Observatório Alviverde

13/09/2009

NÃO MERECEMOS VENCER

Que não se diga, em tempo algum, que faltou-nos o tradicional espírito de luta. Lutar nós lutamos e muito, mas era um jogo em que o empenho, por sí só não bastava, era insuficiente. Necessitávamos jogar com solércia, inteligência e acerto, mas tudo correu em molde diferente. Sem Maurício Ramos, fomos obrigados a jogar optando pelo sistema de três zagueiros com Maurício, Danilo e Marcão, tática, ao meu sentir, inadequada para quem vai enfrentar um time leve e rápido como o Vitória dentro da casa do adversário. Com a saída de Maurício e o recuo de Edmilson para compor o trio, complicaram-se muito mais as coisas e acabamos por sofrer dois gols letais às nossas pretensões, em que pese o esboço de uma reação tardia. Pierre faz falta, e como se sabe, em qualquer sistema que se adote, o maior desarmador do futebol brasileiro cobre os laterais, marca forte pelo meio e tem presença onipotente no setor. Com Pierre podemos atacar à vontade correndo menos os riscos de contrataques mais periogosos pelo desdobramento desse autêntico atleta-jogador em nossa defesa.
Então, além de dois componentes de nossa espinha dorsal ausentes, teríamos de amargar, também a ausência de um jogador presente, Cleiton Xavier ainda com o tornozelo baleado, e a ausência efetiva de Diego Souza, jogadores atualmente insubstituíveis em razão da indigência de nosso grupo. Como se tudo já não bastasse, com o gol prematuro, em falha grotesca de Marcos, perdemos Obina, também prematuramente, abdicando, praticamente de atacar. Assim o time viveu, exclusivamente das arrancadas de Armero pelo setor esquerdo, haja vista que Wendel sempre foi mais um homem de destruição do que de apoio e construção, cumprindo, apenas, teoricamente a função de ala. Nossos homens de frente, pouco abastecidos, fizeram o que podiam, recebendo bolas na fogueira e atuando quase sempre de costas para a zaga adversária sempre muito bem posicionada. Então, com a defesa sobrecarregada, desmotivada pelo erro de Marcos no primeiro gol, confusa, sem capacidade para sair jogando, sem Diego e sem Cleiton e pela primeira vez atuando bem abaixo de suas perspectivas, sem meio-de-campo, o Palmeiras soçobrou.
3 x 2 foi um resultado justo pois não fizemos por merecer a vitória, apesar do esforço comum e da determinação de muitos. Infelizmente o nosso elenco é limitado quando se trata de substituir peças-chave da equipe. Sem Diego e sem Cleiton, que, repito, hoje não fez nada em campo, o resultado não poderia ser outro. Mas, ao menos, lutamos e mostramos dignidade e, de qualquer forma, ainda somos o primeiro colocado. Que venha agora o difícil Cruzeiro, mas que o Palmeiras, que não terá Danilo, possa ter a volta de Maurício Ramos e o retorno consagrador de Diego Souza que tem o poder de transformar o nosso fraquíssimo ataque em um ataque avassalador.
Tres pontos nos seis que procurávamos em dois jogos extremamente difíceis podem ajudar a pavimentar o caminho em direção ao título. Agora só nos resta torcer!
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PS - Na aba esquerda, segmento IMPRENSA, o comentário sobre a ridícula transmissão do PFC usando, talvez, uma equipe de rádio da Bahia.

DUAS DECISÕES

Hoje contra o Vitória e quarta-feira contra o Cruzeiro, dois jogos decisivos para a facilitação da conquista do título. Dois empates ou duas derrotas não nos alijam da perspectiva da conquista, mas, certamente, adicionarão elementos complicadores à nossa trajetória. Depende de nós é a frase que simboliza, neste momento, as aspirações e os anseios de todos os palmeirenses. Na verdade, não podemos hesitar ou vacilar. A vitória tem de vir e há de vir em ambos os jogos. Se possível, acompanhada da derrota de nossos adversários mais próximos. Os bambis, mais uma vez com a ajuda vergonhosa da arbitragem e com a cumplicidade da imprensa derrotaram o Avaí. Foi um escândalo o gol anulado, em lance tipificado como "mesma linha", quando o jogo estava empatado em 0 x 0. Só que os homens da TV repetiram as mesmas falas vazias e as atitudes contumazes de tantas outras jornadas que envolvem o time mais favorecido pelas arbitragens, acobertando-o e protegendo-o descaradamente. Sem qualquer ênfase ou vontade de dizê-lo o Sr. Rizek primeiro afirmou que não houve impedimento. Pediu para repetir o lance e disse que havia um braço à frente, mas que, por sí, não era suficiente para caracterizar a irregularidade e que (como sempre o faz quando o freguês é o SP) era um lance muito difícil. Em suma, penso que ele desejou afirmar que o lance era irregular, mas não teve peito de fazê-lo. Agiu, novamente, como de costume. Se o time é o SP ele fala despistadamente apenas na hora em que ocorre o fato e não se toca mais no assunto. Assim foi. Ninguém falou mais, na sequencia da jornada, nem ele nem o Sr. Milton Leite, no esbulho de que foi vítima o time barriga-verde. E assim caminham juntos o facciosism0 e a mediocridade. Quanto aos demais jogos, quer ganhemos ou não, que perca, ao menos, o Inter. E quanto à imprensa televisiva, uma sugestão. Por que voces não somam os pontos amealhados pelo SPFW através de favorecimentos de arbitragem e fazem a divulgação pela tela? No ano passado foram 13 pontos e ninguém disse nada além das glorificações ao "melhor time brasileiro". Sem esses pontos eles teriam ganho o título brasileiro pela terceira vez? Por que a imprensa se acoelha e se acovarda diante de fatos tão graves ?