Observatório Alviverde

28/11/2013

SE NÃO TRABALHAR OS BASTIDORES, NOBRE NÃO VAI CHEGAR A LUGAR ALGUM! IMPRENSA PAULISTANA É AUTOFÁGICA!

 

A imprensa, paulistana, como de hábito, mudou, por estes dias, o seu foco de observação.

Em vez de falar do fracasso corintiano na temporada…

Em vez de pesquisar o porquê da saída inexplicada e injustificável de Tite…

Em vez de repercutir o desastre de grandes proporções ocorrido no “Esmolão” com a mesma insistência com que enfocou o pequeno acidente no Allianz Parque..

Em vez de abrir manchetes e falar da vergonha e da incompetência do São Paulo, desclassificado da competição continental por um time rebaixado…

Abre generosos espaços e coloca toda essa problemática embaixo do tapete, para, simplesmente, glorificar um time de outro estado, o Flamengo.

E o faz, sei muito bem, a contragosto, com um travo de amargor e decepção, haja vista que o jornalismo paulistano não tem por hábito render homenagem aos cariocas, ainda que sejam merecedores de honrarias.

Mas tudo é válido e se justifica em nome da tradicional blindagem aos maiores adversários palmeirenses.

Os bambis, podem vivenciar crises diretivas que só podem ser dirimidas através da justiça, sem que ninguém o saiba, porque a mídia restringe ou censura as informações…

Os bambis podem estar sendo condenados pela justiça em ações contínuas dos moradores do Bairro Morumbi…

Da mesma forma por supostas irregularidades no estádio, como o uso ilegal da praça em frente ao estádio usada como estacionamento, que ninguém fica sabendo, ou só sabe muito por cima, sem poder entrar, propriamente, no âmago da informação já que a mídia não deixa…

Os bambis podem perder os jogos e as classificações até para times rebaixados, impunemente, sem que a trombeta tonitroante das críticas midiáticas os perturbe.

Mas, ah, se fosse o Palmeiras o time abatido tão facilmente pela Ponte ontem em Mogi, o que não estariam dizendo esses bocas de aratanha da mídia paulistana, com honrosas exceções?

Decerto, colocariam o Verdão abaixo da linha do opróbrio, do vexame, da vergonha, da ignominia e da desmoralização, impondo-lhe um bulying incessante, provocativo e interminável.

Tudo isto, naturalmente, acompanhado das contumazes críticas, virulentas e violentas, à beira do palavrão, como se o Palmeiras fosse um clubezinho qualquer, ao nível, -com todo respeito-, do Ibis de Pernambuco que se intitula o pior time do mundo.

Esses caras pálidas da mídia, que, de forma vassala e subserviente, adulam e enaltecem o Cu-rintia, os Bambis e as Sereias e que têm por hábito diminuir o Palmeiras, só não perceberam que ao tentar apequenar o clube, estão deteriorando e consumindo a própria profissão que exercem.

Perdidos nos desvãos do clubismo, esses idiotas não conseguem notar o desgaste profissional a que se sujeitam e as portas que se fecham a partir do momento em que um grande deixa de ser grande.

Lembro-me do tempo em que a Portuguesa foi pujante, embora poucos títulos conseguisse em campo, em razão das arbitragens deletérias.

Os árbitros, sim, eles, e a omissão total da mídia em repreendê-los e reprimi-los, assim como o bulying constante e perverso da crônica esportiva, levaram a Lusa à situação atual.de penúria, apesar da grandeza do clube naqueles dias.

Resultado: a maior parte das emissoras de rádio sequer abre espaço para transmitir os jogos da lusa, que precisou alugar uma emissora, há anos, para que a sua torcida, outrora enorme e, hoje, reduzida, pudesse acompanhar a equipe.

A TV só transmite os jogos da Portuguesa de Desportos  em canais fechados –já acontece com o Palmeiras-!

Nos programas de estúdio raramente apresenta o noticiário do time. Isso já tem ocorrido, muitas vezes, também com o Palmeiras.

Os jornais, sequer, se dão mais ao trabalho de enviar profissionais aos estádios nos jogos da lusa. Fazem a matéria do jogo pelo rádio, e, na maioria das vezes, publicam, apenas e tão somente, o resultado, ainda que seja um jogo isolado e único..

Reparem que o que vem sendo feito atualmente com o Palmeiras é uma repetição da campanha, sórdida, mesquinha, deletéria e destrutiva, que um dia vitimou o time do Canindé. Estamos seguindo pelo mesmo caminho.

A diferença reside, apenas, na intensidade do ódio dirigido pelos cronistas cu-rintianus, bambis e, santistas contra o Verdão, incomensuravelmente maior em relação à Portuguesa.

