Observatório Alviverde

10/02/2019

O PALMEIRAS TEM DE RESPEITAR O BRAGA AMANHÃ NO ALLIANZ, TIME PERIGOSO E QUE SEMPRE CRIA DIFICULDADES PARA O VERDÃO!



A identificação do Bragantino com Curica é real e transcende ao simples relacionamento "inter clubes". 

Não seria exagero afirmar-se que existe um forte elo, um verdadeiro compadrio entre ambos, o que facilmente se comprova em face das estreitas relações entre os clubes, muito além da simples cordialidade.

O fato não é novo e nem se constitui em nenhuma novidade, haja vista que, desde o tempo em que a família Chedid, ao final dos anos 50s assumiu o comando do CAB iniciou-se um processo de cooperação entre os clubes. Qualquer bom jogador que surgisse no Braga, tinha como destino certo o ECCP , revogados todos os interesses e disposições  dos demais clubes. 

IMPORTANTE: 
Nabi Abi Chedid, líder do clã, deputado estadual por São Paulo em dez legislaturas, presidente da FPF de 79 a 82 e vice presidente da CBF era um fanático torcedor do Corinthians.

COINCIDÊNCIAS :
1) Nabi já era presidente da FPF quando o Curica, que estava na fila do Campeonato Paulista, desde 1954, ganhou o campeonato de 1977 sobre a Ponte, após uma tendenciosa arbitragem de Dulcidio Vanderley Boschila no jogo final, que expulsou Rui Rey por uma pequena reclamação no terceiro jogo da melhor de três. 
2) O Curica voltou a vencer outro Paulistão em 1979.
3) Conforme publicou A Folha no necrológio de Nabi em 30/11/06 : 
"Polêmico, (Nabi) teve seu nome envolvido no escândalo de manipulação de resultados que assolou o Brasileiro e o Paulista em 2005. À época, Nabi foi citado pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho como dirigente que tenta influenciar a arbitragem. O cartola refutou a acusação".
Então eu pergunto: As manipulações (se é que existiram e tudo indicava que sim) só se iniciaram em 2005? É pouco provável!


Apesar de todos esses problemas, o Braga, sob Nabi, num determinado momento de sua história foi grande, tendo vencido o Paulistão de 1990 e revelado um novo técnico para o Brasil, nada mais nada menos do que o competente e controvertido Vanderley Luxemburgo. 

Eis o time do Braga que chegou ao título na chamada "final caipira" sobre o Novorizontino: 
Marcelo; Gil Baiano, Júnior, Nei (Carlos Augusto) e Biro-Biro; 
Mauro Silva, Ivair (Pintado) e Mazinho (Luís Müller); 
Tiba (Zé Rubens), Mário (Sílvio) e João Santos (Alberto / Franklin). ...

Em 1991 o Bragantino contratou Carlos Alberto Parreira como treinador e o clube chegou ao auge quando foi vice-campeão do Brasileiro ao perder o primeiro jogo para os bambis no Morumbi por 1 x 0 (gol de Mário Tilico) e empatar em Bragança por 0x0. 

O time que disputou aquela final esta este: 
Marcelo; Gil Baiano, Júnior, Nei e Biro-Biro; 
Mauro Silva, Ivair (Luís Müller), Alberto e João Santos (Franklin);
Mazinho e Sílvio. 
Técnico: Carlos Alberto Parreira

Em 1992 o CAB foi o  primeiro clube do interior paulista a disputar a Conmebol e sua grande façanha na competição foi eliminar o Palmeiras  do Ataque dos cem gols impondo-lhe uma goleada de 5 x 1 no primeiro jogo.

O Braga disputou, ainda, mais duas Conmebol, em 93 e 96, mas aquele circulo virtuoso terminaria em 95 quando foi rebaixado para a segunda divisão paulista.

RESUMO DE TUDO:

O time que o Palmeiras enfrenta amanhã, não é qualquer time ou um time qualquer. Tem tradição, tem lastro e tem história, e, como mostram as retrospectivas, sempre fui um time que deu trabalho ao Verdão.

Na mostra de todos os jogos, incluindo os amistosos, a situação é esta:

Foram 33 jogos, com 17 vitórias do Palmeiras, 8 empates e 8 vitórias do Braga (56 gols pró Verdão e 31contra, saldo de 21). 

Já no Paulistão foram 22 jogos, com 11 vitórias palmeirenses, 7 empates e 4 do Braga (37 gols do Verdão, 17 do Braga, com saldo positivo do Palmeiras de 10 gols.

É óbvio que o Palmeiras, como time de primeira grandeza do futebol brasilero, desfruta de enorme vantagem sobre o tradicional adversário que, por suas vez, como frisei, atua sempre pilhado quando enfrenta o Verdão.

Ainda assim há que se valorizar os números de "ranking" do Bragantino, que, entre os pequenos, seguramente, é um dos adversários mais bem sucedidos contra o Verdão.

Sem querer, absolutamente, alarmar o time e a torcida, dada a imensa superioridade do Palmeiras em relação ao bom time interiorano eu só quero mesmo é recomendar cautela e que o time de Scolari não vá para campo ostentando aquele sentimento de superioridade que ostentou contra o Curica e acabou sendo fatal.

Se eu pudesse acrescentar algo à preleção de  Felipão aos jogadores eu, simplesmente, citaria um ditado do tempo dos meus avós mas que nunca perde a atualiade: 
"humildade, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém"!

O Palmeiras precisa entrar em campo amanhã no Allianz, convicto de que é o time grande, de que é o melhor, de que é o mais cotado à vitória, mas não deve (nunca) achar que o jogo seja "favas contadas, que esteja ganho por antecipação ou, também como se dizia antigamente, "dourado no samburá"!

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