Observatório Alviverde

21/08/2014

COM TODO O RESPEITO, FORA GARECA!




A humilhante derrota do Palmeiras para o Sport, ontem, em Recife por 1 x 2,  fez esgotar a minha derradeira reserva de paciência, em face do indigente trabalho do técnico argentino Gareca á frente do Verdão. 

Ou quem participa deste blog já esqueceu que enquanto o Palmeiras negociava com o inexpressivo El Flaco, eu implorava pela contratação de Luxemburgo?

O resultado negativo de ontem, fecha um círculo vicioso de exatos dez jogos sem vitória, o mesmo que nos encaminhou para o inferno da segunda divisão em 2002 e 2012. É preciso dar um basta nessa situação -hoje, agora, já-, antes que seja tarde e voltemos a bater, pela terceira vez,  com os costados na divisão de acesso!

Desta vez, eu, que sempre peço paciência à torcida, quero antecipar que perdi, completamente, a minha, e não a estendo mais por um único minuto que seja!

Vou mais longe e garanto que, tivesse eu o poder nesta hora dentro do Palmeiras, por dez segundos que fosse, demitiria, incontinenti, El Flaco!

E o demitiria, não, apenas, pelos humilhantes resultados, mas, principalmente,  pela falta de liderança e incapacidade de montar e gerir um time, malgrado os quase três meses em que, plenipotenciário, mandou e desmandou no futebol palmeirense, dando sempre as cartas e jogando de mão!.

Aprendi em largos anos de vivência sobre a terra que a virtude da paciência, se muito estendida ou flexível, deixa de ser paciência e vira resignação! A resignação, sem reação, pressupõe cumplicidade com aquilo de que não se gosta ou se rejeita!

De minha parte, definitivamente, não serei cúmplice de outra queda para a segunda divisão e, se, por desgraça chegarmos lá, estarei, ao menos, com a consciência limpa e tranquila, em face de haver tentado acender uma vela ou uma luz,  em vez de, apenas, amaldiçoar a escuridão!

Se concordasse, nesta hora, com qualquer extensão do mandato de Gareca, passaria a ser um resignado covarde, cúmplice de tudo de errado que vem ocorrendo no futebol palmeirense . A obscura gestão de Gareca não é o que se pode ou deve chamar de uma exceção!

De nada, enfim, ninguém poderá me acusar, haja vista o meu posicionamento antecipativo, forte, definido e definitivo pela saída imediata do gringo, excelente figura humana e cheio de ótimas intenções, mas, que, na prática, como treinador, sejamos sinceros e convenhamos, não passou de um blêfe!

O resultado negativo de ontem contra o Sport, mormente nas circunstâncias em que ocorreu, (levamos outro "vareio" de bola) foi como que a última gota de tolerância que logrou transbordar o já lotado balde de minha paciência beneditina. Definitivamente, não dá mais!

Cheguei ao limite máximo de minhas concessões, a propósito da permanência de Gareca como técnico do Palmeiras, sobretudo por um importantíssimo detalhe: 

a segundona, cada vez mais perto,  sinaliza e avisa que não temos mais tempo para esperar a montagem de um time! O futuro já está presente em nosso presente, não há mais tempo a desperdiçar ou perder e o tempo urge!


Espero que a diretoria chame logo o argentino para uma conversa franca e sincera, agradeça-lhe pelos serviços prestados e o remeta de volta a seu país de origem. 

No Palmeiras, definitivamente, Gareca não deu certo! Pelo que ficou claro até agora, e, pelo próprio encaminhamento das coisas, ao que tudo indica, também não dará certo em futuro bem próximo!

Em resumo, se a recuperação palmeirense não ocorrer a curtíssimo prazo, a segunda divisão nos abocanhará pela terceira vez no espaço curto de apenas doze anos! Como, então, manter Gareca?

Dirigentes oposicionistas, assim como os tradicionais redutos antipalmeirenses da mídia, tentarão elevar o tom de voz  e argumentar  o contrário com o fito de manter Gareca  no Palmeiras, o que, seguramente, representa para o clube, um tiro no próprio pé.

E o farão, simplesmente, para poderem, no final do ano, festejar o terceiro funeral palestrino!

Quem não sabe que eles defenderão a continuidade de Gareca como técnico do Palmeiras, estabelecendo, certamente, argumentos e parâmetros ligados ao tempo de trabalho, contratações empreendidas a pedido dele, e, certamente, falarão na renovação da equipe e no lançamento de vários jogadores da base.

Dirão, também, que Gareca não é culpado de nada, fazendo da culpa um subterfúgio que motive a diretoria a continuar com um técnico reconhecidamente trabalhador!