Os cu-rinti-ânus, trabalham destrutivamente contra o Verdão pela dor de cornos, haja vista que nem com o auxílio luxuoso e constante das arbitragens conseguem se impor ao que restou dos esquadrões fabulosos montados outrora pelo Palmeiras.

Os bambis também o fazem porque desejam ocupar o nosso lugar. Voces se lembram que quando começou a Timemania JJ trocava as cartelas dos sãopaulinos por ingressos, a fim de estimular os bambis a jogar mais do que os palmeirenses e mostrar que eles têm mais torcedores do que o Verdão?

Mas, verdade seja dita, eles são incompetentes!

Tão incompetentes que, mesmo com o favorecimento explícito de arbitragens criminosas  –é o time mais ajudado do futebol brasileiro, mais,até, do que o Flamengo e todos os cariocas- até hoje não conseguiram.

O Santos, de há muito, vem sendo colocado como a terceira força do futebol de São Paulo, e, a considerar o que eu vi e vivi pelo Brasil nos lugares em que morei –muitos- em dez estados brasileiros, talvez, efetivamente o seja.

Detalhe – O Santos, em meu critério de análise, é o terceiro, mas não ocupa o lugar do Palmeiras, o segundo, mas o lugar dos bambis.

Os bambis, repito, sempre, empurrados, emulados e motivados pelo apito amigo –alguns dizem, de aluguel - ganham sucessivos campeonatos. É verdade!

Porém, aqui em Belo Horizonte, não se ouve o espocar de um solitário rojão quando de suas conquistas..

Em contrapardida, o Palmeiras ganha a segunda divisão, há fogos explodindo e carros nas ruas festejando com bandeiras -poucos, mas há- desfilando pelas ruas de BH.

No dia subsequente à conquista, vê-se por toda a cidade um mar de camisas verdes, as mais vestidas, por aqui, entre as dos clubes paulistas, todos os dias, pelas ruas da cidade.

Então eu pergunto, que cazo é isso que publicam da torcida dos bambis como a segunda de São Paulo, e a terceira do Brasil?

Paulo Nobre, Brunoro e a diretoria palmeirense, têm de atentar para essa importantíssima faceta da perseguição midiática, antes que o clube mais campeão do Brasil venha a se transformar em uma nova Portuguesa.

Infelizmente, é lamentável admitir, está a caminho disso e só não chegou lá, em razão das manifestações ruidosas da torcida, principalmente na Internet! Urge que se tome as medidas necessárias.

Temos, dia a dia, temporada a temporada, ano a ano, lustro a lustro, década a década, cobrado os nossos dirigentes, técnicos e jogadores em relação ao comportamento do time dentro de campo.

Entretanto, nossa torcida parece anestesiada e nem se lembra que o Palmeiras, para conquistar um título, tem, sempre, como condição “sine qua non” de montar um time dez vezes melhor e mais poderoso do que os adversários.

Por quê?

Simplesmente porque a Federação, a CBF, o STJD, e a própria mídia se encarregam de destruir o time durante as competições, cada qual no âmbito de sua influência.

Precisamos, urgentemente, a partir de ontem, tratar de nos fortalecer nos bastidores, sem o que vamos continuar a morrer na praia. Isto é muito sério!

Como cobrar técnico e jogadores se a maior parte das nossas derrotas ocorre no chamado extracampo, antes mesmo de a bola rolar?

Cabe a atual diretoria, que se autoproclama jovem, moderna e atualizada, ir, devagarinho, mineiramente, maquiavelicamente, interpretando, desbravando e resolvendo esse caminho extra-campo.

É preciso, novamente, fazer com que os jogos do Palmeiras sejam decididos dentro de campo, não nos bastidores, como acontece rotineiramente.

Se não for assim, poderemos contratar a Seleção Brasileira, a Seleção da Europa ou a Seleção do Mundo e, mesmo assim, não chegaremos a lugar algum.

Voltando à mídia e ressalvando as formidáveis exceções, ainda tenho a dizer:

Como são asnos aqueles profissionais midiáticos que insistem em trabalhar contra o Palmeiras, reeditando e imitando o trabalho de sapa sórdido e mesquinho que um dia, no passado, foi empreendido contra a Portuguesa.

Essa gente sempre diz que o dirigente tal e qual fez isto, isso e aquilo, mas, jamais faz a autocrítica e nem admite que eles mesmos, sim, é que estão ajudando a demolir e destruir uma das mais sólidas e tradicionais sociedades  esportivas deste país.

Nem se dão conta de que, na proporção com que atacam o Palmeiras, a profissão de jornalista esportivo está se restringindo, cada vez mais, correndo o risco de se tornar, ainda mais do que hoje, uma profissão restritíssima para meia dúzia de três ou quatro privilegiados, como se diz aqui em Minas.

