Observatório Alviverde

05/11/2018

UM TÍTULO ENCAMINHADO NÃO SIGNIFICA UM TÍTULO CONQUISTADO!

 

O Palmeiras ainda não é, como assevera parte considerável da mídia, o Campeão Brasileiro de 2018. 

Embora seja o time mais próximo do título não podemos, a esta altura, seja por cautela ou por respeito aos adversários, sequer considerá-lo muito perto da conquista.

Não, meus amigos palmeirenses...

Não se trata de crendice, implicância ou descrédito de nossa parte julgar a excelente situação da equipe por um viés negativo, abordando, apenas e tão somente os seus defeitos e, ao mesmo tempo, enaltecendo as virtudes e perspectivas dos adversários..

Da mesma forma, também não se trata de estarmos esperando pelo pior, posto que não tenho nenhuma vocação ou tendência para me tornar um masoquista. Acredito, sim, piamente, em Felipão, na indiscutível categoria do time e em nossa imensurável força de o time mais vitorioso do país e atual eneacampeão!

Em suma, como leitor daquele livro "o pensamento da possibilidade conduz ao êxito, de Robert Shuller," considero-me um incorrigível otimista, embora o meu objetivo neste instante, seja, exclusivamente, aquele de alertar a diretoria, a fim de que ela (mais uma vez) "não durma de touca" em cima daquilo que foi conquistado até agora no Brasileirão à custa de  muito sangue, suor,  luta e de algumas desilusões e decepções, até esta 32ª rodada do Brasileirão.

Digo mais que, ainda que eu considere o estupendo posicionamento palmeirense na tabela, reconheça a sua irrefutável condição de líder (absoluto e folgado) da competição e a sua condição de maior favorito ao título, há que se registrar uma série de fatores e situações que podem se tornar obstáculos difíceis de serem transpostos ou removidos, na luta pela conquista do almejado laurel.

Vou colocar alguns tópicos e, como não sou o dono absoluto da verdade, espero que vocês acresçam outros argumentos que possam contribuir para que o Palmeiras não perca os fios, o da meada e, sobretudo, o do corte.

1) Viram o que ocorreu ontem em Porto Alegre quando uma arbitragem pra lá de facciosa catapultou o Inter ao segundo lugar? Era o que eu mais temia. Como dizia José Magnoli, de nome artístico Hélio Ribeiro, o maior dos radialistas de sua época (palmeirense de coração): o segundo jamais será o primeiro, mas o terceiro, sim. O Inter é o terceiro não o Fla, sempre o segundo.

2) As arbitragens têm o poder de mudar completamente o rumo de jogos e até de campeonatos. O Palmeiras (sem exagero) sempre foi, é, e provavelmente será o time mais prejudicado por elas. Isso pode alterar o curso lógico e natural de uma competição. Para que não se vá tão longe, basta que lembremos do que aprontaram a arbitragem, a FPF e de tudo o que  fizeram com o Palmeiras na decisão do Paulistinha!

3) A mídia, com escassas exceções, iniciou hoje, nem tanto mais via Flamengo, mas via Inter, uma campanha a que eu alcunho de "resistência à perspectiva de título do Palmeiras". E já iniciaram a campanha, na medida em que, em vez de condenarem o "erro" descarado da marcação do pênalti contra o Inter, os profissionais da mídia que li, vi e ouvi de ontem para hoje,  faziam questão de declarar -com ênfase e muita alegria- que agora o Palmeiras não está mais sozinho na briga pelo Brasileiro.

4) Domingo que vem o Palmeiras que não por acaso (todos sabemos porquê) é o time mais amarelado do Brasileiro, já não poderá contar com Dudu que, infantilmente, recebeu o terceiro amarelo. A pergunta, então, é inevitável: "será que existe no elenco um único jogador que substitua à altura aquele que, indubitavelmente, é não apenas o melhor jogador do Palmeiras, mas "que se houver coerência e justiça de avaliação, o craque do Brasileiro?"
Aí eu concluo. Como podemos dizer que seremos campeões porquanto "se o Palmeiras perder o Dudu nos jogos decisivos quem desconhece que o time não terá o mesmo poder, o mesmo rendimento e a mesma desenvoltura, mediante a escalação de qualquer outro atleta?

5) Além de Dudu, há a perspectiva de outras perdas como as que ocorreram no jogo passado, dos dois laterais, sem que o time tivesse ou tenha a devida reposição. Isso, também, é muito perigoso, considerando-se, além das contusões, o tradicional´tratamento de rigor que o STJD se utiliza ao julgar "delitos" palmeirenses, via de regra maximizados e sempre punidos de maneira exemplar.

6) O que mais me incomoda é a tabela de jogos relativamente fáceis do Inter, embora a série de jogos do Palmeiras também possa ser considerada fácil. As tabelas de Fla e Bambis, não! Conferidas todas elas, antecipo o meu ponto-de-vista e entendo que Flamengo e Bambis são propensos a tropeçar na própria tabela em decorrência dos adversários que ainda terão de enfrentar. O Inter, repito, não. Ainda que eu julgue relativa e teoricamente fácil a tabela palmeirense, a tabela de jogos finais do colorado consegue ser ainda menos difícil do que a do V Palmeiras. 

Vamos conferir fazendo uma rápida retrospectiva dos adversários e do próprio Verdão!

O Fla jogará estes jogos:
FLA X BOTA (F)
FLA X SANTOS (C)
FLA X SPORT (F)
FLA X GRÊMIO (C)
FLA X CRUZEIRO (F)
FLA X ATLÉTICO PR. (C)
Essa tabela, entendo assim, por si só inviabiliza o FLA.
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Os Bambis têm este carnê a resgatar:
SP X CURICA (F)
SP X GRÊMIO (C)
SP X CRUZEIRO (C)
SP X VASCO (F)
SP X SPORT ((C)
SP X CHAPE (F)
Além da diferença de pontos (9) a tabela de jogos deles é muito difícil.
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O Inter joga esta série
INTER X CEARÁ (F)
INTER X AMÉRICA (C)
INTER X BOTAFOGO (F)
INTER X GALO MINEIRO (C)
INTER X FLU (C)
INTER X PARANÁ (F)
É, teoricamente,  a tabela mais fácil  entre todos os concorrentes. Aí reside o perigo!
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O Palmeiras cumpre esta tabela:
VERDÃO X GALO (F)
VERDÃO X FLU (C)
VERDÃO X PARANÁ (F)
VERDÃO X AMÉRICA (C)
VERDÃO X VASCO (F)
VERDÃO X VITÓRIA (C)
Não é difícil a série. Se vencer o Galo em BH  o título ficará bem mais próximo.  

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