Observatório Alviverde

26/11/2011

PORQUÊ A REVISTA “PLACAR” NÃO DECOLOU!

 

Há tempos ensaio escrever sobre esse tema, mas como sempre há assuntos de maior importância e relevância, acabo adiando.

Com a devida licença de meus amigos palmeirenses, rompo, hoje, com todos os compromissos prioritários deste blog e me permito comentar o comentário que nunca quis calar.

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O gambazíssimo Juca declarou há algum tempo que, ao final da década de 60, início dos anos 70, época de ouro do futebol brasileiro e mundial, o Palmeiras, segundo pesquisa da revista Placar, chegou a ameaçar a liderança do Corinthians em tamanho de torcida.

Na verdade, o Palmeiras nunca ameaçou o Corinthians em tamanho de torcida, posto que, naquela época, na soma capital-interior, o Palmeiras sempre foi majoritário em relação ao maior rival. Perdia apertadamente em São Paulo, e ganhava disparadamente no interior.

Detalhe: a população do interior paulista naquela época era muito maior em relação e proporção à capital do que nos dias de hoje.Tudo o que disse, não falei por achismo ou por clubismo mas em decorrência de ter vivido a plenitude dessa época, com o objetivo de restabelecer a verdade omitida!!

A aludida pesquisa, mencionada tantos anos depois, jamais foi divulgada pela “Placar” que, sob a direção do referido jornalista, preocupou-se sempre, exclusivamente, em proteger o Corinthians, incensar o São Paulo, promover o Santos e Pelé, idolatrar o Flamengo e minimizar, relativizar ou esconder os extraordinários feitos do Palmeiras.

A isso Juca agregou o denuncismo barato em detrimento da informação sadia e da promoção do futebol e de seus craques, na contramão do que o grande público esperava e desejava da nova publicação.

Ao contrário da então extinta “Revista do Esporte”, de “Manchete Esportiva” “Gazeta Esportiva Ilustrada” e tantas outras publicações, “Placar” jamais caiu no gosto do brasileiro.

O grande público percebeu, desde o lançamento da revista,  que o decantado jornalismo moderno de Juca e assemelhados, não passava, exclusivamente, de enfatizar e divulgar o lado podre do futebol.

Nos anos em que tomou conta da publicação da Abril, Juca preocupou-se, exclusivamente, em apontar o indicador em direção a qualquer fato banal, superdimensioná-lo e  transformá-lo em um grande escândalo.

Gastou zilhões de palavras e toneladas de tinta, inutilmente, com fatos sem importância sobre os quais não seria necessário que se escrevesse mais de duas ou três linhas.  .

O sensacionalismo era a marca registrada da revista que, à imagem e semelhança de seu editor,  adotava uma filosofia facciosa, marcantemente clubística, quixotesca e juvenil.

Calculo que o Grupo Abril imaginou que o futebol daquela época fosse como a política, e que “Placar” pudesse seguir a velha tática da “Veja”, isto é, (sem trocadilho) mordo, depois assopro e, no fim, levo vantagem!

Talvez por essa expectativa de levar vantagem manteve por tanto tempo um editor denuncista, que teve alguns acertos, é verdade, posto que ninguém é totalmente bom ou mau.

O maior deles foi o desmascaramento público da Máfia da Loteria, nos anos 70(s), um gol de placa, um serviço de inestimável valor, faça-se justiça e reconheça-se, para o futebol e para a coletividade.

Noves fora este e alguns outros, o resto foi tiro de festim que em nada contribuiu para o desenvolvimento do futebol brasileiro.

Com tudo e apesar de tudo, sob nenhum ponto-de-vista, fosse editorial, publicitário, de prestígio, faturamento ou, principalmente, da aceitação popular, a publicação conseguiu se tornar um sucesso editorial ou leitura obrigatória. Na verdade, a revista não pegou e continua, até hoje, no limbo do desconhecimento, do desinteresse e do ostracismo.

Ainda que com a persistência do grupo Abril em mante-la viva, mesmo no vermelho, com outra cara e outra filosofia editorial, Placar ostenta um título nada honroso de “campeã de salga” em todas as bancas do país.

Veja nasceu aleijada, atrofiada, desfigurada pelo denuncismo e pelo corintianismo explícito de seu primeiro editor que, até hoje, no rádio e na TV não consegue falar mais do que um minuto sem poluir o comentário com a  menção da palavra Corinthians, mesmo que o assunto nada tenha a ver com essa respeitável marca.

Nem nos jornais, na internet, nas colunas que escreve, ele consegue elaborar um simples texto de poucas linhas que não contenha a palavra Corinthians. É facciosismo demais para quem cultiva apontar defeitos em colegas de profissão, sem olhar para o próprio rabo!

Na verdade, respeitamos tanto o nosso maior adversário que estamos torcendo para que ele perca ou empate amanhã contra o Figueira e que haja um vencedor no Vasco X Flu, preferentemente o co-irmão Vasco.

Tudo isso para que no dia 04 de dezembro possamos ganhar o terceiro título que nos resta deste abominável ano de 2011, o de tirar a taça das mãos do Corinthians com o Pacaembu lotado pelas galinhas-pretas.

O primeiro título ganhamos domingo passado em Salvador, livrando-nos do rebaixamento, derrotando o Bahia por 2 x 0.

O segundo será neste domingo quando vamos tentar tirar dos bambis a classificação para a Libertadores.

VOCÊ ACREDITA NA CONQUISTA DESSE TRI MORAL?

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