Observatório Alviverde

12/02/2016

DIANTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS E LIMITAÇÕES DO FUTEBOL DE HOJE, EU CONTRATARIA MARCELINHO PARAÍBA PARA ESTA TEMPORADA!

Marcelinho Paraíba

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Não me tachem de incoerente pela "absurda hipótese", irrealizável!
Fique claro, acredito sempre que futebol se faz com a juventude.  MP é uma exceção!
Viram quanto ele correu contra o Palmeiras? Tem sido assim em todos os jogos dele aos quais tenho assistido!


A nova crônica esportiva, com as exceções de praxe,  posa, nestes tempos de Internet, como revolucionária.

A maior parte de seus integrantes se auto intitula mais sapiente, mais bem informada e intelectualmente superior aos profissionais antigos que, fora do ar, são chamados, desprezivelmente, de demodês e até de superados.

Envolvidos pela soberba alguns "profissionais" de hoje nem percebem ou, se percebem, se omitem, que entre TODOS os profissionais existentes atualmente na crônica esportiva paulistana(rigorosamente, TODOS), não existe narrador de rádio algum que possa ser comparado a Fiori Gigliotti nem, em TV, ninguém que seja ou tenha sido melhor do que Luciano do Valle.
  
Em matéria de comentários, então, a defasagem é ainda maior. 

Se alguém pudesse ouvir um cronista antigo, ainda que um mediano daquela época e o comparasse com QUALQUER entre os melhores da atualidade, verificaria sem a mais mínima dificuldade que o mediano antigo era melhor, muito melhor. 

Imaginem, então, se os parâmetros comparativos fossem os expoentes, isto é, os melhores comentaristas de antanho!

Para que não tenhamos de ir tão longe e para que nem se perca tanto tempo sobre o tema, sepulto todos os argumentos contrários à minha tese ao perguntar

Quem, considerando-se TODOS os comentaristas da atualidade é melhor do que Sérgio Cunha, Dalmo Pessoa ou do que o eclético Orlando Duarte, os três ainda entre nós?

Quem, entre TODOS os atuais pode ao menos ser comparado aos corintianos Loureiro Júnior e a Carlos Aymard? 

Quem?

Maurício Noriega? Oswaldo Pascoal? Paulo Calçade? Flávio Prado? Fábio Sormani? PVC ? Ou Morsa e China, que fazem parte das duas gerações? 

Como não ouço rádio há vários anos fico sem saber se teria surgido no rádio paulistano alguma outra voz, uma revelação, algum novo fenômeno da comunicação.

Na última vez em que liguei um rádio a Rádio Globo apresentava aos ouvintes mais um invasor da profissão, o ex lateral curicano, o violento e botineiro Elias de parca cultura. 

Desisti, então, de ouvir rádio, mas se alguém souber de algum profissional novo e talentoso que tenha surgido na mídia, por favor, me informe. Quem sabe me motive a ouvi-lo! 

Fizemos questão absoluta de citar nesta postagem os comentaristas mais famosos da atualidade e considerados, também, os melhores, todos eles, aliás, egressos, do jornalismo esportivo.

Entre os invasores da profissão, isto é, aqueles provindos dos campos de futebol, tipo Casagrande, Vampeta (até ele tiveram a coragem de impor à classe), Tostão, Júnior, Mário Sérgio, Neto Curica, Roger Flores e até o ex-palmeirense Veloso, não vejo, ao menos, um que se salve. 

A maioria absoluta de ex atletas, falando de futebol é medíocre e os menos ruins, tipo Caio, não passam de, no máximo, meias-bocas, sem nenhuma exceção!

Noriega mesmo não sendo uma sombra magra do que foi seu pai, técnicamente é o melhor entre todos os comentaristas da atualidade.

E o é apesar da pouca contundência verbal, como se não bastasse o seu velho hábito de, nos lances de arbitragem, firmar posições constantes (algumas delas irritantes) sempre contra o Palmeiras sob quaisquer circunstâncias! 

Por ser assim e ser palmeirense, ele, certamente, se imagina cem por cento isento e imparcial, mas falha no quesito a partir de sua relação, mais realista do que o rei, quando se trata de seu time de coração! 

Oswaldo Pascoal é fluente e tem estilo próprio, mas trata-se de um comentarista-repórter que não tem o condão de penetrar com profundidade nos meandros técnicos e táticos do jogo ou de focar na essência e na filosofia do futebol.

Mas se há um analista bem informado, que conhece os bastidores tanto e quanto a alma dos dirigentes, técnicos e jogadores é ele, não obstante a sua incorrigível vocação para o folclore! 


