Observatório Alviverde

16/03/2014

KLEINA AGORA JÁ SABE QUE NO PALMEIRAS, A POUPANÇA NÃO SUPERA AS AÇÕES!


 

Já imaginaram a proporção do desastre palmeirense, se Kleina -como queriam tantos torcedores, tantos comentaristas e tantos blogues- poupasse os titulares, escalasse um time misto e perdesse para a Ponte? 

Se a estúpida idéia vingasse e ocorresse a hipótese, Kleina cavaria duas covas: uma, a do time, e outra, a dele. Ainda bem que o bom-senso prevaleceu e a sandice não prosperou! 

É preciso acabar com essa ilusão, com essa lenda desprovida de nexo e fundamento, de que retirar um atleta de um jogo vai fazê-lo render mais nos jogos subsequentes! Isso ocorre, apenas, vez ou outra e em situações especialíssimas, em casos de contusões crônicas!

Via de regra a poupança massiva de atletas -em voga no futebol atual- traz como consequência a perda de conjunto e de entrosamento de um time, e, na maioria das vezes, representa um prejuízo bem maior do que a tentativa de recuperação de uma ou duas individualidades!

Digo-lhes, porém, que, desta vez, não temi que o jovem treinador palmeirense, mesmo ameaçando, esta semana, de faze-lo, optasse pela estúpida escalação do time reserva, sobretudo depois da esfrega de Vilhena, um cabível e oportuno aviso!

Temi, por Kleina -o técnico- que, em razão de seu temperamento vaselina gosta de fazer média com o grupo e adora dividir para reinar, ou, quem sabe, evitar comandados carrancudos no dia a dia!

Não temi, em momento algum, por Kleina -o homem- que por questões de vaidade, amor-próprio e autoestima não iria facilitar em nada a vida Ponte, de onde saiu abruptamente, transferindo-se para o Palmeiras!

Sua transferência para o Parque Antártica deixou um travo de ódios e ressentimentos na maioria dos dirigentes pontepretanos e na totalidade da torcida, todos enciumados e inconformados com sua repentina ida para o Palmeiras, malgrado o estupendo trabalho que lá realizou e deixou.

Ninguém, mais do que Kleina, almejava, -pode-se, até, dizer mais enfaticamente- ansiava tanto por essa vitória! 

Por isso, ninguém vibrou mais do que ele, apesar do respeito que se nota em sua relação -ora não correspondida- de amor e respeito que GK, ainda, sustenta -com tão pouca reciprocidade- com esse segmento importante da coletividade esportiva campineira.

Ao final do jogo, fiel ao seu estilo e a sua personalidade, sem conseguir esconder uma ponta de vaidade nas entrevistas e nas ações, Kleina não sabia se abraçava os seus atuais pupilos alviverdes ou os antigos, os alvinegros, aqueles com os quais conviveu tão bem quando de sua -repito- excelente passagem pela "Veterana"!

Nunca vi Kleina tão alegre, tão contente e tão esfuziante quanto hoje, ao final do jogo, irradiando intensas alegria e simpatia! Parecia, até, que já havia ganho o Paulistão!
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ONTEM, CONTRA A PONTE, O PALMEIRAS REALIZOU A SUA MELHOR EXIBIÇÃO DOS ÚLTIMOS ANOS! O TIME JOGOU MUITO! PODE-SE DIZER QUE EXORBITOU DE JOGAR! 

MUITO MAIS QUE ESMERILHAR, CROMAR, OU PRATEAR, O VERDÃO DOUROU O JOGO E TAL E QUAL UM MIDAS, TRANSFORMOU TUDO EM OURO. 

TOMARA ESSE OURO NÃO SEJA, APENAS "P-I-R-I-T-A"...
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Quem alegar que o Palmeiras -ontem contra a Ponte- jogou mal, de três alternativas, uma: enxerga pouco, está de má vontade com o time ou não entende nada de futebol. 

Foi uma atuação espetacular da equipe, do início ao final! Hoje, sim, deu gosto de ver! 
PS: eu disse espetacular, não disse PERFEITA!
 
Pelo desenvolvimento e pelo transcorrer do jogo, tenho, cá comigo, uma convicção: houvesse o Palmeiras não tomado tão cedo o gol de abertura -logo a dois minutos e quase acidentalmente- e o Verdão, pela qualidade do futebol apresentado durante quase todo o transcurso do jogo e por sua esmagadora presença ofensiva, teria aplicado uma sonora goleada na "macaca".

