Observatório Alviverde

01/07/2015

O COMPLEXO DE ROBIN HOOD!


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Esta doença tem de acabar!
 
Robin Hood, herói dos filmes, das revistas de quadrinhos e das tiras de jornal até o início dos anos 70s, foi um mítico herói inglês.

Reza a lenda que, exímio arqueiro, lutador e esgrimista teria, ele, vivido nas florestas de Sherwood, região onde se localiza, hoje, a mediana cidade de Nottinghan.

Robin, que ganhou o apelido Hood, em razão das penas que usava sobre o chapéu, foi um nobre que virou uma espécie de "assaltante do bem", cuja característica principal era tirar dos ricos e doar aos pobres.

Sem querer aprofundar-me na história de um herói que nem brasileiro é, ou arvorar-me em criador da expressão, quero, apenas repetir o que tantos já disseram pois é muito pertinente:

O Palmeiras, há vários anos, tem se comportado como o Robin Hood do futebol brasileiro, isto é, tira pontos dos grandes clubes, e os entrega aos pequenos. É preciso acabar com isso!

No Paulistão, foi assim. No Brasileiro, está sendo assim. Que na Copa do Brasil -deus nos livre- não seja assim...

Repito: é necessário acabar, d-e-f-i-n-i-t-i-v-a-m-e-n-t-e, com o destrutivo complexo que tantos males tem causado ao glorioso verdão!

Hoje, o Palmeiras enfrenta outro time que veste verde e de pouca tradição, a Chapecoense, da cidade de Chapecó, oeste de Santa Catarina.

Respaldada por uma campanha numericamente melhor que a do Palmeiras, a Chapecoense chega a São Paulo com ares de favorita, mas isto não é tudo, haja vista que a diferença é mínima, de, apenas, um ponto.

Numa análise fria da realidade dos clubes e da projeção futura de ambas neste brasileirão, vou provar que as perspectivas do Palmeiras chegar perto do G4 são tantas e tão evidentes quanto aquelas da Chapecoense também chegar, a partir do jogo de hoje bem perto do Z4. É a tendência natural!

Fica claro, então que se trata de um jogo importantíssimo com caráter de divisor de águas na vida das duas equipes.

Na ordem natural das coisas, porém sob um aspecto teórico, estaremos enfrentando um adversário muito forte, poderoso e perigoso, que está 9º colocado e de olho nos primeiros postos.

Na prática temos de considerar que, até para que possa ser debelada a avassaladora síndrome de Robin Hood, os jogadores do Palmeiras não podem ficar olhando com sentimentos de inferioridade para a tabela e imaginar que a Chapecoense tem um time melhor, simplesmente por ter conseguido, até agora, um ponto a mais do que o Verdão.

Todos têm de pensar grande, acreditar mais em si e na força coletiva do elenco, a fim de gerar uma consistente aura de confiança, sem a qual o clube continuará a lutar sem chegar.

Convicto de que Marcelo Oliveira trabalha a cabeça da rapaziada nessa direção quero dizer o seguinte:

Sem menosprezar o razoável time catarinense, mas atento ao que ditam os meus instintos de comentarista, ouso dizer que esta noite, após o jogo contra o Verdão, deve começar o calvário do verdinho catarina em sua luta pela permanência na elite do futebol brasileiro.

Em contrapartida, creio, o Palmeiras, favoritíssimo, que tem tudo para vencer, deve vencer e aproximar-se do G4.

E tem tudo, mesmo, a começar pela tradição, passando pelo fato de atuar em casa, pela lua-de-mel com o novo técnico Marcelo Oliveira, pela briga (sã) dos atletas pela titularidade, pela melhor condição técnica de seu elenco, e, sobretudo, pela definição da saída de Valdívia, pendência essa que vinha incomodando muitos jogadores.

A experiência me ensinou que, no futebol, as indefinições, levam os jogadores de personalidade mais fraca ao desequilíbrio emocional, e, consequentemente, os times à derrota. Isso, agora, acabou!

Por isso, embora eu lamente muito a despedida do chileno, um senhor craque e peça de dificílima reposição, sou convicto de que a definição de sua saída vai ser muito útil e  proveitosa para o time, agora sob novo contexto.     

