Observatório Alviverde

29/03/2014

FALANDO COM FRIEZA ACERCA DE PALMEIRAS X ITUANO




Agora é o Ituano, a pedra na chuteira dos jogadores do Palmeiras na dura batalha rumo ao título do Paulistão, neste ano festivo e especial do centenário alviverde.

Reconheça-se que, antes de tudo, o Ituano é um adversário forte com capacidade suficiente para surpreender o Palmeiras em pleno Pacaembu, da mesma forma como o fez com o Botafogo em Ribeirão Preto, o único entre os pequenos que derrotou o Palmeiras até agora.

Afirmar-se que o Ituano é perigoso tanto quanto foi o Bragantino é desnecessário ou, simplesmente, chover no molhado. Por isto, permito-me criar o verbo "superlativar" e "superlativando" o perigo, p-e-r-i-g-o-s-í-s-s-i-m-o! 

Quem não pode "superlativar" nada é o time do Palmeiras, que tem de encarar o Ituano de uma forma natural, com respeito, é claro, mas sabedor e consciente de sua própria superioridade!

Se isso é verdade, (e é) também é verdade que a discrepância dos números obtidos por Palmeiras e Ituano neste campeonato -se comparados-,  credenciam-nos a apontar o alviverde como favorito espontâneo à vitória e a consequente transposição de fase.

Os dois clubes jogaram 15 vezes neste Paulistão e chegaram às semifinais respaldados por estes números: 

O Ituano, foi 2º colocado do Grupo B e somou 29 pontos em 16 jogos. 

Obteve 8 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, computando-se a partida das quartas de finais contra o Botafogo em Ribeirão, que terminou em 0x0 ensejando ao Ituano a classificação nos penais (5 x 4).

O time de Itu assinalou 16 gols e sofreu 10, apresentando um saldo de 6 gols

O Palmeiras, 1º colocado do Grupo D, somou 38 pontos em 16 jogos.

Foram 12 vitórias, 2 empates e 2 derrotas - computando-se no pacote a vitória do Verdão sobre o Bragantino por 2 x 0, já nas quartas de final.

O Palmeiras, até agora, marcou 27 gols e sofreu 13, apresentando um saldo de 14 gols.

Os números, irrefutáveis, obrigam-nos a apontar o Palmeiras como favorito natural à vitória! Não há com ser diferente!

Embutido no pacote das expectativas do jogo, há fatores que estarão, como uma espada de Dâmocles, ameaçando a equipe interiorana: campo, torcida, ambiente, tradição e etc! 

Além de tudo isso, há que se ressaltar, principalmente, o fato de o Palmeiras ter um time e um elenco muito melhores!

Isso tudo, porém, não pode ser levado ao pé da letra ou colocado como aquele ditado que diz que "onde está a força maior, liquidada está a força menor" porque o futebol é um jogo e no jogo e na vida tudo é possível e tudo pode acontecer.

De um ponto de vista prático -tenho os meus números e você, certamente, também tem os seus- atribuo, -percentualmente- 85 % de chances de vitória do Palmeiras, 10% para um empate e 5% (talvez menos) de um triunfo do Ituano.

Wendel, contundido é a baixa palmeirense para amanhã (hoje)! 

Uma perda e tanto, considerando-se que o Palmeiras não tem reposição à altura para a posição e, novamente, terá de improvisar.

Não gosto do anúncio de Tiago Alves para a posição por algumas razões: 

primeira, ele não é um velocista. 

segunda está acostumado a marcar em faixa de terreno diferente, embora cubra Juninho  na mesma faixa, mas pelo outro lado.

terceira (principal), porque Kleina, além de ter de reajustar o time com o fraquíssimo Eguren, obriga-se, outra vez, a recuar Marcelo Oliveira para a zaga, perdendo importante referência e apoio no setor da meia cancha.

