Observatório Alviverde

16/03/2012

PALMEIRAS X PONTE ÀS 18,30H NO PACAEMBU. VALE O ENCAMINHAMENTO DA CLASSIFICAÇÃO, A INVENCIBILIDADE E, TALVEZ, A LIDERANÇA!

 

O Palmeiras enfrenta a Ponte Preta, hoje, às 18,30 H no Pacaembu.

Quando eu era menino falava-se que a Ponte era uma “asa negra” na vida do Palmeiras.

“Asa-negra”, creio ser mais correto escrever com hífen, significava, em bom futebolês, um adversário duríssimo, difícil de ser batido que, invariavelmente nos roubava preciosos pontos, sobretudo quando mais precisávamos deles. Não sei se a expressão ainda existe!

De fato, a Ponte sempre foi um time forte, encorpado, de ótimos jogadores que impunha respeito a todos os grandes, sobretudo quando jogava no Moisés Lucarelli, empurrada por sua vibrante e apaixonada  torcida.

Talvez pelo fato de vestir camisa preta-e-branca e por seu maior adversário trajar verde, a Ponte sempre teve um prazer especial em endurecer mais os jogos contra a SE Palmeiras do que contra os outros grandes do futebol de São Paulo.

Numa época em que a mídia, a FPF e a própria CBD determinavam a classificação dos times e a definição dos campeonatos por pontos perdidos, amargamos a perda de muitos pontos para o time pontepretano, então conhecido como “A veterana” e que, anos depois, passaria a ser conhecido como “Macaca”.

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A Ponte sempre foi um expoente do futebol do interior de São Paulo e o primeiro clube do interior a disputar um campeonato brasileiro de elite.

Ainda que sem atingir o paroxismo do brilho e a dimensão de seu grande rival, o Guarani, que já ganhou um título nacional, a Macaca de Campinas tem uma história respeitável no futebol paulista e brasileiro.

A Ponte que enfrentaremos esta noite não é nem sombra daquela máquina de futebol da década de 70, mas, ainda assim é um adversário que deve ser respeitado. Muito!.

Aquele time do final dos anos 70s era um time especial, inesquecível, que só não manteve o Cu-rintia na fila por 24 anos em razão de Ruy Rey, Mateus, Dulcídio, FPF e de outros fatores extra-campo.

Quem, dos que viveram aquela época, não se lembra que, entre tantos jogadores espetaculares, a Ponte tinha no elenco Carlos, Jair Picerni, Oscar, Polozzi, Wanderley e um cracaço espetacular chamado Dicá.

Essa base deu a Ponte Preta, em curto espaço de tempo, mais dois vices campeonatos,  em 79 e 81, decididos, respectivamente, contra o Cu-rintia e contra os bambis, mas o time campineiro, sem força nos bastidores e sempre prejudicado pelas arbitragens não conseguiu ganhar os títulos.

Aliás, ser vice-campeão parece o estigma pontepretano que, em 2008, decidiu o Paulistão com o Palmeiras e foi derrotado, inapelavelmente,      por 5 x 0, no último título conquistado pelo alviverde do Parque Antártica.

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Saindo da digressão que nos levou, nostalgicamente, a um passado glorioso de nosso adversário desta noite, falemos, agora, do presente.

Na classificação geral do campeonato, o Palmeiras é o vice-líder da competição com 29 pontos em 13 jogos, fruto de 8 vitórias e 5 empates, sendo o único time invicto até agora.

A Ponte também jogou 13 vezes e tem 24 pontos na soma geral, com 7 vitórias, 3 empates e 3 derrotas.

Com mais seis jogos a cumprir na fase classificatória, o Palmeiras está, virtualmente, classificado.

Matematicamente, hoje, necessitaríamos de 12 pontos em 18 que vamos disputar para consolidar a posição.

Praticamente, creio que um número bem menor de pontos, talvez entre 6 e 8 já seria suficiente.

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A Ponte não desfruta dessa folga, dessa tranqüilidade na tabela.

O time campineiro tem, atrás de si, adversários dificílimos que o incomodam, como o seu maior rival, o Guarani, com 23 pontos, o Bragantino, com 22, equipes, aliás, também alinhadas entre as oito mais bem classificadas.

Há, ainda, as ameaças de Linense e Mirassol, ambas com 18 pontos, fora do G8, mas com potencial para avançar, chegar e, até, tomar a vaga da equipe campineira.

É por isso que o jogo desta noite é encarado com muita seriedade e responsabilidade pelos jogadores pontepretanos.

A boleirada sabe que se perder para o Palmeiras pode ser ultrapassada pelo Guarani e pelo Braga e passará a ter nos calcanhares as ameaçadoras presenças do Linense e do Mirassol que têm ótimas equipes.

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A Ponte de 2012 se caracteriza por um time de um ótimo ataque e de uma defesa muito vulnerável.

Sua linha atacante assinalou 29 gols é a quarta da competição, sendo superada por Palmeiras, com 30 gols, e pelos Bambis e Sardinhas que assinalaram 29.

Em compensação a defesa pontepretana foi vazada 21 vezes e é a décima do Paulistão. Em contrapartida, a defesa palmeirense sofreu, apenas, 15 gols.

Como se nota, os números são francamente favoráveis ao time de Felipão que tem tudo, mas tudo mesmo para vencer.

