Observatório Alviverde

03/09/2011

O PROBLEMA DO PALMEIRAS É MUDANÇA DE TÉCNICO! NÃO, MUDAR DE TÉCNICO!

 

Não sou o dono da verdade, mas sou o dono de minha opinião.

Respeito as opiniões antagônicas e dou boas vindas ao contraditório porque meu velho pai já dizia: “da discussão, nasce a luz”. È de que o Palmeiras, hoje, mais necessita.

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Posso ser contestado, xingado, voto vencido, mas nessa questão aventada de mudança de técnico sou categórico: esta não é hora de Felipão sair.

Sinceramente, não sei porque batem tanto nessa tecla, quando exemplos bem recentes evidenciam que os nossos problemas, muito mais, são endógenos, isto é, internos e, muito menos, exógenos, quer dizer, externos.

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Se vocês querem saber mesmo, o Palmeiras, nestes tempos, reedita o nosso maior rival, o Gambá,  nas décadas de 60 e 70, época da fila de 23 anos sem ganhar títulos.

Lembro-me bem!

A facção de Vady Helou (não me lembro mais da grafia do nome) era acusada de fazer tudo para que a facção de Mateus não alcançasse títulos e vice versa.

O Corinthians vivia sob o guante das ondas, dos boicotes , da fragilização e desestabilização emocional dos elencos, do suborno a árbitros para apitarem contra o próprio time e, até, pasmem, dos jogadores corintianos. Não sei se vamos chegar ou se já chegamos a tais extremos no Palmeiras.

O ambiente venenoso, gerado por grupos de conselheiros e de dirigentes em eterno conflito, carregados de inveja e ambição e em constante briga pelo poder, faz supor que muita coisa errada e estranha vem rolando há anos no clube e, principalmente, no time.  

Em razão disso, se me permitem uma sugestão, peço, encarecidamente, aos meus amigos palmeirenses, que analisem a relação Felipão/Palmeiras com isenção e reflexão, sob um prisma diferente da emoção e do radicalismo que tenho lido em muitos comentários

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Se mudar de técnico resolvesse a nossa situação teríamos sido campeões brasileiros há três anos com Muricy Ramalho, que levou o São Paulo três vezes ao título brasileiro e o Fluminense, no ano passado.

No Palmeiras, Muricy esteve longe de dar certo. Belluzzo queria Muricy, Cipullo não queria a saida de Luxa. Belluzzo demiitiu Luxa e Cipulo, Muricy! Como poderia dar certo?

Reparem que Muricy não apenas conseguiu perder aquele brasileiro como nem à Libertadores conseguiu chegar.

De quebra, o Palmeiras de Muricy sofreu derrotas humilhantes no Paulistão determinantes para a a sua demissão, ironicamente, através de quem deveria, de fato, ter sido demitido, Cipullo.

Digo mais: ainda que com um grupo de jogadores de melhor nível do que o atual, Muriçoca nem triscou nos primeiros lugares.

Felipão, ao menos, chegou perto no Paulistão, na Sul-Americana e ainda tem chances efetivas de chegar neste Brasileirão, principalmente agora que recebeu reforços para o ataque, até então, o nosso calcanhar-de-aquiles.

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A cobrança que está sendo exercida sobre Felipão, em meu ponto de vista,  está sendo odiosa, insana, irracional, desproporcional…

Se Muricy foi pior, (um milhão de vezes) do que Felipão, por que tratam o gaúcho da forma radical como o estão tratando?

Felipão tem os seus erros, mas quem não os tem? Muricy jogava numa retranca feroz, tanto e quanto joga Felipão, mas ninguém dizia nada.

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Creio que já chega de atribuir a treinadores os fracassos do clube.

Entra técnico, sai técnico, entre mais renomados e menos renomados, entre velhos e novos, experientes e inexperientes,  conhecidos, desconhecidos e nada muda.

Não muda por quê?

Porque o nosso problema não tem sido e não é a ausência de técnicos competentes.

Qual clube brasileiro teve, em seqüência, Luxa, Muricy e Felipão, os três maiores e melhores treinadores das últimas décadas? Nenhum!

O que mudou com as trocas ocorridas? Nada!

E vêm muitos dizer que devemos contratar Renato Gaúcho? Quais as credenciais desse rapaz? Que trabalhos importantes realizou? Quantos títulos conquistou?

Se for pelo fato de ter sido um jogador famoso, há centenas iguais à ele ansiosos pela oportunidade em um clube como o Palmeiras. Detalhe: Custariam bem menos aos nossos cofres.

