Observatório Alviverde

28/09/2014

PORQUÊ EU CREIO, FIRMEMENTE, QUE O PALMEIRAS NÃO SERÁ REBAIXADO!




Em que pese a má campanha do Palmeiras, os resultados de nossos adversários, no Brasileirão deste ano, ao contrário de 2.001 e de 2.012, não têm sido como madrastas na vida do Verdão. 

Chapecoense 1 x 1 Criciúma, ontem, por exemplo, foi um resultado espetacular! 
  
Isto, convenhamos, é excelente para as nossas pretensões de fugir da rabeira do Brasileiro e, consequentemente evitar um mal maior.

Fique claro, porém, que embora a maioria dos resultados de nossos adversários nos seja favorável, o Palmeiras não sobreviverá na elite se não somar o maior número possível de pontos e cumprir o seu papel nessa formidável batalha contra o rebaixamento.

Um tri-rebaixamento, no ano do centenário, seria, -para que se use uma expressão definidora e bem popular-, simplesmente, "o fim da picada"! O cúmulo da desmoralização, faço questão de acrescentar!

Entretanto, já que os deuses do futebol parecem nos proteger, eu, não apenas, arrisco, mas, ouso afirmar, com as devidas antecipação e convicção, que o Verdão dificilmente será rebaixado neste 2014. 

Minha previsão será fortalecida e caminhará em direção à certeza e à convicção, na hipótese de o Palmeiras arrebatar os três pontos do Figueirense às 18,30 H de hoje em Floripa. 

Esse é um resultado com poder de chave, pois poderá abrir novas perspectivas para uma ascensão rápida do Palmeiras na tábua de classificação, como todos nós, palmeirenses de corpo, alma e coração, afinal, desejamos.
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FIGUEIRENSE X VERDÃO

Fosse este Palmeiras x Figueira, há pretéritos trinta anos, eu lhes diria que, sim, o nosso Verdão tem a obrigação de vencer.

Ocorre que, tanto tempo decorrido, com web, com a disseminação do conhecimento, das técnicas, das descobertas, e das inovações por todos os quadrantes do país, até o futebol mudou seu fácies, seu tom, sua dinâmica e sua lógica e de há muito não mais o mesmo...

Os chamados adversários fracos, bobos ou inocentes, assim como aqueles jogos de resultados fáceis, previsíveis e antecipáveis já nem existem mais.

O equilíbrio entre (quase) todas equipes brasileiras, para o bom ou para o mau futebol que alternam em campo, em todos os campeonatos, hoje, é flagrante!

Tomando-se como exemplo e padrão o Brasileirão, pode-se realçar em 2.014,estritamente, exclusivamente, o atual time do Cruzeiro, o mais regular, e, muitos furos melhor do que todos os outros, ao menos por tudo o que realizou até agora. 

O time mineiro, neste 2014, tem sido o único que consegue se destacar da ruindade coletiva que o circunda, e manter uma boa média de produtividade, ressalvados alguns jogos em que bate um branco e o time não produz o que sabe e pode. 

Ontem, contra o Sport, em Recife, foi, exatamente assim. Sem tirar, nem por! Assisti ao jogo, do início ao fim.

Por isso ninguém garante e nem pode garantir que mesmo o "falso Palestra" de Minas, de umas rodadas para cá, em queda vertical de produção e resultados, vá levantar o caneco, pois parece declinar em hora imprópria!

O que se nota e denota é que o time mineiro vem caindo, visivelmente, de produção na hora extrema da competição, conforme pude constatar ao assistir, ontem, a sua pífia atuação,que o levou o empatar com o apenas razoável Sport em Recife!

Os mineiros estiveram à pique de ser derrotados e levaram um sufoco, um verdadeiro baile do "Leão" que nem o Palmeiras levou, apesar da nossa derrota para o mais tradicional rubro-negro nordestino.

Entretanto aquele jogo foi muito importante para o Verdão na medida em que constituiu-se em fator determinante (bendigo os céus por isso) da queda de Gareca.
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Deixando a digressão e voltando ao assunto principal, por tudo o que foi exposto e pelo andam realizando em campo, o equilíbrio é a marca registrada e antecipada desse Figueira x Palmeiras, hoje, em Floripa.

O Palestra Paulista "o original e autêntico", terá de encarar hoje à noite, um time estruturado, motivado, muito bem treinado e dirigido pelo ex-zagueiro alviverde Argel Fucks, que eu, como já revelei neste espaço, gostaria, imensamente, houvesse assumido o Palmeiras na atual circunstância em que vive a nossa equipe. 

