Observatório Alviverde

18/08/2014

PALMEIRAS PERDE O CHOQUE-REI, MAS FOI O REI DO CHOQUE!




Foram flagrantes, no "Choque-Rei" de ontem no Pacaembu:
1) a superioridade do Palmeiras, 
2) a notória e perceptível limitação dos bambis 
3) a incrível dose de sorte que os acompanha quando enfrentam o Verdão!

Tal sorte, -se faz mister realçar-, foi reforçada pela saída prematura de Valdívia e consolidada pela inexperiência do jovem goleiro Fábio, que falhou nos dois lances capitais que decretaram a derrota alviverde. Prass, volte depressa, à jato!

Até 16' do primeiro tempo, com o craque Valdívia em campo, o domínio palmeirense foi total, completo, avassalador, devastador ...


Pena que, fiel à tradição, o Palmeiras nunca tenha em seu elenco homens de área à altura das necessidades do time,  de há muito viciado em contratar, apenas, defensores e meio campistas, a maioria, indiscutivelmente, meias-bocas.

Sem Valdívia, Gareca, equivocadamente, colocou em campo o apenas limitadíssimo Felipe Menezes, que, pelo que mostrou até ontem, não foi, não é, e, -estou me convencendo disto-, jamais, será um jogador à altura das necessidades do Palmeiras).


Ainda assim, o time de Gareca continuou se impondo aos bambis que, no primeiro tempo, poucas vezes conseguiram se organizar, ultrapassar o meio de campo e levar perigo ao gol do Palmeiras.

Fique claro que o craque Valdívia, como soe sempre acontecer, foi, outra vez, executado em campo, sucumbindo em função de uma cotovelada criminosa e proposital desferida pelo zagueiro Edson Silva que, apenas e tão somente, recebeu um simbólico cartão amarelo. 


Detalhe: Outros jogadores sãopaulinos já haviam tentado atingir Valdívia, principalmente aquele que é um dos zagueiros mais violentos do futebol brasileiro, desde que atuava no Goiás: Tolói!

Aliás, a diretoria do Palmeiras precisa averiguar quem informou os bambis que Valdívia, nos treinos da semana passada, houvera sofrido, no rosto, uma violenta pancada de Wesley, justamente no mesmo local em que, por coincidência, bateu-lhe, criminosa e deliberadamente o imprudente jogador bambi!

Em meu entendimento, ficou patente que os bambis sabiam da vulnerabilidade do chileno na face e, outra vez, cirurgicamente, o tiraram de campo, exatamente como aconteceu, há alguns anos, quando Pirulito deu duas joelhadas nas costas de Valdívia, excluindo-o de um "choque-rei" sem que, sequer, recebesse um mísero cartão amarelo.

Com Menezes em campo (alteração absurda de Gareca, que insiste, teimosamente, com esse jogador, limitadíssimo) no lugar de Valdívia, o Palmeiras perdeu, completamente, o seu ímpeto ofensivo e toda a força e profundidade de seu ataque a partir dos 16 minutos do primeiro tempo, embora ainda mantivesse na maior parte do tempo, o domínio territorial do jogo.

Ironia: ainda há palmeirenses que insistem em ver o chileno pelas costas, fora do time, longe do Palestra e do Brasil. Como pode?

Nem a confirmação do departamento médico do Palmeiras, de que fraturaram-lhe o nariz, aplaca a ira daqueles que elegeram nosso principal jogador como um grande vilão e responsável direto pela má campanha da equipe!

Na verdade, eles, -os descabeçados pau-mandados das organizadas e seguidores-
procuram fazer com o chileno, o que fizeram, (se sabe a mando de quem), com muitos jogadores, até defenestra-los do Parque Antártica,

Vagner Love, Diego Souza, Cleiton Xavier e tantos outros, foram ameaçados de agressão física, sendo, alguns, até, agredidos e tangidos como animais para fora do Palmeiras. 

A vitória dos bambis, ontem, no Pacaembu, obscura, deslustrada e imerecida, sinaliza, apesar de tudo, que o Palmeiras evoluiu e melhorou de produção, embora isto, por si só, seja insuficiente para resolver os graves problemas do Palmeiras, agora, definitivamente, inserido na zona de rebaixamento de onde, se sabe, é extremamente dificil de sair!

Sob o aspecto filosófico, falta ao Palmeiras a cultura do ataque efetivo e realizador, sempre substituída pelas malditas teorias da "escola de goleiros, da defesa que ninguém passa e do olé ao final dos jogos sem a procura do gol", referenciais marcantes de nossas atitudes pequenas e cada vez menores, no futebol.