A Ponte, incorporando em campo o conhecido e recorrente jogo defensivo de Vadão,-samba de uma nota só- e sabedora de suas limitações, foi ao Pacaembu disposta a empreender uma encarniçada guerra de guerrilha, entrincheirada, exclusivamente, no defensivismo.

Posicionou-se, encastelada, atrás, e -quem não sabia que assim seria?- tentou beliscar nos contra-ataques. 

Resistiria até quando e onde pudesse resistir, e tentaria surpreender o Palmeiras, -não sem antes enervar o adversário- a qualquer momento, mediante um  gol solitário, ou, se possível, outros, a fim de obter os três pontos e consolidar a sua classificação no grupo do Santos, eliminando o São Bernardo!

Não era bem o que se possa chamar -no melhor jargão do futebol- de jogo da vida, mas o jogo da sobrevivência pontepretana!


Entretanto um gol, (sim, um gol), aquele gol achado, relâmpago, intempestivo e inesperado que a Ponte marcou, - daqueles que, entre todos os grandes, só Palmeiras tem o mau hábito de sofrer - teve um peso monumental na transcorrência do jogo, embora sem alterar o modo de jogar das duas equipes. 

Detalhe: Eu não tenho dúvidas de que Magal vai cruzar, no mínimo, mais cem vezes para acertar outra bola daquela!

Palmeiras e Ponte, Ponte e Palmeiras, cada qual atuando dentro das idiossincrasias e perspectivas de seus treinadores, -o Palmeiras (sempre) em cima e atacando, a Ponte (sempre) atrás e defendendo-, levaram o jogo nessa marcha, até que, ao final, no duelo ataque x defesa,  prevalecesse o time que optou pela ofensividade, o Verdão!

Sentado em minha poltrona, assim que a Ponte pontuou e largou à frente no marcador, ocorreu-me um pensamento a propósito do jogo, e eu disse para mim mesmo:  

"-este jogo servirá de teste para que se possa aferir a real potencialidade do time do Palmeiras sob os aspectos técnico, físico, mental e espiritual e qualquer outro".

De fato foi uma chance oportuna para que se observasse, acima de tudo, a maturidade do time treinado por Kleina, a sua atitude mediante a adversidade e a necessidade de reagir a um placar adverso que o adversário -retrancadíssimo- impôs logo no início do jogo. 

Antecipo, prazerosamente, que o Palmeiras passou no teste com gráu 10,  e merecido louvor!

Quem assistiu ao primeiro tempo pôde verificar que em momento algum o time se abateu com o placar negativo. 

Pelo contrário, agigantou-se e multiplicou-se em campo, realizando -do ponto de vista ofensivo- a melhor entre todas as apresentações desde que Kleina assumiu.

Nunca vi,-sob Kleina-, o time apresentar um ataque tão rápido, tão interessado, tão diligente, tão insinuante e tão despachado! 

Parecia -sem exagero- que eu via novamente em campo o Palmeiras de Luxa da década de 90, diante do domínio devastador que impunha, em que pesasse a dezena de gols perdidos! 

 O bravo time pontepretano, -não, não estávamos jogando contra o Vilhena ou contra qualquer timeco inexpressivo- na medida do possível, defendia-se como podia e valorizava a grande atuação palmeirense!

Apesar de não ter pontuado após os primeiros 45 minutos de bombardeio arrasador -nitroglicerina pura-, há de se reconhecer que o Palmeiras jogou "o tufo" da bola! Atuação magnífica, irrepreensível. Pena que a bola houvesse teimado em não entrar.

Mas, pelo que o time apresentou nos primeiros quarenta e cinco minutos, e, pela forma superior com que se portou -chutando a gol na proporção de 10 x 1 em relação à Ponte- eu também disse de mim para mim:  

"-Se o Palmeiras continuar a jogar assim, vamos promover uma virada épica e colocar um jogo a mais em nossa longa lista de invencibilidade no Pacaembu e chegar aos 22 jogos!" Batata!


No primeiro tempo o Palmeiras enfrentou, novamente, aquele adversário extra, habitual e muito conhecido, a arbitragem. 

Marcelo Rogério, o árbitro central, deixou o pau cantar à vontade sobre os jogadores alviverdes e não expulsou Adrianinho que agrediu frontalmente Eguren com um sopapo no rosto, ás barbas de "sua senhoria".

Com a costumeira complacência arbitral, Adrianinho foi, apenas, amarelado, quando, à luz da regra, era um lance visível de expulsão!