Primeiro porque tem um time melhor sob todos os pontos-de-vista.

Segundo porque vai jogar no Pacaembu, diante de sua torcida.

Terceiro porque o Verdão vive um ótimo momento e ostenta invencibilidade invejável neste 2012.

Depois, entre outros fatores, porque o time passa por um momento de paz e estabilidade emocional.

Finalmente, pela volta do craque Valdívia, aquele que a mídia torce contra porque não quer render-se ao imensurável talento do mago e nem admitir a verdade cristalina do incrível virtuosismo do chileno.

Às vezes fico imaginando se Valdívia jogasse em qualquer dos outros três grandes do futebol paulista, em que patamar a mídia o situaria. Certamente que na condição de gênio ou de “fora-de-série”.

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Valdívia não volta sozinho, esta noite, cointra a Ponte. João Vitor também volta.

O retorno de João Vitor é muito bem-vindo. Dá mais poder de marcação, velocidade, sustentação e ofensividade ao nosso meio de campo

Nesta nova fase de Palmeiras, João Vitor, além de ajudar muito na defesa, na cobertura, tem sido muito efetivo no ataque, encostando nos atacantes chegando de trás, chutando ao gol com freqüência.

Vai ser muito ruim, porém, a ausência de Maikon Leite, apesar da atuação apagada que cumpriu contra o Coruripe no meio da semana.

Vamos perder bastante a velocidade, o poder de infiltração e de arremate de nosso ataque.

Felipão está anunciando, a princípio, dois centro-avantes, Ricardo Bueno e Barcos, mas pode mudar de idéia. Sempre acontece! Não será nenhuma surpresa se Patrik jogar enfiado, ao lado de Barcos e Ricardo Bueno esquentar o banco.

Cicinho, com uma infecção bacteriana, está fora da relação dos convocados para o jogo justamente quando se esperava a sua volta.

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A ausência de Henrique, que, ao contrário de Maikon Leite, jogou muito e foi o melhor do time em Maceió, entendo como inteligente e um mal necessário. Henrique está pendurado, com dois cartões amarelos.

No domingo subseqüente teremos pela frente o nosso arqui-inimigo, o time das galinhas. Precisamos entrar em campo com a nossa melhor formação e com os nossos melhores jogadores. Henrique é um deles!

Com um Palmeiras x Corinthians pela frente, o maior clássico do futebol brasileiro e o décimo do mundo, segundo a Fifa, Henrique não se sentiria a vontade para jogar contra a Ponte, diante da iminência de ser castigado com um cartão que o tiraria do “derby”.

Maurício Ramos deve substituí-lo. Não creio que Felipão, que não gosta de arriscar, coloque em campo o paraguaio Roman, mas esta é, apenas, uma hipótese, porque, com o “Homão”, o impossível acontece.

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Vejam a relação dos jogadores para o jogo desta noite:

Goleiros: Bruno e Deola
Laterais: Juninho, Artur e Gerley
Zagueiros: Leandro Amaro, Maurício Ramos e Román
Volantes: Márcio Araújo, Marcos Assunção, João Vitor e Chico
Meias: Daniel Carvalho, Valdivia, Patrik e Tinga
Atacantes: Barcos, Vinícius e Ricardo Bueno

O mais provável time: Deola, Artur, Maurício Ramos, Henrique e Juninho. Márcio Araújo, João Vitor, Assunção e Valdívia. Ricardo Bueno e Barcos.

O que desanima é ver a insistência de Felipão com Tinga, cuja transferência para o Botafogo carioca está sendo anunciada pela imprensa, mas, ainda assim, juro que torço para que Tinga entre e estraçalhe com o jogo.

Desanima-me, também, ver na relação dos convocados o jovem Vinícius, que, até hoje, apesar de todas as oportunidades, nunca jogou bem e só conseguiu marcar um único e solitário gol.

Vinicius deve ter um empresário ou um padrinho muito forte e influente em nossa diretoria.

É inexplicável que um jogador que está a tanto tempo na equipe e que teve tantas oportunidades não consiga render satisfatoriamente.

Também gostaria, imensamente, que ele me desmentisse com uma grande atuação, mas a cada jogo em que entra no time mais me convenço que estou certo.

Nossa base, sem qualquer dúvida, está coalhada de jogadores de maior potencial, melhores, mais refinados e mais promissores do que Vinícius que, de tão prestigiado e paparicado faz “bico-doce” quando o Palmeiras o chama para renovar o contrato.

NOTÍCIA:

No Rio de Janeiro estão dando como certo o empréstimo do atacante Bernardo, do Vasco, para o Palmeiras.

O jogador é ótimo e viria com a vantagem de ser torcedor do Palmeiras.

Mas, como já frisei, correríamos o risco de ter um outro Kléber no elenco.

Como já noticiei, vou repetir.

Embora ótimo jogador, ele se indispôs com quase todo o elenco e os próprios jogadores não o querem mais vestindo a camisa cruzmaltina.

É uma contratação de risco não pelo jogador, ótimo, mas por tudo o que vem com ele!

ÚLTIMA NOTÍCIA: O site Futebol Interior destaca que o Santos acaba de contratar Bernardo. Perdemos um ótimo jogador, mas dexamos de ter em nosso elenco um grande problema. Foi melhor assim (AD)

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