Observatório Alviverde

08/09/2012

COM VUADEN NO APITO, PALMEIRAS LUTA PARA SAIR DO CORREDOR DA MORTE EM BH!


Ao descobrir-se do chapéu de Santos Dumont e parar de inventar na escalação, Felipão se descobriu e se reinventou, a bem da S.E. Palmeiras. Já não era sem tempo! 

A maior lição que qualquer treinador, principalmente Felipão,  tem de aprender com o saudoso João Saldanha, é aquela da necessidade premente de definição hierárquica de um grupo, a bem do próprio grupo.

A demarcação bem clara dos cargos e encargos de cada jogador em face do elenco, e, enfim, a definição do que representa cada um é de suma importância em um trabalho de grupo.  .

Sem definição não existe estatus, sem estatus não há hierarquia e onde falta a hierarquia toma conta a anarquia, que multiplica as rivalidades, exalta os ânimos, promove a guerra das personalidades e recrudesce a competição no intragrupo.

Todas as experiências de técnicos visando a agradar, a um só tempo, indianos e paquistaneses redundaram em fracasso e fiasco, dentro e fora dos gramados..

Está provado, em quase 120 anos de futebol no Brasil, que os times sem estrutura de conjunto podem, até, ganhar torneios curtos, mas não ganham campeonatos.

O Palmeiras, sob Felipão estava assim.

Só se reencontrou a partir do momento em que ele recolocou em campo o arcabouço, a estrutura antiga do time e escalou os melhores jogadores disponíveis, mais o novato Tiago Real.

Essa era a forma mais indicada, dos pontos de vista tático e individual, para que o Palmeiras jogasse bem e voltasse a obter os bons resultados.

Não obstante, Felipão insistia com mudanças inúteis que, além de não redundarem em nada, tiravam a tranquilidade de quem jogava, assim como a harmonia e o sentido de conjunto a equipe.

Espero, sinceramente, que o nosso treinador não tenha uma recaída e que só mude a escalação e a nova maneira de o time jogar quando houver um motivo forte ou necessidade.

@@

Hoje, em Belo Horizonte, o Palmeiras terá de mudar algumas peças por imposição das contusões, dos cartões e de uma convocação.

Maurício Ramos desfalca a zaga, por contusão. 

É um desfalque e tanto! 

Além da liderança natural em campo e do entrosamento com Tiago Heleno, Ramos vinha se constituindo no melhor entre os zagueiros.
@@

Henrique é ausência certa e sentida no meio-campo, suspenso, automaticamente, por haver recebido o terceiro cartão amarelo no jogo contra o Sport..

Técnica e individualmente é um jogador especialíssimo, em nível de Seleção e figura obrigatória em qualquer escalação palmeirense.

Com a ausência de Henrique, vamos penar e perder "demaaaais" em vários aspectos: 

na consistência defensiva, na marcação forte e eficiente à frente da área, na cobertura e na chamada saída de bola. 

Henrique é um mestre em todos esses quesitos. 

De zagueiro a volante, ora pela direita, ora pela esquerda,  excepcional na marcação, estupendo na antecipação, muito eficiente no jogo aéreo, seja pra defender ou atacar, Henrique foi um achado tático de Felipão para suprir as necessidades de uma posição muito mais carente do que a nossa zaga, a do volante de contenção.

A ausência de Henrique, hoje, contra o Galo pode - eu não estou dizendo que vai - PODE desestabilizar a nossa defesa...

PODE, também, perfeitamente,  ser o fator desencadeante de situações de extremas dificuldades para a nossa defesa. 

Tudo porque transita nessa faixa de terreno o mais habilidoso jogador em atividade no futebol brasileiro - mais do que Neymar, inclusive- Ronaldinho Gaúcho responsável maior pela excepcional campanha do Galo Mineiro neste Brasileirão.

Na hipótese de o Palmeiras entrar com a formação previsível e esperada, tendo pelo setor direito da defesa Artur e Amaro, não sei a quem caberá a incumbência de marcar e tentar anular Gaúcho.. 

Creio que seja Artur, com a cobertura de Amaro, mas poderá ser, também, Márcio Araújo, com a cobertura de qualquer dos dois.

Portanto, não esperem que Artur apóie tanto, ou que Araújo acance, independentemente de ser qualquer deles ou não o marcador principal e direto de Ronaldinho.

Marcando ou cobrindo, Artur fará parte da turma da repressão ao Gaúcho, que arma com eficiência e categoria, 99% das jogadas agudas de nosso adversário.

@@ 

Vou apresentar a minha versão sobre a ausência de Barcos hoje em BH, pelo fato de haver sido convocado para a Seleção Argentina.

Barcos é sub-utilizado no Palmeiras em decorrência do "modo Felipão de jogar",  que lhe impõe a obrigação de cumprir, fora de suas reais características,  a extenuante tarefa de correr incessantemente atrás de beques para marcar a saída de bola.

Como se isso não bastasse,  o isolamento tático a que o argentino fica submetido é um fator que interfere, diretamente, no poderio ofensivo do Palmeiras, sempre restrito e reduzido..

Barcos é artilheiro do Verdão por seus próprios méritos e por sua imensa capacidade individual, apenas por isto!