A campanha da Chape (designação apocopada do time por sua torcida), confrontada com a do Palmeiras, mostra-se assim:

09º Chape: 9 jogos, 13 pontos, 4 vitórias, 1 empate  , 4 derrotas.
11º Verdão:9 jogos,  12 pontos, 3 vitórias, 3 empates, 3 derrotas.

O Palmeiras tem um ataque melhor que marcou 12 gols. A Chape marcou 8.

As defesas são iguais, tendo, cada uma, sofrido 8 gols.

O saldo do Palmeiras é amplo, 4 gols, e a Chape não tem saldo nem déficit.

Em resumo, a diferença favorável à Chapecoense decorre dos catarinenses terem uma vitória a mais, 4 a 3, o que lhes daria uma diferença de 3 pontos sobre o Verdão.

Ocorre, porém que a diferença é atenuada e reduzida para 1 ponto, porque o Palmeiras empatou 3 vezes e a Chape só 1 vez. 
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Eis as campanhas de Chapecoense e Palmeiras, para você comparar:

Chape 2 x 1 Coritiba
Palmeiras 2 x 2 Galo

Curica 1 x 0 Chape
Jec 0 x 0 Palmeiras

Palmeiras 0 x 1 Goiás
Chape 1 x 0 Santos

Ponte 3 x 1 Chape
Curica 0 x 2 Palmeiras

Chapecó 2 x 0 Joinvile
Palmeiras 1 x 1 Inter

Fla 1 x 0 Chape
Figueira 2 x 1 Palmeiras

Chape 0 x 1 Bambis
Palmeiras 2 x 1 Flu

Gremio 1 x 0 Palmeiras
Cruzeiro 0 x 1 Chape

Chape 1 x 1 Sport
Palmeiras 4 x 0 Bambis.

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Chapecoense e Palmeiras jogaram 5 vezes em casa e 4 fora.

1) Em casa, a Chapecoense ganhou do Coritiba, do Santos e do Jec, empatou com o Sport e perdeu para os Bambis.

2) Em casa, o Palmeiras ganhou do Flu e dos Bambis, empatou com o Galo, com Internacional e perdeu para o Goiás.

RESUMO: Em casa, a Chapecoense fez 10 pontos. O Palmeiras, 8.

3) Fora de casa, a Chape perdeu para o Curica, para a Ponte, para o Flamengo e ganhou do Cruzeiro.

4) Fora de casa, o Palmeiras ganhou do Curica, perdeu para o Grêmio, Figueira e empatou com o Joinvile.
RESUMO: Fora de casa a Chapecoense ganhou 3 pontos. O Palmeiras, 4.
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A Chapecoense enfrentou, até agora, os seguintes grandes:
Curica, Santos, Bambis e Cruzeiro.

O Palmeiras jogou os seguintes clássicos:
Galo, Curica, Inter, Grêmio, Flu e Bambis.

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Apesar do pontinho de vantagem dos catarinas, a campanha do Palmeiras, ao meu sentir, é, de um ponto de vista pragmático, mais efetiva e promissora do que a do seu adversário desta noite em termos globais de campeonato.

O Palmeiras já jogou seis clássicos e tem mais quatro a cumprir contra Santos, Cruzeiro, Flamengo e Vasco. 

Esse aspecto, teoricamente, o habilita a uma ótima campanha em relação a muitos de seus concorrentes diretos, desde que o Verdão consiga superar o complexo de Robin Hood.

Aliás, pode-se dizer que não fossem os acidentes decorrentes do empate cedido ao Inter ao final do jogo e da incrível e inesperada perda do jogo para o Goiás, o Verdão Palmeiras estaria, no mínimo, com 17 pontos, brigando pelos primeiros lugares.

Em razão de tudo isso, e, principalmente, repito, pela motivação decorrente da chegada do novo treinador, considero o Palmeiras o favorito destacado e absoluto do jogo desta noite. 

Vou mais além e afirmo que sequer um empate passa pelos meus cálculos mais pessimistas. É jogo pra golear!

Assisti a Cruzeiro 0 x 1 Chapecoense no Mineirão e nem é preciso dizer que considero que os catarinenses têm um time muito bem montado, certinho, porém, limitado, e que só sabe jogar em contra-ataques.

Ainda assim os meus instintos bradam e avisam que o Palmeiras deve fazer um resultado cômodo, esta noite, sobre a Chape, na Allians Arena.

E VOCÊ, O QUE ACHA?

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