Observatório Alviverde

14/03/2014

PALMEIRAS, UM TIME DE INTEGRAÇÃO NACIONAL!


 

A memorável visita do Palmeiras à desconhecida cidade de Vilhena, (Ro), evidencia que, apesar das tantas crises técnicas e financeiras, com as quais o clube e o time acostumaram-se a conviver, o Palmeiras e o palmeirismo -impávidos colossos- continuam vivos, em contínuo crescimento geométrico e seguem em alta por todos os estados brasileiros, quer a mídia e a Globo queiram ou não, divulguem ou não!

Para que se tenha uma ideia, o estádio do Vilhena, nominado Arnaldo Lopes Martins, mais conhecido como Portal da Amazônia, com capacidade para abrigar 7 mil torcedores, recebeu 13 mil no jogo Vilhena X Palmeiras pela Copa do Brasil, isto é, quase o dobro de sua capacidade, de acordo com a informação insuspeita do repórter da ESPN, Vinicius Nicoletti que realçou, também, o fato de haver sido o público de ontem, o maior da história da cidade e região.

O fenômeno, tantas vezes ocorrido quanto escondido, em tantos jogos do Palmeiras pelo interior do país, varrido convenientemente sob o implacável tapete da maldade e do interesse midiático, assumiu, quarta-feira passada, proporção e vulto inimagináveis, incontíveis, que nem a própria mídia, apanhada de surpresa, teve a antevisão ou sonhava que pudesse ocorrer! Senão, vejamos!

Registre-se, antes de mais nada, que os locutores que transmitiram o Vilhena e Palmeiras, Amigão, o da ESPN,(este eu vi e ouvi) e Leite, do Sport (contaram-me), respectivamente e coincidentemente, um sãopaulino e um corintiano, não deram o merecido destaque à predominância da torcida alviverde no jogo, citando, apenas, uma vez ou outra, sem a ênfase que o assunto suscitava e merecia.

Ambos fizeram vistas grossas o tempo todo, o jogo todo, desde o início dos trabalhos televisivos direto de Vilhena, sem enfatizar, como exigiam as imagens e recomendava o bom jornalismo, a presença massiva e predominante da torcida palmeirense. Citaram economicamente os fatos, enfim, -como para que cumprir uma obrigação-, apenas, de passagem sem a ênfase que exigiam!

Fosse a torcida de seus times a protagonista da festa de ontem em Vilhena, imaginem o escândalo verbal que teriam aprontado! Isso me direciona, automaticamente,  a Luciano do Valle, para quem só duas torcidas fazem "festas espetaculares nos estádios, Ponte Preta e CU-rintias!

Infelizmente poucos da mídia têm insenção clubística suficiente para exercer com neutralidade a profissão, com as raras e (des) honrosas exceções de palmeirenses militantes que têm vergonha de dizer que torcem pelo clube!

Depois da digressão, voltemos aos fatos de Vilhena!

Com as imagens da telinha mostrando um estádio completamente lotado, que abrigava -fato ímpar! Não vi, até hoje, nem a gambazada ou a urubuzada fazer isso- 50% de palmeirenses, 10% de torcedores mistos -com camisas que ostentavam as duas cores- e 40% ou menos de torcedores, exclusivamente, vilhenenses, por que os aludidos narradores, os comentaristas ou os repórteres não se dignaram a rasgar o véu da fantasia clubística e divulgar a maior presença palmeirense com a veemência que exigia?

Foram 120 minutos de transmissão e dissimulação, em que TODOS pareciam se locupletar, omitindo-se de registrar o merecido crédito áudio ilustrativo quando as câmeras flagravam as camisas do Palmeiras vestidas por gente de todas as idades, sobretudo crianças.

A única frase que se ouvia abreviada, seca e curta era esta: "está aí a torcida do Palmeiras"! Ainda bem que, diferentemente do rádio, em TV uma imagem vale por mil palavras!

