Observatório Alviverde

12/10/2013

SEI QUE O QUE VALE MESMO SÃO OS TRÊS PONTOS, MAS É PRECISO MUDAR A ATITUDE E A MENTALIDADE!


 








Não vou me preocupar com o fato de o time ter jogado bem ou não.

Como disse o PTD, roubando as minhas palavras, talvez fosse melhor dizer antecipando, o Palmeiras jogou, simplesmente, para o gasto.

Vou me preocupar -estou incomodado- sim, com a lamentável acomodação de um time que não respeitou Londrina, a fantástica cidade do norte paranense que abriu os braços para receber seu maior amor, o Palmeiras.

Porém, a esta altura, não há mais como evitar a acomodação dos jogadores, em face da cultura em voga no Palmeiras há tantos anos.

Vou deixar a análise do jogo em si para vocês que frequentam com assiduidade este espaço, que, certamente, não estão irados como eu em face da atitude irresponsável da equipe, ontem, em Londrina.

De minha parte quero dizer, apenas, que vivo uma dicotomia de felicidade e chateação em face desse Palmeiras de Kleina, vencedor  embora, mas demasiadamente preguiçoso e acomodado para o meu refinado gosto de idealista.

A bem da verdade, sublinhe-se, repetindo outros Palmeiras que vejo há tantos anos, e, na maior parte das vezes, perdedor.

Assim, fico feliz com a volta à elite -obrigação- cumprida por Kleina e pelo elenco e, a um só tempo, fico incomodado -muito- com a falta de empenho e de disposição dos atletas nesses jogos conclusivos da série B.

A impressão passada pelo jogo de ontem na acolhedora Londrina, é a de que o ano já terminou e que os jogos que o Palmeiras disputa são, meramente, amistosos. tratados, sempre,como treinos.

Infelizmente, ao menos entre os dirigentes palmeirenses que conheci nos últimos 20 anos, não existiu nem existe um único dirigente com capacidade suficiente para motivar o Palmeiras e transformá-lo em um time aguerrido, sempre disposto à luta, como é recorrente e sobra em nosso maior rival. 

Não, eu não estou pedindo dois, três ou mais, apenas e tão somente um único dirigente, mas vejo que é utópica a minha pretensão.

Há como que um mercenarismo subjetivo, dominando e impelindo para a preguiça as ações daqueles que vestem a nossa camisa, outrora grandiosa e temida e, hoje, tida e havida como uma camisa comum. Absolutamente comum.

Essas coisas, estejam, todos, convictos, decorrem da falta de pulso administrativo, que só aparece ou existe no Palmeiras, nos momentos em que os dirigentes alviverdes se sentem atingidos naquilo que mais prezam, cultuam e cultivam, o orgulho e amor-próprio!

Não quero dizer que ganhar apenas por 1 x 0 de um adversário como o Guaratinguetá, ele, sim, disposto, aguerrido, motivado embora uma equipe, cujo objetivo é manter-se na série B, seja algo desmoralizante frustrante ou coisa assim. Do outro lado sempre haverá um grupo de onze a ser batido e, principalmente, respeitado!

Infelizmente a maneira displicente como o Palmeiras entrou em campo, ontem, em Londrina, e, pior, contaminado pelo espírito do "já ganhou, já ganhei", foram fatores para os quais o time só acordou por volta dos 35 minutos do primeiro tempo.

Foi esse, exatamente, o período em que a equipe esteve melhor contabilizados os 90 minutos e,  justamente nesse período, marcou dois gols. 

O de Leandro, muito bem anulado pela arbitragem por impedimento e o de Vilson, que teve a validade confirmada e como a mídia que gosta desses números anunciou, foi o centésimo do Palmeiras em 2013.

No segundo tempo, quando se esperava que o time voltasse aceso, acordado, serelepe e com outra dinâmica de jogo, houve uma lamentável recaída.

Por incrível que pareça, o Palmeiras passou a administrar a vitória mínima e o fez até o final do jogo, atuando em contra-ataques como se o Palmeiras fosse o Guará e o Guará, o Palmeiras. Lamentável!

Foi um flagrante desrespeito ao público londrinense -que provou que ama o Palmeiras, valeu Ney Verde- que foi ao estádio esperando muito mais do Palmeiras, além do irritante e econômico futebol para o gasto apresentado ao público de uma cidade que idolatra o Verdão.

O Palmeiras, embora ainda ostente a condição de terceira maior torcida brasileira, talvez seja aquele time, entre os grandes, com menor índice de renovação de aficcionados.

Tudo em função dos estúpidos -será que dá para salvar alguém?- que, há anos administram o Palmeiras como um clube social fechado, da elite de São Paulo, quando todos sabem -exceto esses idiotas- que o Verdão é um clube de massa que ultrapassa, em muito, os limites do estado de São Paulo. Como são burros!

