SEGURAR OSWALDO É BURRICE!
"Se você pensa que o meu coração é de papel, não vá pensando, pois não é... (Sérgio Reis)
"Aguenta, coração palmeirense!" (Fiori Gigliotti)
"Não dá mais pra segurar, explode, coração!"(Gonzaguinha)
Meu coração palmeirense explodiu...
De susto, raiva, decepção e sentimento, após a ridícula derrota para o modestíssimo Figueira, em Floripa, por 1 x 2.
Recuso-me, por isto -terminantemente-, a abordar e a analisar as minúcias do jogo, haja vista que, o que aconteceu, hoje, na capital catarinense não pode ter qualquer desculpa, condescendência ou perdão.
Prefiro dizer que a performance palmeirense no Orlando Scarpelli, tirante os dez ou quinze minutos iniciais, foi, como dizia o célebre narrador da Rádio Tupi 1.040, Haroldo Fernandes, "ridícula, grotesca e estapafúrdia". Dizer, mais, o que?
O Palmeiras, hoje, cumpriu outra jornada negativa, atuando de forma comum, ridícula e previsível, como se fosse, ele, o time pequeno, não o Figueira.
Sem padrão de jogo, extremamente confuso, sem profundidade ofensiva, o time esmeraldino começou por um goleiro nervoso, atrás de uma defesa débil, altamente vulnerável, sem a mínima noção de cobertura, sobretudo pelas duas laterais, notadamente a esquerda...
Continuou com um meio de campo embolado, muito mal distribuído, desprovido de qualquer criatividade e que teve em Zé Roberto uma peça decorativa. Ele, sim, deveria ter sido substituído por absoluta ineficiência, não Arouca.
Terminou por um ataque (?) sem contundência, ou, melhor, inexistente, em face de, outra vez, o Palmeiras ter atuado sem um homem de referência dentro da área...
Aliás, diante disso, eu pergunto: "se não havia esse homem, para que o Palmeiras insistia no jogo aéreo?
Para quem o Palmeiras tanto cruzava dentro da área? Para o goleiro adversário? Ou para os beques do Figueira?
Em suma, esse Palmeiras de Oswaldo, infelizmente, tem sido a antítese de tudo aquilo que deveria caracterizar as atuações de um time, cujo distintivo é a marca mais representativa e vitoriosa da história do futebol brasileiro.
Diante de ridículas e repetidas atuações de um time opaco, sem viço e sem brilho, que evidencia poucas perspectivas de melhorar, creio que, a esta altura, não resta alternativa à diretoria, senão a tomada de algumas atitudes drásticas em relação ao elenco, entre as quais a principal -imprescindível, inadiável e insubstituível-, é a substituição do treinador, antes que seja tarde.
Segurá-lo por mais tempo, esperando que Alecsandro possa, de uma hora para outra resolver os problemas ofensivos do Palmeiras é, senão um suicídio, mas expor-se, inultimente, ao risco de morrer.
A manutenção de Oswaldo, em última análise, será como se Nobre e Mattos estivessem compactuando com a ineficiência e, ao mesmo tempo, passando, publicamente, um atestado de burrice.
Não previsse o regulamento do Brasileiro o descenso de quatro clubes, até que daria para que se esperasse por mais quatro, cinco ou seis rodadas, sem que o comando técnico fosse alterado.
Entretanto, a queda simultânea de quatro clubes para a Série B, impõe a urgência de uma providência que possa balançar -quanto mais cedo, melhor- as estruturas do futebol do Palmeiras e acelerar a recuperação da equipe.
É preciso agir já, o mais rapidamente possível, a fim de que não se perca tempo e, ao mesmo tempo, que se proporcione ao novo treinador um tempo maior para desenvolver um trabalho que leve o Palmeiras, senão ao título, cada vez mais distante, mas, ao menos, à classificação para a Libertadores da América.
Deploravelmente, perdemos o bonde da história ao deixar passar batida a possibilidade da contratação de Luxemburgo, que poderia ter sido implementada sem traumas, com a simples passagem de Oswaldo (que tem, sim, seus méritos e não são poucos) à condição de supervisor.
A bola da vez, neste momento, para o lugar de Oswaldo é Marcelo Oliveira, a quem conheço pessoalmente desde os tempos de jogador, ele que foi o maior parceiro de Reinaldo em seu auge com a camisa do Clube Atlético Mineiro.
Marcelo, com a vantagem da amizade e da intimidade com Mattos, chegaria apresentando as credenciais de seu maravilhoso trabalho no Coritiba e de sua exponencial performance no Cruzeiro, onde conseguiu a proeza de levar o clube por duas vezes seguidas ao título brasileiro.
Tudo, neste mundo, tem começo, meio e fim. O Cruzeiro, ainda que respeitando tudo o que fez Marcelo, sentiu que era chegada a hora de substitui-lo.
Desprovido de sentimentalismos, não hesitou em fazê-lo, começando a obter, de imediato, os frutos decorrentes da chegada do novo treinador.
Foram duas vitórias sequentes, contra o Flamengo e contra o maior rival, o Atlético Mineiro que catapultaram o Palestra Mineiro a uma posição menos incômoda na tabela. Já o Palestra original...
Eu, que fui um apoiador de primeira hora da contratação de OO e que muito torci para que ele realizasse um trabalho condizente com a sua capacidade e currículo, também no Palmeiras, sou adepto de sua dispensa do comando técnico do Verdão.
Precisamos de um choque de gestão que possa motivar o elenco e que reconduza a equipe pelo caminho das vitórias.
Se for possível aproveitar a inteligência, a experiência e o carisma de Oswaldo como supervisor ou coisa assim, muito melhor!
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O Palmeiras está tentando contratar o atacante Rildo da Ponte Preta.
Rildo é aquele que esteve emprestado ao Santos e que não vem sendo aproveitado pelo time de Campinas.
Endosso e aprovo a contratação pois se trata de uma esplêndida opção para o jogo pelo flanco esquerdo.
Além da ótima condição técnica, Rildo representa aquilo de que mais estamos carentes, pois é um atacante de altíssima velocidade e estupendo improviso.
Tomara que a negociação venha a se confirmar.
Em tempo: pelo que me informaram, é indicação de Oswaldo! (AD)
NA TV
Um show, a transmissão de Jota Júnior do Figueira x Palmeiras.
Além da clareza vocal e da precisão do relato, Jota foi sério na análise de TODOS os lances do jogo, mesmo aqueles que suscitam discussões.
Não foi à toa que Milton Leite, quando o anunciou, o chamou de Mestre, um merecidíssimo epíteto.
À sombra do mestre, Vilaron esteve ótimo nos comentários, tanto e quanto Alexandre Oliveira e o repórter, imagino, catarinense Alisson Francisco, que participou da transmissão.
Quem dera, todas as transmissões de jogos do Palmeiras na TV tivessem a qualidade e a isenção da transmissão de ontem do Sportv. (AD)