Observatório Alviverde

24/03/2011

PALMEIRAS VENCEU, CONVENCEU E GOLEOU O LINENSE EM BARUERI. QUE A MÍDIA NÃO VENHA COM A MANJADA CONVERSA QUE NÃO GANHAMOS DE NINGUÉM!

 

O modéstissimo Linense não chega a ser, sequer, um São Caetano, quanto mais um Real Madrid.

Mas tenham a certeza de que se enfrentasse o Corinthians e o Corinthians vencesse, o “Elefante” seria considerado como tal. Não foi assim no primeiro turno?

As vitórias dos gambás, dos bambis, e até as do Santos, são sempre amplificadas e valorizadas, recebendo, sempre, um tratamento especial por parte da mídia.

Quaisquer vitórias dessas equipes sobre adversários de menor envergadura técnica são superdimensionadas a fim de que a mídia suspenda o diabólico turíbulo do clubismo e da subserviência e lance sobre esses clubes a fumaça oloríssima do incenso do elogio.

O Palmeiras não merece esse tipo de consideração ou de realce. Quando vence, dizem, e, se não dizem dão a entender, que não faz mais do que a obrigação. Mas, se perder, pau nele!  Há anos é assim…

Ainda bem que a Internet disponibiliza, hoje, de forma democrática, um espaço na rede a todos os que se habilitam e que existe um antídoto porreta contra o veneno midiático, nominado Mídia Palestrina.

Não fosse a mídia palestrina, com seus blogs combativos, com seus twitters de atalaia e com seus sites repletos de  trabalhos jornalísticos de primeiro mundo, na maioria das vezes melhores do que os da mídia profissional, as nossas vitórias e os nossos feitos permaneceriam ocultos, omitidos ou, em melhor hipótese, sub-avaliados e subvalorizados.

Vira e mexe um locutorzinho, um repórter ou um comentaristazinho qualquer, se insurge com o contraditório e reclama da rede, colérico, furioso e raivoso, por não tolerar reparos ao seu trabalho ou por considerar-se o dono da verdade. A esses eu respondo, HA HA HA HA HA HA HA, parafraseando Zagalo: ” Eles vão ter que nos engolir”…

Eu quero ver o que tantos caras da mídia, ressalvados poucos, vão dizer sobre a maiúscula e convincente vitória do time de operários de Felipão, Palmeiras & Companhia, ontem, sobre o Linense.

Essa nova  empresa do ramo futebolístico, atuou, ontem, contra o Linense, com um mestre, Lincoln, um contra-mestre, Kléber, um experiente chefe de seção, Assunção, alguns operários qualificados como Cicinho, Deola, Araújo e Danilo, outros chegando como Amaro e Chico, o braçal Rivaldo e os dois aprendizes, o genial Patrick e o promissor Miguel. E olhem que o nosso engenheiro-arquiteto, Valdívia, não pôde, excepcionalmente ontem, comparecer ao trabalho.

O Palmeiras 2011 é assim: pode não ser (e não é) uma máquina, mas é, efetivamente, uma fábrica… De resultados, naturalmente.

Em quase todos os aspectos esse jovem time do Palmeiras reflete a personalidade, a imagem e o DNA de seu técnico, na medida em que é um time simples, obediente, trabalhador, produtivo, objetivo, cooperativo, superativo, que tem sabido crescer e explodir na hora certa.

Sei que esse Palmeiras humilde (mas que não se humilha) não é o Palmeiras dos sonhos de muitos palmeirenses, sobretudo daqueles que, como eu, tiveram a felicidade de  acompanhar a fabulosa saga de nossas academias.

Culpa dos novos tempos e do pragmatismo do futebol moderno que abre poucas ensanchas ao futebol-arte, a marca registrada da qualidade,  “made in Palmeiras” no decorrer daqueles e de outros tempos.

Hoje, jogar bonito pouco ou nada adianta. Quem joga assim, sem as necessárias força, e pegada, comete suicídio. O tempo do futebol romântico expirou faz tempo. Quem viu, viu! Quem não viu, jamais vai ver.. Meninos, eu ví! Ví  e curti!