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O problema do Palmeiras, repito, pela enésima vez, não é o técnico, é diretoria.

O clube não tem, hoje, dirigentes capacitados como tinha, antigamente, à altura das exigências de um clube de nosso porte,  grandeza e tradição.

A maior liderança do Palmeiras, infelizmente, é deletéria, é destrutiva, é do mal e para o mal!

Estamos indigentes, absolutamente desertos de homens, de líderes carismáticos e de idéias.

Felipão é apenas mais um técnico a ser sorvido no torvelinho das paixões de uma torcida irada, tradicionalmente inquieta, passional, imediatista, enceguecida, e traumatizada por constantes derrotas e pela ausência de títulos.

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Tenho lido algumas manifestações de  companheiros de blog, que me entristecem muito.

Não porque colidem com as minhas idéias, mas colidem com o clube.

Aliás, só um palmeirense consegue perceber que foram escritas por outro palmeirense, em razão do tamanho das heresias que só não são maiores, certamente,  do que a paixão que quem as escreveu tem pelo Verdão.

Então a gente para, respira, suspira e compreende. Só não aprova! Como aprovar insensatez!

Quando leio tantas loas e elogios a Lincoln, entronizado por muitos como um craque de primeira linha que nunca chegou a ser e nem, tampouco é, fico pasmo e perplexo.

Não consigo compreender como enaltecem um  jogador ardiloso, manhoso, calculista, mineiríssimo, que treinou muito mais na fisioterapia do que, propriamente, nos gramados da Academia.

Eu o conheço desde que começou no Galo e sei porque meu particularíssimo amigo Afonso Paulino o negociou com o futebol alemão!

O Palmeiras, estejam convictos, não vai passar ileso da gana jurídica de Lincoln, muito perto de encerrar a carreira, independentemente, talvez, de cumprir os compromissos.

Detalhe: até a página 999 desta novela, o Palmeiras está errado, mas espera-se que na página 1.000 o Palmeiras feche o livro e a conta, com o principal, os juros e correção, prtincipalmente correção!

O Palmeiras vai gastar uma nota preta pela incúria do Sr.Cipullo, um profundo (des)conhecedor de  futebol.

Com o seu indefectível olho clínico e à custa de muitos euros, foi buscar na Europa um veterano inativo, com a bazófia de que estava contratando um dos melhores jogadores do planeta .

Quando leio (perdoem-me a sinceridade) que Lincoln é um  intelectual. preparado, “estudado” e de nível maior do que a média dos jogadores, fico estarrecido porque o conheço desde que começou no Galo Mineiro e sei que não é nada disso..

Sei que ele é inteligente, que fala, corretamente o português, que coloca bem as palavras, os erres e os eles mas isso não significa que ele seja o portento cultural que tantos proclamam e, menos ainda, um líder de classe.

Se fala bem é porque, de Minas Gerais para cima, os estados e regiões não sofreram tanta influência da imigração,  e o português é mais bem falado por questões de atávicas, de costume e de tradição. Só isso!

Ainda que Lincoln fosse tudo o que imaginam, o falar bem não entra em campo. Dentro do retângulo de grama, o que vale, mesmo, é a linguagem da bola e esta, ele já não fala há muito tempo. Nem sussurra!.

Na verdade Lincoln só jogou bem enquanto teve bom físico a apoiar a sua, vá lá, boa técnica. Hoje é, apenas, uma caricatura do bom jogador que foi. Eu disse, bom e foi! Quem tem olhos para ler, leia e capacidade para entender. entenda!

Ele não tem mais nada, absolutamente nada de útil ou de proveitoso a acrescentar ou a oferecer a nenhum clube no estágio técnico e físico do atual futebol profissional no Brasil.

Menos, ainda, em  um clube da exigência do Palmeiras que entra em campeonatos com a responsabilidade precípua de , no mínimo, disputar títulos.

Ele é mais um baixote enfeitador sem força e sem físico, igual a tantos que passaram pelo Palmeiras e não deixaram saudades.

Sua contratação, está provado, foi um equívoco.

Alguém sentirá, honestamente,  saudades de Lincoln? Quem sentir, desde que esteja sendo sincero,  que me atire a primeira pedra!

O que me irrita é que usam as declarações de um “morto” a um canal (o Sportv) em um programa cujo produtor, corintiano, adora difundir matérias que fomentem crises no Palmeiras, e, pior, que isso seja usado como justificativa ou pano de fundo para se falar em demitir Felipão e amentar o volume das críticas.