De qualquer forma, como se trata de situação emergencial não há o que se criticar no que respeita a qualquer decisão ou opção do treinador e e esperar que a formação, alterada, atenda às demandas do jogo e às nossas expectativas.

Olhemos, então, consideremos e analisemos a relação dos 20 convocados para verificar se há alternativas melhores para a escolha de Kleina do que a improvisação de Tiago Alves:

Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Juninho e William Matheus
Zagueiros: Lúcio, Tiago Alves e Wellington
Volantes: Josimar, Eguren, Marcelo Oliveira e Wesley
Meias: Mazinho, Bruno César, Marquinhos Gabriel, Valdivia, Mendieta e Patrick Vieira
Atacantes: Leandro, Vinicius e Alan Kardec


Pelo que vi e percebi, parece ser essa, mesmo, a alternativa menos ruim para Kleina, haja vista que, entre os relacionados, não existe um lateral especialista nem ninguém capacitado a exercer a função em consonância com as necessidades e exigências da equipe!

A provável escalação do Palmeiras para pegar o Ituano:

Fernando Prass; Tiago Alves, Lúcio, Marcelo Oliveira e Juninho; Eguren, Wesley e Valdivia; Bruno César, Leandro e Alan Kardec.

Um problema paralelo que poderá interferir bastante no rendimento do time do Palmeiras amanhã (hoje), é o elevado número de jogadores com cartões amarelos: Wendel, Wellington, Eguren, Marcelo Oliveira, Valdivia, Mendieta e Bruno César. 

Um total de sete, entre os quais só Wendel está fora do jogo. Com isso, ele adia o problema dele para a próxima rodada caso o Palmeiras derrote o Ituano.

Marcelo, Valdívia, Bruno César, -titulares absolutos- e Eguren que, excepcionalmente, deve começar jogando contra o Ituano, estarão em campo sob a ameaça do terceiro cartão!

Isso pode interferir no rendimento desses atletas, sobretudo aqueles que exercem, precipuamente, funções de marcação!

Como todos estão de olho nas finais -está aí um defeitinho entre as tantas virtudes da contratação por produtividade-  poderão se omitir e abster-se de cometer certas faltas, às vezes necessárias, a fim de não levar o cartão. Ninguém quer ficar fora das finais!

Os homens de banco Wellington e Mendieta, se entrarem em campo, também passarão pelo mesmo processo.

Entre todos, Marcelo Oliveira e Valdívia são os que me preocupam, posto que os reservas disponíveis para ambos, estão muito longe da qualidade e da importância tática, técnica e individual que ambos representam no time do Palmeiras.

A minha preocupação maior -não poderia nunca deixar de ser- é Valdívia, que não consegue, em função da predisposição dos árbitros em "amarelá-lo", virar nenhum jogo sem cartão. 

Por isso, creio, dificilmente passará incólume pelo processo e, certamente, ficará fora de uma das duas partidas das finais, repito, caso o Palmeiras venha a se classificar.

Se Kleina ainda não trabalhou o psicológico desses atletas pendurados é melhor que o faça de agora até a hora do jogo, liberando-os e orientando-os para que atuem à vontade, autorizando-os a cometer qualquer falta necessária, ainda que sujeita à punição com o cartão, a fim de evitar quaisquer perspectivas de gol do adversário.

Essa regra, entretanto, tem de ter duas exceções: Marcelo Oliveira, e, principalmente Valdívia! 

Se jogarem na maciota e, p-r-i-n-c-i-p-a-l-m-e-n-t-e, sem reclamar da arbitragem, talvez possam evitar as punições e se resguardar para as finais. É difícil, mas não é impossível! Só depende deles!

Marcelo, taticamente o jogador mais importante, é vital na estruturação da equipe e Valdívia é, simplesmente, o craque do Palmeiras.

Com os dois em campo, o título fica mais perto!

EM SEU ENTENDIMENTO SERIA ESTA A NOSSA MELHOR FORMAÇÃO?

O PALMEIRAS É O FAVORITO?

