Observatório Alviverde

31/01/2010

DESTA VEZ NÃO HÁ O QUE RECLAMAR. SÓ SE FOR DO BELLUZZO E DA DIRETORIA!

Jamais foi tão fácil vencer um derby, mas o Palmeiras não venceu. Muito longe, porém, de se desprezar o forte time corintiano, mas pelas próprias circunstâncias do jogo. A expulsão de Roberto Carlos, justíssima, desmobilizou o Corinthians, do ponto de vista tático. É bem verdade que o nosso adversário já estava à frente do marcador, depois da falta absurda e desnecesária de Armero, da cobrança eficientíssima de Tcheco em curva para o meio da área, da indecisão de Marcos, da falta de cálculo e visão de Edinho, da omissão de Figueroa e da cabeçada certeira de Jorge Henrique.
A expulsão de Roberto Carlos foi ótima porque livrou-nos de surpresas bem desagradáveis. Com a vantagem no marcador e explorando os contrataques, o Corinthians poderia, facilmente, te-lo ampliado e construido um placar mais elástico. A exclusão prematura do lateral corintiano obrigou o adversário a recuar Danilo e Jorge Henrique para cobrir a sua ala esquerda defensiva, com a fixação de, apenas, um homem de frente, o veterano Yarlei. Este, isolado e solitário, foi presa fácil para o sistema defensivo palmeirense e sumiu do jogo. Assim, ofensivamente, o Corinthians não existiu.
Para que não se alongue muito o comentário, a partir daí o Palmeiras foi o dono absoluto do território e das ações, tomou conta do jogo e foi prensando o Corinthians em seu campo de defesa. Time de força que o é, o Corinthians fechou-se compactamente, esperou o Palmeiras atrás e teve um comportamento exemplar dos pontos de vista anímico e tático. Em uma frase, o Corinthians jogou com força, com alma e franca determinação. Por isso, venceu!
Ao elogiar o adversário, não quero dizer que o Palmeiras tenha atuado tão mal ou que tenha sido time anêmico sem raça ou força de vontade. Na medida do possível e com as limitações impostas por um elenco pobre e por um time semi-improvisado o Palmeiras lutou muito e esteve a pique de, ao menos, empatar. Faltou-nos, porém, força ofensiva, poder de penetração, agudeza de ataque e, principalmente, o chute a gol. Por diversas vezes trabalhamos bem a bola até o penúltimo lance, mas faltava o arremate. Nas quatro ou cinco vezes em que arrematamos, encontramos um paredão chamado Felipe, a figura exponencial do jogo. Resumo da ópera. A falta crônica de homens de área efetivos, limitou-nos o poder de fogo e perdemos um jogo em que não se pode reclamar absolutamente nada. Nem do gol legítimo de Lovinho, que em posição de impedimento recebeu o recuo de bola de Willian. Nem o árbitro e o bandeirinha viram. Era lance para um árbitro atrás do gol, o que, infelizmente, ainda não está nas regras do futebol.
De qualquer forma, resta o lenitivo de que a nossa diretoria abriu, definitivamente, os olhos para a necessidade de reforços. Depois do jogo Cipullo garantia que esta semana já teremos dois novos jogadores para o setor mais fraco e vulnerável de nossa equipe, o ataque. Como disse Marcos, até quando o Palmeiras vai ficar dependendo dos gols de Diego Souza?

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