Observatório Alviverde

30/08/2012

MUDE FELIPÃO, OU O PALMEIRAS VAI MUDAR DE TÉCNICO!

 

Quem escala o atacante Betinho, limitadíssimo até no exercício de sua própria função, para marcar e correr atrás de beques,

d-e-f-i-n-i-t-i-v-a-m-e-n-t-e,

não está querendo vencer!

Raciocine , “professor” Scolari, ao menos uma vez e aprenda o que todos sabem exceto o senhor e, talvez, Murtosa:

“Se o senhor jogar privilegiando a defesa, como sempre jogou, por que não escala um zagueiro, um volante ou um especialista em marcação em vez de um atacante?”

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Não dá pra entender!

Quem coloca em campo um time recuado, plantado na defesa, cheio de volantes e com preocupações excessivas de marcação, está passando ao adversário um sinal muito claro e evidente de impotência, fraqueza e submissão.

O objetivo claro de Felipão, identificado por sua filosofia derrotista de jogar, pressupõe, como já dissemos em outras oportunidades aqui no OAV  é o de entrar, sempre, em campo para, antes, não perder e, depois, se possível, ganhar.”

Com essa atitude, Scolari está passando aos adversários a senha para que nos devassem a defesa, cheguem fácil ao nosso gol e acabem conosco.

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O Palmeiras, de há muito, deixou de ser aquele time ofensivo e agressivo, de outras épocas.

Quem não se lembra do tempo em que exercia, mesmo antes dos jogos, uma pressão psicológica terrível, infundindo medo e pavor nos adversários.

Naqueles tempos heróicos, eles, sim, é que recuavam, e se guarneciam atrás, covardemente encastelados, na defesa. Justamente como fazemos hoje, sob Felipão.

Hoje, nenhum time - nenhum mesmo - respeita mais os nossos atletas, a nossa tradição e a nossa camisa.

Quando os bambis, as galinhas e outros inimigos,  sarcasticamente,       ironicamente, tripudiam sobre o Palmeiras afirmando que o alviverde transformou-se em uma nova Portuguesa  ou no Guarani da Turiaçu, como rebater tais agressões se o nosso técnico coloca um time da tradição e da dimensão do Palmeiras para jogar como time pequeno?

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Quem deixa um atacante da qualidade de Obina assistindo aos jogos no banco de reservas e escala Betinho e outros iguais, devia ser punido, multado por desperdício de talento.

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Quem coloca Obina, tardiamente, em um jogo, cujo placar tem de ser revertido, com a função de marcar laterais e de cumprir atributos essencialmente defensivos, fora das características desse jogador, mostra, claramente, que sabe muito pouco de bola!

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Quem mantém um esquema tático manjado, pra lá  de ultrapassado, sem alterá-lo sob qualquer hipótese, mesmo com sucessivas e vergonhosas derrotas, passa, publicamente dois atestados nada recomendáveis: um, de teimosia, e o outro, de burrice!

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Se dizia antigamente, quem não arrisca, não petisca!

Felipão é um homem antigo. Será que ele nunca ouviu ou aprendeu isto?

Neste difícil Brasileirão dos pontos corridos, o time que não ousa, empata muito, perde muito e pouco consegue vencer! 

Sem tirar e nem por, esse é o retrato revelado, irretocável, fiel  e em verde e branco,  colhido pelas câmeras implacáveis da lógica, do bom-senso e do conhecimento de todos os palmeirenses que conhecem um pouco de futebol.

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Felipão, técnico consagrado, de passado glorioso, de muitas virtudes e de tantas conquistas, já provou gostar do Palmeiras, Que nem se fale mais nisso!

Entretanto o homão tem se revelado um refratário às mudanças e reciclagens que o futebol moderno impõe a cada temporada e no próprio dia-a-dia..

Não há quem o demova ou dissuada de continuar aplicando a sua imutável e, (com licença de Magri) “imexível” tática, decorrente de seus pensamentos equivocados acerca do futebol que se pratica, hoje, no Brasil.

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Será que Felipão assistiu ao menos o segundo tempo do Fluminense e CU-rintia, ontem, no Rio?

O time da retranca, outra vez ajudado por Meira Ricci e Altemir Hausman, abriu o marcador aos 36 do primeiro tempo e recuou.

Os jogadores do Flu, entrevistados no intervalo do jogo, disseram (todos) que o time partiria pra cima da galinhada e que, perdido por um, ou perdido por dois, três ou mais, seria a mesma coisa.

