Observatório Alviverde

08/12/2011

AS CONTRATAÇÕES DO PALMEIRAS.

 

Compreendo o ceticismo e a desesperança da torcida palmeirense quando o assunto é contratações. 

Tudo em função da cronicidade e da coincidência de erros, que se repetem, não se sabe porquê, embora se desconfie.

Em razão disso, perdôo as manifestações pessimistas antecipadas da torcida, coitada, já acostumada e condicionada a amargar decepções, ano a ano, de temporada em  temporada. 

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Francamente, não creio que os nossos dirigentes sejam tão parvos, tão ignaros e tão desprovidos de massa cinzenta a ponto de não conseguir escolher jogadores capacitados a defender a Sociedade Esportiva Palmeiras.

Sem querer acusar ninguém, tenho o direito de desconfiar.

Desconfio que, já há muito tempo, interesses particulares estejam se misturando aos interesses do clube e que essa seja a razão primordial, a verdadeira raiz de todos os nossos problemas.

É inadmissível que um clube da dimensão e porte do Palmeiras adquira tantos jogadores ruins, de segunda categoria, a preços exorbitantes e proibitivos, pagando-lhes salários de craque.

Com uma ou outra exceção, em um universo anual de dezenas de contratações, o olho dos dirigentes palmeirense só tem enxergado os piores jogadores do mercado.  É coincidência demais para que seja simples coincidência!

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O que causa espanto é a nossa tendência por contratar zagueiros e defensores.

Essa tendência já se revela, também, nesta transiçao de temporada, a partir de nossa primeira contratação realizada, que, sob o meu ponto de vista, não era, absolutamente, prioritária, a de um lateral esquerdo.

Apesar da excelência da aquisição, avalizada pela escolha do jogador entre os melhores do Brasil em 2011, Juninho, do Criciúma, chega ao Palmeiras circundado por  uma aura de desconfiança. com o seu nome soando não como um atleta que vai resolver, mas como outra  aposta aos olhos de nossa coletividade.

Até aí, tudo bem, mas quando se esperava que fossem anunciados nomes de atacantes, a segunda contratação anunciada como quase certa é a de outro jogador para a mesma posição, Kléber, 31 anos, ala esquerda do colorado gaúcho.

Nosso técnico parece fissurado por laterais. Mesmo com a recusa inicial do jogador em mudar, não de clube como querem alguns, mas de cidade, o Palmeiras continua insistindo para ter Jonas do Coritiba.

Por isso me pergunto, para que insistir tanto com um atleta que faz “bico-doce” para mudar de clube se, na posição, temos Ciconho, muito melhor do que Jonas.

Ou Tirone e Frizzo já pensam em desfazer-se de Cicinho?

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A respeito de atacantes, dois nomes estão anunciados: Obina e Osvaldo. As negociações com Obina correm em sigilo de negócio e a de Osvaldo segue muito adiantada.

André Ribeiro, procurador e empresário de Osvaldo esteve, ontem, na Academia, sem que a imprensa soubesse ou anunciasse. Gol do Palmeiras! Viram como vazavam mesmo as informações?

Reuniu-se com um representante menos graduado da diretoria, em decorrência das ausências de César Sampaio, Frizzo e Tirone. As negociações evoluem e podem materializar-se em breve.

Entre Osvaldo e Obina, prefiro os dois! Seriam dois reforços de excelência que teriam o condão de ajeitar, imediatamente, o time.

Osvaldo é um atacante jovem, de velocidade, com drible no pé e enorme capacidade de arremate, malgrado a baixa estatura.

Obina, em meu entendimento, é o melhor centro-avante entre os possíveis e disponíveis no mercado, com raro faro de gol, muita personalidade e longe do estigma de folclórico que tentam lhe impingir.

Não creio nas contratações de Tyson ou de Jorge Vagner embora não as conteste. Entre Tyson e Nilmar, com quem o Palmeiras também negocia, prefiro Nilmar, mas entre Jorge Vagner e Kléber do Inter, prefiro Jorge Vagner. 

Se fosse possível contratar esses cinco jogadores, considerando-se que outro anunciado, Diego Tardelli não vem mais, creio que poderíamos dar por encerrada a temporada de contratações, convictos de que teríamos contratado melhor do que em qualquer das últimas dez transições de ano esportivo.

Mas há quem sustente, aposte e garanta que o atacante que, de fato, o Palmeiras vai contratar é Willian, do Avaí.

Muito longe de ser o melhor do mercado, a mim Willian não desagrada, embora boa parte da torcida já o esteja prejulgando, desprezando e depreciando, chamando-o, ironicamente, de Batoré.

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