Observatório Alviverde

01/01/2020

A POLÍTICA DE APROVEITAMENTO DOS JUNIORES (ao menos até agora) NÃO ESTÁ SENDO BEM CONDUZIDA!


Meus amigos, já em 2020, o Palmeiras procede de maneira diversa em relação aos anos anteriores em termos de reestruturação de elenco.

Nos anos que passaram primeiro anunciou, em seguida contratou e só depois dispensou aqueles jogadores que não interessavam. 

Desta vez, primeiro dispensou e se contratou (o Verdão já deve ter contratado alguns jogadores) simplesmente não os anunciou oficialmente.

Então, apenas o diretor de futebol Anderson Barros e o técnico Vanderlei Luxemburgo tiveram seus nomes anunciados antecipadamente, os jogadores, não!

Em compensação o Palmeiras anuncia -dia a dia- e com muito estardalhaço, a dispensa de vários jogadores, como poucas vezes se viu na história do clube.


Eu, que vivo o Verdão desde a longínqua década de 50, ouso afirmar que, pelo fato de o Palmeiras ter tido no ano passado o maior grupo de jogadores de que se tem notícia sob contrato, este de 2019 para 2020 foi o maior desmanche da história do clube ao qual acrescento a frase "e não sem justa razão"!

Na verdade o Palmeras deveria ter um elenco tecnicamente muito forte, enxuto, formado pelos melhores atletas possíveis e disponíveis no mercado, mas sem o exagero de tantas contratações de jogadores meias-bocas, indo buscar as soluções emergenciais nas categorias de base.

Mas não foi esse o legado do mineiro "goela larga" que agiu muito mais na contramão da lógica, juntando um elenco enorme, recheado de opções em algumas posições, mas absolutamente carente em outras, mormente as de meio de campo e as ofensivas.

Meus amigos, creiam no que vou dizer:

Felipão com toda a sua indigência tático-defensiva conseguiu tirar água de pedra de um  elenco que ele não formou mas cuja competência -ficou provado- não passava da capacitação para chegar onde chegou. Nada mais que isso!

Agora está chegando Luxa (com minha aprovação, assumo) muito mais velho, experiente e curtido pela vida e por muitos fracassos dentro e fora de campo.  Por paradoxal que possa parecer, é exatamente por isso que acredito nele.

É óbvio que com ele no comando, a trajetória palmeirense tanto pode ser resplandecente quanto pode se constituir em um rotundo fracasso. Isso ocorre com qualquer um.


Mas a tendência, pelo histórico, competência e até pelo temperamento de Luxa é o Palmeiras continuar na cumeeira do futebol brasileiro e reencontrar-se com o excelente futebol que já praticou sob o comando dele próprio, o único técnico brasileiro que já dirigiu o Real Madrid.

Neste retorno, Luxemburgo tentará levantar o Palmeiras e tirá-lo do limbo em que se meteu no ano passado, embora por um viés diferente do "mineiro goela larga" que dava as cartas e jogava de mão no comando do futebol palmeirense.

Aliás, jogava  pró e contra,  sempre em consonância com os seus interesses pessoais.


Uma pena -é sempre assim- que ele tenha gastado toda a grana em contratações suicidas, destruindo o poder aquisitivo palmeirense e impedindo que o clube parta para a aquisição dos melhores jogadores disponíveis no mercado.

A devastação promovida nas finanças do clube pelo ex-diretor de futebol palmeirense empreendendo contratações absurdas de jogadores (alguns fracos, outros em fim de carreira e -pasmem- até de contundidos) mediante salários altíssimos e vínculos de extensa duração, leva o Palmeiras a mudar a sua política de aquisições e anunciar o imediato aproveitamento da base. 

Eu, particularmente, sempre recomendei esse aproveitamento, porém em condições racionais e não da forma açodada com que foi adotado. 

Meu plano pressupõe acoplar os destaques dos juniores a um time principal montado à base de jogadores altamente técnicos e experientes. Foi assim com Gabriel Jesus, a última e efetiva revelação palmeirense, vocês se lembram?

Mas o presidente palmeirense, infelizmente, não tem visão futebolística suficiente para enxergar esses detalhes e embarca agora (talvez por necessidade pecuniária) de corpo e alma num empreendimento que, ao menos em meu entendimento, tem tudo para não dar certo.

Menos mal que será gerido pelo próprio LUXA que -certamente- deve ter indicado o novo diretor de futebol.

Esse acerto na cúpula me deixa esperançoso de que, mesmo na condição desordenada com que vinha e vem sendo conduzida essa nova política,  pode contrariar as minhas expectativas e vir a dar certo.

Juniores no time, sim, mas sempre em um time bem formado, bem estruturado e constituído pelos melhores jogadores possíveis em cada posição. 

Fora disso é um exercício de empirismo que um clube estruturado e bem organizado e dirigido por gente competente e em sã consciência, jamais deveria adotar. (AD) 

PS- as opiniões dos participantes não refletem necessariamente o pensamento do blog e são da total responsabilidade de quem as escreve! (AD)   

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