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VALDÍVIA, UM DILEMA PARA KLEINA!




Ser Valdívia, no futebol brasileiro, é muito mais difícil do que ser  Dario Conca,  D'Alessandro, Diego Forlan,  Guerrero ou Barcos, para que citemos, apenas, os gringos mais famosos entre os 83 que a revista Placar garante, estão em atividade no futebol brasileiro!

Partindo do princípio básico de que o chileno Valdívia joga tanto quanto o argentino Conca...(só teoricamente e para início de discussão vou admitir)

Um pouco mais do que outro argentino D'Alessandro, considerado impropriamente pela mídia como o melhor gringo entre os que atuam no Brasil...

Muito mais do que o limitado portenho Barcos...

Infinitamente mais do que o uruguaio Forlan e do que o peruano Guerrero...

Por que não há, então, o devido reconhecimento ao Mago?

Felizmente, para nós, desaventuradamente (quem sabe?) para Valdívia, ele entrou no futebol brasileiro pelo portal verde de certo um clube demodê, via de regra mal administrado e com reduzido apelo e ações de marketing.

Como se não bastassem todos esses problemas, um clube que sofria -e sofre- uma centenária perseguição por boa parte da mídia, fatores esses que impediram o crescimento e a consagração de um jogador -simplesmente- fenomenal!

Com tudo e apesar de tudo, Valdívia -talvez premido pelas dificuldades- tomou amor pelo Palmeiras, deu o sangue pelo clube -continua dando- e adotou o Verdão como time para torcer em nosso país! 

Sua preferência exclusiva pelo clube em seu retorno ao Brasil é a prova evidente do que estamos afirmando!

Às vezes fico imaginando o que teria acontecido se Valdívia vestisse a camisa gambática, a dos bambis, a do Fla ou de qualquer clube carioca, tirante o Vasco, marcado de forma negativa ad-aeternum,  isto é, para sempre, pela Rede Globo, no Rio, a exemplo do que ocorre com o Palmeiras em São Paulo.

Genial, seria, certamente, o menor, o mais fraco e o mais pobre adjetivo que dedicariam ao Mago que, sem qualquer dúvida, com a saída de Neymar é, hoje, o melhor jogador em atividade no futebol brasileiro, com os brasileiros e tudo.

Interessante é que os homens da mídia sabem disso, mas sentem-se impedidos de admitir, impelidos pelo clubismo, pelos interesses das empresas em que trabalham ou pelo modismo vigente de desprezar, desconsiderar, desmoralizar e escrachar tudo o que procede do Palmeiras.

Mais interessante, ainda, é a campanha persecutória contra o Mago, -virou mania- sobretudo através dos babacas que compõem o cast esportivo global.

Pode-se dizer, seguramente, que o segmento esportivo da maior rede televisiva do Brasil é, sem qualquer dúvida, o mais tendencioso do país, embora o mais influente, também...

Quem o comandada (enganam-se os que imaginam ser Galvão) é aquele ex-árbitro cujo relacionamento passado com o Palmeiras, em nada o recomenda!

Refiro-me a Arnaldo César Coelho, o maior cara de pau que já se viu, até hoje, na TV brasileira, para quem a regra é clara, mas eu acrescento, menos as suas interpretações. 

O lobo velho perde o pelo, perde os dentes e perde as unhas mas não perde o vício de atacar e de morder!

Quem, senão Arnaldo, iniciou a campanha de desmoralização a Valdívia, -de forma irônica, debochada, nada recomendável- que um analista de nível, parcial e isento, jamais faria?

Quem cunhou a expressão "cai-cai" para justificar as constantes quedas do Mago diante das absurdas cargas de violência de zagueiros truculentos e de volantes botinudos  que ele, Arnaldo, sempre fez questão de ignorar ou fingir que não viu?

Vocês se esqueceram que Arnaldo foi quem criou o factóide da indisciplina de Valdívia e alimentou a imagem de que o Mago é um contumaz reclamante e desrespeitador dos árbitros?