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A grande verdade é que pouca gente gosta de cobranças e, muito menos de líderes enérgicos, que  impõem disciplina, método e obediência às suas órdens em busca dos resultados colimados. Felipão é assim! 

Entendo que mesmo os jogadores mais técnicos têm de colaborar na marcação porque o futebol é um jogo coletivo. 

Acontece que,  para exercer esse papel qualquer atleta tem de estar voando em campo. Para voar em campo é necessário estar bem fisicamente. Para estar bem, fisicamente,  é necessário treinar. Perguntem a Felipão se Lincoln gosta de treinar! Se não acreditarem nele, pertuntem-me, por favor!

Digam todos o que digam, pensem todos o que pensem, o que Scolari disse a propósito de de Lincoln, creiam firmemente nisso, é verdadeiro:

“ - É bom ele dizer que está feliz no Avaí, com o Palmeiras pagando 70% do salário. Como é bom ter felicidade assim... Agora dentro de campo, correr, treinar, dar carrinho, aí é brabo.

“ O tempo vai se encarregar de dar uma resposta a vocês”.

Pego gancho na última frase de Felipão e aposto que Lincoln, que nunca gostou de treinar, nem quando jovem, vai ajudar a afundar o Avaí no buraco fundo da segunda divisão.

Vai fazê-lo não só porque é “bananeira que já deu cacho”, como pelo cisma que, certamente, vai provocar no jovem elenco avaiano, se não conseguir a titularidade.

Das alegrias possíveis, decorrentes da aquisição de um  “chinelinho pom-pom” , a torcida do Avaí já desfrutou de duas, a chegada de Lincoln e os dois gols marcados

A maior delas, certamente, virá quando ele retornar ao Palmeiras para, conforme adiantou na entrevista, estudar uma ação na justiça contra o Verdão que, para mim, parece certa tanto quanto dois mais dois são quatro. Será que o Avaí vai escapar?

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Felipão tem errado muito, mas convenhamos, trabalhou com os jogadores que o Palmeiras tinha no elenco, mais algumas poucas  e modestas indicações. Até reduziu a folha de pagamento.

Nesse aspecto o seu erro maior foi ter indicado Rivaldo, um jogador absolutamente comum, sem estofo para vestir a nossa “maglia”. Em compensação trouxe Tiago Heleno .

Henrique disse, claramente, que optou pelo Palmeiras também pelo fato de Felipão ser o treinador.

Gérley dá pinta de que vai ser útil, Ricardo Bueno é uma incógnita e Fernandão eu não tenho nenhuma dúvida de que foi uma ótima contratação. Carmona está chegando!

Então, não são tão desastrosas como muitos apregoam, as indicações de Scolari, também usadas por seus desafetos visando a demiti-lo.

O que não entendo é que, mesmo sabendo que a diretoria não queria e nem quer contratar ninguém alegando falta de dinheiro, ainda assim transferem toda a culpa ao técnico.

Seu maior erro tem sido o defensivismo exagerado (ele tem errado muito neste aspecto) e a escalação de times repletos de volantes de contenção sem nenhuma força ofensiva.

Outro erro palmar é exigir de jogadores fisicamente frágeis, “trabalhos de Hércules” para  impor uma marcação de campo inteiro sem entender que atacante cansado tem dificuldades para penetrar nas defesas, para chutar e para fazer gols.

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Na convivência com centenas de preparadores físicos, ao longo de 40 anos na função jornalístico-esportiva, aprendi algo muito importante:

No futebol moderno, em que o físico acaba, não raras vezes, prevalecendo sobre a técnica,  os times vencedores têm de marcar muito, sim, mas na chamada meia-pressão.

Têm de exercer o rigor de marcação e chegar junto, mas, sempre do meio de campo para trás.

O procedimento visa a economizar energia e atrair o adversário para o ataque, e surpreende-lo no com terreno livre, e marcação aberta, em velocidade, no contra-ataque.

Essa seria a forma mais inteligente de exercer o esquema que, a exemplo de Murici, de Roth de Tite e de tantos outros técnicos, sobretudo os gaúchos da escola de Enio Andrade, também é  adotado por Felipão.

A tal marcação da saída de bola, a maioria das vezes desgastante e infrutífera,  pode ocorrer uma vez ou outra, como opção, mas nunca como uma sistemática de jogo conforme acontece com o Palmeiras. Desse jeito não há tatu e nem atacante que aguente.