Como jogava bonito o meu Verdão!  E como enfeitava, e como envolvia, e como ganhava, e como moia os adversários. Até o Santos de Pelé sentiu nos ombros tantas vezes, a categoria e o peso  do time que melhor tocou a bola em toda a história do futebol brasileiro.

Voltemos à realidade!

O Palmeiras de Felipão, com todas as suas cantadas e decantadas limitações, tem sido um time essencialmente pragmático, ao feitio do futebol de hoje, que deixou de lado o adereço, o enfeite a firula e todas as perfumarias do futebol,

Busca o resultado com avidez, volúpia e ganância. Os lampejos de arte que se vê, ficam por conta do Mago, quando temos o privilégio ímpar de vê-lo em campo, driblando, contornando o adversário como em roda de peru, indo em direção a um lado e girando desconsertantemente para sair pelo outro, aplicando canetas, lençóis, chapéus, banhos-de-cuia e tudo o mais que o jogo permite e, até, fazer o chão de bola, chutando-o, para enganar o adversário.

Tudo isso, meus amigos, sem prejuízo da produtividade da empresa, mas em pról dela própria, haja vista que a presença de Valdívia em campo, além de um colírio para os olhos, é a garantia perene de que teremos agressividade, ofensividade, e, principalmente, gols, os produtos mais nobres de sua extraordinária criatividade a serviço do Palmeiras..

Ontem Felipão ofereceu um genérico de Valdívia, Lincoln, novamente de bem com o técnico e com o clube. Surpreendentemente bem na parte física, embora com pouco ritmo de jogo, Lincoln jogou muito bem

Não só pela ausência de Tinga, que esquentou o banco, mas pela exuberante presença do categorizado jogador mineiro, o time do Palmeiras ontem, apresentou boa presença ofensiva e muita criatividade.

As minhas dúvidas no que se refere a Lincoln são decorrentes de sua condição física porque jogar bola ele sabe e muito bem, por sinal. Será que conseguiremos recuperá-lo?  Será que ele, com a idade que tem, readquire a velha forma?

Será que ainda teremos o imenso prazer de vermos em ação, vestindo a nossa gloriosíssima “maglia” verde e  jogando juntos, Kléber, Valdívia e Lincoln?

Ou Felipão, pela sua filosofia tática marcantemente defensiva não toparia criar um esquema com mais ofensividade e menor poder de marcação?

Para encerrar, ressalto que o Palmeiras fez um ótimo jogo, contra o Linense, sobretudo no primeiro tempo.

O solitário pecado da equipe, que tocava esplendidamente a bola, que trabalhava  bastante pelo flanco direito com Cicinho, que tabelava ameaçadoramente pelo meio com a aproximação em rodízio de Kléber, Lincoln, Adriano e Patrik, era a falta de arremate ao gol.

Felipão, do banco insistia com os jogadores e cobrava esse tipo de atitude, uma carência, aliás, da equipe em quase todos os jogos que disputou, em que pesem as vitórias obtidas.

O primeiro gol ocorreu da forma como Felipão queria e teve, em seu nascedouro, um toque de calcanhar genial de Lincoln que desmontou a defesa do Linense e culminou com  um arremate forte e certeiro do garoto Patrik, de longa distância que pegou na veia um tiro cruzado, absolutamente indefensável.

Aberta a porteira o Palmeiras se acalmou, se tranquilizou e não teve muito trabalho para assinalar mais dois gols que refletiram a sua ampla supremacia sobre um Linense que poucas vezes conseguiu ultrapassar o meio de campo.

O Palmeiras de ontem tem de ser reconhecido, enaltecido, elogiado e cumprimentado,  recebendo todos os encômios e parabéns pela eficiência e pela predominância em campo.

Não venham com essa que o adversário era fraco. A gambazada sofreu e suou muito para batê-los, em Lins, por 2 x 0. O Palmeiras ganhou com folga e com muita autoridade. Parabéns aos operários do Palmeiras!

Agora, quero fazer um pedido a quem lê ou comenta neste blog.