Mas as imagens apareciam em profusão -era inevitável- por todos os redutos do estádio, com as arquibancadas tingidas de verde e as dependências especiais -que contêm, normalmente, a elite da cidade- ostentando faixas, cartazes que saudavam o Palmeiras. O amigão não contou mas, meninos, eu vi!

Nesse setor especial e sofisticado, em que as torcidas se misturaram harmônica e pacificamente -como deveria ser, sempre-, e dividiram os assentos, havia uma hiléia, uma verdadeira floresta amazônica de camisas confeccionadas com estampas nas quais os torcedores declaravam que amavam mutuamente o Vilhena e o Palmeiras, ostentando, do lado direito, o escudo as cores do Vilhena, e, do lado esquerdo -o lado do coração- o escudo e as cores do Verdão!

Foi arrepiante, mas os homens da ESPN (não sei os do Sportv) fizeram questão de, sequer, mencionar! É como se não houvesse existido! Eu, particularmente, jamais havia visto isso, a não ser isoladamente, como Osmar Santos fez, politicamente, quando de um dos últimos Palmeiras x CU-rintia!

Eu diria que as manifestações de enlevo, amor, carinho e devoção de toda uma cidade e região pelo Palmeiras só não causou uma perplexidade geral junto aos cronistas, em decorrência de serem eles, todos, conhecedores, -cientes e conscientes há anos- de que a torcida do Palmeiras, em termos de Brasil, não apenas é a maior entre TODAS de São Paulo, como rivaliza com a do Vasco, só perdendo, mesmo, em termos quantitativos, de forma ampla para a torcida do Flamengo!

As imagens televisivas, -autênticas e indesmentíveis-, expõem, com meridiana clareza essas nuances da vida do Palmeiras, e soam,  como se fossem um contraponto, a tudo o que a grande mídia -mormente Folha, Lance, Globo, Band e  ESPN-  teimam -não se sabe a título de que- em negar, desafiando-os de forma irrefutável, irretratável e "inargumentável", se me permitem o neologismo.

A diretoria do Palmeiras, através de seu departamento de marketing e divulgação tem a obrigação de tirar proveito de tudo isso, visando a melhorar a imagem do clube e, por conseguinte, o seu prestígio e seu poder de faturamento.

A imagem do Palmeiras tem andado descuidada de uns tempos a esta parte, relegada a um plano desimportante, com prejuízos financeiros seriíssimos, ao clube, haja vista que a nossa quota de TV -decorrência, também, disso- de há muito não é a mesma, desde quando Tirone, humilhado e coagido, obrigou-se a trair os postulados do Clube dos 13 e dos poucos clubes que ousaram peitar e resistir a Andrés, a Lula entregando-se de corpo e alma à famigerada e interminável ditadura global!

O truste da comunicação (globo) apoiado pelo truste da informação (ibope), em conluio com dirigentes pouco recomendáveis e políticos sem ética e escrúpulos, decretou que o Palmeiras não proporciona bons números de audiência e -por conveniência e interesse deles- perdeu o terceiro lugar em torcida para os bambis!

São esses os sofismas utilizados para justificar a diminuição proporcional drástica da quota de televisão do Palmeiras -outrora o Verdão, por méritos e por direito, recebia a quota máxima- que perde -muitíssimo- em  receita para clubes como o CU-rintia e Flamengo, cujos universos de compra e segmentação no mercado são voltados, massivamente, a um público desprovido de suficiente poder de compra!

Nobre precisa iniciar um trabalho de marketing visando a reagir contra esse estado artificial de coisas que tem sido demolidor para os interesses do clube, mas que, na prática -felizmente- sempre é contrariado e contestado, quando a televisão exibe os nossos jogos no interior de São Paulo e em qualquer região, ainda que remota, deste gigantesco país de mais de 8 milhões de quilômetros quadrados!

O Palmeiras, para os palmeirenses! Ajude a fazer um Palmeiras maior divulgando, você, o que a mídia insiste em não divulgar! Chega de apanhar quieto, com o rabo entre as pernas! É hora de reagir!

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