Paulo Calçade entre todos é o que tem a melhor voz, mas deixa a desejar quando levanta teses desprovidas de nexo como a última que, perplexo, ouvi.

Ele afirmou taxativamente que "não já não existe mais essa história de jogador especialista em armação" haja vista que o futebol é coletivo e que cada jogador tem que saber fazer tudo, citando como exemplo o Barcelona, mas essa é uma meia verdade!

Desconhece, ele, que existem as diferenças e aptidões individuais e não fosse assim não haveria especificações ou guarnecimento de posições e qualquer goleiro poderia ser centroavante ou ponta esquerda.

 PVC, o comentarista histórico, é o introdutor na comunicação brasileira do estilo retrospectivo total, de conteúdo exclusivamente histórico, mas nem nesse quesito ele consegue ser um precursor.  O grande Mauro Pinheiro (cearense e palmeirense) já o fazia na Rádio Bandeirantes, décadas atrás. 

A "pequena" diferença entre Pinheiro e PVC é a de que, a partir da informação histórica, "o senador", como era conhecido pela beleza e pela classe de seu discurso, analisava o jogo com conhecimento de causa e propriedade.

Ademais, Mauro Pinheiro que não era  o "Repórter Esso", mas foi uma testemunha ocular da história sempre reconheceu a legitimidade do título do Palmeiras, o Mundial de 51 conquistado em campo sobre as melhores equipes do planeta à época que PVC esforçou-se e fez tudo no sentido de que não fosse reconhecido, talvez para fazer média com Juca, Trajano e com todos os antipalmeirenses da ESPN..

Flávio Prado, parcialíssimo bambi e "mediador" curintiano, ao contrário de Noriega em relação ao pai, não é nem sombra de seu filho jornalista (muito melhor) que comentava na Rede de TV, de cujo nome não me lembro agora.

Fábio Sormani, com potencial para ser entre todos um dos melhores, jamais o será por seu indômito e incontrolável fanatismo pelo Santos, que o torna, entre todos os analistas brasileiros, o campeão de chatice e antipatia. 

Sormani não consegue falar nem da contusão de Cleyton Xavier sem introduzir um exemplo do Santos ou, simplesmente, mencionar a palavra Santos.  Sugestão: ele deveria mudar o sobrenome passando a chamar-se Flávio Sormani do(s) Santos. 

A respeito de Morsa e China, excelentes quanto à forma de comentar e  intermediários entre as gerações,  ambos têm a credibilidade de notas de três e sete reais, em decorrência do  fanatismo exacerbado e confesso, respectivamente, pelo Santos e pelo Curica. 

Os dinossauros Juca e Trajano estão fora da relação porque além de não figurar entre os melhores da profissão(são muito fracos) estão, muito mais, para homens da máquina de escrever do que, propriamente, para as câmeras e microfones, em face da flagrante falta de talento para o desenvolvimento dessas funções. 

Mas se depois de tudo o que eu disse, houver alguém que ainda ouse contestar as minhas comparações e afirmativas eu coloco na berlinda Barbosa Filho, Milton Peruzzi e um Pelé dos comentários em todos os tempos que atendia pelo nome de Mário Morais. Alguém (como dizem os mais novos) vai encarar?

Quem, em sã consciência, poderá comparar qualquer analista de hoje (eu disse qualquer) com os "monstros" da comunicação esportiva que nos deixaram um legado de postura profissional, técnica verbal e ensinamentos que faculdade alguma terá capacidade de legar?

Os cronistas de hoje, influenciados (creio eu) pelos Jucas e Trajanos da vida, de muita empáfia e pouca eficácia tanto e quanto por outros que batiam palmas para os analistas de TV e Rádio das gerações passadas, sentem-se agora verdadeiras vedetes da comunicação que jamais conseguiram ser e, jamais, haverão de se tornar.

Estiveram sempre e ainda estão muito aquém de quase todos eles. Em razão disso, obrigaram-se a esperar que os antigos morressem para ocupar-lhes os lugares.

Alguns, como Juca, não satisfeitos em apenas contribuir com suas opiniões, engajaram-se na política para a materialização e prevalência das mesmas.

Assim, tentaram (e conseguiram) influenciar diretamente no futebol e o fizeram politicamente, levianamente, irresponsavelmente, sempre copiando a Europa, haja vista a Lei Pelé, sentença de morte lenta aplicada aos clubes e ao próprio futebol e a consagração financeira dos empresários atravessadores com o apoio incompreensível de 95% da classe midiática.