Vamos todos, meus amigos, colocar o nosso time pra cima e reconhecer o esforço, a dedicação e a superação de cada atleta.

Vamos criar uma corrente de apoio a Felipão e repudiar os diretores e conselheiros que trabalham contra esse honesto, correto e competente profissional, o mais respeitado entre todos os treinadores em atividade no país.

Sei, perfeitamente, que os nossos problemas estão muito longe de ser solucionados, mas, ao menos no futebol, parece que estamos no caminho certo, ainda que muitos o julguem errado.

Sei, também, que o nosso time não é a oitava maravilha do futebol mundial, mas sou convicto de que temos melhorado muito e, para consumo doméstico, nada devemos, creiam,  aos demais grandes do futebol paulista.

Temos chances vívidas e reais de ganhar este paulistão que se nivela, não por baixo como dirão se o Palmeiras for campeão, mas, por cima, posto que todos os grande estão se dando bem e, certamente, dois deles devem fazer a final deste ano.

Tudo indica que será assim, ao contrário do ano passado, quando Santos e Santo André chegaram à final. Quem não se lembra que o time andreensee foi estuprado pelas arbitragens nos dois jogos finais, em favorecimentos vergonhosos que a mídia paulistana não ousou divulgar.

Esperamos, todos, que o Palmeiras esteja nessa final, que será, pelo visto, muito mais interessante do que aquela que disputamos, há dois anos, contra a Ponte!

NOTA MIL A FELIPÃO 

Ao  se insurgir e bronquear contra o time que se exibia para a torcida no segundo tempo, completamente desinteressado pelo jogo, Felipão mostrou seriendade profissional e pleno conhecimento do regulamento.

Mais uma vez (é preciso acabar com isso) o time e a torcida que estava no estádio queriam “olé”, mas Felipão e 17 milhões de Palmeirenses que estavam em casa, nas ruas, nos bares, nos ônibus, nos carros e em toda a parte, queriam outros gols.

O Palmeiras poderia, perfeitamente, tê-los feito sem grandes esforços.  Parece que só a boleirada bronca não sabia que um bom saldo de gols pode até decidir o campeonato.

OS BAMBIS SE LASCARAM

Estou duplamente feliz. O Palmeiras ganhou e os bambis, nossos piores inimigos, perderam em Jundiaí, do Paulista, por 3 x 2. Vale registrar que eles sofreram três gols, o que não é muito frequente.

Com o Corinthians, nosso maior adversário, não me importo tanto, pois sei que se os encontrarmos novamente neste Paulistão em jogo “prá valer”, vamos ganhar. No último clássico jogamos muitíssimo melhor, mas a sorte esteve ao lado deles.

TELEVISÃO

Assisti ao jogo pelo PFC com Jota Júnior. A transmissão do Jota foi o espelho do jogo.

Primeiro tempo, padrão de transmissão muitos furos superior ao que desenvolvem Galvão, Luís Roberto e Kléber na matriz. Narração precisa, objetivam sem retoques, sem troca de nomes, em cima da jogada. Paradigma de audio-visual!

No segundo tempo Jota não segurou a onda. Caiu junto com o jogo, perdendo-se, novamente, pelo excesso de comentários paralelos em detrimento do jogo, seccionando seguidamente o relato.

Quando é que os locutores vão perceber que parar de narrar para fazer comentários paralelos longos, que ficam ainda mais longos, uma eternidade, com a complementação do comentarista não agradam o telespectador? 

Sobre o Vilaron, embora eu não concorde com muitos de seus conceitos, tenho de admitir que foi bem. Foi perfeita e pertinente a sua crítica a Felipão, pela morosidade em colocar os reservas em campo, num momento em que os principais titulares já estavam inteiramente desinteressados pelo jogo e só tocavam para trás e para os lados.

Os repórteres do Sportv e do PFC, rotineiramente, pouco ou nada acrescentam, às transmissões. Não por eles, mas pela imposição do próprio esquema. Aliás, se querem saber, nem sei quem trabalhou na reportagem do PVC ontem à noite, tal o obscurantismo do trabalho dos repórteres nos canais fechados da Globo e do próprio Sportv.

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