Se não são -perguntar não ofende- haveria outros intere$$e$ e cifroe$ em marcha paralela ou contraposta ao clube? A cruenta e interminável luta pelo poder creio ser suficiente para ser um indício do que supunho!

Por isso, pergunto:

Quem tira proveito desse Palmeiras muito perdedor, sem fibra, sem corpo, sem alma?

A quem interessa, sempre, o Palmeiras atrofiado, inerte, pequeno, desprestigiado e caindo pelas tabelas?

Não pelo resultado em si magro, pelo primeiro dígito após zero de ontem, contra uma equipe pequena e de salário mínimo, mas pela atitude de acomodação -inadmissível, inominável, desrespeitosa, estúpida, idiota, absurda, hipócrita e INJUSTA- de um time que, sequer, considerou como deveria a população de uma cidade inteira que o acolheu, adotou e o incentivou, quero concluir:

O time do Palmeiras, pelo que não fez, ontem, em Londrina, merece nota zero e, exclusivamente, reprimendas!

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NA TV

Muito bom o trio escalado pelo Sportv para o jogo de ontem em Londrina, 

Linhares Júnior, comentando menos e narrando mais, é um bom locutor, agradável, por sinal.

Ontem cometeu um erro compreensivel, de gritar um gol de Vilson como se fosse de Kardec. Não pode ser crucificado. Acontece!

O evento mostra a Linhares, locutor egresso do rádio, que a narração em tv requer um olho no padre e outro na missa, ou, se preferirem, um olho no pastor e outro no culto. 

Traduzindo: um olho no jogo, e outro no monitor.

Foi um erro monumental para quem não é do ramo, mas um erro perdoável para quem sabe que, à distância, muitos jogadores se parecem, embora de perto sejam completamente diferentes.

Talvez em função do tamanho de Kardec e Vilson e da função mais aguda de Kardec tenha ocorrido o erro monumental, para o torcedor, para o torcedor... Para mim, um erro banal, comum! 

Já cometi muitos desse teor à época em que narrei em Rádio. É bem verdade que eu não tinha acesso ao "replay" HAHAHAHAHA...

Se Linhares estivesse de olho no monitor ele teria visto de forma nítida e clara a festa de Vilson em "close-up", assim como, na sequência, o largo numero 15 estampado em sua camisa, diferente do 14 ostentado por Kardec.

E à reprise, logo em seguida, por que ele não atentou em visualisar?

Culpem, também, o diretor de TV, mais do que Linhares, que deixou o colega cair no ridiculo e pagar mico pela demora na correção. 

Ele, sim, por falta absoluta de atenção, deveria ser chamado às falas e posto no "curé"!

Isso em nada empana a boa narração de Linhares que, apenas e tão somente, quer me parecer, tem de esquecer um pouco que um dia narrou futebol em rádio, profissão cada dia mais anacrônica e superada pela realidade das transmissões de imagem à distância.

Não me contento mais em ouvir um jogo que alguém quer me contar a seu gosto, modo, estilo, maneira e, principalmente, de acordo com suas preferência e paixão.

Quero, sim, ver o jogo, preferentemente se o locutor não fizer o que eu chamo de antitransmissão, tipo de relato consagrado pela Globo, leia-se Galvão Bueno -por velhice e absoluta necessidade vocal- adotado por Kléber Machado e outros seguidores e imitadores, que parecem não ter consciência do porquê transmitem em tv. Eles precisam cair na real!

Nós, telespectadores, queremos, exclusivamente, a identificação dos jogadores e nos interessa muito pouco, quase nada, o que Galvão, Kléber e assemelhados pensam em relação ao jogo. 

Já não bastam os argumentadores-comentaristas, cujas funções foram criminosamente invadidas por alienígenas, os milionários do futebol?  

Uma opinião com base e lastro é sempre bem-vinda, mas quando narrador, comentarista, repórter, analista de arbitragem, convidado especial e outros fazem desfilar tantas opiniões em detrimento da bola rolando, é algo aborrecido e constrangedor. É ainda pior do que narrador, com um comentarista ao lado, meter-se a analisar, estupidamente,  lances de arbitragem!

Vilaron foi bem. Tem melhorado muito, dominado melhor o futebolês  e, parece, parou de enterrar o Palmeiras na vala comum dos clubes fracassados, como fazem muitos de seus companheiros.

André Hernan, novamente bem, mas aquela de dizer, sustentar e garantir, ostensivamente, que Luis Felipe vai para o Benfica, é típica de gente nova na profissão.

Antigamente se dizia que, no futebol, não havia verdade que durasse vinte e quatro horas. Hoje, as verdades não duram, sequer, 24 minutos.  No vestiário, anunciava-se, 20 minutos depois do "chute" do repórter do Sportv,  para esta semana a renovação de contrato do jogador que, segundo Hernan, já está contratado pelo futebol português! (AD)