Observatório Alviverde

22/03/2011

EU QUERO FALAR DE OTIMISMO, DE COISAS BOAS. NEM TUDO É CRISE NO PALMEIRAS!

 

Quando Felipão reitera que não quer deixar o Palmeiras ele dá mostras evidentes e cabais de que não é um indivíduo fraco, imaturo e sem personalidade.

Pelo contrário, Felipão cresce a cada novo desafio que arrosta.

Não tem sido poucos os problemas que ele tem enfrentado, a partir do momento em que ousou assumir um Palmeiras conturbado e sem dinheiro, em plena efervescência política e vivenciando uma situação sem precedentes em sua história.

Acompanho o clube desde a década de 50 e nem a crise de abstinência de títulos de parte dessa década, nem a gestão fraudulenta de Sacomani, nem o apequenamento do time sob Mustafá, tiveram o impacto avassalador dos problemas atuais, com tão graves conseqüências na vida do clube.

Desta vez temos, como de hábito, um elenco limitado, não temos grana, não temos estádio, não temos clube, não temos quase nada.

O pouco que temos é a nossa sobrevivente alma palestrina em seu ingente amor pela nossa camisa. pela nossa bandeira, pelos nossos símbolos, pelo nosso passado, pelas nossas glórias, pelas nossas tradições e pelo respeito devido à luta de nossos antepassados

Com tudo e apesar de tudo, o palmeirense segue como um incorrigível otimista, consoante com as nossas cores que simbolizam a esperança.

Eu vivencio, neste instante, esse nobre sentimento de otimismo e esperança e, não fosse assim, como poderia sentir-me um verdadeiro e autêntico palmeirense?

A manifestação firme de Felipão que continuará, sem trocadilho, segurando o timão, materializa as minhas expectativas.

A anunciada reintegração de Lincoln, iminente, também é um sinal revelador de que há um trabalho de conciliação no clube em pleno curso.

Os primeiros recados, via twitter, do empresário Walter Torre, que toca a obra da Arena, aplacam os ânimos mais exaltados dos conselheiros e da própria torcida.

Aliás, essa satisfação à coletividade palmeirense já não era sem tempo e ao passar a agir dessa forma, com a necessária transparência, a construtora e o responsável pela obra não estão nos prestando qualquer favor.

Diga-se, pelo contrário, que, única, pura e simplesmente estão cumprindo embora tardiamente a obrigação que lhes cabe. Antes tarde, do que nunca!

Walter Torre, como parte interessada tanto ou quanto o clube, garante que está acelerando as obras, o que parece corresponder com exibição das fotos divulgadas em seu twitter.

Ele garante que a Arena Palestra estará disponível para a Copa das Confederações, na metade de 2013.

W. Torre também faz questão re ressaltar que a obra pode ser entregue antes do previsto. O prazo de conclusão é de 30 meses e a capacidade do estádio será de 45 mil lugares.

Agora é esperar pelo desfecho das negociações com a televisão. Sinceramente, não tenho opinião formada sobre o assunto, haja vista que não o conheço em todos os seus meandros.

Entendo, apenas, que o Palmeiras não pode caminhar de forma solitária nessa questão, pois, rejeitado e perseguido que o é, pela CBF, pelos poderes e pela mídia, corre o severíssimo risco de retaliações, esvaziamentos e perda do poder de barganha.

É muito fácil dizer “fecha com a Record e cobra, depois, dos clubes que fecharem com a Globo para permitir o televisamento.”

Esse é um raciocínio de leigos ou de fanáticos porque não é assim e nem será assim que esse processo vai funcionar.

Vejam que estamos falando de uma situação que só vai ser colocada em prática daqui a um ano e muita água correrá, ainda, antes e depois, sob essa ponte de clubismos, egos, vaidades e necessidades.

Agrada-me, bastante, a posição de ambiguidade adotada pela diretoria palmeirense, ora anunciando um caminho, ora outro, indefinidamente, enquanto aguarda as tendências da situação.

Convenhamos que o jogo é pesado, de alto cacife, de enorme responsabilidade…Quem tomar decisões precipitadas poderá pagar um altíssimo preço.

Tirone está contrariando a tradição de precipitação nas decisões e de irreflexão em negociações de nossos antigos dirigentes que, pelas próprias características da raça italiana, franca, objetiva e imediatista , querem encontrar as soluções de problemas com acelerado imediatismo.

Quem não sabe que uma antecipação de receita poderia minimizar a  combalida situação financeira do Palmeiras, reabrir os investimentos e recolocar o clube nos trilhos.

Mas, antes disso, Tirone e a diretoria têm um longo caminho a percorrer e esse caminho tem um nome: negociação.

O Palmeiras precisa percorrer esse caminho com tato, prudência e inteligência e o presidente sabe disso. Um passo em falso nos colocará em uma posição de completa vulnerabilidade com perspectivas imprevisíveis mas muito desfavoráveis com relação ao nosso futuro.

Aí eu começo a me dar conta do tamanho do buraco que cavou o teórico Belluzo e para onde nos empurrou o seu apedêuta diretor de futebol, que de futebol parece não entender, absolutamente, nada. Dirigentes assim, só o Palmeiras consegue produzir e ter!

Apesar de tudo, continuo otimista e considero que a má fase vai passar, sobretudo se o time, em campo, obtiver resultados posiitivos como tem acontecido.

Sou, sim, um otimista confesso e incorrigível! Mas que palmeirense não é ?

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