Observatório Alviverde

03/11/2018

PALMEIRAS X SANTOS, COMENTE ANTES, DURANTE E APÓS O JOGO ATÉ QUE ESTEJA PRONTA A POSTAGEM FINAL!


O COMENTÁRIO DO PRIMEIRO TEMPO
(escrito no intervalo do jogo)

O Palmeiras teve um início irresistível contra o Santos e merece,  ao menos até agora, os 2 x 0 aplicados no grande adversário.

Não, não vou estender as minhas observações de final de 1º tempo por falta de espaço e tempo, mas tenho que dizer algumas coisas.

Viram porque eu tanto defendi a dupla Antonio Carlos e Dracena?

Na farra dos dois times para várias competições,  você tem um time entrosado e pronto, mas como um Gomes qualquer desta vida chega e vai bem no time B em jogos mais fáceis, Felipão desfaz a dupla titular, amais bem entrosada deste brasileiro e coloca o paraguaio.

Você tem dois zagueiraços quase perfeitos por cima, exímios cabeceadores defensivos e especializados no jogo aéreo, tanto o defensivo como o ofensivo, mas age de forma empírica colocando o Luan e o Gomez, só que porque ambos foram bem com o time B, o reserva, justamente em jogos mais fracos.

Só  porque Antonio Carlos falha uma vez ou outra e Dracena é veterano, a torcida trabalhou frontalmente contra eles e também tem culpa no cartório. Não precisava ser assim tão drástica!

Fiquem sabendo que, falhar, Luís Pereira e Alfredo Mostarda falharam, ou mais modernamente, até Antonio Carlos e Cléber, as duas melhores duplas já formadas pelo Verdão da década de 50 aos nossos dias.

Felipão, infelizmente, desta vez pode-se afirmar que não teve personalidade para mantê-los, se esquecendo que as falhas nasciam em outras posições e acabavam indo para a conta dos dois últimos homens da defesa. Tem sido assim!

Reparem que foram dois os jogos e dois os gols tomados pelo fato de Lucas Lima perder a bola na frente com o time todo no ataque e não voltar para tentar o desarme, mas disso ninguém fala nada.

A chuva que caiu até agora e continua caindo sobre o Allianz, foi ruim para o Palmeiras porque o time está cansado física e psicologicamente -sobretudo fisicamente- e o gramado pesado atrapalha muito nesse sentido.

PS - Na TV estou sendo obrigado a ouvir a dupla Leite/Noriega no Premiere por falta de opções na chamada audiência imposta.
Leite, como sempre, falando pra dentro, narrando coloquialmente para ele e para o Noriega,
Já o  Nori, ao menos até agora, só falou (todas as vezes em que foi chamado) no que o Santos teria de  fazer para vencer o Palmeiras e nunca o contrário, transformando o time principal do duelo em um mero e insignificante participante do jogo.
Bons profissionais, eles são, mas apenas na forma, não no conteúdo. Quando se trata  de opinião, com uma ou outra exceção eles são irritantemente parciais e peripatéticos.
Na maioria absoluta das vezes ou se omitem ou opinam contra o Palmeiras, sobretudo nas decisões de arbitragem!
De qualquer forma parece ser esta a filosofia da casa em que trabalham e da qual dependem para sobreviver no mundo da imprensa que Osmar Santos e Luciano do Valle fizeram  questão de destruir para arrumar emprego aos seus amigos que jogavam futebol e que estavam "numa pior e muito necessitados"

E assim caminha a mediocridade, digo a (des) humanidade! HAHAHAHAHAHA...!

SEGUNDO TEMPO
(Comentário escrito após o jogo)

O Palmeiras caiu -muito- de produção na etapa complementar.

Já era esperado, em face da exigência dos últimos jogos e do desgaste deles decorrentes, assim como do esforço despendido pelo time há pouco, na etapa inicial do clássico contra o Peixe.

O fato de o Santos ser um time massivamente jovem e de estatura e presença físicas maiores do que qualquer outro participante da primeira divisão brasileira, mormente o Verdão, teve muita influência na queda de rendimento palmeirense.

Hoje, aconteceu de novo o que vem acontecendo há tempos, isto é, aquilo que todos que conseguem ver e perceber mas que apenas poucos conseguem mensurar em termos de consequências.

O time recuou completamente e não conseguiu mais jogar ou se impor no jogo, completamente sem força para exercer a arma mortal do contra-ataque.

