Observatório Alviverde

13/06/2011

O PALMEIRAS AMARELOU E O INTER EMPATOU NA HORA H! FOI OUTRO EMPATE COM SABOR DE DERROTA!

Empatamos um jogo que poderíamos ter vencido.
Aliás, outro!

O tempo passa e tudo muda.
Só Felipão não muda.

Eu sempre disse (e repito):
Felipão é uma espécie de Yustrich de nosso tempo.

Os mais velhos conheceram bem Dorival Knnipell.
Montou equipes fortíssimas com atletas de pouco talento.

Privilegiava a correria, a marcação, o empenho, a superação e transformava qualquer time em um grupo de guerreiros.

Marca registrada da vida de Yustrich, tão exigente, tão franco e tão rude como Scolari:
seus times sempre brigavam pelos títulos.

Scolari sempre foi (e é) um formador de equipes fortes e aguerridas
Em compensação, do ponto de vista tático-estratégico é limitado e de estreitíssima visão.

Não consegue mudar ou variar a forma de jogar de suas equipes e privilegia o defensivismo. Suas equipes são sempre eficientes, mas não empolgam.

Ontem, no Palmeiras e Inter,  tivemos a condição de assistir ao dois em um, isto é, a dicotomia das duas únicas atitudes táticas do time do Palmeiras, em um jogo de quatro tempos táticos perfeitamente distintos e bem perceptíveis.

O Inter começou mandando, do ponto de vista territorial, e o Palmeiras, encastelado na defesa enrustido, quase sem atacar.

O Palmeiras parece, se me permitem a elementar figuração, aquele cão dócil que só ataca se alguém lhe pisa a cauda.

Foi preciso que o Inter fizesse o gol para que o ímpeto guerreiro do Palmeiras desabrochasse e para que partíssemos pra cima da coloradada.

Viramos um jogo que 90% dos times não teriam condições e nem força anímica para fazê-lo. Esse foi um grande mérito e mostrou a força de nosso time.

Mas, a  partir daí Felipão deu uma de Sandoval Quaresma da Escolinha do Professor Raimundo, e não conseguiu tirar um dez.O trabaho foi bom, mas incompleto e não quebramos o longo tabu de 17 anos sem derrotar o Inter em Porto Alegre.

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Deus do céu. No esquema atual do Palmeiras, não há lugar para Lincoln! Não adianta insistir. Essa insistente burrice tem nos custado muito caro.

Que Lincoln é inteligente e sabe jogar, todo mundo sabe.

Entretanto, todos também sabem que ele não pode jogar porque é fisicamente fraco e sem dispor do menor preparo atlético para ser aproveitado em um time que privilegia a força física como o Palmeiras de Felipão.

Ficamos, novamente, com dez em campo a partir da entrada de Lincoln. Perdemos a resistência, a força de marcação e o próprio equilíbrio tático a partir do momento em que o mineiro entrou em campo.

Como se não bastasse, perdemos a ligação meio-campo/ataque porque Lincoln é jogador de jogadas e de toques curtos e de pouca agudeza ofensiva.

Ficou escancarada e visível, uma vez mais, a necessidade premente de um meia de ligação com capacidade para lançar e para puxar contrataques.

Lincoln não é, definitivamente, esse homem! Muito longe disso!

A saída de Gabriel Silva por contusão só nos trouxe benefícios. Ganhamos consistência e maturidade no setor, mesmo que Chico não seja, exatamente, um especialista na posição.

Fica evidenciado que necessitamos, também, de um lateral esquerdo de maior categoria até que Gabriel amadureça e tome conta da posição.

Para que não me delongue tanto, devo dizer que a nossa defesa apresentou algumas vulnerabilidades que não havia apresentado em outros jogos.

Sofremos dois gols que, em meu entendimento, foram mais frutos de nossos erros do que de méritos de nosso adversário.

Individualmente eu tenho elogios para Marcio Araújo, apesar do gol contra.
Para Assunção, importantíssimo nas bolas paradas
Para Luan, inquestionavelmente, a figuraça do jogo de ontem. 
Não apenas pelo bonito gol assinalado, mas, pela marcação, correria e, principalmente, pela importância tática.

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De qualquer forma, apesar de nossa contumaz covardia  tática, conseguimos um resultado espetacular que nos credencia ao título e nos classifica como uma das equipes mais consistentes deste brasileirão malgrado as nossas limitadíssimas individualidades, o futebol sem brilho e a pouca criatividade..

Que venha, agora, o Avaí!

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