Além da indiscutível atualização, da juventude, da vontade de vencer na nova profissão, do palmeirismo forte que o anima, da capacidade inegável em lidar com a base e da motivação maior que passaria ao time (Fucks é um líder emocional), o Palmeiras desarmaria, em hora incerta, um adversário natural na luta contra o descenso, o próprio Figueira. 

Mas como exigir que Nobre, e, principalmente, Brunoro -primaríssimos em futebol- enxergassem ou, ao menos, pensassem ou cogitassem disto?

No entanto, este, também,  já é um outro tema, completamente, fora do foco de considerações ou discussões porque Dorival foi contratado. 

"Alea Jacta Est". A sorte está lançada!

Ou, como diz, sempre, um meu amigo palmeirense, figura popular, gozador emérito e sempre bem humorado em estilizadíssimo frances(ismo): Zé Fini! 

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Mas, honestamente, como é de meu costume e feitio, com todas as restrições e discordâncias contra a contratação de Dorival publicadas e registradas neste espaço, confesso-lhes que tenho gostado de muitas atitudes de nosso novo comandante sobre as quais discorrerei oportunamente. 

Considerando que a menor distância entre dois pontos é  uma reta, esta passa longe do trabalho eficiente, e experiente, porém lento, gradual, demorado e de pouco impacto de Dorival.

Ainda assim, creio, atingiremos, embora com alguma demora e após muitas voltas e reviravoltas, o nosso objetivo real e principal que, a esta altura,  não é outro, senão a fuga definitiva do rebaixamento.

Por isto, em vez de -como tantos-  desesperar-me e verberar aos quatro ventos que o Palmeiras tem a obrigação de vencer, entupindo os jogadores com excesso de responsabilidade, tão letal quando a falta dela própria, prefiro colocar as coisas em seus devidos lugares para dizer, simplesmente, o seguinte: 

"o Palmeiras tem de jogar com raça, denodo, coragem, força de vontade e confiança, dando tudo de si, empenhando a maior raça e espírito de luta possíveis, visando à vitória.

O Figueira, creiam, não será um mero time a ser batido de forma fácil, como imaginam e exigem remanescentes palmeirenses, aqueles tradicionais, saudosistas ou elitistas, mormente nas atuais circunstâncias"! 

A tal obrigação de ganhar, de há muito foi para o espaço e inexiste, em decorrência do visível nivelamento atual dos dois times e, sobretudo, do fato de o Palmeiras jogar fora de casa. 

Trata-se de um jogo perigoso, no qual os catarinenses, em face de algumas circunstâncias, forçoso é admitir, levam, até, certas vantagens. Eu passaria, tranquilamente a eles a obrigação de vencer!

Teoricamente, a obrigação do Palmeiras vencer existe e, sempre, existirá, apenas, sob um plano estritamente moral, levando-se em consideração o gigantismo, a influência, a importância, capacidade financeira e o poder de investimento dos dois clubes. Só que esse não é um problema que deva ser transferido aos atletas.
.......... Mesmo em posição intranquila na tabela (12º colocado com 29 pontos) o Figueira, que cresceu, demasiadamente, sob Argel, está mais aliviado do que o Palmeiras pois dista 4 pontos do primeiro time do bloco do Z4, o próprio Palmeiras (16º colocado, 25 pontos).

A diferença, (5 pontos pró Figueira) embora pequena, transforma o jogo desta tarde entre os chamados jogos de 6 pontos. 

Se houver um vencedor, ao mesmo tempo em que este soma os 3 pontos regulamentares, freia a caminhada de um adversário que o importuna na tabela e que, a partir de então, terá de derrotar outros concorrentes para tirar a nova diferença estabelecida na pontuação.

A importância de uma vitória palmeirense, (ela é bilateral, pois é do Figueira, também) não obstante a própria necessidade de subir na tabela, implica, também, em segurar e, consequentemente, fazer entrar no bloco do rebolo mais uma equipe catarinense.

Se o Figueirense vencer, aí vai ser ruim para o Verdão, na medida em que empacaremos em pontos e em número de vitórias.

O "time catarina" se desgarraria -ainda mais- do pelotão da rabeira, aumentando para 7 a diferença de pontos em relação à "turma do gargarejo" e para 9 (nove) o seu número de vitórias, que é o primeiro critério de desempate, ganhando números e moral para fugir da incômoda posição que ostenta, ajudando a enterrar o Verdão.