Essa é a forma através da qual a Globo, -de forma indireta e subliminar-,  impõe a sua vontade, poderio e jugo, interferindo nos Campeonatos -já notaram isso-?

Lamentavelmente, a palavra de Arnaldo, *pela força do veículo, pela força do veículo, só pela força do veículo* passou a ter valor jurisprudencial e, não sendo ele um profissional em que se confie, é péssimo para o futebol brasileiro!

Temerosos de críticas, retaliações e até de afastamento da escala, os árbitros procuram agir em campo de acordo com o que dita Arnaldo, em nome dos interesses da Rede Globo de televisão!

Os globo(bos) que de bobo só têm, mesmo, o apelido e o rótulo, porquanto são espertos finórios e ladinos, aproveitam-se bem disso! 

Sob a capa de um pretenso "jornalismo imparcial", arrebentam os árbitros -por extensão os clubes- que não rezam pela cartilha de Arnaldo, (também a deles)  manipulando as imagens da forma como lhes convém e a serviço de seus interesses. 

Poderia um "tira-teima" Global ser diferente -para o mesmo lance- de um "tira-teima" da Fox? Já ocorreu várias vezes!

A sórdida campanha contra Valdívia -principal jogador do Verdão- tem como objetivo prático, aquele de evitar que o Palmeiras se robusteça e volte a ser o clube "top" do futebol de São Paulo. 

Os globais já deram provas cabais e definitivas de que consideram o Verdão como a quarta força do futebol de São Paulo. 

Até o Santos tem um tratamento diferente daquele dispensado ao Palmeiras no tocante à divisão das transmissões dos eventos em TV aberta, semiaberta ou fechada.

Interessante é que a arrogância de nossa torcida -agora não me refiro às organizadas- e a sua necessidade de sentir-se importante, justifica e minimiza a atitude global.

Alegam, com um ar de superioridade, muitos palmeirenses que "a Globo só transmite o Palmeiras em pay-per-view porque é a torcida (como arrotam!) de melhor poder aquisitivo, a que mais compra e pode comprar aquele pacote". Ledo engano, conversa mole pra boi dormir! 

O Palmeiras, assim como o CU-ríntia, o Flamengo, o Vasco e outros, é, hoje, um time de massa, com torcedores de todas as classes sociais, principalmente do proletariado, espalhados por todos os rincões mais ermos deste país continental. Ou vocês já se esqueceram do jogo de Vilhena (Ro)?

Se disserem que o Palmeiras -dentro da cidade de São Paulo- é um clube de elite, concordo, embora outrora tenho sido muito mais do que hoje em que está repleto de sócios curintiânus, bambis e outros bichos que, diga-se de passagem, tudo fazem no sentido de prejudicar o nosso futebol profissional... 

Entretanto, -fique claro- uma coisa é o clube e outra, o time. 

Em futebol não há que se falar tanto em clube, -exceto nos aspectos legal e financeiro-, mas, sempre, em time. 

Se o clube não quiser o time, que o venda, empreste, alugue, arrende... Por incrível que pareça, hoje não é mais o clube que sustenta o time, mas o time que sustenta o clube!

Aí você me pergunta; E o que tudo isso tem a ver com Valdívia?

A diretoria (Nobre e Brunoro) e a comissão técnica (Kleina) estão sendo flagrantemente omissas em relação a todas as campanhas desmoralizantes dirigidas contra o melhor jogador palmeirense.

Não ouvi nenhum pronunciamento forte de Nobre, Brunoro ou Kleina a fim de defender Valdívia, protestando contra a liberalidade e permissividade dos árbitros em relação ao jogo violento, desleal e incessante contra o chileno!

Da mesma forma, nada disseram -até hoje- em referência aos cartões amarelos -a maioria imerecidos- apresentados ao Mago, -com trocadilho-, no atacado. Os árbitros parecem, mesmo, que estão querendo atacar Valdívia! 