O Flu, de fato, partiu pra cima deles e, não apenas empatou,como esteve perto de ganhar.

Não fossem a condescendência de Ricci para com o excesso de faltas do CU-rintia e dois ou três impedimentos assinalados erroneamente (ou propositadamente, não sei) pelo corintianíssimo Altemir e o Fluminense teria, não apenas revertido, mas invertido o marcador e ficado com os três pontos.

Se Felipão não viu o jogo, informem-lhe, por favor, o horário da reprise!

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O futebol moderno tem lugar para uma certa cautela em alguns jogos, dependendo das circunstâncias, das ocasiões e das necessidades..

Mas, fato comprovado, não há mais espaço para a covardia tática, pois o futebol reserva sempre os títulos e as grandes conquistas para os times valentes e providos de ousadia.

Não é, atualmente, o caso do Palmeiras de Scolari!

Longe disso!

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Felipão, nem mesmo diante da situação grave e perigosa em que o time se encontra, faz menção de se reciclar, de mudar a forma e a fórmula de jogo do Palmeiras. Em uma pequena frase, “de se atualizar”!

.Já não é sem tempo!

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As lições de cada jogo perdido (muitas e muitos) têm sido insuficientes para que Felipão se apeie da gigantesca torre de marfim em que se encontra, abraçado a sua incomensurável teimosia.

É necessário que baixe a bola, coloque os pés no chão, calce as sacrossantas sandálias da humildade e admita a necessidade premente de mudanças.

O que ele tem mudado, até agora, é, apenas e tão somente, os jogadores, visto que considera a sua superada tática uma panacéia, quando se sabe que não é nada disso…

Entra jogador, sai jogador em constante roda viva e o Palmeiras não se acerta, não se apruma.

Continua sempre na mesma!

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A primeira reciclagem de Scolari deveria ter o “start” na mudança de sua filosofia, eminente e exclusivamente defensivista..

Defesa só ganha jogo no basquete e, mesmo assim, se o time tiver, paralelamente, uma boa força de ataque.

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A segunda, tem de ser na mudança da fórmula de jogo e da forma de jogar.

Está provado, por a + b, que o Palmeiras não pode mais continuar jogando no “estilo Felipão” sob pena de caminhar a passos largos e rápidos em direção do rebaixamento.

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A formatação de um plano de jogo depende sempre das peças de que se dispõe, não o contrário.

Felipão quer adaptar os jogadores à sua tática e isso, na esmagadora maioria dos casos,  é impossível.

Mudança tática urgente, ainda que tardia!

Ontem, se for possível!

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A terceira, em relação ao respeito que qualquer treinador tem de ter em relação à capacidade individual de cada jogador no contexto do jogo e do próprio grupo, onde cada qual, teoricamente, exerce uma tarefa

Exemplifico:.

Se Valdívia marca pouco e mal como exigir que ele marque muito e bem?

Se Obina é atacante, se Betinho é atacante, o que eles vão fazer toda a hora na defesa, se a função deles não é marcar o adversário, mas, marcar gols?

Repito.

Nessa hipótese não seria muito mais viável escalar um especialista em marcação e desarme do que sacrificar um atacante?

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Outra coisa:

será que somente Felipão não enxerga que a carga imposta ao elenco em termos físicos, pelo que se verifica no decorrer dos jogos, tem sido desproposital?

Para atender as exigências estapafúrdias de um esquema derrotista, os jogadores teriam de ter músculos de ferro, pulmões de aço e fôlego de maratonista.

Uns poucos, privilegiados, tem! A maioria, não!

O pior: tudo isso voltado e direcionado, exclusivamente, para defender!

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Ora, um time de futebol tem de saber dosar o preparo físico e controlar a carga de trabalho aplicada ao grupo.

Tem de diminuir essa carga a partir do momento em que a maioria chegue ao ápice da forma.

A partir daí, realizar apenas a manutenção, de acordo com o calendário, necessidades e as conveniências decorrentes dos jogos e das competições que se disputa.

O que se tem visto nos jogos do Palmeiras é um esforço descomunal e sobre-humano de todos os jogadores.

Ganhamos a Copa Brasil assim, na base da garra, da luta, do empenho e da superação e estamos pagando um preço altíssimo pela conquista

Tudo Isto, acredito, deve-se ao fator, se não determinante, importante, para que se explique tantas e reiteradas contusões no elenco, as de articulações e, principalmente, as musculares.

