Observatório Alviverde

20/03/2016

AUDAX X PALMEIRAS



OPINE

DURANTE O JOGO E APÓS O JOGO, ATÉ QUE FIQUE PRONTA A POSTAGEM FINAL

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Calma, gente, calma que é só o início do trabalho.

Cuca disse antes do jogo que só conseguiu comandar um único treino. É muito pouco.

Vamos dar tempo ao técnico e tempo ao tempo. É preciso.

Hoje, não dá para colocar o mau resultado na conta do Marcha a Zé. Os melhores lances do adversário foram pelo lado oposto, onde o João Pedro, visivelmente, está sem ritmo de jogo.

O pênalti cometido por ZR, jamais seria marcado contra o Curica, contra os bambis ou contra o Santos.

O lance em que a falta foi marcada para o Palmeiras e cobrada rapidamente para a projeção, livre, de Dudu em que o árbitro não avisou que teria de ser batida após o apito, vocês acham que seria repetida fosse um lance pró bambis, Curica ou Santos.

O árbitro liquidou com o Palmeiras a partir da marcação um pênalti inexistente de disputa de bola que o tal Vilaron teve o desplante de afirmar que não precisa ser intencional para ser falta.

Não sei se Cuca vai mexer no time, mas se ele colocasse o Matheus Sales no lugar do Arouca e o Egídio no lugar de Marcha a Zé sou convicto de que o time melhoria muito. Vamos continuar sem jogadas de ultrapassagem pelo lado esquerdo.

Não gosto das alterações de Cuca, Entram Lucas Barrios e Rafael Marques saindo Gabriel e Alecsandro, mas se o meio de campo não melhorar isto é, se não conseguir o abastecimento do ataque, as alterações podem ser em vão. Tomara que eu me engane.


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CARTA ABERTA DESTE EDITOR À CUCA!



 Resultado de imagem para carta aberta
 Façam chegar a Cuca esta importantíssima carta aberta!

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Prezado Cuca

Saudações alviverdes!


Permita-me, primeiro, que eu me identifique.

Sou Alcides Drummond, ex cronista esportivo e resido em Belo Horizonte, onde a sua estrela futebolística mais brilhou. Sou testemunha ocular de seu estupendo trabalho à frente do Galo Mineiro. 

Quero que saiba que exerci a profissão por mais de 50 anos e narrei muitos jogos seus em sua época de jogador quando você talvez nem imaginasse que pudesse vir, um dia, a se tornar treinador. 

Jubilado, porém lúcido e em pleno uso de todas as minhas faculdades, palmeirense desde 1951, venho a sua presença para apresentar-lhe simples sugestão, considerando a sua chegada recente ao comando do Verdão.

Antes da sugestão propriamente dita, sem querer dar uma de Hitchcock e fazer suspense, quero lhe dizer algumas coisas muito importantes.

O time desorganizado que colocaram  em suas mãos, creia, tem, também virtudes e alguns excelentes jogadores. 

Entre as virtudes desse grupo, destaco o poder de mobilização, a capacidade de reação e, principalmente, a superação. Não foi por sorte ou acaso, mas, por tudo isso que o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil.

Essas virtudes, tenha certeza do que digo, serão importantíssimas e muito provavelmente decisivas nos dois jogos que decidirão a vida do Palmeiras nesta Libertadores, se você souber explorá-las em plenitude!

Esse grupo, em que pesem as críticas, as desconfianças e as disposições em contrário, tem raça, disposição, espírito de luta e força de vontade(tudo de sobejo), embora os resultados negativos (seguidos e muitos), frutos da desorganização tática e de outras circunstâncias de grupo e de jogo, possam passar uma ideia diferente, sugerindo incompetência e acomodação.

Concordo, entretanto, que o time às vezes se assemelha a um corpo sem alma, mas, esteja certo, trata-se, apenas de uma consequência decorrente da falta de uma liderança técnico-individual que impera no grupo, legado mais negativo de seu antecessor. 

Em razão de tudo isso trate de se impor ao grupo sem abrir mão - nunca- de sua liderança. Fique atento, de olhos bem abertos e não seja presa da mesma armadilha que vitimou o seu antecessor. 

Para que você tenha uma idéia, em nove meses de trabalho e com um elenco numeroso às mãos, Marcelo Oliveira não conseguiu sequer, como exigia o contexto, escolher os melhores e montar um time titular à altura das necessidades e da melhor tradição palmeirense.