Solicitando aos blogueiros deste OAV desculpas pelas digressões (o assunto é sério pois envolve a sobrevivência dos clubes e do próprio futebol) quero voltar ao tema que mostra a arrogância de tantos profissionais, sobretudo os da TV dispostos a pulverizar até os jargões dos profissionais que os antecederam na função, em flagrante e completo desrespeito.
 
Muitos deles, à frente das câmeras afirmam, com a maior desfaçatez "que a palavra volante não deve mais ser usada, tanto e quanto o termo meia-armador e outros", como se fossem eles que determinassem a nomenclatura a ser usada pelos cronistas brasileiros.

Lembro-me de uma passagem que tive com João Saldanha em uma viagem à Colômbia (ele já era comentarista da Rádio Globo do Rio) a propósito do termo quarto zagueiro, que passou, de repente, a ser usado em São Paulo e que muito o irritava.

Saldanha me dizia, contando os dedos com a mão direita sobreposta à esquerda "diga-me como pode existir um quarto zagueiro se pelo lado direito, depois do goleiro vêm o lateral direito e o zagueiro central e do lado esquerdo existe um zagueiro no meio e um lateral pela esquerda?

Tentei argumentar que a expressão paulista provinha do fato do "centro-médio" ou "chefe de médios" que passou posteriormente a ser conhecido como "volante de contenção" recuar tanto para ajudar a defesa que ele passou a ser considerado mais um zagueiro. Mas quem, neste mundo, teria o condão de convencer Saldanha de que a expressão "quarto-zagueiro" era correta? 

Sintam, todos, que essa questão de conservadorismo não está restrita às velhas gerações como alguns novos chegam a proclamar, mas trata-se de uma forma de resistência a tudo aquilo que determinados indivíduos elegeram como certo, correto e ideal e dele não abrem mão sob quaisquer circunstâncias.

Entretanto, neste caso, tenho, senão a certeza ou a convicção, a desconfiança de que muitos comentarista, neste momento, estão mudando até nomenclatura do futebol visando a influenciar a diretoria do Palmeiras a permanecer estática, esperando por Cleiton Xavier e sem tomar uma providência visando a contratar um armador.

Talvez temendo que um jogador dessa característica entre, arrebente com o jogo e acerte o time, Mattos, Marcelo, Paulo Nobre e companhia, insistem em desconhecer a necessidade da contratação desse jogador, importantíssimo, que o Palmeiras não tem.

Quem sabe esse jogador esteja em nossa base tanto e quanto estava Mateus Sales ou, até, seja o próprio Régis que Marcelo Oliveira insiste em não testar, colocando-o para jogar.

Aliás, se for para não colocar em campo, testar e aproveitar, Mattos pode contratar quem quer que seja, até Messi, que de nada vai adiantar. 

Vamos continuar segurando a cabrita para outros mamar como aconteceu em relação há tantos jogadores que deixaram o Palmeiras sem ser testados adequadamente e mais recentemente com Tobio e Alain Patrick e Kelvin, o garoto talentoso e de ótimo potencial e experiência internacional que transferiu-se há poucos dias para os bambis. 

Mas Nobre, como me disse um amigo, adotou, convenientemente o discurso da mídia e segundo me garantem tem como ponto de honra o aproveitamento de Cleito Xavier, bom jogador, mas muito longe de ser o craque de que tanto necessitamos e com o qual tanto sonhamos.

O Palmeiras, precisa, sim, de um armador!

Ah, e digam vocês, Mattos, Marcelo Oliveira, Nobre, diretoria, torcida e quem quer que seja o que quiserem, tenho coragem suficiente para dizer que na ausência de um jogador mais novo dessa característica, esse armador poderia ser o experiente Marcelinho Paraiba.

Dotado de extrema habilidade pessoal, tanto e quanto de uma inteligência rara para o futebol, superior a qualquer jogador do atual elenco palmeirense na chamada "bola parada" e emérito lançador de curta, média e longa distância, Marcelinho Paraíba ainda está apto para atuar em qualquer time do planeta bola.

O problema da contratação de um veterano tem sempre a ver com sua capacidade física, mas ao que se percebe, Marcelinho parece ter a saúde de um touro de exposição.

Evidenciando ótima capacidade física a julgarmos pelo preparo que tem mostrado e comprovado de uma forma prática em todos os jogos dos quais participa por qualquer time que o contrate, MO, hoje um jogador itinerante, pelo esforço, abnegação, aplicação, seriedade e profissionalismo evidenciado em qualquer clube que defenda, bem que ele poderia vir para o Palmeiras, passar o ano e aposentar-se junto com Zé Roberto.

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