Observatório Alviverde

06/03/2016

PALMEIRAS 4 X 1 CAPIVARIANO. UMA VITÓRIA PARA TRANQUILIZAR O TIME E DESARMAR OS ESPÍRITOS MAIS BELICOSOS!


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 FIM DO PRIMEIRO TEMPO: PALMEIRAS 2 X 1 CAPIVARIANO

O Palmeiras joga em ritmo de treino, como sempre acontece antes dos jogos da Libertadores.

O gol sofrido em que só havia dois jogadores na área e os demais (principalmente Egídio) desistiram de marcar, ilustra bem o que sempre dizemos às vésperas dos jogos pela Libertadores

 "Ninguém quer se arriscar a ficar fora do jogo contra o Nacional, na quarta-feira da próxima semana".

Em campo, a diferença entre os times é quilométrica. Do vinho (o Palmeiras) para a água (o Capivariano).

O Palmeiras abriu a contagem com Alione aos 6 minutos em triangulação perfeita entre ele, Lucas e Cristaldo.  

Sofreu o empate com gol de Rodolfo -repito- em falha de Egídio, que não acompanhou o adversário.

Depois disso, o Palmeiras mandou uma bola na trave em cabeçada de Rafael Marques.

O Capivariano respondeu e também chegou, ensejando a Prass defender uma bola ameaçadora no ângulo direito, extremamente difícil.

 O Verdão desempatou após outro dos excelentes cruzamentos de Egídio em que a bola bateu em Thiago Martins e entrou.

Sincero, o jovem zagueiro confessou haver feito o gol "sem querer querendo" e seu mérito foi o de acompanhar e acreditar no lance até o fim.

Lembram-se de quando eu falei que ninguém nesse elenco cruza tão bem quanto Egídio?

O 2 x 1 é justo e catapulta o Palmeiras a 12 pontos, longe da zona de descenso.

O time procurou tocar a bola, conseguiu, mas ainda longe do que a torcida espera.

A tendência natural do jogo é uma vitória tranquila do Palmeiras por um placar mais dilatado.

Melhor jogador do Verdão no 1º tempo? 

A meu ver, Rafael Marques sem haver sido aquela Brastemp, quem sabe uma Climax!

O placar é justo, justíssimo pois o Palmeiras esteve superior. 

TEMPO

O Palmeiras voltou com o mesmo time. Sinalização clara de que MO está querendo entrosar a equipe. Concordo! Esse é o caminho!

O Palmeiras voltou para a segunda etapa com muito mais empenho e disposição, disposto a liquidar a fatura para tranquilizar-se em campo e poupar-se visando ao jogo da Libertadores.

Pode-se dizer, (esta parte eu estou escrevendo após o jogo), que o Verdão melhorou muito, se impôs, finalmente hoje, em campo e tocou melhor a bola embora ainda longe do que se possa classificar como ideal.

Forçando o jogo desde o início do 2º tempo, o Palmeiras contra-atacou com Dudu, e aos dois minutos, em lance que culminou com um toque de mão de um zagueiro do Capivari teve um pênalti marcado a seu favor. Cobrou forte e no meio do gol o argentino Cristaldo, estabelecendo Palmeiras 3 x 1 Capivariano.

O gol tranquilizou  o time que passou a administrar o resultado tocando a bola de pé em pé, fazendo-a rodar de um lado do campo ao outro.

Apesar disso, foram os lances de contra-ataque, (está no DNA do time) que proporcionaram ao Palmeiras as melhores chances de marcar, muito mais do que nas vezes em que o Verdão chegou à intermediária do Capivariano tocando a bola.

Fica a lição de que, na falta de um armador catalisador de jogo, temos de nos render à melhor característica do time! Ou nos rendemos, ou os gols, dificilmente acontecerão.

A goleada (O Palmeiras marcou novamente aos 36 com Alecsandro e fechou 4 x 1 retratou bem o predomínio palmeirense a partir do encaixe de sua forma de atuar sobre um adversário de bem menor condição técnica. 

Em suma, sem exageros, pode-se afirmar que o Palmeiras venceu quando bem entendeu, quando bem lhe aprouve e chegou ao resultado quando quis.

