Observatório Alviverde

17/04/2014

EU TENHO AS MINHAS DÚVIDAS SE KLEINA GOSTA MESMO DE JOGADORES DA BASE!


 


Ao tomar conhecimento de que Gilson Kleina anunciou que vai aproveitar Gabriel Dias e Chico, dois jogadores da base, eu me pergunto:

" - Seria isso, o aproveitamento da base, o que Kleina -realmente- mais deseja nesta passagem pelo Palmeiras?"

" Ou tudo não passa de bom-mocismo, conveniência ou de um politicíssimo discurso -como têm sido todas as ações de Kleina- nesse sentido?"

 Em quase dois anos de mandato, -verdade verdadeira- Kleina não conseguiu revelar um único e solitário jogador sub 21 ou qualquer outro de qualquer categoria de nossa base!

Quem não concorda com o que afirmo, peço-lhes, encarecidamente, que me apontem um. Apenas e tão somente um único e solitário jogador revelado!  Nada mais do que um!

Entretanto, por incrível que pareça, paira no ar a  inverídica e falsa imagem de que Kleina está revelando jogadores. É bem diferente disso! É o contrário disso! Muito longe disso!

Na verdade, ele, em algumas oportunidades, colocou em campo, (apenas colocou, não manteve) em eventos esporádicos, um ou outro atleta da base, mormente em situações nas quais não havia fartura de jogadores experientes disponíveis no elenco para certas posições em decorrências de contusões, suspensões ou de outros impedimentos.

Até e pelo contrário, entre dois ou três atletas que Kleina fez menção de "revelar", nenhum permaneceu ou sobreviveu no elenco, ao final da temporada de 2013.

A bem da justiça, convém ressaltar-se que a safra de que ele dispunha e dispõe, não é tão boa quanto aquela que Felipão teve em mãos e preferiu, convenientemente, não aproveitar, limitando-se ao limitadíssimo (paradoxo, gramaticalmente, necessário, futebolisticamente desnecessário) Vinicius!

A julgarmos pelo rosário de jogadores da base que passaram pelas mãos de Kleina, sem que fossem aproveitados com efetividade no decorrer desses quase três anos que passaram, conclui-se que o discurso de nosso espertíssimo treinador -bobo ele não é, jamais foi -nunca esteve consoante com as suas práticas.

Foram inúmeros os jogadores da base que vestiram a camisa principal do Verdão por diversas vezes, sem que houvesse, ao menos, um (1) que, sob Kleina, se firmasse.

Para que não imaginem que faço onda ou estou tentando "derrubar" o treinador, publico a escalação da equipe que jogou a última partida do campeonato contra o Ituano e perdeu por 1 x 0

Fernando Prass (Bruno); Tiago Alves, Lúcio, Wellington e Juninho; Marcelo Oliveira, Wesley e Mendieta (Valdivia); Bruno César, Leandro e Alan Kardec (Vinícius)

Além desses, estiveram no banco William Matheus, Wellington, Josimar, Eguren, Mazinho, Marquinhos Gabriel, Patrick Vieira, e Vinicius. 

Eu pergunto: Qual é o jogador júnior ou, como se diz mais modernamente, sub-21 nesse elenco? 

Wellington?  Completa 23 anos em setembro, e ainda é -pasmem- tratado como um jogador imberbe, imaturo e recém promovido da base, mas não é nada disso! 

Nascido em  Bauru a 30/09/1991 que passou pelo Palmeiras (2010-12), pelo Atlético Sorocaba (2013), pelo Asa de Arapiraca-Alagoas (2013) e está no Palmeiras atual (2014), já com alguma rodagem!
Detalhe: Não foi lançado no time por Kleina, mas por Felipão e foi Campeão da Copa Brasil 2012

Pergunta importante: Se Wendel houvesse atuado e Tiago Alves mantido na zaga, Welington teria figurado, ao menos no banco, contra o Ituano?
  
Vinicius?  Tem quase 22 anos, e, pode-se dizer sem erro, foi o jogador no qual o Palmeiras mais apostou e com o qual o Palmeiras mais perdeu tempo! 

De meados do século passado para cá -desde que acompanho futebol e o Verdão- nenhum jogador -nenhum mesmo-,  teve tantas, seguidas e insistentes oportunidades quanto ele, não pairando a menor dúvida de que Vinicius foi o jogador a quem o Palmeiras deu o maior número oportunidades em toda a história, totalizando cento e oito (108)! É demais para o meu visual e para o meu "comprensual"!

Como considerar principiante um atleta de participação centenária no contexto dos jogos do clube, um atacante com o aproveitamento ínfimo de gols, que não conseguiu sequer alcançar a casa das dezenas, ou, dos dois dígitos? 

O Palmeiras demorou demais em liberá-lo! Pelé com 17 e Edu, 16 anos eram jogadores excepcionais, multi-campeões pelo Santos e Campeões do Mundo.

Não houve, há, ou, haverá desculpa, pela insistente manutenção de um atleta improdutivo, aos técnicos que com ele tanto insistiram (Felipão e Kleina) e nem para o clube que não enxergou a situação clara, translúcida e meridiana de um blefe! Demorou demais para que fosse emprestado, e, quem sabe, ainda vinga? Torço!

Pergunto mais: "-quantos jogadores de nossa base estiveram envolvidos na decisão contra o Ituano? Quantos juniores Kleina destacou, ao menos, para o banco?"