Jogar marcando a saída de bola, quando não se tem jogadores com capacidade física e aeróbica para isso, (é o caso do Palmeiras)  não passa de um desperdício de talentos e, na maioria das vezes, um tiro no pé.

Vejam que os nossos atacantes marcam tanto, mas tanto e tanto, que ficam sem fôlego para exercer a principal função que é atacar e fazer gols.

Quando conseguem chegar tocando estão cansados, esfalfados, já sem força para uma finalização consistente e certeira.

Essa é a razão precípua da esterilidade de nosso ataque e a explicação mais lógica do porquê perdemos ou deixamos fe fazer tantos gols.

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Felipão erra, também,  em insistir com determinados jogadores como, por exemplo, Tinga e Vinicius que não têm correspondido nunca, apesar das  tantas oportunidades que receberam para entrar no time.

Mesmo sabendo que a principal jogada de seu esquema é a bola parada de Assunção, Felipão também erra ao manter esse jogador até o final de todas as partidas mesmo quando ele já não dispõe mais  de condições físicas para permanecer em campo, restringindo o poder de marcação da equipe.

Perdemos ou deixamos de ganhar muitos jogos por isso! Por isso perdemos a final a Sul-Americana para o Goiás!

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Esse rodízio mandraque de goleiros inventado e imposto por Scolari em função do amigo Marcos, também não vem pegando bem. Não funciona! Prejudica o time!

Goleiro tem de ter sincronismo total com a defesa, na bola e no grito. O primeiro gol do Botafogo dificilmente sairia, fosse Marcos o goleiro. Seus gritos constantes colocariam a defesa em prontidão!

Independentemente de quem seja o nosso guarda-redes titular, é necessário constância de atuações, sem o que não haverá pleno entrosamento defensivo!

Goleiro precisa, mais do que qualquer jogador de outra posição, de ritmo de jogo. Pela primeira vez levamos três gols em um jogo neste brasileirão! eola estava meio sem ritmo de jogo

Marcos e Deola, principalmente Marcos, são goleiros acima da média geral e tanto um quanto o outro pode jogar. A indefinição é ruim para os dois e para o time. O rodízio é burro e desaconselhavel!

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Creio que devamos, todos, continuar as críticas contra Felipão, aumentando, até, o tom das cobranças, mas de uma forma construtiva.

O que sinto, neste momento, é que há uma ânsia indomável e incontida de grande parte de nossa torcida pela deposição imediata de Scolari, mas, quem tem bom-senso sabe que este não é o melhor caminho. Até Frizzo sabe disso!

Não fosse assim Felipão teria sido demitido sumariamente após a coletiva desta tarde, pego pela palavra, quando declarou a propósito de seu contrato:

“ Por mim eu já disse 10 vezes. Trouxe minha família, não tenho intenção nenhuma de sair, mas é dose, precisa ter saco para aturar todos os dias as mesmas bobagens. E o pior é que eu sei quem faz isso, portanto vou dizer: amanhã, zero o Palmeiras me paga, vou embora, zero pago ao Palmeiras, vou embora, mas quero isso no papel.”

Só um homem de bem age assim!

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A propósito quem seria o técnico ideal com capacidade para dirigir com ,eficácia o grupo apenas razoável de jogadores que temos hoje, bastante melhorado com os reforços que chegaram e, devagarinho, vão se ajustando e se adaptando:

Renato Portalupe? Candinho? Galo? Levir Culpi? Jair Picerni? Márcio Araújo, Valdir Espinosa? Bonamigo? Jair Pereira? Márcio Araújo? Sebastião Lapola? Marco Aurélio? Paulo César Gusmão? Toninho Cecílio? Osvaldo de Oliveira? Paulo Autuori? Jair Picerni? Estevam Soares? Marcelo Vilar? Nelsinho Batista? Émerson Leão? Afinal, quem?

Alguém sugere outro nome?

É óbvio que entre todos os mencionados existem uns poucos profissionais capacitados a dirigir o Palmeiras. Qual deles, porém, é melhor que Felipão?

A propósito fiquei sabendo por um amigo da imprensa paulistana que Émerson Leão é o nome favorito de Frizzo caso Scolari entregue o cargo. Vale a pena essa troca?

Meus amigos, se Arnaldo Tirone, que do velho Tirone só tem mesmo a descendência,  tivesse culhóes para afastar Frizzo (ele não tem), o Palmeiras faria um melhor negócio do que demitir Felipão. Em qualquer circunstância!

Como se nota, o problema esta em cima, na cumeeira, na chaminé. O buraco, desta vez, não está mais embaixo!

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