Seu antecessor, desculpe-me pelo que vou dizer, é  ótimo -não discuto seus bons trabalhos no Coritiba ou, sobretudo, no Cruzeiro- mas, no Palmeiras, não deu certo e adianto-lhe, jamais poderia dar.

Apegou-se a lideranças técnicas desgastadas pelo tempo de jogadores superados já sem o prestígio suficiente para ordenar a quem quer que seja correr, porquanto elas próprias já não podem exercer o mister. 

Criou uma relação de jogadores de sua completa confiança, tornou-se um refém dos mesmos e jamais teve coragem para lançar jogadores outros que não fizessem parte do grupelho chegado, todos ainda no clube, agora e para você administrar.  

Baita abacaxi, hein! Só lhe peço para que você não tergiverse de suas funções e obrigações, colocando as coisas em seus devidos lugares. Isto será vital para a sua tranquilidade e continuidade à frente do Verdão.

Informo-lhe que Marcelo Oliveira acordou tarde para a situação.Quando tentou se impor e recompor a liderança, era tarde, e ele teve de recuar submisso às exigências e aos caprichos dos donos de posição, isto é, daqueles que se tornaram os técnicos de fato.

O maior entre todos os exemplos diz respeito a Matheus Sales, jovem, imberbe, porém dono de invejáveis condições técnica e física e de uma incrível vontade de vencer.

Convocado numa emergência, tornou-se o melhor entre todos os meio-campistas (repito, entre todos), mas, de uma hora para outra, apesar do brilho de suas atuações e de nunca ter errado ou decepcionado, foi, inexplicavelmente, sacado e devolvido ao ostracismo para a entrada de jogadores de mais nome e marketing.

Mudando de assunto, quero lhe dizer, com toda a franqueza que me define e caracteriza, que não gostei e estranhei o seu primeiro erro à frente do Palmeiras. Entendo que você promoveu açodadamente, intempestivamente o retorno de Gabriel após fratura e sete meses sem jogar.

O jogo contra o Nacional, importante e decisivo prometia virilidade e uma certa dose de violência (aconteceu) considerando-se que o Palmeiras enfrentava um time uruguaio. Não fique bravo com o que digo, mas seu erro foi palmar! 

Não, não estou falando agora como fazem aqueles jornalistas conhecidos como "profetas do acontecido", mas registrei e protestei neste espaço antes do jogo.

Mas quando você, apesar desse pelotão de quase quarenta jogadores,(cá entre nós, fruto do despreparo, do cabacismo e da falta de rodagem do nosso guapo corretor, digo, diretor de futebol) solicita, em caráter de urgência, a contratação de um armador, mostra que é do ramo e que conhece futebol. Isso me tranquiliza!

O único armador que tínhamos, saiba, Mattos "fez o favor" de dispensar. Nós e o Palmeiras estamos pagando um altíssimo preço por essa vaidade, ousadia, e intolerância. Dele, da mídia que -fique sabendo- joga contra, dos organizados e até do presidente!

Sua atuação, Cuca, nos processos de remodelação e renovação no Fluminense e, em parte, no Galo Mineiro, foi exemplar e, espero, você a repita no Verdão. Essa é a nossa mais esperançosa expectativa.

Há que se rifar no Palmeiras a velharia superada ou aproveitá-la com economia e inteligência.

Nós, palmeirenses, estamos ansiosos esperando que você forme um time jovem, compacto e rápido, com a definição das titularidades, que tenha sempre uma personalidade de jogo e uma forma de atuar.
 
Com todo o respeito, faço-lhe um apelo no sentido de que os mesmos métodos e procedimentos que você utilizou na recuperação do Flu, sejam adotados, também, no Palmeiras-16.

É preciso, antes de tudo e você sabe bem disso, depurar a ganga técnica do elenco, tanto e quanto a disciplinar, esta, se houver! 

Anote o que vou dizer agora porque é "super-importante". 

A liderança interna do atual time do Palmeiras (Você tinha a de Fred no Flu) está entregue a um jogador técnica e individualmente excelente e moralmente ilibado, porém incapacitado para a titularidade de 90 minutos, em um time da força, da importância e da responsabilidade da SE Palmeiras.

Sem rodeios, refiro-me a Zé Roberto, que, se Luciano do Valle fosse vivo, já o teria recrutado para capitanear aquela sensacional Seleção de Veteranos que fazia tanto sucesso na tela da TV Bandeirantes. 