Pode-se considerar Patrick Vieira, 22 anos completos, muitas vezes titular, lançado ao tempo de Felipão e já com experiência no exterior, um júnior inexperiente?  Só Kleina! Ninguém mais e mais ninguém!

Notem que o nosso espertíssimo treinador, amicíssimo da mídia, de fala mansa e ações fortes, via de regra, diversas ao discurso que profere,(mas só quando o assunto é definição de grupo), que já tinha no elenco o jovem Rodolfo, recém chegado do Rio Claro, reintegrou (estupidamente) o limitado Miguel, ressalvado o fato de que alguém mais poderoso possa haver empreendido a recuperação e ressurreição para o time principal, de um garoto que, jamais, foi destaque, sequer em nossa base. 
Rodolfo entrou no time -até hoje- por apenas 20 minutos e, ainda que em tempo tão curto, saiu-se muito melhor do que Vinicius, Leandro Patrick ou qualquer outro, ao menos na primeira mostragem.

Porém, para não ter de se incomodar e não se obrigar a mexer no time, Kleina não o colocou, sequer, no banco, para o jogo seguinte contra o Bragantino. Da mesma maneira, não o integrou como opção para o jogo decisivo contra o Ituano ainda que o time estivesse carente de atacantes e de gols.

Kleina sabia que era muito mais fácil administrar o elenco sem quaisquer ameaças aos titulares, e, para isso, não titubeou em abrir mão de um jogador diferente, desconhecido dos adversários, que poderia transformar-se em elemento surpresa inesperado para uma eventualidade que surgisse, como aquela que pintou,contra o Ituano devido a contusão de Kardec! A falta de um centroavante reserva arrebentou as chances do Palmeiras em lutar pelo título! A falha, debite-se a então, à conta de Kleina!

E, no entanto, contra o -ironia- poderosíssimo Vilhena, o nosso intrépido, desassombrado e revolucionário" "treineiro", ousou lançar Miguel (a pedido de quem?) como titular. Isso sim é que é coragem!  Miguel, de longe, foi -olha a ironia aí de novo, gente- o melhor zagueiro do Vilhena. HAHAHAHAHAHAHAHA!  

Como -e por que?- escalar em um jogo de semelhante importância, outro atleta que, a exemplo de Vinícius, de há muito, deveria estar tentando se aperfeiçoar em um time que esteja longe da grandeza, dos objetivos  e da responsabilidade de um Palmeiras? O próprio Vilhena, quem sabe?

Sou sempre favorável ao lançamento de jovens jogadores, desde que  respaldados pela qualidade do futebol que praticam.

Não é o caso de Miguel, cujo futuro no futebol vai, -em meu entendimento-, depender, exclusivamente dele aprender a usar o corpanzil e o físico avantajado que a natureza lhe proporcionou, haja vista que, desde a base, do ponto de vista técnico, é um jogador fraco, óbvio e comum.

Para consolo dele, muitos jogadores de seu tipo de futebol e biotipo fizeram sucesso -Dadá Maravilha é o mais conhecido entre eles-, e, mesmo com poucas habilidades e chegaram até à Seleção, pois sempre haverá necessidade de "chaves para abrir ferrolhos".

Para isso, ele tem de treinar com afinco e tentar o aperfeiçoamento e o aprendizado em clubes que disponham de estrutura e possam dar-se ao luxo de gastar tempo, a fim de aperfeiçoar ou lapidar um jogador! Não é o caso do Palmeiras, a não ser que use a base! Como usá-la, se, na maioria das vezes é dirigida por gente de pouco ou nenhum conhecimento técnico?

As dispensas de tantos juniores que Kleina só fez ameaçar em lançar (Denoni é um exemplo, ele que é melhor do que Egurem) e a sua preferência por jogadores mais velhos, é a prova cabal e inconteste que, interiormente, Kleina não está, assim, tão comprometido com a renovação do elenco através da base.

Quem se dispuser a analisar as escalações do Palmeiras, vai verificar que os jovens do elenco ele pouco pôs para jogar, dando, sempre, a preferência total aos medalhões ( Prass, Lúcio, Wesley, Marcelo Kardec e Valdívia) com lugares cativos no time principal. Estes, porém, reconheço, com justa razão porque são, efetivamente, os importantes formadores da estrutura do time).

Entretanto, às vezes, Kleina reluta e tem dificuldades, também, em tirar de campo -quando necessário-  medalhinhas tipo Wendel, Leandro, Juninho e até, Bruno César, este último que, mesmo fora de forma, abriu o "bocão" e exigiu um lugar como titular, ainda que estivesse fora de forma, desentrosado, ainda que recém-chegado!
 
Como se nota, de uma forma muito clara, o discurso renovatório e do lançamento de atletas da base, não passa de um lance da retórica de Kleina, a que podemos chamar de embromação!
VOCÊ ACHA QUE KLEINA , VERDADEIRAMENTE, ESTÁ LANÇANDO JOVENS DA BASE OU ESTEJA COMPROMETIDO COM ISSO?
  
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Nota do Editor:
Não estamos criticando Kleina de forma gratuita, ou pedindo-lhe a cabeça logo neste início de Brasileiro! Apenas e tão somente estamos chamando todos à atenção para a realidade de que Kleina não conseguiu ainda, na contramão de seu discurso, revelar um único e solitário jogador de nossa base! 
Desejamos sucesso amplo e total a Kleina no Brasileirão!(AD)