Já notaram como -sadicamente- eles gostam de ver o palmeirense apanhando? Após isso, ficam só esperando a reclamação para mostrar-lhe o cartão amarelo. Parece um filme que se repete jogo a jogo, semana a semana!

Nem em relação aos estúpidos manchados Nobre, Brunoro e Kleina se manifestam, gente que, -sabe-se lá porquê-, em vez de apoiar, vaia o atleta até hoje, agindo como se fossem curintianos ou sãopaulinos desvairados.

Valdívia fica, então, entre vários fogos, desprotegido,desguarnecido, abandonado e à mercê da sanha incontida de todos os inimigos que fez -dentro e fora do campo- em função, primeiro, de sua genialidade e, depois, pelo "hediondo e imperdoável" crime de vestir a camisa do Palmeiras.

Não quero -creiam- colocar Valdívia em um altar ou em uma redoma, beatificá-lo, canonizá-lo, conceder-lhe uma aureola ou um título de anjo do futebol.

Na verdade, em campo, o chileno é cheio de marra e de rebeldia, -não pipoca mesmo- mas isso é próprio daqueles a quem a natureza proveu de talento em suas profissões! 

Apesar de tudo, está claro que o modus vivendi, isto é, a maneira de Valdívia comportar-se em campo -muito compreensível- é motivada por sua reação à violência dos adversários e à injustiça da maioria dos árbitros que não coíbem -mesmo- o jogo violento de que ele é alvo cada vez que entra em campo!

Contra o Braga, porém, ele agiu de forma impulsiva, impensada e equivocada ao partir para agredir Francesco em um lance morto, isolado, na lateral do campo, absolutamente desnecessário!  

Sei que o impulso da agressão foi gerado pela reação de Valdívia às sucessivas pancadas que havia recebido do atleta do Bragantino!

Porém, não havia cabimento, para que Valdívia revidasse da forma impetuosa e juvenil como que, irado, revidou, partindo para cima do jogador interiorano.

Naquele lance -perfeitamente evitável- Valdívia correu um grande risco de ser expulso, de comprometer o resultado do jogo e de prejudicar irreversivelmente o Palmeiras, maior sonho da Mancha e dos manchados. 

O Verdão vencia por 1 x 0 e estávamos no início do segundo tempo. Foi uma irresponsabilidade de Valdívia, que poderia nos ter custado muito mais caro, embora, sob o aspecto humano, se compreenda a atitude do jogador, muito mais defensiva do que ofensiva.

A grande pergunta, agora que Valdívia recebeu o segundo cartão amarelo, e, pendurado, está sob a ameaça de ficar fora dos jogos da decisão, é a seguinte: 

Kleina deveria poupá-lo já no jogo de domingo contra o Ituano? 

Em minha opinião, não, e explico porquê!

Alguém garante que, sem Valdívia, o Palmeiras conseguirá derrotar o tinhoso time do Ituano? 

Lembrem-se que, para poder  pensar no Santos e no título, o Palmeiras tem de vencer, primeiro, o time da terra do exagero! Se tropeçar, adeus viola, pois não existe chance de recuperação!

Um aspecto, entretanto, pode tirar Valdívia do jogo de domingo e quebrar o galho do indeciso Kleina! 

Refiro-me à pancada brutal que o Mago levou no tornozelo, agora inchadíssimo. Se não melhorar de hoje até amanhã este problema poderá impedi-lo de jogar contra a equipe de Juninho Paulista!

Portanto, em meu entendimento, desde que Valdívia reúna todas as condições físicas e clínicas, Kleina tem de escalá-lo domingo contra o Ituano.

Ao mesmo tempo, Kleina tem de preparar o atleta psicologicamente recomendar que ele tenha autocontrole, que suporte calado a marcação ou não das faltas violentas e que não desafie o poder dos árbitros, ainda que não concordando com certas interpretações dos homens do apito. 

