CHAPECOENSE 1 X 0 PALMERAS
PEQUENA PALAVRA
Pelo que depreendi de muitos comentários há sempre ilações maldosas contra este blogueiro, as chamadas "indiretas" ainda que o crítico seja um crítico de última hora.
Cazzo, este blogueiro disse aqui (os antigos frequentadores deste espaço sabem muito bem) que é e será sempre, radicalmente contra "poupar jogadores", sob quaisquer circunstâncias.
Há quanto tempo que eu denuncio que jogador ganha "demaaaais" para trabalhar, efetivamente, só duas vezes por semana. Absurdo dos absurdos!
E no entanto, certas postagens são interpretadas de forma equivocada como se eu fosse favorável a poupar o time principal visando ao jogo.da Libertadores.
Muita gente não entende, ou, se entende finge não compreender que eu, repito pra que fique bem claro, eternamente contrário a que se poupe o time, coloquei o assunto dentro deste enfoque:
"se fosse, se fosse, se fosse para poupar jogadores (Cuca entendeu que era), o jogo ideal não seria aquele contra o Inter mas este de hoje contra a Chape.
E o disse num momento em que a mídia batia forte na mesma tecla e afirmava que o Palmeiras tinha de poupar o time principal abdicando de um jogo decisivo da Copa do Brasil e visando a Libertadores,
Argumentei então que se fosse existir a tal poupança teria de ser no jogo de hoje diante da Chape, pois o campeonato Brasileiro é longo e nele em caso de resultado negativo, conforme ocorreu, haveria perspectiva de recuperação. Na Copa do Brasil, não!
Ou imaginam que eu não saiba ou desconheça que a perda de um jogo pode determinar a perda de um campeonato? Tenham a santa paciência!
Aliás, vou mais além: um simples ponto ou mesmo a falta de um gol na média do saldo ou do número de gols marcados ou sofridos também, em certas circunstâncias também decidem os campeonatos.
Não voltarei ao assunto, mas solicito encarecidamente a todos para que não fiquem posando de vítimas ou de sábios e nem vestindo carapuças porque, quando escrevo qualquer texto, não estou objetivando atingir quem quer que seja, não estou querendo medir forças com ninguém e nem tampouco impor a minha opinião.
Por favor, preocupem-se menos com a opinião do blogueiro e mais, muito mais com os temas propostos!
Agradeço-lhes de coração (AD)
Ah, antes que eu esqueça, se o mistão vencesse (teve condições para isto) alguém trataria ou voltaria a esse assunto?
PALMEIRAS X CHAPE, PRIMEIRO TEMPO
Tentando ser sintético quero dizer que o jogo neste primeiro tempo foi -rigorosamente- equilibrado com a predominância completa das duas defesas
Pelo fato de o Palmeiras ter entrado com um time misto, a Chape ficou sem saber se ia pra cima ou se (como estava previsto) jogaria em contra-ataque. Só ocorreria se o Verdão optasse por entrar com o seu time principal.
O time alternativo totalmente estranho, desconhecido e imprevisível em termos táticos, deixou Mancini confuso e sem saber o que fazer e os times se estudaram muito além do que se esperava.
O jogo só melhorou a partir dos 25 minutos quando cada equipe, uma e outra, começou a perceber o que o adversário queria.
A marcação foi (perdão pela redundância) a marca registrada deste 1º tempo e o placar em branco reverbera fielmente tudo que aconteceu, isto é, a imposição e predominância completa das defesas.
Falando, exclusivamente, sobre o time do Palmeiras, quero realçar a excelência do jogo aéreo dos dois jovens zagueiros palmeiras (Antonio Carlos e Juninho) apesar do nervosismo e da pouca maturidade dos dois.
Saliente-se, também, a excelência da apresentação de Michel Bastos que prova mais uma vez (nem precisava) que não esqueceu de seu passado de lateral esquerdo, mostrando que tem tudo para ser o dono posição e com capacidade suficiente para desentortar um time que só ataca pelo lado direito e despertar o jogo ofensivo completo do Palmeiras pelos dois lados do campo.
Não gosto do posicionamento do Raphael, muito recuado e à frente da zaga na maior parte jogo e na maioria das vezes pelo lado direito, quando (ao menos em meu entendimento), o mapa da mina seria descoberto se ele atuasse pelo lado oposto encostando em Bastos, justamente como o fazia em seus tempos de Coritiba. A lentidão, a inibição e a a falta de ousadia têm sido a marca das atuações desse jovem jogador.
Tchê perdido entre jogadores que parece não conhecer atua burocraticamente sem render o que pode e sabe, tanto e quanto Roger Guedes está apagado, aparentando desmotivação. Thiago Santos foi apenas um esforçado.