Perceba, meu caro Cuca, que o problema maior que o time enfrenta,  (largamente apontado pela mídia), da falta de agrupamento, da dispersividade e da ausência de toque de bola de todos os times que o  Palmeiras pôs ou põe em campo  é o seguinte:

os meios-campistas e os meias atacantes, que deveriam estar à frente atacando e fustigando o adversário demorarem a chegar, por terem de recuar e proporcionar cobertura constante aos dois laterais, principalmente Zé Roberto, que já não aguenta mais correr o tempo todo.

Observe que o Palmeiras gasta um atacante e um meia avançado para cobrir o Lucas pela direita. Da mesma forma, se utiliza de outros dois, do outro lado, para compor pela esquerda e ajudar Zé Roberto. 

Isto significa que o Palmeiras passa a marcar com dez e só consegue cercar os flancos do campo. 

Da mesma forma fica sempre com apenas o centroavante à frente escondido entre dois zagueiros esperando pela bola que não chega porque tempos não temos jogadas de linha de fundo, e, principalmente, um armador categorizado, um lançador, um catapultador...

Note, meu caro Cuca, o corredor que se abre de intermediária a intermediária, um verdadeiro latifúndio que propicia ao adversário avançar livremente pelo meio em um espaço completamente aberto e totalmente desguarnecido. 

Sofremos vários gols por aí. O Mais recente foi contra o próprio Nacional no Allianz, embora no nascimento da jogada houvesse acontecido uma falta em Cristaldo, não assinalada.

Não, não estou querendo ensinar o pai-nosso ao papa ou os dez mandamentos ao Bispo Macedo, mas o que estou mostrando tá mais na cara do que as suas duas verrugas faciais.

De qualquer forma, fico feliz ao perceber que você já enxergou o problema pelo lado direito, subtraindo Lucas do time e da relação dos que foram para o jogo, mas, creia, o problema maior, o principal, o crucial está do outro lado, o lado esquerdo. 

Em resumo, estamos com dois laterais completamente incapacitados a marcar (nenhum deles é bom no quesito) tanto e quanto a apoiar, que não conseguem realizar uma única jogada de ultrapassagem que seja, para ir ao fundo e cruzar. 

Aliás, meu caro Cuca, Marcelo Oliveira tentou todas as fórmulas possíveis e imagináveis, fazendo uso das mais variadas escalações tanto e quanto de formas de jogar. 

Só não ousou tentar (talvez por ser refém de alguns atletas) a substituição dos dois laterais, sobretudo o Marcha-a-Zé, como Zé Roberto está sendo conhecido no seio da torcida palmeirense.

Não, não se trata de implicância com o veteraníssimo jogador que, por seu caráter, dedicação e profissionalismo eu, tranquilamente, o recomendaria para assumir e exercer alguma função burocrática como auxiliar, como membro da comissão técnica ou qualquer outra dentro do clube! 

Repito: um time da importância e da responsabilidade do Palmeiras não pode, definitivamente, ter jogadores estáticos, sem mobilidade, que atuem parados ou em faixas restritas de campo. 

A exigência do futebol de hoje é de tal molde que quem tem um atleta assim acaba jogando com dez, por mais habilidoso e técnico que ele seja. 

O Palmeiras tem sido assim e considerando-se que Lucas também tem jogado abaixo do que pode, estamos, na realidade, jogando com nove! 

Com o centroavante paradão à frente, em determinados momentos são apenas oito os que, de fato, estão jogando, correndo, empenhados e capacitados para a luta pela retomada ou pela posse da bola.

Para o seu governo, meu caríssimo Cuca, quando o seu antecessor chegou e engatou uma série de seis vitórias sequentes, Zé Roberto não era titular. 

A partir do retorno dele ao time e de sua retomada da titularidade foi que o Palmeiras esqueceu ou, melhor, perdeu sua melhor fórmula de jogo e sua real maneira de atuar, tornando-se mais lento e transformando-se em um time irregular, muito previsível.

Esperando, sinceramente, que você não se deixe envolver por jogadores que jogam menos com a bola e mais com conversas, papos, ou com seus encantos de persuasão verbal e, sobretudo que você venha acertar o time, deixo-lhe o meu abraço, convicto de que -se lhe derem liberdade para trabalhar- você tem tudo para fazer com que o Palmeiras volte a ser aquele time com que todos nós, apaixonados pelo Verdão, sonhamos e esperamos!

Atenciosamente

Alcides Drummond, o editor

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