Observatório Alviverde

09/08/2012

COM DOIS GOLS DE BARCOS, O VERDÃO RAÇUDO APAGOU O FOGÃO NO ENGENHÃO!

 

Excelente a transmissão carioca do Palmeiras x Botafogo no Sportv.

O narrador, cujo nome não gravei, parece que é Antero, é inexperiente.

Em compensação não inventou, não encheu o saco com estatísticas históricas e procurou, exclusivamente, complementar as imagens com a narração.

Perdeu-se, algumas vezes quando tentou comentar, mas não torceu contra o Palmeiras, como, de hábito, fazem quase todos narradores, comentaristas e repórteres paulistas do Sportv, com uma ou outra exceção.

Comentários sérios, objetivos, perfeitos e imparciais de Edinho, ex-jogador do Fluminense e da Seleção Brasileira.

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Profissionalismo, para que se resuma em uma única palavra é tudo o que a torcida do Palmeiras, este blogueiro e os bloguistas do OAV esperam dos profissionais do Sportv.

Aliás, profissionalismo tem sido “manga de colete” quando os profissionais paulistas do canal relatam, comentam e reportam os jogos do Palmeiras.

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Ontem eu manifestei o meu temor por uma derrota para o Botafogo.

Se perdesse o Palmeiras meter-se-ia em uma situação difícil de ser revertida.

Agora ficou menos difícil, mas a situação ainda é periclitante. Felipão sabe disso e está exigindo concentração total no Brasileirão, pelo menos até que a equipe possa respirar livremente.

A vitória sobre o Botafogo em pleno Engenhão, apertadíssima, coroou o esforço de um time que, muito longe de ser técnico, foi bravo, foi guerreiro e jogou com muita garra e determinação.

Os três pontos obtidos ontem não tiveram o poder de tirar o Palmeiras do corredor da morte, mas trouxeram tranqüilidade, entusiasmo, força e motivação para a reação.

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Felipão, apesar da vitória, está corretíssimo em reclamar da arbitragem que não foi em nada favorável ao Palmeiras.

O complô contra o Verdão, anunciado até em rede social da Internet por árbitros descarados e sem o menor senso profissional, parece que continua em pleno curso.

O número de inversões de faltas e de laterais, ontem, foi determinante para que se desconfie, sim, da perseguição implacável da classe arbitral movida contra o Palmeiras

O critério de marcação tem sido sempre este na série A do Brasileiro:

“vestiu verde e não é o Coritiba, tudo tem de ser marcado contra o verde”. 

O cartão amarelo que o alagoano Francisco Nascimento não aplicou a Seedorf e em várias oportunidades aos truculentos zagueiros botafoguenses Antônio Carlos e Fábio Ferreira foi aplicado a Leandro Amaro, que já está fora do jogo contra o Flu.

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Gostei do Bruno, apesar de sua falha grotesca ao sair o gol logo nos primeiros minutos.

Artur foi sacrificado porque Patrik que deveria fazer a dobra de marcação pelo lado direito, apesar de correr muito e se doar ao time, não cumpriu bem o seu papel de marcador, sobrecarregando o lateral. Betinho, o substituiu sem tempo para aparecer.

Ainda bem que João Vitor volta contra o Flu.

Entre erros e acertos, Ramos e Amaro foram bem enquanto Juninho não reeditou as suas boas atuações, oscilando demais na partida, às vezes brilhando e em outras vezes falhando.

Henrique voltou fora de suas condições normais, um pouco sem ritmo, mas sem comprometer, dedicando-se ao máximo na marcação e esquecendo, um pouco, o apoio.

Marcos Assunção não luziu mas jogou com muita responsabilidade e dedicação comandando o time em campo;

Obina começou bem enquanto o Palmeiras forçou e atacou, mas quando foi obrigado a marcar caiu de produção, sendo substituído por Daniel Carvalho que, mais uma vez, não jogou absolutamente nada. Não porque ele não saiba jogar, mas porque ele não pode jogar.

Até que o time abrisse o marcador, Barcos esteve muito bem, embora severamente marcado. Depois isso, ficou isolado à frente à espera da bola que definisse o marcador.

Curiosamente a bola da definição esteve nos pés de Obina que desperdiçou a oportunidade real de gol.

Mas coube a Barcos, sem qualquer dúvida a personagem do jogo, decidir o clássico

Foi num momento em que o Botafogo, que houvera empatado, partia com tudo para cima do Palmeiras e acuava o time de Felipão em seu campo de defesa, criando várias situações de gol.

Em boa ação ofensiva de Fernandinho, que parece ter gostado e se dado bem na função de meia atacante que o Palmeiras chegou ao segundo gol.

Após derivar pelo lado esquerdo, jogar a bola entre as canetas de seu marcador, cruzou na medida para o bem posicionado Barcos decidir o jogo para o Palmeiras.

O Botafogo continuou indo pra cima do Palmeiras, tentando, agora, o empate, chegando a chutar uma bola na trave com Andrezinho

Aí apareceram Ramos, Amaro, Artur, Bruno e o próprio Barcos que voltou várias vezes para defender e desdobrou-se em campo em busca da manutenção do resultado.

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Felipão parece que, aos poucos, vai compreendendo que sem um ataque realizador não se ganha os jogos.

Daí a sua opção pela dupla Obina e Barcos o que mostra uma pequena tendência ofensiva, muito leve, muito tênue e que, certamente, já é uma grande concessão a considerarmos a vocação defensivista de Felipão.

Mas, de qualquer forma, é animador se constatar que o Palmeiras tem sido um pouco mais atrevido ofensivamente em relação ao que mostrou no ano passado e no início deste ano.

FELIPÃO ESTARIA MUDANDO OU VAI CONTINUAR NA RETRANCA? 

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