Historicamente, os maiores e melhores times do Palmeiras, desde que me entendo por torcedor, são a primeira academia dos anos 60, ainda sem Ademir mas com Chinesinho (melhor que Ademir) e o grande time de Luxa, que marcou mais de 100 gols na década de 90, equipes competitivas, realizadoras, direcionadas e vocacionadas para o gol. 


Assim deveria ser o Palmeiras, sempre! E, no entanto, não é! Faz tempo!

Nessas épocas de ouro, dava prazer em torcer pelo alviverde, em função da ousadia de nossas equipes e dos gols em profusão marcados a cada jogo, que galvanizavam a nossa torcida, deixando incrédulos e boquiabertos os nossos adversários.

Mas o que se vê de uns tempos até hoje, é um completa omissão de nossas diretorias (quase todas) no que respeita a contratação de atacantes e de homens-gol, razão primordial da limitação de nossos times e do domínio que nos impõem, há anos, os nossos rivais.

O pior é que nas raras vezes em que, por obra do acaso, surge um ou outro atacante goleador e efetivo, os nossos dirigentes, não sem, antes, brigar com eles, os colocam à venda e se desfazem de jogadores cujas posições são as mais difíceis de ser repostas na construção de um elenco.

Ontem, creiam, mais uma vez perdemos pela falta absoluta e sentida de um ataque lúcido, expedito e ousado, que se mexesse mais, que criasse mais, que ousasse mais, que chutasse mais e que ameaçasse mais o gol adversário.

Mas como e quando vamos fazer isso, jogando sempre com receio, retrancados, com excesso de cautela, sem a menor ousadia, com tantos armandinhos, com tantos toques horizontais, com tantos jogadores baixos e franzinos, afeitos, muito mais, ao jogo de contra-ataques que nunca somos capazes de implementar e limitados física e tecnicamente?

A derrota, ontem, para os bambis, nas circunstâncias em que ocorreu, trouxeram-me desalento, aborrecimento, preocupação, assim como (por que iria negar?) uma ponta de revolta.

Ontem a arbitragem se equivocou e errou várias vezes! A maioria desses erros, como de hábito, em detrimento do Palmeiras!


Os principais equívocos do carioca da Fifa, Péricles Bassol foram:
1) a não expulsão de Edson Dias pela violenta agressão a Valdívia, tirando-o do jogo, punida com a aplicação de um insuficiente cartão amarelo.

2)  a não expulsão do lateral esquerdo Alvaro Pereira por um coice violento em Wendel, punido, apenas, com outro amarelinho, e, mesmo assim, porque o auxiliar ousou informar o árbitro central, atitude pouco comum, aliás, em qualquer lance que favoreça o Palmeiras.

Entretanto, não se pode dizer que Péricles Bassol tenha sido mal-intencionado com o Palmeiras, haja vista que, por suposição, entendo que, fossem invertidos os lances, não acredito que ele viesse a expulsar, também, os jogadores do Palmeiras.

Antes de crucificá-lo, pensem, antes de tudo, no pênalti que ele teve a coragem de assinalar contra os bambis, que poucos árbitros brasileiros ousariam marcar!

Bassol poderia, se quizesse, até não ter marcado aquele pênalti, e, no entanto, marcou! 



Para não me alongar ainda mais, destaco que a nossa defesa, de um modo geral, esteve bem, exceções feitas a Fábio e Tóbio, este, muito vulnerável no jogo aéreo. Falhou ao não antecipar ou, mesmo, tentar atrapalhar a cabeçada de Kardec ao fazer o gol que selou a incômoda e fatídica derrota palmeirense. 


Wendel e Vitor Luis estiveram bem, embora a campanha pela moagem de Wendel continue o seu implavável curso junto à torcida paulistana do Palmeiras.  Duvido que, em que pesem os seus mais de 200 jogos com a camisa palmeirense, ele continue no clube em 2015.

Entretanto Wendel (grande palmeirense) está longe de ser o culpado de nossas derrotas, ele que atua improvisado na lateral, (é volante de origem), jogando, sempre, com raça, determinação e espírito de luta!

Lúcio e Marcelo estiveram bem em suas funções, constituindo-se nos dois destaques da defesa e Lúcio foi o melhor entre todos os palmeirenses. Victor Luís também não comprometeu!

Renatinho, sim, comprometeu em vários lances por excesso de individualismo, mas é um jogador rápido de boa capacidade de antecipação e de desarme, de bom passe, cuja deficiência maior é a de aparecer muito pouco como elemento surpresa em nosso ataque!

Allione tem qualidade, mas parece-me ainda confuso e perdido nesse emaranhado de mais de trinta e cinco jogadores que constituem o elenco palmeirense. 