Em termos de Libertadores o resultado é excelente, haja vista que o time ganhou mais entrosamento em campo e, sobretudo, confiança e moral para encarar o Nacional uruguaio quarta-feira que vem no Allianz Parque.

Para o Campeonato Paulista o resultado foi espetacular pois, com a derrota do Ituano, e não obstante a vitória do Novorizontino sobre a Ferrovria, o Palmeiras assumiu de novo, isoladamente, a primeira colocação de seu grupo, o Grupo 2.

Ademais, ficou longe da ameaça palpável de, em caso de derrota, dar com os costados na ameaçadora e desconfortável zona de rebaixamento.

Houvesse perdido para o lanterna, o Palmeiras teria permanecido com os minguados 9 pontos que houvera ganho até agora, igualando-se à Ponte Preta e ao São Bernardo, times de seu próprio grupo, ultrapassando-os, apenas, em saldo de gols.

Só estaria mesmo à frente de Rio Claro (8) Oeste (8) , Mogi (7) e Capivariano (7), em posição complicada e perigosa na tabela.

A vitória sobre o Capivariano, reconheço, foi obtida com uma tranquilidade que há  tempos eu não via no Palmeiras. Como dizia o comediante global Costinha, de saudosa memória, "Ótimo, muito ótimo"!

Foi um resultado que  tirou o Verdão de "uma pior", livrou-o de uma crise de repercussões inimagináveis, credenciando-o, a partir de agora, a brigar pelo primeiro lugar do grupo em condições melhores do que todos os adversários de chave.   

EM RELAÇÃO AO TIME:

Prass, que ontem trabalhou bem pouco não foi culpado pelo gol que sofreu.  Ele foi, literalmente, executado por um arremate forte, à curtíssima distância.

A defesa palmeirense, reforçada pela ausência de Zé Roberto, esteve bem, embora ainda vulnerável pelas laterais, mormente pelo setor de Lucas.

Há que se registrar, porém, a necessidade de um entrosamento maior entre os jogadores que atuam nessa parte de campo, a fim de ajustar a marcação. 

Quando Arouca entrou no lugar de Lucas, Jean fixou-se na lateral e Arouca foi para o lugar de Jean. Como este blog previu em outras postagens, Jean, na lateral robusteceu tremendamente o setor. Senti firmeza! Jean tem qualidade e bola suficiente para ser o ala titular do Verdão!

Thiago Martins, recém lançado à zaga central, é um jogador muito jovem, ainda instável, que carece de mais jogos para se firmar. Acho difícil que ele seja titular quarta-feira contra o Nacional, haja vista que  ele ainda não pode ainda ser tido como uma solução definitiva. 

O gol que (sem querer) ele assinalou ontem contra o Capivariano vai, certamente,  transmitir-lhe mais confiança e ajudá-lo na busca pela titularidade.

A tendência, porém, é  que Roger Carvalho e ou Edu Dracena, assim que estiverem curados e aptos a jogar, um dos dois assuma a posição

Seria de bom tom, conquanto Thiago, embora jovem e promissor zagueiro está longe de ser um novo Clebão ou um Luís Pereira. É precisa dar tempo ao tempo, ressalvadas as situções de emergência.

Vitor Hugo, tanto e quanto Thiago Santos são, hoje, os dois jogadores mais regulares do Palmeiras. Ninguém, na atual circunstância, joga o que eles jogam, exceto Prass o craque do time e já devidamente inserido e imortalizado na saga dos grandes goleiros da história do Palmeiras.

Egídio, cujo estilo é parecido com o do titular Zé Roberto, isto é, de muito apoio, toque de bola, elegância, jogo limpo e constância no apoio, também peca no quesito marcação, para o qual não me parece vocacionado. 

Volto a repetir o que já disse em tantas oportunidades, embora convicto de que não serei ouvido pelo conservadosíssimo Marcelo Oliveira...

Eu testaria Egídio como armador (ele tem tudo para ser esse jogador de que o Palmeiras tanto necessita) ou, até, como lateral, porém pela direita, em posição invertida em relação a sua "canhotice".

