PALMEIRAS 3X0 FLUMINENSE, OUTRO PASSO DADO EM DIREÇÃO AO TÍTULO!
PRIMEIRO TEMPO:
Felipão surpreendeu de novo.
Nem tanto em relação à escalação (devidamente antecipada) mas devido à forma de atuar da equipe.
Todos esperavam um Palmeiras vibrante, aquele da marcação alta que corre muito, marca forte, que asfixia o adversário e logo de cara, abre a contagem, sobretudo nos jogos do Allianz Park.
Entretanto o Palmeiras de hoje esteve diferente e os jogadores passavam a impressão de que haviam ingerido um chá calmante, talvez o "doces sonhos".
O fato é que Felipão colocou em campo um time que atuou de maneira diferente da usual, decorrendo daí alguns problemas -não muitos- vivenciados nas quatro linhas, mesmo jogando contra um dos piores times do Brasileiro.
Na verdade, obrigado a propor o jogo, o Palmeiras jogou com reserva e cautela, sem imprimir o ritmo alucinante do início dos outros jogos.
Scolari resolveu iniciar o jogo sem todos os seus melhores jogadores, e, da mesma forma, parece ter impedido que o time fosse com muita sede ao pote, optando por um jogo muito mais de cautela do que de ousadia.
O lado negativo desse tipo de jogo a que chamo de "jogo de precaução" é a expectativa negativa que inflige à torcida que fica esperando o tempo todo por gols que não saem ou demoram a sair apesar do envolvimento completo ao adversário.
Neste primeiro tempo ocorreu isso e o Palmeiras, preocupado exclusivamente em tocar a bola, efetivamente a tocou, mas, na maioria das vezes, para os lados, com pouca profundidade e com resultados práticos inferiores à rotina da equipe de ameaçando pouco o gol do time carioca.
Outra uma vez, mais uma vez, ocorreu de o time, apesar de se impor completamente pelo entrosamento, sentido de conjunto e toque de bola, não conseguiu chegar ao gol.
O lado positivo foi que, mesmo sem forçar ou se esforçar o Palmeiras mandou e desmandou em campo, esteve o dono absoluto do jogo e achou o gol de abertura com Borja, aos 40 deste 1º tempo.
Acabo de assistir, via TV, aos melhores momentos e constato que, embora sem forçar ou se esforçar, o Palmeiras chegou ao gol do FLU cerca de quatro vezes contra apenas uma do adversário e, ainda assim, em um chute longo e fraco defendido com segurança por Weverton.
O Palmeiras, verdade seja dita, embora domine as ações em campo, não realiza um grande jogo.
Culpa dos lançamentos longos usados em profusão e sem sucesso, do excesso de bola pelo lado direito, da falta de chegada de Lucas Lima e Thiago Santos ao ataque, do excesso de jogadas pelo lado direito (o gol, ironicamente aconteceu pelo outro lado) e, sobretudo, das ausências de Felipe Melo e, principalmente, daquele que depois de Dudu é, técnicamente o melhor armador do atual elenco, Gustavo Scarpa.
De qualquer forma, reconheço que, nas circunstâncias de um campeonato cujo título é iminente, muito mais importante e relevante do que jogar bonito, é obter os três pontos.
Agora, à quatro rodadas do final do Brasileiro, esses três pontos, se confirmados, vêm a calhar e deixam o Verdão cada vez mais perto da conquista, com a vantagem de não desgastar tanto o elenco.
Os três pontos isolados de hoje serão agregados a outros até a definição matemática do certame.
MINHA PREVISÃO PARA O SEGUNDO TEMPO:
Domínio amplo e completo do Palmeiras com a ampliação do marcador.
Qualquer coisa diferente do que digo tem nome e se chama zebra.
A diferença entre os times, do ponto de vista técnico, é brutal! Claro que a favor do Palmeiras! (AD)
ETAPA FINAL
MEUS AMIGOS PALMEIRENSES, EU QUERO MAIS!
Sei que "o jogo proposto", tática inevitável do Palmeiras para o confronto contra o FLU, um time muito mais fraco, acabou sendo determinante para que o Palmeiras não houvesse chutado a gol com a frequência costumeira,
Como tudo, apesar de tudo, vem dando certo para o Verdão, não vou discutir e, menos ainda, criticar os métodos, os dogmas táticos e as estratégias de Scolari.
Quero deixar claro, porém, que eu, sob qualquer hipótese jamais entraria em campo contra o fragilíssimo FLU disposto a sofrer quando poderia vencer com facilidade.
Escalaria o meu melhor time possível e partiria com tudo pra cima do tricolor carioca, marcando a saída de bola, abafando e sufocando o adversário, a fim de tentar liquidar imediatamente o jogo.
Mas fazer o que se Felipão, há priscas e longínquas datas, imprime em suas tantas conquistas um certo ingrediente masoquista, escalando nos jogos decisivos, sempre, alguns jogadores de categoria inferior de seus elencos e abaixo da categoria dos demais.
Hoje Felipão preteriu Scarpa e preferiu Lucas Lima. Tecnicamente, Lucas Lima fez até um jogo razoável, mas não há como comparar o rendimento de cada um deles no contexto geral da equipe...
Da mesma forma, não se sabe porquê, Scolari manteve no banco o grande líder da equipe, Felipe Melo, optando pela escalação de Thiago Santos.