Taticamente,  está sendo muito sacrificado, obrigado a praticar um futebol que nunca praticou, completamente diferente daquele que sempre praticou e que fez dele um grande centro-avante.

É mais ou menos como um cantor obrigado a cantar fora de seu timbre e tessitura, um tenor, por exemplo, cantando como barítono ou baixo que vai cantar, sim, mas não vai brilhar.

Apesar do esquema tático antiquado e manjado de Scolari, que não facilita a sua vida de atacante, Barcos cheira a gol, e deseja, sempre e cada vez mais, fazer gols.

Para que sua tarefa fosse facilitada o gringo teria de ter alguém que o acionasse em condições de arremate ou que encostasse para as tabelas, fazendo o "um-dois" ou aproveitar-se de suas jogadas perfeitas de proteção de bola em situação de pivô. 

@@

Sei que muitos não concordarão com o que vou dizer agora e que pode soar como uma incoerência.: 

Fosse eu o treinador,  entre Barcos e Obina, o baiano seria o titular,.

Mas, de preferência, os escalaria juntos e armaria um esquema tático que explorasse, concomitantemente, o talento de Barcos, a força de Obina e a vocação de ambos em ir para o gol. 

Com Valdívia armando, Obina pelos lados do campo e Barcos enfiado, as nossas possibilidades de artilharia, simplesmente, multiplicar-se-iam.

@@

No que respeita ao jogo de hoje, Obina é peça de reposição a altura de Barcos, o que não acontece com Leandro Amaro em face de Ramos e, muito menos, Araújo em comparação a Henrique, os possíveis substitutos dos ausentes.

Independentemente da qualidade inferior dos suplentes, é o que de melhor tem o Palmeiras neste momento para remendar a equipe.

Se Felipão tiver juízo e não voltar a, teimosamente, tentar fazer as suas experiências laboratoriais, essas serão as alterações naturais.

O que não pode e nem é prudente, exemplifico, é colocar Patrik no jogo em lugar de Henrique, deixando um especialista da posição como Araújo sentado no banco.

Da mesma forma,  é sempre contra-indicado mexer em duas, três ou mais peças para encaixar um jogador .

@@

No Galo Mineiro seu atacante mais veloz, Bernard, está fora do jogo, o que é uma notícia alvissareira para os homens de defesa do Verdão.

Também o artilheiro Jô não vai enfrentar o Verdão e essa ausência retira do Atlético uma de suas mais importantes opções ofensivas, o jogo aéreo.

Sem uma peça de substituição a altura de Jô, desde que André voltou para o Santos, é possível que o meio-campista Guilherme vire centro-avamte e seja improvisado na posição.

Danilinho, liso, lépido e habilidoso atacante, com dores na coxa direita, pode ficar fora do jogo, embora tudo indique que ele jogue, mesmo fora de suas melhores condições.

Em minha concepção, apesar dos desfalques, o Palmeiras reúne grandes condições de vencer o Galo.

 Ainda que o jogo seja em BH, numa arena de tamanho reduzido que sempre intimida o visitante, dada a aproximação do público com o campo de jogo e a amplificação do alarido da torcida, o Palmeiras é um time acostumado a essas situações que acabam se tornando irrelevantes.

Acontece que, além dos desfalques de Jô e, principalmente, de Bernard, o Galo começa a se ressentir psicologicamente pelo fato de estar a quatro jogos sem vencer. 

Há como que um certo desânimo do grupo atleticano em face das derrotas e da perda da liderança para o Fluminense. 

Felipâo e o Palmeiras têm de ter a suficiente inteligência para saber explorar esse fator, ganhar o jogo e subir três pontos na tabela.   

O Galo, neste momento encontra-se na contramão do Palmeiras e anda de crista baixa.

Enquanto os mineiros lutam por reabilitar-se e voltar ao topo do campeonato, o Palmeiras ganhou alma nova em face de o time ter melhorado muito técnica, tática e espiritualmente após a boa vitória sobre o Sport.

Além disso, a indesmentível união do grupo, focado e fechado no objetivo maior de fugir do rebaixamento, provocou uma revolução no ânimo, na disposição da equipe e na maneira de encarar os jogos credenciando-a a um bom resultado diante do vice-líder do campeonato.

@@

Provável time para hoje:

Será que Felipão vai deixar-me acertar pela primeira vez?

Bruno, Artur, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Júnior. 
Araújo, Correa,  João Vitor e Valdívia. 
Tiago Real e Obina.

@@

Leandro Vuaden apita Atlético x Palmeiras.

Não gosto desse árbitro, que deveria chamar-se Leandro São Jorge, pela proteção que devota ao CU-rintia.

Porém, como é um árbitro muito experiente, se quiser, pode levar a bom termo a arbitragem de um jogo que tem a propriedade de mexer, simultâneamente, com a parte de cima e com a parte debaixo da tabela.

@@

O QUE VOCÊ ESPERA DO PALMEIRAS ENVOLTO EM OUTRA "DECISÃO" CONTRA O GALO MINEIRO?

QUEM VAI SER O MAIS PREJUDICADO PELAS AUSÊNCIAS?

TEMOS CONDIÇÕES DE VENCER?

SOMOS OS FAVORITOS?

COMENTE COMENTE COMENTE