Observatório Alviverde

20/07/2019

CEARÁ 2 X 0 PALMEIRAS; OUTRA MÁ ATUAÇÃO DO PALMEIRAS!


Meus amigos, há muito tempo não comento o trabalho dos cronistas esportivos, mas  a atuação de Maurício Noriega ontem no Sportv  chamou muito a atenção e foi deletéria ao Palmeiras.

Para que não se gaste tanta vela com "defunto" tão desimportante, ele, entre outras "pérolas",  chegou ao cúmulo de afirmar que a derrota para o Ceará "instalou uma crise no  Palmeiras".

Crise mesmo só se for na Globo depois que o Bolsonaro cortou a mamadeira!

Ao analisar Diogo Barbosa, Noriega bostejou, digo, afirmou que este jogador, desde que deixou o Cruzeiro, nunca jogou nada e que jamais produziu tudo que sabe e pode com a camisa do Verdão.

Será que ele tem assistido mesmo aos jogos do Palmeiras? Ou indo ao bar para um refrigerante na hora dos jogos? Estaria precisando usar óculos ou trocar as lentes dos óculos que já tem?

Além de deixar nas entrelinhas (é de seu feitio) o seu anti-palmeirismo crônico, sob a capa de uma pretensa e inexistente neutralidade de opinião, em 95% ou mais dos lances de arbitragem, que ocorrem em jogos do Palmeiras, -entre os interpretativos e os que suscitam dúvidas- ele, no ar, está sempre e invariavelmente se pronunciando contra o Palmeiras.

Parcialíssimo, parece querer fazer média com a empresa que o emprega, cuja filosofia (quem não percebe?) é a de prejudicar ao máximo a SE Palmeiras que a peitou, recentemente, na batalha pelo aumento da quota de TV impondo-lhe severos prejuízos.

O pior é que temos de engolir tantas "inconhas", isto é, tantos estorvos difíceis de deglutir", de Paulo César Oliveira a Casa Grande e deste ao próprio Noriega em face do monopólio Global que não nos permite mudar a sintonia e nos obriga a ter de assistir a uma estação TV marcantemente corintiano-flamenguista.

Peço sempre a Deus que não me tire do mundo antes de ver a ruína dessa rede televisiva parcial deletéria e insuportável que tanto mal tem feito ao futebol brasileiro, e, principalmente, ao próprio país! (AD)

FALANDO DO JOGO: 

OUTRA MÁ ATUAÇÃO DO PALMEIRAS!

É sempre relativo supervalorizar-se um time de futebol ainda que com a campanha fantástica cumprida até ontem pelo Palmeiras.

Num repente tudo pode derruir como um castelo de cartas, para a perplexidade daqueles que ainda não descobriram que as vitórias não são perenes, que o futebol é volátil, cambiante e mutável. Os times, também!

O Palmeiras não é a exceção dessa regra na qual, efetivamente, a exceção inexiste!

Inexplicavelmente o time titular do Palmeiras que foi a campo em Fortaleza, não jogou o que sabe, não rendeu o que pode e acabou surpreendido por uma equipe veloz, muito concentrada, super-esforçada que realizou um jogo de superação.
 
Não há que se questionar o resultado adverso que, como dizia o cantor e compositor cearense  Luís Vieira, "foi justo que só boca de bode".

A justiça do marcador, entretanto, não justifica a confirmação do lance do segundo gol do Ceará submetido ao VAR que nasceu após uma falta visível sobre Deyverson, quase no meio de campo e não assinalada. 

Se até o antipalmeirense mais convicto entre todos, Paulo César Oliveira reconheceu a existência da falta sobre o centroavante palmeirense é porque FOI MUITA FALTA!

Taticamente o Palmeiras jogou como de hábito, fechado na defesa, procurando a reação nos contra-ataques jamais realizados pelo fato de o time não ter jogadores talhados para a aplicação desse recurso de jogo e, sobretudo, pela má atuação individual da maioria deles.

Reconheça-se, o time esteve muito bem até por volta dos dez ou quinze minutos da etapa inicial  quando se impôs em campo e até criou duas chances relativas de gol.  

A partir daí o Ceará reagiu e passou a contra-atacar com perigo. No entanto, sempre falhava no último passe.  

Destaque-se a completa facilidade do time cearense nos contra-ataques, em face, sobretudo, das péssimas atuações de Scarpa e de Bruno Henrique, este cumprindo uma das piores apresentações com a camisa esmeraldina !

Ao perceber que o Palmeiras não estava em jornada inspirada, o Ceará Sporting adiantou um pouco a marcação e passou a atuar de igual para igual e em alguns momentos melhor que o Verdão. Foi assim até abrir o marcador. 