Nada contra Thiago, um jogador aguerrido, muito disposto, "grande ladrão de bola", de excelente preparo físico e, talvez, o mais completo reserva do Brasil por sua versatilidade, mas cujo futebol rústico o dista, a muitas léguas de distância, da categoria, da produtividade e do poder de decisão de Melo.
A conclusão a que chego, lembrando o mestre Armando Nogueira que usava bastante a palavra, é que Felipão parece mesmo gostar de ganhar com sofreguidão, isto é ele ganhar sofrendo e gozando a um só tempo,"masoquistamente" mais com sofrimento do que com folga.
O time foi outro a partir das entradas de Scarpa e, sobretudo, de Melo. Houvesse a entrada de ambos ocorrido logo de início (o tempo em que jogaram provou isto) e o Palmeiras teria liquidado co, facilidade e de forma antecipada, a fatura.
Nessa hipótese, Felipão, além de alegrar mais a leal torcida mediante uma apresentação mais técnica, evitaria o dispensável sufoco que o Palmeiras chegou sofreu em alguns momentos do jogo.
Scarpa e Melo -decididamente- foram os jogadores-chave do PAL-FLU, decidindo o clássico na etapa final, em um jogo no qual a maior parte dos jogadores palmeirenses (quem sabe contida pela preleção cautelosa de Felipão) jogou um futebol apenas razoável.
O imenso sofrimento da torcida só foi atenuado bem tarde, aos 37 do 2º tempo quando Felipe Melo, fez, de "sem-pulo" o segundo gol palmeirense que, aquela altura, decidiu, efetivamente, o jogo.
O Palmeiras cristalizou a vitória aos 44 do 2º tempo, em cabeçada do zagueiro Luan, marcando um gol que torna o Palmeiras o time de melhor ataque do Brasileiro com 55 gols marcados e liderança ampla em todos os chamados quesitos de desempate.
O Palmeiras de Felipão alcançou agora 19 jogos sem perder e iguala o recorde do Curica no ano passado. Esse recorde de invencibilidade certamente, será batido pelo Palmeiras domingo que vem em Londrina onde enfrentará o rebaixado Paraná Clube.
FICHA TÉCNICA de PALMEIRAS 3 X 0 FLUMINENSE
Local: Estádio Allianz Parque, em 14/11/18.
TRIO DE ÁRBITROS:
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC) -
Assistentes: Kléber Lúcio Gil (Fifa-SC) e Helton Nunes (SC)
NOTA 7 (Para o Trio)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC) -
Assistentes: Kléber Lúcio Gil (Fifa-SC) e Helton Nunes (SC)
NOTA 7 (Para o Trio)
Público: 37.430 torcedores Renda: R$ 2.480.931,96
Cartões amarelos:
Thiago Santos, Lucas Lima, Gustavo Scarpa, Luan e Borja (PALMEIRAS);
Paulo Ricardo, Digão, Richard e Kayke (FLUMINENSE)
Cartão vermelho: Jadson (dois amarelos) (FLUMINENSE)
Cartão vermelho: Jadson (dois amarelos) (FLUMINENSE)
GOLS
PALMEIRAS: Borja, aos 40 minutos do primeiro tempo; Felipe Melo, aos 37, e Luan, aos 44 da etapa final
PALMEIRAS: Borja, aos 40 minutos do primeiro tempo; Felipe Melo, aos 37, e Luan, aos 44 da etapa final
OS TIMES:
FLUMINENSE:
Júlio César;
Igor Julião, Gum, Digão e Ayrton Lucas; Richard, Jadson e Sornoza;
Júnior Dutra (Kayke), Luciano (Marcos Júnior) e Cabezas (Everaldo)
Técnico: Marcelo Oliveira
Técnico: Marcelo Oliveira
PALMEIRAS:
Weverton: Tranquilo, sereno e pouco empenhado - NOTA 7
Mayke - Um dos melhores do time, ótimo para defender e atacar. NOTA 8
Luan - Seguro, bom no jogo aéreo defensivo e ofensivo. Fez um gol. NOTA 7,5.
Gustavo Gómez - Muito firme, seguro, bom no jogo aéreo e na cobertura. NOTA 7,5.
Diogo Barbosa - Excelente atuação. Participou da jogada do gol de Borja. NOTA 7.
Thiago Santos - Não substitui F. Melo mas cumpriu bem sua função tática. NOTA 7.
Bruno
Henrique - O mais lúcido do meio de campo até a entrada de Melo. NOTA 7,5.
Lucas Lima - Scarpa deveria ter jogado no lugar dele. Bem enquanto teve fôlego. NOTA 7.
Willian - Machucou-se numa dividida e passou a render menos. NOTA 6.
(Jean) - Substituiu Dudu para que o craque fosse aplaudido no fim do jogo. SEM NOTA
Borja - Convenci-me que é preciso um esquema de jogo especial para ele. NOTA 7,5.
DUAS PERSONAGENS:
(Gustavo Scarpa), entrou no lugar de Willian...
(Felipe Melo), entrou no lugar de Lucas Lima...
Entraram e decidiram.
NOTA 8,5 PARA OS DOIS
O CRAQUE DO JOGO
Dudu:
O melhor jogador do Campeonato só poderia ser o craque do jogo. NOTA 9.
Técnico: Felipão
Discordei de alguns nomes iniciando o jogo, do excesso de cautela e da demora nas alterações, mas não como deixar de reconhecer os méritos de Felipão. NOTA 8.
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