Observatório Alviverde

30/04/2014

RECADO DIRETO A NOBRE! LEVANTA, SACODE A POEIRA E DÁ A VOLTA POR CIMA!


 
 Não gostei -meeeesmo- dos rumos que tomou o "affair" Kardec. 

O prejuízo do Palmeiras, imensurável, incalculável, sob múltiplos aspectos, exceto o financeiro,  só ocorreu em face do grande palmeirismo e, simultaneamente, da inexperiência e "cabacismo"de Nobre.

Fosse o nosso presidente mais traquejado e vivido em futebol, teria assimilado a perda do jogador com total tranquilidade (sem deixar que o desespero se lhe estampasse na face) e ido a público para apresentar as razões do fracasso na negociações na mesma hora em que tomou conhecimento da saída do jogador.

Da mesma forma, bastaria divulgar uma nota oficial com o teor que segue, ou semelhante. 

Tudo muito fácil de solucionar mesmo considerando a minoritária faixa dos eternos inconformados e descontes, doentes que conseguem vaiar até "minuto de silêncio": 
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"Fizemos tudo o que foi possível para manter o atleta. Estávamos, ainda, em negociações pela renovação de Kardec, quando fomos surpreendidos por uma proposta imoral e antiética feita pelo SPFC ao jogador, propondo-lhe um salário astronômico, que, em nosso entendimento, pela sua condição de jogador, apenas, mediano o Palmeiras não pagaria.

Em face disso e do próprio investimento em Euro que deveríamos fazer, o Palmeiras comunica a sua torcida que está, oficialmente, desistindo do jogador e vai, agora, partir para a contratação de um substituto no mínimo, à altura, preferentemente de condições técnicas superiores ".
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Fosse Nobre mais vivo, mais esperto, mais solerte, mais engenhoso em idéias e tivesse, ele, uma visão mais abrangente da matéria, já na coletiva, citaria o nome de vários centroavantes que poderiam interessar (ainda que não interessassem) e calaria a boca da mídia!

Eu, que sou um crítico pertinaz do trabalho da imprensa, obrigo-me a mencionar e sublinhar que no episódio Kardec, obrigo-me a citar que boa parte dos profissionais, teve, desta vez, (ao menos entre alguns que vi, li ou ouvi) um compartamento digno e compatível com a situação, em que pesem os idiotíssimos Trajanos, Caios e outros imperadores midiáticos, absolutamente aéticos e clubísticos em suas manifestações.

Gostei do que disseram Mauro e Arnaldo (da ESPN), da mesma forma, Neto e, principalmente, Alberto Helena, notório sãopaulino, porém liberto dos grilhões do fanatismo e do clubismo, completamente livre para dizer o que sente e pensa.

Grande conhecedor da história das conflituosas relações Palmeiras/Bambis, Helena não titubeou em condenar as atitudes caricatas e irresponsáveis do presidente Aidar, disposto a tudo para se autopromover (até a comer bananas, como ele gosta de banana!) ele, um provecto senhor cuja idade mental, mais do que juvenil, é compatível com a de um "dente de leite" no poder!

Dando o assunto por encerrado, já passando, a partir da próxima postagem, à análise de outros aspectos do futebol, apreciaria muito que alguém enviasse este "post" ao presidente do Palmeiras que, segundo fiquei sabendo, esteve no interior do estado do Rio de Janeiro a fim de tentar reverter a situação para falar com o pai de Kardec, oportunidade em que recebeu na cara um sonoro, desleal e aleivoso NÃO!

Precisavam,  Nobre, e, por extensão, o Palmeiras chegarem a um estado de semelhante humilhação em face de um jogador mediano e inexpressivo?

O presidente precisa entender que, se é importante manter o sigilo de certos empreendimentos e negociações, horas existem em que a divulgação escancarada dos mesmos ajudam o clube a contornar situações em que nem o dinheiro resolve, mas a comunicação franca, sincera, honesta e espontânea, certamente que sim! 

A propósito, onde estava o assessor de imprensa do Palmeiras que, embora, ligadíssimo a Nobre, não soube entender o momento vivido pelo clube e não aconselhou o presidente a se manifestar com força, veemência, sinceridade e grandeza, em consonância com a magnitude do Palmeiras?

O lamentável da história é que Nobre sofreu demais com o ocorrido, de forma absolutamente desnecessária, levando a seus detratores o tipificarem como um presidente juvenil, piegas, sentimentaloide e despreparado para governar o Palmeiras.

Eu meu ponto de vista, contrariando o de tantos bloguistas de credibilidade e respeito que frequentam esta página, o episódio em si provou por A + B que a influência de um certo otomano no caso, não passou de uma entrevista que a parte podre da mídia que quer incendiar o Palmeiras foi, desnecessariamente, buscar, com o fito exclusivo de recrudescer e ampliar a crise. 

Digam todos o que disserem, Nobre, apesar do cochilo na renovação de Kardec, vem administrando o Palmeiras com probidade e empenho, em que pese o habitual "concerto das cornetas".

Interessante é que mesmo tendo Nobre emprestado dinheiro ao clube, em vez de elogiar e agradecer, muitos escrevem, irresponsavelmente, que ele o faz por interesse, ao que não respondo que pode ser sim ou  não, haja vista que desconheço o percentual de juros que ele está cobrando do clube.

Entretanto, forçoso é dizer que duvido que ele esteja cobrando juros acima daquele que é praticado no mercado. Fosse assim e os bastidores do Palmeiras já teriam explodido, da mesma forma que a invejosa (tradicional e constante na vida do clube) já teria se manifestado com estrondoso estardalhaço!

O que Nobre mais precisa para um completo amadurecimento enquanto presidente de um clube de futebol, é compreender que o mundo esportivo não é feito -exclusivamente- de alegrias vitórias ou de conquistas.

Ele tem de ter consciência de que quando as derrotas e as decepções sobrevierem, não tem de se abater, de desanimar ou de se prostrar, mas, simplesmente reagir, 

Nobre tem de fazer como manda o principal refrão daquele velho sucesso musical de Noite Ilustrada, (o pai) de autoria do grande compositor paulistano, o zoólogo Paulo Vanzolini, falecido exatamente há um ano, a quem homenageamos dois dias depois do aniversário de sua passagem:

LEVANTA, SACODE A POEIRA E DÁ A VOLTA POR CIMA!

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