Apesar de ocupar posição mais tranquila do que o Palestra na tábua classificatória, o time de Argel Fucks ostenta números semelhantes àqueles do Palmeiras na computação global do campeonato. 

Vejam que o Figueira tem apenas um gol a mais (Fig) 21 x 20 (Pal) e no comparativo das defesas levou, apenas, 3 gols a menos, (Fig) 33 x 36(Pal). 

O equilíbrio é patente, considerando-se, repito, o campeonato como um todo. 

Porém, se julgarmos em função do período em que Argel assumiu o time (24/07/14) aos dias de hoje, o Figueira ganhou moral, encorpou, pontuou e, meteoricamente, saiu da rabeira isolada  que chegou a ocupar, em direção ao lugar ao menos indecente que agora ostenta.

Com Argel o Figueira os resultados do Figueira foram estes: 0 x 5, Cruzeiro- 3 x 0 Sport - 1 x 0 Chapecó - 2 x 2 Galo - 1 x 0 Botafogo - 1 x 0 Vitória - 1 x 1 Bambis - 3 x 2 Inter - 1 x 1 Flu - 0 x 3 Bahia - 1 x 1 Cri - 1 x 3 Santos - 1 x 0  Gambás.

Com Argel no comando do Figueira foram 13 jogos com 22 pontos, decorrentes de 6 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, 16 gols marcados e 18 sofridos.

No mesmo período em que Argel assumiu aos dias de hoje, o Palmeiras obteve estes resultados:
 0 x 2 Gambás  - 1 x 1 Bahia - 1 x 2 Galo - 1 x 2 Bambis - 1 x 2 Sport - 1 x 0 Coritiba - 0 x 1 Inter - 
- 1 x 1 Atlético Pr - 1 x 0 Cri - 0 x 3 Flu - 2 x 2 Fla - 0 x 6 Goiás - 1 x 0 Vitória, totalizando, em 13 jogos, 12 pontos, com 3 vitórias, 3 empates e 7 derrotas e 10 gols marcados e 22 sofridos.

Considerando-se, apenas, o período de Dorival, cuja estreia deu-se contra o Coritiba, o Palmeiras jogou  8 vezes, ganhou 12 pontos mediante 3 triunfos, 3 empates e 3 derrotas , tendo marcado 6 gols e sofrido 13. 

Essa não é, exatamente, a campanha de que precisávamos, mas já está muito melhor do que aquela do argentino, cuja cabeça foi pedida preventivamente por este blog, antes mesmo de qualquer manifestação na Web nesse sentido, haja vista que sentimos, antecipadamente, tudo pelo qual estamos passando. 

Em relação a isso, creio, não existe nenhuma dúvida, até entre pessoas que, como eu, não queriam (neste momento) a contratação de Dorival.

Como se nota, esta noite teremos pela frente um adversário que, ao menos no atual momento do Brasileiro, realiza uma campanha superior à nossa e que, na última rodada não tomou conhecimento dos bandidos de Itaquera, nossos maiores rivais, impondo-lhes, em plena São Paulo, um suficiente 1 x 0, placar que, ao menos para mim, soa como 10 x 0. 

Ver o Curintia perder, às vezes é mais saboroso do que ver o Palmeiras vencer. HAHAHAHAHAHAHA

Pois é o mesmo Figueira, esse time tinhoso e lutador, cercado de torcida por todos os lados, que o Palmeiras vai enfrentar daqui a pouco na Ilha de Santa Catarina, embora o Verdão, pelo volume de torcedores que detém na região e mantém em todo aquele importantíssimo estado, não estará de todo, desprotegido.

Com tudo, por tudo e, apesar de tudo, eu levo fé em Dorival e no time do Palmeiras que está com os seguintes jogadores em Floripa:

Goleiros: Deola e Fábio
Laterais: Wendel, Victor Luis e João Pedro
Zagueiros: Gabriel Dias e Nathan
Volantes: Renato, Marcelo Oliveira, Bruninho e Matheus Sales
Meias: Mendieta, Valdivia, Felipe Menezes, Allione, Patrick Vieira, Bruno César e Bernardo
Atacantes: Mouche, Cristaldo, Diogo e Henrique
Dessa relação eu escalaria o seguinte time:

Deola, João Pedro, Nathan, Marcelo Oliveira e Victor Luís.
Renato, Allione, Bernardo, Cristaldo e Jorge Valdívia (o capitão)
Henrique.

QUE TIME VOCÊ COLOCARIA EM CAMPO ESTA NOITE CONTRA O FIGUEIRA? 

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