Felipe Menezes foi, como sempre, apenas, esforçado. Animei-me com ele após o jogo contra o Avaí, que representou o auge de sua participação com a camisa alviverde. 

O Palmeiras necessita, urgentemente, de outro jogador para a posição e o jogo de ontem confirmou essa necessidade! 

Menezes foi substituído por Leandro ao final do jogo, que pouco fez e, dificilmente, poderia fazer por ter entrado quase que ao final do jogo!

Mouche, ao menos até agora, também não passa de mais um esforçado desse time de esforço que Gareca e Nobre estão montando no Palmeiras. 

Cristaldo entrou tardiamente, porém muito disposto! Ele correu, muito, mas, em matéria de futebol pouco mostrou e, pode-se dizer, sem incorrer em erro ou exagero que ainda não estreou!

Henrique, lento ao extremo, foi sempre antecipado pela zaga adversária, e não rendeu satisfatoriamente. Bateu com mestria o pênalti que redundou no empate e conseguiu perder o gol mais feito do ano. 

Porém, colocar quem em seu lugar se o Palmeiras não contrata atacantes, sobretudo centro-avantes?

Quase ao final do jogo, infantilmente, repito, perdeu o gol mais feito do jogo em bola açucarada que lhe foi rolada por Leandro, que, no nascedouro do lance também perdeu a chance de pontuar, chutando contra Rogério Ceni que saiu e fechou o ângulo. No rebote ele rolou para Henrique que tropeçou e caiu na hora fatal!

Agora já são nove jogos sem vencer que poderão transformar-se em dez se o Palmeiras empatar ou perder quarta-feira que vem, às  19,30 na Ilha do Retiro quando enfrentará o bom time do Sport.

RESISTIRÁ GARECA A MAIS UM TROPEÇO? 

D-U-V-I-D-O!

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NA TV

Vocês notaram ou anotaram o que disse o "extra ordinário" argumentador global, Vilaron, no Premiere, "de que no pênalti marcado contra os bambis, o zagueiro deles estava com o braço colado ao corpo (?) e que não tivera a intenção de tocar na bola?"

Estariam, porventura, as lentes que vestem seus estrábicos olhos, suficientemente limpas?

Ou tornou-se um vício afirmar que nunca ocorrem pênaltis favoráveis ao Palmeiras e que tudo o que as arbitragens marcam a favor do Palmeiras é irregular ou não aconteceu? Que tudo o que é marcado contra é regular e, efetivamente, aconteceu?


Foi risível quando ele (assim como a unanimidade da crônica paulistana o faz) disse que Valdívia era "um jogador diferente e o motorzinho do Palmeiras"! Palavras usadas como uma forma de depreciar um jogador que por jogar no Palmeiras, os jornalistas não têm coragem de dizer que é um craque!




É imperdoável e inaceitável o que a maioria dos jornalistas e cronistas fazem com o Palmeiras!

Esse Vilaron não deveria, definitivamente, ser escalado para comentar os jogos do Palmeiras! Ele parece ter bronca do time! 

Para ele, tudo é contra o Palmeiras! Até o pênalti que nem a defesa do SP questionou ele fez questão de questionar!

A narração do Jota esteve ótima e eu o incluo na restrita relação dos narradores que fazem apenas o jogo preocupando-se em identificar os jogadores, sem os desnecessários comentários que só interessam mesmo a quem os faz.


De minha parte nada tenho a contestá-lo no que respeita ao jogo de ontem, mas o Marco o questionou em postagem aqui no OAV, a qual transcrevo integralmente.

" Marco disse...

Bastou colocar "Criança Esperança" na camisa para o seo Jota Jr. puxar o saco.
 

Vergonhosa sua omissão no início do jogo, se negando a falar do soco na bola do zagueiro do SP, no lance do Valdívia.
 

Justo ele que tem por característica nas transmissões buscar pelo em ovo.
 

Credibilidade zero!
 

Depois de uma situação tão evidente quanto essa, qualquer comentário feito por ele, mesmo que tenha fundamento, não pode ser considerado".
...
Ao Marco eu respondo, sem querer defender o narrador,  que aquele lance foi muito confuso e, pareceu-me, o Valdívia teria tocado a mão na bola antes do sãopaulino.  É um lance que eu gostaria de rever em câmera lenta! 

Quando à publicidade do Criança Esperança creio que ele tinha de fazer da forma como exigia a produção! 

Reconheçamos, porém, que os Bambis sabem fazer o jogo de bastidor muito melhor do que os nossos dirigentes! (AD)

(Detalhe: Estou em Pederneiras onde permanecerei até 08/09/14!)