apenas na saída de bola como, também e principalmente, na chamada zona de ninguém, isto é de intermediária a intermediária, por onde, invariavelmente, se iniciam as jogadas mais agudas e perigosas do ataque santista.

Se conseguir apresentar uma boa performance de marcação nesse setor mas sem abdicar de atacar e de fazer gols, o Palmeiras tem uma grande chance de conseguir um resultado favorável e transferir a decisão, senão em vantagem, mas em boas condições para a Allianz Arena no dia 02 de dezembro.

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