Será que não está havendo necessidade urgente e premente de uma imediata diminuição da carga física?

Muitos jogadores, é visível e notório, já não tem mais a mesma explosão muscular, pique e disposição como tinham no final do Paulistão e no início do Brasileirão.

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A quarta reciclagem deveria ser direcionada à manutenção, sempre que possível, de um time base,  a partir do momento em que um grupo se encaixe e se entrose.

O temperamento irascível, ansioso, a inquietude e o estresse constantes de Scolari o fazem alterar nervosamente as formações da equipe jogo a jogo, com escalações eivadas de improvisações nem sempre necessárias.

Em razão disso ele precipita uma tremenda insegurança no grupo, provocando as rivalidades decorrentes das disputas entre os egos hipertrofiados da boleirada.

Isso é extremamente nocivo ao ambiente pois exacerba as disputas internas e as rivalidades, contaminando o ambiente. 

Com exceção de um ou outro jogador como Assunção ou Henrique, ninguém desfruta da garantia de titularidade e esta também não é uma boa medida.

João Saldanha, com todos os seus erros e irresponsabilidades, mostrou ao Brasil, em 1969, o quanto é importante a definição do estatus de cada jogador perante o grupo.

Todos, no Palmeiras, jogam pressionados pelo fato correrem riscos de serem sacados do time por um erro, um passe errado, ou coisa assim.

Trata-se de um capricho do treinador, embora também possa ser o tal do ”dividir para reinar com autoridade e tranqüilidade”.

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Ultimamente, há de se reconhecer que Felipão tem mudado em demasia as peças, em face das freqüentes contusões que transformaram o Palmeiras em um verdadeiro hospital.

Mas, se mal pergunto, e antes, quando ele dispunha de elenco completo para escolher e escalar livremente?

Por que ele mudava tanto o time, jogo a jogo, mesmo que o grupo houvesse rendido bem e vencido a partida anterior?

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Outra vez sugiro ao nosso treinador que releia a cartilha do futebol, se é que ele, algum dia, já leu. Imagino que sim.

Ela recomenda, como princípio básico, a manutenção de uma escalação que se afigure como promissora pelo maior tempo possível, a fim de que o time adquira conjunto e firme o entrosamento, 

Felipão, de forma arrogante e primitiva, tem olhado tudo e todos por cima, indiferente, como se fosse, ele,  portador das qualidades divinas da onipotência e onisciência e o senhor absoluto e poderoso, amém!

Mas o que ele tem mostrado mesmo, é prepotência e teimosia, pois, parece, não há meios suficientes para convencê-lo de colocar o time para atuar ofensivamente com os seus melhores jogadores, tomando, sempre que possível, as iniciativas do jogo.

Para isso, teria de mudar radicalmente a tática, o estilo de jogo, a filosofia e suspender, por uns tempos, o atual “modo Felipão de jogar”, essencialmente defensivo.

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Quer jogar com quatro volantes?

Pode!

E pode sem se tornar vulnerável na defesa.

O beabá do futebol ensina que é muito mais fácil defender do que atacar. assim como a vida nos ensina de que é mais fácil destruir do que construir.

Que o time se defenda com seis, sete ou oito, mas que o esquema permita, também, que ataque com quatro ou cinco jogadores, não apenas com um ou dois como ocorre na maioria das vezes.

Muitas vezes, em diversas circunstâncias da vida, a melhor defesa  é o ataque. Na fase atual do Palmeiras essa é a única circunstância!

Felipão, com a derrota de ontem, premido por todos esses eventos negativos, tem de por na cabeça que é chegada a hora de atacar, de impor a força da camisa e de ganhar os jogos e os pontos.

Como é que o Palmeiras pode ser temido ou respeitado se atua como time pequeno?

Se não sacrificasse tanto os seus atacantes em razão de uma marcação escravizante e suicida, eles teriam fôlego e força para correr, atacar com perigo e, principalmente, chutar e fazer gols.

Isto, entretanto, é tudo o que o time não sabe e nem consegue fazer.

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Felipão irá mudar a sua forma de ver futebol?

Nunca!

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Eu só não entendo o seguinte:

Por que ele exige tanto que os outros mudem quando ele próprio não tem humildade para mudar os seus velhos e arraigados conceitos táticos!

É coisa de louco!

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MUDE, FELIPÃO, OU O PALMEIRAS VAI MUDAR DE TÉCNICO!

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