Observatório Alviverde

31/07/2009

SPORT X PALMEIRAS: O JOGO DA AFIRMAÇÃO

Se para cada jogo escolhessemos um termo definidor eu diria que esse Sport X Palmeiras é o jogo da nossa afirmação. Vamos enfrentar um adversário "encardido", duro na queda, difícil, que joga com muita raça, em uma partida na qual temos que conseguir os tres pontos para subir ainda mais na tabela e afirmarmo-nos como candidatíssimos a mais esse título brasileiro. Temos todas as credenciais para tal. Time forte na defesa respaldado por um meio de campo pegador, tendo à frente um ataque insinuante que, dificilmente, deixa de pontuar. Fora isso, as nossas individualidades emergem e nos trazem a confiança de que elas, leia-se Diego, Cleiton e Obina, podem decidir o jogo ao nosso favor em caso de dificuldade.
Não sei se desta vez o Sport vai promover, novamente, a provinciana pressão fora do campo que só a eles interessa. Mas se ocorrer, creio que o Palmeiras, pela vivência dos tantos jogos realizados só este ano, vai saber encarar e superar, Temos mais time, somos mais time, mas isso, por si só, é insuficiente. Temos de aliar a esses importantíssimos fatores a nossa raça e a nossa disposição para a batalha, o que, graças a Deus, não nos tem faltado. Mas temos de ter, também, por acréscimo, a fleugma dos campeões, se os pernambucanos do Sport, uzeiros e vezeiros que são, lançarem mão dos recursos extra-campo dignos dos indignos que pululam no futebol.
Eu só sei dizer que fui dormir líder e acordei mais líder. Olho para os lados, para cima, para a frente e não vejo ninguém a nos atrapalhar a caminhada. Que não seja o Sport!

COMENTE:

MINHA DECEPÇÃO COM MILTON LEITE

Há muito tempo não ocorria. Neste Palmeiras X Flu tinhamos em BH três opções de narradores de TV: Téo José, pela Band, Luiz Roberto pela Globo e Milton Leite pelo PFC. Cada pessoa se apoia em um conceito ao escolher (quando pode) o narrador de um evento desde que as imagens estejam boas. Às vezes, por conta de um narrador chato, opta-se, até, por uma imagem inferior.
Foi esse o meu caso. Preferi Milton. Eu gosto de narradores de timbre baritonal. Basta dizer que coloco o velho Luís (eu disse Luís) Noriega como um narrador que chegou perto da perfeição e atingiu a postura profissional ideal, ao conseguir narrar com voz cheia, precisão, e extrema imparcialidade, qualquer evento esportivo. É óbvio que quem ouviu um Geraldo José de Almeida, um Fernando Solera dos bons tempos, um Luciano do Valle da época em que era pobre, também ouviu ótimos narradores, Enfim, Milton preenchia as minhas expectativas televisivas pelo fato de ter a voz muito mais bonita do que os outros dois, que para mim não passam de "gritadores esportivos", isto é, são locutores de vozes finas, timbres quase infantis e que emprestam ao jogo uma visão irreal. Transmitem cobrança de tiro de meta com a mesma entonação de um gol, fora o fato de ficarem comentando o tempo todo, igualzinho o Galvão Bueno, ( ex-belíssimo narrador) esse, o maior fenômeno da televisão mundial em todos os tempos pois consegue ser, ao mesmo tempo, narrador, comentarista, repórter, juiz do juiz e, às vezes, até técnico de som. A Globo deve pagar esses profissionais por luxo, já que se Falcão, Mauro Naves, Arnaldo e outros não estivessem na transmissão, ninguém, sequer, tomaria conhecimento. Galvão, simplesmente, faz tudo.
Por essas e por outras razões, entre as quais, predominantemente, a excelente voz, levaram-me a ouvir Milton Leite. Baita decepção! Além do excesso de comentários, entrando sempre na seara do comentarista ou da arbitragem, colocando no ar estatísiticas que nem os mais velhos querem ouvir, Milton Leite cismou, novamente, em fazer a mezza-voce, isto é, a meia-voz na transmissão. A princípio eu pensei que o microfone dele estivesse em nível inferior ao do Noriega e ao dos demais profissionais que participavam da transmissão. O ruído ambiente o cobria, completamente, ao ponto de se ter de apurar o ouvido para se pudesse entender o que o narrador dizia. Interessante é que todos os demais profissionais falavam sem qualquer problema
de inteligibilidade, normalmente. Mas quando a bola ia entrar no gol a voz de Milton Leite arrebentava os tímpanos de quem ouvia, obrigando a baixar o volume da TV. Eu imagino que. precavidos, os técnicos mantinham o nível do áudio dele mais baixo e não compensavam quando ele sussurava ao microfone já que a qualquer momento poderia explodir os altos-falantes.
Não sei quem disse ao Milton que fazer meia-voz é bom. Se ele não sabe, fique sabendo que é péssimo para quem ouve. Milton tem de aprender a técnica de falar normalmente no microfone direcional e quando gritar, afastar em cerca de um palmo o microfone da boca. Talvez seja por isso que ele seja preterido na Globo embora muito melhor do que Cléber Machado e Luis Roberto. Ele não utiliza o espetacular material vocal com que Deus o aquinhoou. Cléber e Roberto, muito menos dotados, agradecem. O segundo tempo acompanhei com Luís Roberto, pois Téo José só se eu não tiver outra opção. Luís Roberto, e essa é a razão de minha decepção, ESTAVA muito melhor do que Milton Leite que é muito melhor do que Luís Roberto. Ou seria pelo fato de Milton estar transmitindo um jogo do Palmeiras ?

COMENTE (Mesmo que sua opinião seja diferente)!