Willian -outra vez- é o melhor do ataque ou, hoje, para que sejamos bem francos, o menos ruim. Tomara que ele se sustente no jogo e não se contunda para o jogo de quarta-feira contra o Atlético de Tucuman.
Keno correu, lutou, ajudou na marcação, mas foi apenas um esforçado pois o esquema de Cuca, ao menos até agora, (estamos no intervalo do jogo) não funcionou.
Em relação ao que prevejo para o 2º tempo, devo dizer apenas que a tendência do jogo é a ausência de ousadia, o defensivismo e o equilíbrio!
(Comentário publicado no intervalo do jogo).
SEGUNDO TEMPO
O jogo recomeçou com mais mobilidade e empenho dos dois times.
São 19 minutos e pode-se dizer que o Palmeiras começou melhor mas a esta altura a Chape já o superou e é muito melhor.
O Palmeiras perdeu duas chances de gol em um só lance com Róger Guedes e Willian, mas a exemplo do primeiro tempo, não consegue chegar para chutar porque além de jogar só pela direita e pelo meio, a Chape se defende em bloco e muito bem!
A Chape acaba de perder um gol em um lance pela esquerda em que Fabiano desistiu de correr e no qual, no primeiro lançamento, havia impedimento. Na sequência Prass, mais uma vez salvou o Verdão após cabeçada à queima roupa de Rossi.
Yoran acaba de entrar no lugar de Willian para poupar o artilheiro palmeirense.
São 27 m e a Chape acaba de abrir o marcador explorando o lado direito da defesa do Palmeiras setor sempre a descoberto por conta dos avanços excessivos de Fabiano, jogador de pouca recuperação e que carece sempre de uma boa cobertura.
Teoricamente ele estava bem coberto por Tchê Tchê, mas ele foi facilmente driblado antes do gol e não conseguiu acompanhar Rossi, velocíssimo atacante da Chape e em meu entendimento, o melhor em campo e a expressão superlativa do jogo.
Agora, uma palavra em relação ao árbitro goiano André Luiz de Freitas Castro: do jeitinho dele (e não é a primeira vez) está operando o Palmeiras em campo.
Inverteu a maioria das faltas e, na dúvida, sempre apitou pró Chape. Já virou uma rotina a arbitragem prejudicar o Palmeiras nesse tipo de lance.
André Luiz permitiu o jogo violento da Chape o tempo todo e só amarelou Girotto após "trocentas" faltasdesse atleta aproximadamente aos trinta do segundo tempo.
Apresentou um cartão amarelo ilógico e inaceitável a Willian prejudicando o Verdão para os jogos sequentes do Brasileiro.
Ele a maioria dos árbitros acostumados a operar o Palmeiras são cirúrgicos e sempre sabem para quem vão apresentar o cartão, em se tratando do Verdão.
Seus assistentes Bruno Pires e Leone Rocha também de Goiás, também estiveram caseiros. Aliás, a TV precisa identificar os bandeirinhas em ação para que se saiba quem está bem ou mal no jogo sem correr riscos de injustiças.
Lembro-me muito bem de uma falta muito feia de Reinaldo em Róger Guedes não marcada pelo árbitro pelo erro e omissão do bandeirinha que correu à frente do banco da Chapecoense, cujo nome eu não sei porque o narrador do PPV sequer mencionou na transmissão.
Mas hoje dá para que se critique sem medo de injustiças haja vista que o outro bandeirinha cometeu erro ainda pior deixando de registrar impedimento no nascedouro da jogada que precedeu o gol isolado do time catarina.
A Chape ainda perdeu um gol ao final do jogo numa cabeçada fortíssima que passou por cima do gol de Prass
Em resumo o time alternativo do Palmeiras que em poucos momentos esteve melhor que a Chape mas na maioria deles esteve abaixo, sabia bem o risco que corria ao optar por jogar com um "mistão".
MORAL DA HISTÓRIA
Fica a lição, mas os técnicos e dirigentes não vão aprender nunca (nem Cuca que também erra como todos nós) porque dão ouvidos e acatam sugestões de gente da mídia que não sabe nem porque a bola rola mas se coloca na condição de doutor em futebol.
Qualquer equipe que atue duas vezes por semana não pode e nem deve, nunca, poupar um time inteiro como fez o Palmeiras neste final de semana contra a Chape, exceto um ou outro jogador em situações especiais.
Menos mal, como eu sempre ressaltei, que a opção ocorreu em um campeonato no qual o Verdão ainda tem 36 rodadas para se recuperar, incluso uma revanche contra a Chape.
Não vou analisar individualmente nem os jogadores e nem Cuca, pelas próprias circunstâncias do jogo.
Espero apenas que o time possa ter uma excelente performance contra o Atlético de Tucuman que o catapulte para as oitavas de final da Libertadores 2017 e, obtido esse objetivo, entrar com todos, e principalmente com tudo para cima dos bambis no sábado que vem.
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