Nas poucas vezes em que tentou, os meiocampistas ou os atacantes perdiam a bola na frente, não voltavam para recuperar a bola ou para acompanhar os lances, transferindo a incumbência exclusivamente para a defesa, deixando-a o tempo todo em palpos- de-aranha.

Hoje, novamente, foi assim, embora se tenha de reconhecer que a defesa fez um primeiro tempo perfeito.

Os efeitos de tudo o que acabamos de relatar ocorreu, exclusivamente, no 2º tempo quando o time já estava entregue com Jean completamente exaurido, tanto e quanto Lucas Lima.

Jean salvou-se pelo esforço, mas a falta de mobilidade de Lucas Lima por pouco não transformou em pesadelo o sonho da grande vitória, que, afinal, acabou ocorrendo

Dracena acabou ficando como o "boi de piranha" pelo fato de os dois gols santistas terem ocorrido em cima dele.

No primeiro gol ele deu azar de, como se dizia no "snnoker", o taco espirrar e a bola sobrar para o atacante santista que mandou para o barbante. O campo e a bola molhados muito contribuiram para o erro e, consequentemente, para o gol.

Se já não havia boa-vontade de grande parte da torcida com Dracema, imaginem o que aconteceu e  que pode vir a acontecer a partir do momento em que o Santos fez o segundo gol novamente em cima dele?

Mas os que o criticam e se interessam por sua saída do time (não sei porquê, pois o Palmeiras não tem no elenco nenhum zagueiro da categoria de Dracena) nem se dignam a admitir que ele foi sutilmente empurrado e desequilibrado pelo atacante do Santos no momento em que partia para a bola.

Volto a afirmar e não tenho mais nenhuma dúvida que se Felipão não houve criado o maldito time B e respeitado as titularidades de Antonio Carlos e Dracena (juntos) e o Palmeiras teria tido muito mais chances de ter de ter chegado na Libertadores.

Essa é uma conclusão lógica a que chego, decorrente do fato que ambos, individualmente, já  mostraram que são muito superiores a Luan e a Gomez.

Há que se acrescentar a liderança que Antonio Carlos e Dracena impõem aos companheiros de defesa e ao próprio time, só superada pela de Felipe Melo.

São lideranças naturais que têm de (sempre) ser preservadas, pois o futebol não se resume às individualidades, mas no casamento das características e do modo de jogar de cada uma delas.

Scarpa confirmou o que já se sabia e Felipão não pode alegar que não sabia do que esse atleta é capaz, ainda que longe de sua capacidade física e de seu melhor ritmo de jogo.

Foi outro jogador cuja presença nos jogos da Libertadores nós e tantos outros palmeirenses solicitamos de forma insistente mas Felipão preferiu fazer "ouvidos de mercador" e mantê-lo no banco. (AD)

FICHA TÉCNICA DE PALMEIRAS x SANTOS :

Data: 03/11/2018, sábado
Local: Allianz Parque, em São Paulo-SP
 
Árbitro: Braulio Machado  NOTA 7.
Erro grave: No 2º gol do Santos, houve falta (empurrão) em Dracena, não marcado.

Assistentes: Kleber Lucio Gil (Fifa) e Neuza Ines Back (Fifa) NOTA 8.

Cartões amarelos: 
PALMEIRAS: Edu Dracena, Dudu Lucas Lima. 

SANTOS: Diego Pituca, Victor Ferraz, Luiz Felipe, Derlis González e Gabriel.
 

Cartão vermelho: Diego Pituca.

Público e renda: 38.938/R$ 2.723.126,86 NOTA 10 PARA A TORCIDA.

1º TEMPO: Palmeiras 2 x 0 - Dudu e Edu Dracena, aos 13 e 39 minutos
2º TEMPO: Palmeiras 1 x 2 - Copete e Dodô,  9 e 19 minutos e Victor Luis, aos 25.
FINAL: PALMEIRAS 3 X 2 SANTOS.

SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Dodô; Alison (Bryan Ruiz), Diego Pituca e Sánchez; Rodrygo (Copete), Derlis González (Bruno Henrique) e Gabriel
Técnico: Cuca    

PALMEIRAS:
Weverton - Continuo afirmando: sou, muito mais, Prass ou Jailson. NOTA 7

Jean - Esforçado, responsável e dedicado, foi o "pai" do gol de abertura. NOTA 6,5.

(Guerra) - Jogou pouco tempo. Deu agilidade ao time e ajudou o quanto pôde. NOTA 6.

Antônio Carlos - O melhor da dupla de zaga. NOTA 7.

