Observatório Alviverde

12/02/2017

PARA O PALMEIRAS JOGAR MAL AINDA ESTÁ FALTANDO MUITO! IMAGINE PARA JOGAR BEM!


O Palmeiras não jogou "nadica de nada" ontem contra o Ituano.

Pode-se dizer até que o time não passou de um amontoado de jogadores a um só tempo esforçados e ineficientes.

A escalação com a qual o Palmeiras iniciou o jogo seria a ideal não houvesse Eduardo Batista, à última hora, dado uma de inventor colocando o lento Fabiano na lateral direita para um rodízio de marcação e apoio com Jean. 

Sorte, porém, a de EB, que um desconforto muscular tirou Fabiano do jogo bem precocemente, logo aos 6 minutos, forçando a entrada de Thiago Santos.

Apesar das discordâncias de grande parte da torcida por sua entrada no lugar de Fabiano, tanto e quanto das críticas injustas por sua atuação (estão querendo transformar Thiago em um novo Márcio Araújo), Thiago esteve bem no jogo e não jogou para si como tantos fazem, mas, exclusivamente para o time.

Foi um marcador aplicado o tempo todo, que ajudou a resgatar o domínio de jogo perdido pelo Palmeiras após os dois ou três primeiros minutos iniciais em que o Verdão teve amplo domínio e total imposição sobre o Ituano.

Registre-se, porém, o outro lado da moeda, isto é, o azar o de EB que perdia muito cedo a perspectiva de uma substituição.

Aliás essa substituição viria a fazer falta a partir do momento em que houve necessidade de mudanças no time e no modo de jogar, como acabou ocorrendo a partir do gol do Ituano.

Em se tratando de substituições Eduardo Batista foi muito mal ao tirar Roger Guedes, o único atacante diferenciado com que conta, hoje, o Palmeiras, em seu elenco.  

A entrada do medianíssimo Keno completamente desentrosado com o time foi de lascar, foi de doer. Não deu para entender!

Quem, com a exceção de Eduardo Batista, desconhecia que o homem a ser substituído teria de ser Willian Bigode?

Entre todos, Willian foi o pior palmeirense em campo, constituindo-se em figura decorativa, opaca, limitada e taticamente perdida, sempre em dúvida se jogava enfiado e de costas para a zaga fazendo o pivô ou se incursionava pelos lados do campo em sua melhor característica que Eduardo Baptista parece desconhecer. 

Até o estreante Guerra que mesmo desambientado não esteve mal, poderia ter sido sacado para a entrada de um homem de área, de um armador ou um atacante que arrematasse de longe, tipos Raphael Veiga ou Michel Bastos.

Porém, o cúmulo do absurdo ocorreu quando o Palmeiras parecia implacavelmente derrotado e o jogo se encaminhava para o final. 

Incompreensivelmente, sob a alegação de que o time teria de partir para o tudo ou nada, EB retirou de campo Edu Dracena para colocar em campo mais um atacante, optando pelo centroavante Alecsandro.

Quanto à entrada de Alecsandro nada a criticar... o que não poderia jamais ter ocorrido era a inconcebível saída de Dracena quando havia N jogadores  jogando muito menos do que ele! Foi uma baita injustiça! 

Além de desguarnecer a defesa retirando um jogador importantíssimo e de muita liderança, excelente nas jogadas aéreas tanto na defesa como no ataque, a partir do momento em que Alecsandro  entrou, por absoluta falta de municiamento esse jogador, simplesmente, não conseguiu jogar.

Registre-se que quando atuava sem um centroavante de ofício (Willian jogava longe da área) e sem jogadores de ataque altos ou de porte físico avantajado, o Palmeiras, na maioria das vezes, insistia teimosamente no jogo do abafa cruzando alto em direção à área e facilitando enormemente o trabalho do time interiorano.

Para que não me alongue mais sintetizo meu pensamento, discorrendo sobre aqueles que, em meu entendimento, jogaram bem, razoavelmentes ou jogaram mal, para a sua apreciação:

Jogaram bem: Prass, Dracena, Vitor Hugo, Thiago Santos e Zé Roberto, isto é, quase toda a defesa .

Jogaram razoavelmente Jean, Felipe, Róger Guedes e Guerra.


Não jogaram nada Dudu, Keno, Alecsandro e Willian, este o pior em campo.

Nota de Eduardo Batista: quatro!

MORAL DA HISTÓRIA:

Para o Palmeiras ficar ruim ainda falta muito! Imagine, para ficar bom!

Em todo o caso vamos dar tempo e sossego para que Eduardo Baptista possa trabalhar, lembrando que os três primeiros jogos de Cuca também não foram bons!

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APELO AOS PALMEIRENSES:
Não transformem o Thiago Santos em uma nova edição do Márcio Araújo (AD)

FICHA TÉCNICA 
ITUANO 1 x 0 PALMEIRAS 

Local: Estádio Novelli Júnior, em Itu
Data: 12 de fevereiro de 2017, domingo 
Horário: 19h30 (Brasília) 
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Bruno Salgado Filho (ambos de SP)
Público: 11.962
Renda: R$ 545.970,00
Cartões amarelos: Ronaldo e Naylhor (Ituano); Felipe Melo (Palmeiras)
GOL:
ITUANO: Guly, aos seis minutos do segundo tempo
ITUANO: Fábio; Arnaldo, Naylhor, Lima e Peri; Guly, Wellington Simião (Walfrido) e Guilherme (Romarinho); Morato, Claudinho e Ronaldo (Nena)
Técnico: Tarcísio Pugliese
PALMEIRAS: Fernando Prass; Fabiano (Thiago Santos), Edu Dracena (Alecsandro), Vitor Hugo e Zé Roberto; Felipe Melo, Róger Guedes (Keno), Jean, Guerra e Dudu; Willian
Técnico: Eduardo Baptista