Entretanto, convém que se diga que, nas mesmas proporções em que mostrou ter caráter, coragem para lançar os novos da base ou para substituir medalhões e outros atributos, evidenciou inépcia, desconhecimento completo do futebol brasileiro, absoluta falta de liderança e vibração e uma dose massiva de crendice e superstição ao evitar vestir a nossa camisa verde, sob a alegação de que a cor traz azar! Ontem ele, novamente, vestiu azul e mais parecia técnico do Cruzeiro do que do Palmeiras!

O fato, real e comprovado é que Gareca não soube, ou, por outra, não teve a capacidade suficiente para montar um time a curto e a médio prazo e aproveitar a oportunidade de trabalhar no futebol brasileiro que lhe concedeu o Palmeiras.!

Pode-se dizer  que o tempo oferecido a Gareca foi razoável, suficiente para que ele ou qualquer outro técnico, ainda que do exterior, ao menos debuxasse, eboçasse ou delineasse um time de futebol à altura das necessidades do Verdão.

Ressalte-se, também que todas as suas demandas por novos jogadores foram atendidas prontamente por Nobre, mas, pelo que se notou e se viu, indicar jogadores de primeira linha também não representa um talento de Gareca.

Pior, ainda, que além de ter trazido jogadores absolutamente comuns, diminuiu, drasticamente a estatura média da equipe, contratando atletas mirrados e de porte físico menor do que a média brasileira.

Como dizia o mestre Rubens Francisco Minelli, os jogadores pequenos ou franzinos, para que possam jogar no futebol de hoje, têm de ser, tecnicamente,  muito melhores do que os grandes, mas se houver equiparação técnica, tem-se que optar pelo de maior estatura em todas as circunstâncias e sob qualquer hipótese!

É por isto que eu digo e espero que a diretoria o faça ainda nesta quinta-feira:

"COM TODO O RESPEITO, FORA GARECA!"

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 NA TV



Milton Leite transmitia excelentemente bem o jogo no Sportv, até, como costuma fazer, engolir a voz por volta dos 35 do 1º tempo, abdicar da vibração e partir mais para o estilo coloquial! 

Como não possui uma voz baritonal, esse tipo de locução o prejudica pois ele cai na vala comum da maioria dos narradores tenoris que tentam derivar para uma colocação vocal calcada nos tons graves. O grave de ML não é tão bom quanto os seus tons médios e agudos.

ML perdeu-se, novamente, como sempre acontece, em querer comentar o jogo e por falar demais sobre nuances que deveriam ser, exclusivamente, da seara do comentarista.

Com potencial suficiente para ser o melhor narrador da TV brasileira, ML perde-se (faz tempo) por esses pequenos detalhes. 

Infelizmente a escola do narrador que comenta e que "enche o saco" do telespectador instituída por Galvão Bueno e que tem como principal professor o chatíssimo Kléber Machado, toma conta da imensa maioria dos profissionais e ML não foge à regra.

O que os caras não conseguem entender é que o Galvão age assim porque não aguenta  mais narrar o jogo e se agarra aos comentários como uma espécie de muleta de transmissão. Quem assiste a um jogo pela TV quer saber, mesmo, do narrador, apenas e tão somente quem está com a bola, nada mais!

Noriega esteve bem e, como de hábito, leu bem o jogo. Quando não existem os lances de arbitragem interpretativos e decisivos sobre os quais ele precisa opinar (em jogos do Palmeiras, em jogos do Palmeiras..) ele sempre se sai muito bem. Ontem não foi diferente!

O outro comentarista, o tal Beletti, invasor da profissão de jornalista (como fala mal e acaipirado!),  por volta dos 10 minutos do primeiro tempo, quando os dois times, na base do "toma lá, dá cá" iam e vinham em ataques e contrataques fulminantes, saiu-se com esta: " o jogo está concentrado no meio de campo..." HAHAHAHAHAHAHA

Bem se vê que quem jogou, nem sempre enxerga o que está se passando em campo. O que Beletti foi fazer na transmissão se ele, como analista, não consegue nem "placê" em relação ao Noriega! Correm os dois e Beletti chega em terceiro! 

Fora Beletti, Edinho, Neto, Denilson, Edmundo, Juninho, Roger e todos os outros ex jogadores!. 

Não se esqueçam, também,  de fazer preces por Luciano do Valle que os colocou, indevidamente,  na profissão. Espero, sinceramente, que, no futuro, os ex-jogadores possam tirar os lugares dos filhos e netos dos diretores que os contrataram! (AD)