Observatório Alviverde

20/02/2011

UM EMPATE COM SABOR DE VITÓRIA. PALMEIRAS JOGOU MUITO MELHOR MAS O GOLEIRO DO MOGI GARANTIU O ZERO A ZERO!

 

Comentar o que do Mogi x Palmeiras depois de um zero a zero?

Dizer que o resultado não foi justo?

Que o Palmeiras merecia ter vencido?

Que o time atuou com ânimo, força e disposição, correndo o campo todo o tempo todo, com incríveis reservas de “gás” e alento?

Que dominou territorialmente o jogo e se impôs ao adversário?

Que criou “ene” situações para a feitura de gols, desperdiçando-as?

Que João Paulo, o goleiro do Mogi foi a expressão superlativa do jogo, agarrando o possível e defendendo o impossível?

Que a defesa do Mogi bateu em nosso ataque o tempo todo, principalmente em Kléber,  e o árbitro economizou ns marcações e nos cartões?

Tudo isso é fato, é verdade, mas também é verdade que:

O Mogi mostrou contra o Palmeiras uma disposição que não mostrou contra os gambás.

Foi pouco ao ataque, mas quando foi, quase ao final do jogo, incomodou demais a defesa palmeirense e quase liquidou a fatura.

Bruno salvou a pátria palmeirense por volta dos 40 minutos do segundo tempo, arrojando-se ao chão para defender uma cabeçada venenosa, à queima-roupa, de Roberto Jacaré.

O Mogi também desfrutou de alguns arremates do meio da rua, isto é, à média e longa distâncias,  que levaram imenso perigo ao gol de Bruno.

Em um desses chutes de larga distância no ângulo esquerdo, quase que Bruno caiu com bola e tudo para dentro do gol.

Em outro, não conseguiu defender, num arremate do eficiente canhoto Bruno de Jesus. aproximadamente a 45 metros do gol.

Bruno saltou, não achou nada, mas a bola explodiu violentamente na testa do travessão, salvando o Palmeiras da derrota.

Como se vê, não há moleza, galinha morta e nem time bobo no Paulistão! Quanto mais no Brasileirão!

A  mostragem do time de Felipão, hoje, contra o Sapo, evidencia que precisamos, urgentemente, de homens ofensivos de características físicas e técnicas diferentes dos homens baixos e leves que constituem o nosso atual ataque.

Naqueles jogos em que enfrentamos defesas que pegam muito e marcam extremamente forte, como marcou a defesa do Mogi, temos a necessidade premente de homens mais fortes para o jogo corpo a corpo..

Se no toque, na velocidade e na manha,  a bola não entra, haveria a alternativa de dois atacantes pesados, altos e fortes, que proporcionassem  a variação para o jogo direto de contato na área ou, principalmente, para o jogo aéreo.

Como fez falta ao Palmeiras, hoje, um centro-avante dessa característica, quando a partida exigia ou o combate de baionetas, ou o “raid” aéro, isto é, o jogo do corpo a corpo. ou das bolas alçadas.

A diretoria tem de tirar as lições decorrentes do jogo de hoje em que, pela carência de um homem de área, acabamos deixando dois pontos muito importantes na cidade de Mogi-Mirim.

É óbvio que ainda disputamos a fase classificatória de um campeonato em que só um desastre nos tira, a esta altura,  da seleta lista dos oito classificados.

Mas todos hão de convir que é muito importante uma boa classificação, preferentemente a primeira, a fim de que o time possa usufruir de todas as benesses e vantagens decorrentes do regulamento na hora crucial da competição.

Quem vê o crescimento incontestável e o visível entrosamento de nossos principais adversários, sabe que qualquer vantagem dessa natureza, por mínima que seja, pode ser determinantel na hora de decidir.

SOBRE VALDÍVIA

Ainda sem rítmo de jogo, fora de suas condições ideais, o Mago mostrou que pode desequilibrar e, certamente, vai fazê-lo.

Ainda que fosse pouco “pó de pirlimpimpin” , o mago encantou a todos esta tarde em Mogi.Entretranto,  ainda não chutou o vazio para driblar, iludir e desmoralizar os adversários, como tanto gosta a nossa torcida.

Com imensa visão de jogo, toques magistrais de calcanhar, .ótimas enfiadas em pontos-futuro e em espaços que só os craques conserguem enxergar, Valdívia mostrou, novamente, genialidade e magia.

Não foram poucas as vezes em que iludiu os adversários, bem ao seu feitio,  olhando para um lado do campo e lançando, irreverentemente. para outro.

Segurem-se Bambis, Gambás e Sereias porque Valdívia vem aí!

O lado negativo da volta do chileno foi que ninguém, (umas poucas vezes só o Kléber), acompanhou a linha de raciocínio e de percepção de espaços de Valdívia.

Ainda assim, a maior parte das jogadas agudas do Palmeiras, nasceu nos pés do mago, que apenas proporcionou uma pequena mostragem de sua potencialidade e daquilo que pode e há de fazer fazer com a nossa camisa.

Quando teve a bola em condições favoráveis, Valdívia encantou.

Mas, para que atinja o rendimento que Felipão e todos nós esperamos e almejamos, o Mago precisa, agora, desencantar.

Sim,  desencantar em campo, e jogar a bola ainda mais redonda que  jogava com a nossa camisa antes de ser inexplicavelmente negociado para o futebol árabe.

Isso, efetivamente, só virá no decorrer dos jogos, quando Valdívia se entrosar novamente com o time, conseguir participar dos jogos sem medo da fibrose e readquirir o seu melhor rítmo de jogo.

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