Observatório Alviverde

05/12/2016

INTER JÁ COMEÇA A RECLAMAR QUE O PALMEIRAS VAI JOGAR NA BAHIA SEM A SUA FORÇA MÁXIMA!


Dirigentes do Inter já estão criticando o Palmeiras por não colocar em campo domingo que vem em Salvador contra o Vitória, a sua força máxima.

Eles estão certos, os gaúchos, em reclamar?

O que você pensa sobre o assunto?

Torcerá pela queda do Inter que em 2002 se acertou com o Paysandu e ajudou o Palmeiras a cair pela primeira vez?

Ou torcerá pela queda do Vitória que também fez tudo para rebaixar o Verdão em 2002?


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Aqui, agora, o assunto é outro!

É o desabafo de um velho cronista, testemunha ocular de tudo o que aconteceu dos anos 50s a esta data!

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Meus amigos

Deixo estampados neste OAV o meu protesto e a minha revolta pela demagogia daqueles que se acostumaram a usar a comoção pública certamente visando a proveito próprio ou a lucros futuros.

A manobra do Inter tentando usar o infausto episódio da Chape foi patética e indecente, indigna de um clube do estofo, dimensão e prestígio do Colorado gaúcho. Uma vergonha!

Ontem, da mesma forma, vi um anúncio no Sportv e confesso-lhes, não acreditei no que lia  .

Implorava aos brasileiros uma colaboração financeira à Chape, como se o clube catarinense fosse uma entidade assistencial em insolvência e os jogadores desaparecidos -todos- autênticos indigentes!

De uma hora para outra a superavitária Chape, cuja arrecadação sempre foi suficiente para que mantivesse bons elencos, contratasse jogadores de nomeada no futebol brasileiro e até algumas estrelas como Cléber Santana e outros, como uma obsessão, transforma-se (para a Globo, para a Globo, para a Globo),  em algo muito mais importante do que todas as demandas sociais deste país!
 
E, no entanto, quando um ônibus que ia a Bertioga conduzindo estudantes acidentou-se matando quarenta jovens comuns, a maioria sem emprego ou salários, não vi nenhuma movimentação global no sentido de ajudar, de amparar as famílias enlutadas, a maioria pobre e sem recursos.

Programa especial sobre os estudantes desaparecidos, transmissões ao vivo do local do acidente, parada na programação para  a exibição de imagens? Sequer pensaram nisso!

Resumiu-se, tudo, em noticiários curtos nos telejornais do dia seguinte ao acidente e nada mais!

Pergunta intrigante, pertinente e que não quer calar: qual a razão desse tratamento tão diferenciado?

Um jogador de futebol, um dirigente, um cronista esportivo (coincidentemente sou um deles) , vale afinal, mais do que um estudante ou do que um cidadão comum?

A Globo -filiadas e afilhadas- nem cogitou de interromper, sua programação ou transmitiu qualquer programa especial acerca do pavoroso desastre coletivo no litoral paulista! Soou aos olhos e ouvidos dos brasileiros como um desastre comum com poucas vítimas... E, no entanto, foram ceifadas quarenta vidas de jovens em tenra idade.

Da mesma forma, a Globo jamais pediu aos telespectadores que ajudassem as famílias enlutadas, todas elas obrigadas a arcar com as despesas de translado e sepultamento de seus entes queridos.

Quero deixar claro, evidente e patente que, na qualidade de um palestrino da velha guarda solidarizo-me, de "anema e cuore", isto é, de alma e coração com a Chape e com todo o povo de Chapecó, clube que nasceu inspirado no Palmeiras em uma cidade onde estive apenas uma vez, na década de 90, transmitindo um jogo de volei do Minas Tênis Clube.

Não é contra a Chape que estamos nos insurgindo, mas contra os exageros de uma rede televisiva que superdimensiona uma tragédia em próprio proveito e, a fim de fazer média,  implora por esmolas (para quem não precisa de esmolas), a um povo cada vez mais sacrificado e oprimido.

Não dá mais para suportar a Globo, que parece não possuir a exata dimensão do sentimento e da sensibilidade de seus telespectadores, sobretudo dos mais esclarecidos, por sua insistência em promover o sensacionalismo barato explorando uma tragédia e trate um acidente aéreo de forma tão diferenciada, a ponto de omitir completamente o que estava ocorrendo no país e no mundo.

Foi demasiada a exploração da tragédia, a ponto de congelarem o noticiário comum, importantíssimo.

Em razão disso,  a maioria dos brasileiros, comovida,  nem percebeu que malgrado a gravidade do acidente, a roda do mundo girava e a vida, paralelamente, continuava, até mesmo no mais recôndito âmago do abjeto parlamento brasileiro, contumaz traidor do povo, ressalvadas mínimas exceções.

A anestesia da Globo (acompanhada imbecilmente pelas redes televisivas que eternamente a copiam e imitam)  induziu o Brasileiro a descuidar-se da vigilância e a pensar por um momento que o único fato existente no mundo naquele instante era o acidente que vitimou o time catarinense.

Isso facilitou e possibilitou a aprovação, à toque de caixa e em cima das pernas, dos deputados e senadores (eles fingem que sim, mas jamais se sensibilizaram com o acidente da Chape e nem se sensibilizariam com nada), de leis que salvam-lhes o patrimônio e a própria pele, ainda que na contramão dos interesses de toda a nação brasileira.    

Em razão não apenas disso, mas, sobretudo pela covarde perseguição imposta por sua linha editorial ao Palmeiras há largos e longos anos,  assisto muito pouco à Rede Globo, embora não negue que, com uma certa frequência, vejo alguns de seus canais alternativos por absoluta falta de opções.

Moral da história: se a Globo não existisse o Brasil e os brasileiros viveriam muito melhor! (AD)