O time do Palmeiras, perplexo e assustado com a reação cearense e que não esperava tanta resistência e obstinação do time alencarino, passou a guarnecer muito mais a defesa esperando encontrar uma situação de jogo que propiciasse um contra-ataque que encaminhasse a vitória.

Só que o Verdão acabou provando do próprio veneno que esperava ministrar ao rival, em uma blitz pelo lado esquerdo da defesa, lado direito do ataque cearense.

Mateus Gonçalves, em jogada pessoal que fez tudo aquilo que os atacantes palmeirenses deveriam fazer mas não o fizeram. 

Saiu do lado esquerdo da defesa do Palmeiras conduzindo a bola sem ser molestado por ninguém, e, seguiu paralelamente à linha de área, para o lado esquerdo onde a bola foi chutada, desviou em Marcos Rocha e no rebote (ainda livre) Mateus chutou forte e rasteiro no lado direito do gol, abrindo a contagem.

O 1 x 0 para o Ceará desestabilizou emocionalmente o time do Palmeiras e seus jogadores começaram a errar passes fáceis, a discutirem entre si, e a sempre se precipitarem tanto na hora H da preparação como no último passe e até na finalização. 

Mesmo com o placar adverso, taticamente o time não mudou.Continuou resguardando-se na defesa, sem um meia suficientemente capaz de promover a ligação defesa e ataque.

O time abdicou do toque de bola e passou a atuar através de lançamentos compridos na bola aérea para Deyverson, que passou a ser a referência do time quando o Palmeiras ensaiava qualquer ataque. Pode?

Quase sempre de costas para a zaga Deyverson se esforçava e procurava fazer o trabalho de pivô, mas acabou completamente anulado pelos dois zagueiros de área cearenses. 

O Palmeiras também tentou -infrutiferamente- usar os laterais e incursionar pelos lados de campo, mais pelo lado direito com Marcos Rocha, mas os cruzamentos tentados, resultaram em nada. Quando conseguiam cruzar, poucas vezes havia alguém na área para o arremate.

O jogo de aproximação a partir da chegada dos meias praticamente inexistiu, mesmo no 2º tempo quando Felipão (corretamente) sacou o ineficiente Scarpa cuja performance fez com que a torcida sentisse saudades de Lucas Lima.

Felipão acertou na teoria mas errou na prática.

Ele notou que o time precisava ter outras alternativas de jogo para furar o bloqueio defensivo cearense e decidiu colocar Wiliam.

Na teoria, acertou em cheio colocando em campo "um quase craque", mas, na prática cometeu o mesmo erro que cometera contra o Inter, colocando em campo um jogador recém operado e incapaz de sair-se bem em jogos ríspidos tanto o de 4ª feira como o de ontem. William só fez número em campo, como fizera em Porto Alegre. É demais para a minha estreita compreensão!

Não me conformo mesmo é com a incoerência de Scolari que declarava na semana retrasada a necessidade de ir colocando William na equipe aos poucos.  E disse: "cinco minutos hoje, dez minutos amanhã, preferentemente no final dos jogos"! Por que razão teria mudado de opinião?

Se mal pergunto me desculpem, será que em apenas sete dias William já estava apto para participar por tanto tempo de jogos tão importantes e tão "pesados" como uma espécie de salvador da pátria? Disto eu não duvido!  Tenho plena convicção que não!

Ainda assim, não tanto pela melhor qualidade individual dos jogadores palmeirenses mas pelo fato do Ceará recuar para contra-atacar, o Palmeiras criou várias chances, algumas efetivas e outras relativas para marcar.

A saída do apagado e pouco inspirado Zé Rafael (procura-se o, vivo ou morto) para a entrada de Rafael Veiga trouxe esperanças de algo poderia melhorar, mas pouco melhorou.

Da entrada de Veiga ao pênalti marcado contra o "Vovô"e corretamente invalidado pelo VAR,
o Palmeiras chegou com perigo ao gol adversário três vezes:
com Deyverson (cabeceou por cima),
com Dudu (a bola desviou na zaga e foi a corner
com Diogo Barbosa (bola forte à meia altura em chute longo à meia altura, que seu xará o goleiro Diogo defendeu com dificuldade em dois tempos, embaixo da trave, na linha do gol). 

Aos 26 outro erro crasso de Felipão retirando Dudu e fazendo entrar outro jogador sem o necessário preparo físico, sem o menor ritmo de jogo e, o que é pior, sem nenhum conhecimento referente sistema de jogo palmeirense e aos colegas do novo time.

Estou falando de Ramires cuja entrada foi, absolutamente, inócua, desprovida de senso e sem qualquer propósito tático detectável. 

Quantas vezes ele tocou na bola nos 20 minutos que esteve em campo. Não sei precisar mas calculo que se foram umas 10 vezes foi muito. Detalhe: sempre para os lados! 

