Observatório Alviverde

22/12/2014

DIGAM OU MANDEM DIZER A MATTOS E A OSWALDO, O QUE PAULO NOBRE NÃO CONSEGUE ENTENDER!



 

O Palmeiras sofreu cinquenta e nove gols (59) no último Brasileiro. É um recorde negativo, sem precedentes nos cem anos de história do clube.
 

Por esses números e por tudo o que ocorreu este ano, pode parecer que a defesa tenha sido a grande vilã palmeirense na competição. 

Os que sabem pouco de bola acreditam que, sim e acusam-na de haver sido o fator precipitante da grave situação que quase remeteu o clube à 2ª divisão. Não é nada disso!

Apesar de Lúcio, de Vitorino (este, um presente de grego, digo, de Mattos ao Palmeiras), apesar de Juninho e de tantos outros jogadores fracos e destoantes, há de se dizer que a barração dos veteranos, embora apenas num primeiro momento, a promoção de alguns juniores e o retorno de Prass reequilibraram a defesa palmeirense que se comportou, relativamente, bem nos jogos decisivos do Brasileiro, exceto no 1 x 3 contra o Inter.

Diga-se, antes de tudo, que, este ano, fosse com Kleina, Valentim, Gareca ou Júnior,  o Palmeiras jogou, sempre, de forma covarde, retrancado, povoando a intermediária e o meio de campo para guarnecer a defesa, transformando seus atacantes, até Henrique, em típicos zagueiros. 

Essa não poderia ser, nunca, jamais e em tempo algum, a postura, a conduta tática de um clube detentor do status de grande, de o mais vezes vencedor na história do futebol brasileiro, e dono da terceira maior torcida do futebol brasileiro.  E, no entanto, foi! 

Tudo o que dissemos, até agora, teve influência pesada e  negativa na péssima performance palmeirense em 2014, mas está longe de ser apontado como a causa maior e desencadeante do processo destrutivo...


Em minha avaliação, os números negativos da defesa do Verdão, são, exclusivamente, os efeitos de uma causa maior, a qual denomino de ataque fantasma, isto é, ausência de ataque. 

Em 38 jogos, o Verdão marcou míseros 34 gols apresentando média de time rebaixado, inferior a um gol por jogo. Superou, apenas, Criciúma (28) e Bahia e Botafogo, (31 gols) e foi ultrapassado pelo degolado Vitória, 37. 

Esta foi a causa das causas, pois, jamais, dispusemos, este ano, de um ataque à altura de nossas carências necessidades, objetivos e tradições, e, o que fizemos, durante todo o Brasileiro, foi, simplesmente defender empates e tentar empates, posto que raríssimas vezes saímos ou estivemos à frente do marcador diante de nossos adversários.

Tivesse eu alguma força ou influência junto à Nobre, suspenderia, neste momento, todas as buscas por jogadores de outras posições e privilegiaria a aquisição de atacantes.

De imediato, aceleraria a ratificação da contratação de Zé Roberto, pela necessidade premente de ter no elenco, alguém capacitado a suprir as constantes ausências de Valdívia. 

De passagem: começo a crer que, estupidamente, o Palmeiras vai desfazer-se do chileno! Os sinais são, por demais, evidentes. Voltaremos ao assunto!

O  Palmeiras, exceto em alguns jogos em que pôde contar com o talento do Mago, só conseguia atuar em três quartos do campo, isto é, até a entrada da grande área dos adversários, pois, a partir daí, seus atacantes não sabiam o que fazer com a bola. 

O que pode, ou, de quem pode ganhar um time assim, com a agravante de não arriscar chutes à média e longa distâncias?

O que dizer, mais, acerca de um time que não dispunha e nem dispõe, ainda, sequer, de um bom cobrador de escanteios ou de especialistas em cobrança de faltas?

Para montar um grupo competitivo em 2015, é imperioso que o Palmeiras, monte, primeiro, um bom ataque! 

Se não for assim, vai continuar repetindo os anos anteriores e amargando a condição de mero coadjuvante dos campeonatos que disputa, como vem ocorrendo, há tantos anos!

Para começar teria de contratar cinco, seis, ou mais jogadores, com vocação para o gol, entre centro-avantes, armadores e meias de aproximação, estabelecendo essa política como antecipativa e prioritária. 

Goleiros, laterais, zagueiros e volantes que o clube tanto cultiva, contratar, ano a ano, temporada a temporada, deveriam, num primeiro momento, ser colocados à margem. Todos os esforços negociais deveriam ser dirigidos àqueles que constroem as vitórias, os artilheiros, os homens-gol!

Ao garimpar atacantes, o Palmeiras deveria fazê-lo tendo em mira os craques, isto é, jogadores diferenciados, os fora-de-série, aqueles que dispõem de talento e improviso para as jogadas individuais.

Na ausência desses, difíceis de encontrar, tentar os "quase craques" presentes em todos os times, menos no Palmeiras, menos no Palmeiras, menos no Palmeiras, como de hábito...

Esses jogadores, cada qual com sua característica marcante e predominante, tipo pique, improviso, drible, cabeceio, chute forte e outros, se não são completos, colocam-se  acima da média geral e dão ao treinador a importante condição de dispor de peças para alterar as táticas e o próprio desenho dos jogos.

O grande mal do Palmeiras, há anos, tem sido a manutenção de uma estúpida, imbecil e absurda cultura defensivista, levada às últimas consequências pelos nossos dirigentes, inocentes úteis que desconhecem o valor dos homens de área, aqueles que, de fato, decidem os jogos.

Nobre ainda não aprendeu que jogador para cercar, marcar, defender, espanar, limpar a área, dar balões cortar de cabeça, fazer faltas e aliviar tem muitos, por aí, bons e baratos. 

O que faz falta, mesmo, são os atacantes!

É preciso acabar com as superadas místicas da escola de goleiros e  e da defesa que ninguém passa, absurdos verbais levados, por demais, a sério por todas incompetentes e desavisadas diretorias que têm passado pelo Palmeiras. A de Nobre, se ele quiser,  pode ser a exceção! Tomara!

Ajudem-nos, nesse mister, por favor, Mattos e Oswaldo!

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