Edu Dracena - Falhou  no 1º gol santista porque o "taco espirrou". No 2º , erro da arbitragem porque ele foi empurrado ao ir para o lance, mas fez o gol de abertura do Verdão. NOTA 7.

Victor Luis - Deu conta do recado pela esquerda e ajudou muito na cobertura e no apoio ao ataque no primeiro tempo. No segundo, guarneceu posição e funcionou, taticamente, do jeito que deseja o técnico do Palmeiras. NOTA 7,5.

Bruno Henrique - Jogou muito na fase inicial. Depois, só defendeu. NOTA 6,5.

Lucas Lima - Altos e baixos. Embora técnico, é franzino e sem força física. Felipão demorou demais para substituí-lo e, em razão disso, quase perdeu o clássico. NOTA 6.

(Felipe Melo) - Não houvesse Felipe entrado em campo e o Palmeiras teria perdido. Melo foi uma espécie de meia sola que deu mais vigor e raça ao time. Scolari demorou demais para colocá-lo em campo e em razão disso quase se deu mal. NOTA 7.

Scarpa - Individualmente bem. Faltam-lhe força física e ritmo de jogo. NOTA 7.

Borja - De um modo geral, bem. Raçudo e obediente tático, jogou como queria Felipão e até participou no 2º gol. Com alguns lampejos técnicos, mostrou que é um centroavante daqueles que o time tem de montar um esquema exclusivo para ele. NOTA 6,5

(Deyverson) - Entrou ao final e pouco participou do jogo, sendo o causador de uma confusão após o jogo ao comemorar a vitória dançando à frente da torcida e provocando (injustamente) a ira dos jogadores do Santos.


PERSONAGEM DO JOGO
 Dudu - 
Mesmo longe de ter produzido tudo o que sabe e pode, ainda assim ajudou a decidir o jogo com um gol e uma assistência. Pena que o cartão amarelo o tirou do jogo com o Atlético Mineiro na semana que vem em Belo Horizonte. NOTA 8.

CRAQUE DO JOGO
Thiago Santos - 
Outra vez mostrou que é o maior e melhor "ladrão de bolas" do futebol brasileiro. 
Se tivesse o passe de Felipe Melo seria o melhor volante do país. Aí reside o seu maior defeito.
Ontem, fez uma partida impecável e manteve a regularidade de atuação o tempo todo, mesmo nos momentos em que o Santos passou a predominar e a pressionar a defesa palmeirense. 
Além dos desarmes em série, das coberturas perfeitas e do comando do meio de campo, pode-se dizer que Thiago Santos não errou nenhum passe o tempo todo.
Quando Jean teve de sair por falta de fôlego e de condição física e foi exigida a presença emergencial de Thiago na lateral ele atendeu o treinador e atuou no setor sem deixar que o time sofresse a tão frequente "solução de continuidade."
Foi comovente a forma como Thiago se dedicou ao jogo e ao time. NOTA 9
 
TÉCNICO 
Felipão -
Quem imaginava que o Palmeiras estivesse frouxo e sem autoconfiança e perturbado pela eliminação na Libertadores, enganou-se totalmente. 
O time entrou em campo pilhado e dotado de uma força espiritual que ninguém imaginava que pudesse vir a ostentar após a dolorida desclassificação.
Méritos para Felipão e toda a comissão técnica palmeirense que soube trabalhar a cabeça da rapaziada e preparar o time para a primeira decisão do Brasileiro.
Seu erro foi manter Lucas Lima, o menos produtivo do time e demorar demais para colocar Felipe Melo em campo. Ele correu riscos pela temosia!
Não o censuro (hoje, hoje e hoje. Deixo bem claro, hoje) pelo excesso de defensivismo do time, em razão da própria condição físico-emocional do grupo.
Mas, da mesma forma, não vou chamá-lo de gênio pelo fato de, na saída de Jean, ele ter colocado o armador Guerra (franzino mas habilidoso e bom tocador de bola) no meio de campo e passado Thiago Santos para o canto do campo, porque era esta a alteração óbvia, daquelas a que denominamos mais na cara do que barba e bigode.
Quero ver mesmo a genialidade de Scolari é no jogo da semana que vem contra o Galo aqui em BH, quando ele não poderá contar com o craque e jogador desequilibrante de seu grupo, o meia atacante Dudu que só não está na seleção porque o técnico é curicano.
Nessa eventualidade, qual o esquema que ele irá montar? NOTA 8.  (AD)


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