O gol do Ceará Sporting veio aos 25 minutos e nasceu de uma titubeada de Felipe Melo, ensejando um contra-ataque mortal do time nordestino com a bola chegando à feição do atacante Felipe Carvalho que acabara de entrar em campo para realizar a sua primeiras intervenção no jogo. 

Favorecido pela trajetória da bola, FC correu mais do que Diogo Barbosa e quando Weverton saiu do gol em desespero foi encoberto. Estava escrito o placar final: Ceará 2 x 0 Palmeiras. 

 

FICHA TÉCNICA 
CEARÁ 2 x 0 PALMEIRAS
Local: Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 20/07/19

Árbitro: Rodrigo D’alonso Ferreira (SC) (péssimo) Nota 3
Assistentes: Helton Nunes e Thiaggo Americano Labes (SC)
VAR: Rodrigo Nunes de Sa (RJ), auxiliado por Alexandre Vargas Tavares de Jesus (RJ) e Carlos Berkenbrock (SC)
Cartões Amarelos: Luiz Otávio, William Oliveira e Felipe Cardoso (Ceará);
Felipe Melo e Gustavo Gómez (Palmeiras)
 
Gols:
CEARÁ: Mateus Gonçalves, aos 31 minutos do 1º tempo, e Leandro Carvalho, aos 26 minutos do 2º tempo

TIMES:
CEARÁ: Diogo Silva; Samuel Xavier, Valdo, Luiz Otávio e João Lucas; 
William Oliveira (Pedro Ken), Ricardinho, Felipe Baxola (Fernando Sobral) e Thiago Galhardo; Mateus Gonçalves (Leandro Carvalho) e Felippe Cardoso
Técnico: Enderson Moreira

PALMEIRAS: Weverton; 
Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Luan e Diogo Barbosa; 
Felipe Melo, Bruno Henrique e Gustavo Scarpa (Willian); 
Dudu (Ramires), Zé Rafael (Raphael Veiga) e Deyverson

Salvaram-se do naufrágio: 
Weverton, Marcos Rocha, Luan, Diogo Barbosa e Felipe Melo (só pela raça)!
Os demais, tenebrosos, pavorosos, irreconhecíveis, sem nenhuma exceção! Até Dudu!

Técnico: Felipão
 Ontem, o pior de todos pelas substituições realizadas, inexplicáveis.


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Quando deixei este aviso, após o jogo do Inter ninguém levou a sério:
 (sic)
 Em tempo: muito cuidado com o Ceará Sporting que pode, perfeitamente, aprontar em cima do Verdão. Jogando em casa, tem cacife para tal!


 

FELIPÃO APOSTA NOVAMENTE NO TIME ALTERNATIVO



Este o mais provável time do Palmeiras para enfrentar o Ceará Sporting às 19 H deste sábado no Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, em Fortaleza:

Weverton; 
Mayke, Edu Dracena, Antônio Carlos e Victor Luis; 
Thiago Santos (Felipe Melo), Matheus Fernandes (Ramires) e Raphael Veiga; 
Gustavo Scarpa, Dudu e Arthur Cabral (Borja)

Eu, que tenho posição radicalmente contrária ao revezamento de jogadores, deixo para que vocês opinem acerca do time alternativo que entrará em campo logo mais...

Felipão parece -muito mais- preocupado com o jogo pela Libertadores nas Malvinas contra o Godoy.

Quando vejo mudança após mudança e a instabilidade tirando a confiança de tantos jogadores, lembro-me de um fator que não foi ponderado, analisado, considerado e, sequer mencionado no jogo contra o Inter e que acabou sendo determinante para a derrota: a falta de entrosamento do time do Palmeiras. 

Sem o menor sentido de conjunto o time parecia ressentir-se de tantas alterações de um jogo para o outro, alterações essas que geraram desconfianças no elenco, tanto e quanto (quem não sabe?) acirram as rivalidades. 

Foram autênticos tiros no pé!

Essas mudanças constantes são determinantes para a falta de confiança evidenciada por alguns componentes do elenco, porquanto só a estabilidade pode gerar a necessária confiança do grupo em campo.

O maior dos exemplos é Carlos Alberto, velocista, artilheiro, um jogador  de grande potencial e de capacidade física privilegiada, hoje muito diferente daquele atleta promissor que eu vi "arrebentar" com a camisa do Goiás e vendido ao exterior mediante muitos dólares. 

Em relação à "poupança" do time de hoje contra o Ceará, observo um contrassenso. Critique-me se você discordar.

Se o interesse de Scolari é a preservação dos melhores para o jogo na Argentina, por que, então, entrar em campo com Felipe Melo e Dudu, os dois jogadores  mais importantes do time e do esquema?

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