No meio de campo ele tem tudo para arrebentar com o jogo. Na lateral ele se tiver quem o cubra no setor, seja Jean, Thiago Santos, Thiago Martins e até o meia que descambe pela direita, com quem ele também possa permutar posições para confundir as defesas, seria de uma enorme valia.

Nessas condições, o Palmeiras poderia ter um jogador desequilibrante para as jogadas realizar as jogadas inesperadas e invertidas, realizadas com os pés trocados, difíceis de marcar e  que são um inferno para todas as defesas . 

O que não pode é, por falta absoluta de ousadia do Sr. Marcelo, um jogador da qualidade técnica de Egídio ficar fora do time, em flagrante desperdício de talento

Sei e reconheço, repito, que Egídio e Zé Roberto têm as mesmas características, mas Egídio (tão técnico quanto Zé) é muito mais novo e aguenta correr o tempo todo.

Dudu está conduzindo excessivamente a bola e, por isso, sujeito à caça ilegal dos adversários

Ele precisa se conscientizar que o jogo é coletivo e só partir para as jogadas de dribles e envolvência quando houver espaços e perspectivas favoráveis.

Marcelo Oliveira ao menos não perseverou teimosamente em suas idiossincrasias que tanto mal vinham fazendo ao Palmeiras.

Atendendo, pode ser, à sugestão de todos nós que fazemos este blog, ele mudou a maneira de jogar da equipe, fazendo com que a equipe parasse com os chutões, valorizasse a posse de bola e tocasse de forma a envolver o adversário.

Ao menos nos primeiros movimentos do jogo contra o Rosário e durante o transcorrer de todo o jogo contra o Capivariano o sistema funcionou, com Rafael Marques se constituindo no melhor jogador do Palmeiras.

Cristaldo e Dudu lutaram e se esforçaram. Cristaldo só teve espírito de luta e Dudu, excessivamente individualista, realizou algumas jogadas importantes e participou de ao menos dois gols e puxou vários contra-ataques.  

Alecsandro substituiu Cristaldo e embora o esquema de jogo não lhe fosse favorável, jogou mais que o argentino. 

Foi com tudo para o campo, mostrando empenho, seriedade e total comprometimento com o trabalho, com a torcida e com o Palmeiras. 

Seu profissionalismo foi gratificado pela marcação de um gol de bico, de raro oportunismo, que melhorou muito a sua imagem diante da torcida. É assim que deve ser!

Eric substituiu Rafael Marques e apesar de todo o esforço, continua contido num casulo de inibições sem conseguir reeditar o bom futebol e a importância de sua presença quando vestia a camisa do Goiás.

Rafael Marques, sem qualquer dúvida, o craque, o melhor, a expressão superlativa do jogo

Tudo isso com a vantagem de ser um jogador torcedor do Palmeira
 BILHETERIA
Público: 21.499 pagantes
Renda: R$ 915.440,54


Ou alguém ainda duvida que o Palmeiras tem a segunda maior torcida do futebol de São Paulo. Se somar o interior, a maior, não tenho dúvida!


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NA TV
Excelente transmissão de Palmeiras x Capivariano por Odiney Ribeiro para o "pay-per-view". Os reparos ao relato são tão poucos que  vou me abster de publicá-los para elevar a nota do locutor.

Pela primeira vez, ontem, pude concordar com o comentarista Vagner Vilaron, da primeira à última de suas opiniões, mesmo nos momentos em que criticou o Palmeiras. Ótima performance!

André Hernan é, disparadamente, o melhor repórter da Tv nos dias de hoje, (da aberta e da fechada) independentemente das perguntas capciosas que sempre faz aos jogadores do Palmeiras.

Porém ele as faz não apenas aos palmeirenses, mas a todos os jogadores que entrevista, sejam eles do time que for. Sábado, Lugano se irritou com Hernan em razão de uma pergunta. O fato é que esse repórter, diferentemente dos demais é ousado, corajoso e pergunta, sempre, o que os outros repórteres vaselinas e fazedores de média não têm a coragem de perguntar. 

Fui assim quando repórter entrevistador e, talvez por isto, identifico-me com o trabalho que ele desenvolve. 

Independentemente das críticas levadas ao ar, o Palmeiras, ontem, em momento algum foi desrespeitado por qualquer dos três profissionais globais destacados para a transmissão. (AD)