Fique claro, também, que a Ponte -vou frisar novamente, não é um timeco qualquer- nunca esteve passiva diante do domínio palmeirense e sempre que pôde, fez questão de esgrimir no jogo e encarar o Palmeiras, em que pese seu menor poder de fogo.

Em múltipas ações de ataque e contra-ataque, desfrutou de várias situações de perigo, quase chegando ao segundo gol. 

Lembro-me, por exemplo, de duas "pixotescas" falhas de Eguren, perdendo a bola no meio de campo em lances infantis que quase redundaram em gol.

Em suma, meus amigos, mais do que um jogo trivial e comum, esse Palmeiras e Ponte foi um jogo especialíssimo, um jogaço, haja vista que o segundo tempo confirmou, em plenitude, o estupendo futebol apresentado pelos times na etapa inicial! 

A vantagem da etapa complementar -um pouco menos intensa- foi aquela da movimentação do placar em mais quatro oportunidades, com as seguintes alternativas:

Primeira: O Palmeiras, -que perdera no primeiro tempo por 1 x 0- empatou: 1 x 1. 

Segunda: Em seguida, o Verdão virou e fez 2 x 1. 

Terceira: A Ponte igualou, 2 x 2 

Quarta e mais importante: O Palmeiras, com um golaço, fruto -muito mais- da antevisão do craque Valdívia, fechou com chave de ouro o inesquecível espetáculo! Palmeiras, superlíder, 2 x 1 Ponte Preta, time aguerrido, que valorizou muitíssimo a vitória palmeirense!
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O Palmeiras apresentou falhas? 

Claro que apresentou, mormente pelo lado direito da defesa em que Wendel não foi bem e Eguren e Lúcio não cobriram o setor como deviam! 

O primeiro gol da Ponte surgiu de uma  jogada de passagem entre ponta e lateral, culminando com o cruzamento de Magal, livre de marcação, em direção à área. Juninho só olhou para a bola -traçante, no ar- sem perceber Rossi, atrás dele, que cabeceou contra o próprio Juninho, e, no rebote mandou a bola no canto direito baixo de Prass. 

Foram, portanto, duas falhas em uma, sendo a primeira em razão de confusão tática e mau posicionamento e a outra, individual, de falta de cálculo e de método de marcação. Juninho, excelente apoiador, consegue ser um defensor, apenas, mediano!

Eguren só se firmou na etapa complementar e credite-se a Kleina a sua recuperação!

 O técnico palmeirense proporcionou a Eguren um enorme crédito de confiança, -como se fosse de pai para filho- em virtude do uruguaio ter ido muito mal no jogo de Vilhena e apresentado contra a Ponte, no primeiro tempo, um desempenho, senão pífio, mas bem abaixo das expectativas. 

Com a melhora na etapa complementar, com o gol marcado e a possível volta da autoconfiança, esperamos que Eguren melhore o rendimento e tome conta da posição! 

Apesar dos erros decorrentes, assim espero, de sua lenta adaptação ao futebol brasileiro, de duas coisas não se pode acusar o uruguaio: de falta de empenho e de passe ruim!

Quanto aos dois pênaltis ocorridos no jogo, a minha tendência é admitir que ambos ocorreram! 

O árbitro estava muito próximo dos dois lances e não titubeou na hora de marcá-los.  Porém, se dúvidas existem, as minhas recaem, exclusivamente sobre o lance do pênalti de Wendel. 

Explico: que houve o toque de Wendel em Silvinho, de fato, houve, mas terá tido -como gostam de apregoar os comentaristas- força suficiente para desequilibrar e derrubar o pontepretano? 

Entendo, pelo que vi em minha tela de 60 polegadas, -a menção da tela gigante não é questão de exibicionismo mas para explicar que vi bem o lance- que não! 

Em minha avaliação, qualquer toque proposital no adversário dentro da área tem de ser punido com a marcação de um pênalti, mas esse não é o o critério arbitral e nem o consenso geral.

Se a tal da força suficiente no choque de Wendel com o pontepretano -nunca existe ou vale, na visão dos jornalistas para zagueiros do CU-rintia e dos Bambis que nunca (ironia) a utilizam dentro de suas áreas de forma desmesurada HA HA HA HA HA HA HA HA HA HA- foi o motivo da marcação do tiro de rigor contra o Verdão, então eu vou gritar ao mundo que o penal não ocorreu!

Entendo que o penal só foi marcado como uma forma de compensação, em razão de o árbitro ter sido avisado -ocorre com frequência- que o comentarista da TV dissera que o penalti sobre Bruno César -leve e claríssimo toque no pé de apoio, quando começava a se elevar para a sequência da passada- não existiu!