Quando ouvem isso, os jornalistas se defendem – enganam-se a sí próprios – usam o subterfúgio do eufemismo afirmando que a profissão está, simplesmente, se transformando, mas não é por aí.

Está se transformando, sim, mas, concomitantemente e de forma muito visível e constatável, se reduzindo e encolhendo cada dia mais e mais.

Como se isso, per si, não bastasse a famigerada Rede Globo não contrata mais jornalistas para comentar futebol, só os intragáveis ex-jogadores, no que as demais redes de tv a seguem.

Antigamente se exigia diploma de jornalista, mas, hoje, basta, apenas, a carteira assinada de ex-jogador.

Por favor, caros colegas, debitem tudo isso nas contas de Luciano do Vale e de Osmar Santos, “muy amigos” da classe em tempos idos!

Para que se tenha uma idéia, da gravidade da situação, qualquer profissional consagrado, hoje, encontrará dificuldades de colocação, na hipótese de receber as contas em seu atual emprego.

O exemplo mais recente é p do palmeirense Mauro Betting, jornalista, comentarista consagrado, mas sem diploma de boleiro.

Outros haverá, após a Copa, principalmente se o Brasil não for campeão. Quem viver, verá!

Aliás, cadê a ACEESP, cadê os Sindicatos dos Radialistas e dos Jornalistas de Sampa? Essa gente está fazendo o que? Simplesmente, nada!

Certamente estão preparando o tapete rubro para receber o próximo ex-jogador que vai tomar o posto de trabalho que seria de um jornalista ou de um radialista!

Mas a burrice no meio jornalístico, muito em razão da empáfia e da autosuficiência dos profissionais, é tanta, que:

Em vez de procurar engrandecer e divulgar a Portuguesa e os clubes de menor expressão, a fim de expandir a área de ação jornalística para que haja mais trabalho…

Em vez de respeitar um clube da potência e da grandeza do Palmeiras, cuja presença enseja, minimamente, de quatro a cinco vagas em cada veículo de comunicação…

Os cegos da mídia partem para a crítica destrutiva, para o deboche e para a desmoralização dessa tradicional agremiação.

Pois fiquem eles certos que, na mesma e exata proporção em que diminuir o número de eventos e o número de clubes, o que ocorreria se o Palmeiras se apequenasse ou fechasse o futebol, reduzir-se-a o número de vagas nas empresas de comunicação.

Eles, os jornalistas que se inserem nesses equívocos, defendendo teses absurdas como a extinção dos estaduais, o enxugamento dos campeonatos, a limitação de competições para os times do interior- todos eles, os times, hoje, com raras exceções, clubes sazonais e semiprofissionais- precisam parar para pensar e rever seus equivocados pontos-de-vista.

Da mesma forma têm de suspender a perseguição implacável que movem contra o Palmeiras, imaginando que o Verdão, um dia, possa virar uma Portuguesa e deixar de ser uma pedra incômoda no sapato de seus times preferiridos. É preciso ter,no exercício da profissão, menos clubismo e, muito mais, profissionalismo!

É necessário, finalmente, que os profissionais da mídia estudem, vejam e compreendam bem o intúito da boleirada milionária e folgada que empreende esse movimento classista elitista denominado Bom Senso FC, já de olho na profissão de comentarista quando, milionários, miliardários, deixarem de jogar.

Infelizmente, a imprensa apoia, integralmente essa ação entre ricos, sem compreender as consequências de tudo o que reivindicam, certamente influenciada e subjugada por um doidivanas midiático que atende pelo nome de Juca.

É interessante que os caras, isto é, os jogadores, simplesmente, ignoram que os clubes, via de regra, cumprem à risca as obrigações trabalhistas e lhes pagam tudo o que é previsto pela CLT, legislação que, nesta hora de reivindicações, nem é lembrada.

Mas na hora da saída, com razão ou sem razão, com ou sem motivo, esses mesmos boleiros demandam na justiça e levam uma nota alta dos empregadores, em razão do caráter paternalista das Leis Trabalhistas Brasileiras, sempre legislando em pról dos reclamantes sob quaisquer circunstâncias!

Mesmo ciente de tudo isso, os cronistas continuam seguindo a moda, incidindo e insistindo nos mesmos erros, sem perceber que, agindo assim, estão se suicidando profissionalmente, cometendo autofagia (AD)

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NA TV

Abro o espaço para um elogio a Jota Júnior que, ontem, no Ponte X São Paulo, deu uma aula de como se deve narrar futebol na televisão. Parabéns!

Preferi ver o enterro do São Paulo do que assistir à festa do clube carioca pelo qual eu tinha muita simpatia em meus tempos de menino, o Flamengo

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