É preciso que alguém ensine a Valdívia que os árbitros, -quase todos narcisistas-, muito mais, reagem contra quem desafia-lhes ou contesta-lhes o poder, do que coíbem ou punem o chamado jogo bruto de qualquer jogador!

O ideal seria Valdívia comportar-se como um colegial e jogar como um "globetrotter", o que, aliás, teria sido muito melhor se ele, de forma habitual, agisse dessa maneira. 

Se o chileno conseguir dominar a mente, domar os impulsos e conseguir jogar os três jogos completos, o Palmeiras tem muito mais chances de levantar o título!

Sou, a princípio, contra colocar Valdívia no banco contra o Ituano, a não ser que o tornozelo exija -realmente- mais tempo para uma recuperação completa e total. 

Porém, se Kleina assim o fizer, não o criticarei, pois se trata de uma hipótese, de uma alternativa, e, quem sabe, até de uma estratégia. 

De que adiantaria -na provável hipótese de o Palmeiras vencer o Ituano- Valdívia jogar a semifinal e deixar de jogar a final em Santos? 

A não ser que Kleina optasse, como ocorre sempre em torneios tipo Copa do Brasil e outros, por apostar tudo na primeira partida que se joga em casa, e sair para a finalíssima com alguma folga ou sobra, sobretudo se o jogo que vai definir o título, vier a ser disputado em Santos.

Assim, creio que seja de bom alvitre que o Palmeiras aja de forma natural em relação a Valdívia e esperar, sempre, que aconteça o melhor! Quem sabe ele escape dos cartões -é pouco provável- e jogue as três partidas normalmente (repito, se é que chegaremos lá, penso que sim!)

Lembremo-nos, por exemplo, da decisão da Copa do Brasil contra o Coritiba em que Valdívia encaminhou o título, mas ficou fora da final. Pode ocorrer de novo!

Mesmo com dificuldades o Palmeiras foi campeão através do inesquecível "gol casquinha" de Betinho!

****

Para finalizar, uma histórinha ocorrida há 70 anos, em 1944,  para quem gosta dessas curiosidades:(Apesar de coroa, eu ainda não havia nascido)

"O Palmeiras iria -coincidência- enfrentar o Santos para decidir o título, embora o Santos, em 6º lugar estivesse fora da decisão que somente interessava aos bambis.

Os bambis prometeram uma polpuda gratificação ao Santos se viesse a derrotar o Palmeiras e como sempre, desde aquela época, já trabalhavam nas coxias e nos bastidores.

Por manobras escusas da turma da purpurina, um importante jogador do Palmeiras, Dacunto, argentino -percebam novamente a coincidência de ser um estrangeiro- por manobras da turma da purpurina foi impedido de jogar, sumariamente suspenso às vésperas do jogo.

Já no estádio, repleto de palestrinos, não se sabe quem, iniciou o refrão de uma marchinha, ritmo em voga naquela época, que dizia o seguinte: 

"Com Dacunto ou sem Dacunto, eu venço, eu venço", que serviu de mote para um dos maiores sucessos carnavalescos de todos os tempos denominado "Com pandeiro ou sem pandeiro, eu brinco, eu brinco"!

Dacunto não jogou aquele jogo, mas o Palmeiras derrotou o Santos por 1 x 0, gol de Gonzales e foi o grande campeão paulista de 1944

De quebra, o Verdão lançou naquele jogo um jovem jogador no lugar do argentino,  um atleta que viraria símbolo e estátua no clube; o impagável e inesquecível Valdemar Fiúme "o pai da Bola, o pai da matéria", que eu vi jogar uma vez (e ouvi outras tantas pelo rádio) no final de sua vitoriosa carreira.

Dizem que a história se repete e, para mim, não será nenhuma surpresa se a galera palmeirense voltar a cantar, 70 anos depois, 

"Com Valdívia ou sem Valdívia, eu venço, eu venço"!

AVANTI PARMERA!

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