Quero encerrar dizendo que se Kleina mantiver os titulares - contra o Vilhena, inclusive- sem promover alterações drásticas no esquema e nas peças, o Palmeiras tem tudo para arrebentar a boca do hipopótamo e ser o Campeão do Paulistão! 

Vou mais além. Acho que, ontem, começou a pintar o time campeão! 

Não, não é excesso de otimismo, é o mais puro realismo. Vou repetir: eu disse, apenas,  pintar, mas se Kleina quiser fazer média com os aborrecidos ou com os descontentes do elenco que estão no banco, tudo pode desmoronar e ir água-abaixo!

É evidente que Marcelo Oliveira, de preferência, como volante e Wesley adaptado em uma posição de volante mais defensivo, com o sacrifício de Eguren, são ótimas alternativas que Kleina pode lançar mão, visando à sintonia fina da equipe nesta reta final de Paulistão. Há dezenas de outras alternativas, mas tudo depende do que possa acontecer nos treinamentos. 

O QUE O PALMEIRAS NÃO PODE, A ESTA ALTURA DO CAMPEONATO, É PERDER O EMBALO!

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NA MÍDIA:

Leiam a presepada do Lance! É como se o Palmeiras não tivesse jogado nada a Ponte houvesse dominado, completamente o jogo!

(sic)

Palmeiras sofre com gols perdidos, mas vira sobre a Ponte no Pacaembu

Verdão peca nas finalizações e vence com gol salvador de Mendieta após dois pênaltis polêmicos marcados pelo árbitro Marcelo Rogério; Macaca garante vaga mesmo com revés... 

Sobre a grande exibição do time e a sua flagrante superioridade sobre a Ponte, nem uma única linha! 

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NA TV

Transmissão quase perfeita de Linhares, que não dificulta a compreensão e a leitura do jogo pelo telespectador, porque, efetivamente, narra 90% ou mais dos lances e identifica quem está com a bola!

Linhares não faz gracejos fora de hora, não rouba o telespectador com comentários inapropriados, e não tem preguiça de narrar o jogo, o fazendo -sempre- com seriedade, profissionalismo, vibração e entusiasmo seja o jogo dos Bambis, do Santos, do Vilhena, do Cachoeirinha, do CU-rintia ou, até do Palmeiras!

Linhares não interfere no raciocínio do comentarista e nem o pauta para que o comentário tenha convergência com a sua linha de pensamento.

Ao menos no ar, humilde, eficiente e sem estrelismo, peculiar em certas figuras ditas globais, Linhares, -tanto e quanto Jota Júnior-, merece, neste momento, um lugar de destaque no cast do Sportv.

Vilaron, conquanto eu discordasse dele sob várias nuances do jogo e, principalmente, quanto a sua interpretação do lance do pênalti em Bruno César, esteve muito bem e tem se revelado -como manda o manual- isento, agora, também, no que se refere ao Palmeiras. 

Quero ver, porém, se ele mantem a mesma postura quando comentar os jogos do Palmeiras contra, principalmente,  Curintias e Bambis.

Bom, também, o trabalho do repórter Anselmo Caparica que deveria, além do público, divulgar a renda do jogo de ontem no Pacaembu! Essa notícia sempre é importante mas a maioria dos repórteres televisivos a negligencia! (AD)

CRÉDITO ESPECIAL PARA GILSON KLEINA, ONTEM, UM TREINADOR NOTA MIL!

 

Nós, que tanto criticamos Kleina pela falta de ousadia, temos de cumprimentá-lo pela arrojada alteração que ousou fazer ontem contra a Ponte, decisiva na definição do placar em favor do Palmeiras.

Refiro-me à desassombrada substituição de um volante de contenção, França, por um meia essencialmente ofensivo, Mendieta num momento em que a Ponte era perigosíssima nos contra-ataques e já houvera chutado uma bola contra o travessão de Prass.

DETALHES: O jogo estava empatado, 2 x 2, aos 30 minutos do segundo tempo e a Ponte pressionava quando obtinha a posse de bola! 

Coincidentemente, como que coroando a pertinente iniciativa de Kleina, o paraguaio fez o gol da vitória após uma enfiada magistral de Valdívia, -disparadamente o melhor em campo-,para Kardec e da assistência perfeita de Kardec a Mendieta, livre, praticamente sob a trave! Golaço, aço-aço! 

Não que Gilson tenha de agir sempre assim, mas, se for preciso como contra a Ponte, nas circunstâncias do jogo, tem de ter coragem, sempre, e, repetir o que fez ontem! (AD)

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