Observatório Alviverde

13/04/2015

ECOS DE UMA VITÓRIA MUITO IMPORTANTE!


Resultado de imagem para eco
Teria sido essa a distância do passe de Valdívia a Lucas?

Falemos, hoje, sobre o Palmeiras 1 x 0 Botafogo.

Foi um massacre técnico do Verdão, mas o resultado não refletiu a verdade do jogo.

O time de Ribeirão só foi eficiente em um aspecto, na violência.

Bateu, impunemente, o tempo todo, em face da omissão de mais um "soprador de apito" incompetentíssimo, nominado Marcelo Rogério.

Ironicamente, cronistas houve que afirmaram que o Palmeiras "passou por um grande aperto".

Quem? Quais?

Os mesmos que ousaram afirmar que o gol do Botafogo, abortado pelo árbitro que registrou, antes, uma dupla carga faltosa em Prass antes do cabeceio, quando ele já detinha a posse de bola, representou em um enorme prejuízo ao time de Ribeirão.

Os mesmos que afirmaram, irresponsavelmente, descabidamente, que Valdívia só fez o que fez em campo (ele fez tudo e foi o grande conduttore da vitoria), porque o Palmeiras havia jogado contra o "modesto" Botafogo ribeirãopretano.

-------------------------------

Ontem, ficou provado por A + B o que afirmamos há tempos.

O Palmeiras não tem um ataque à altura do investimento feito por Mattos que contratou vinte novos jogadores, gastou alguns milhões de reais mas que, num primeiro momento, se esqueceu de contratar um matador experiente e de respeito!

Alexandre, "mittologicamente", encheu o time de zagueiros e volantes, a maioria, reconheça-se, bons, mas sem saber, (porque é cabaço), que sem jogadores efetivos, do meio de campo para a frente, time nenhum chega a algum lugar.

A gambazada e os bambis, cujos clubes são voltados à ofensividade, fazem isso há anos com muito melhores resultados que o defensivista Palmeiras. 

O Santos demitiu Oswaldo de Oliveira, alegando que jogava retrancado, contrariando a tradicional filosofia e o DNA de um dos times que mais gols marcou na história do futebol brasileiro.

O Palmeiras, imbecilmente, segue a sua vida como se fosse um time de basquete, privilegiando a defesa, enaltecendo "idiotisticamente" aspectos desimportantes e ridículos como a tal "defesa que ninguém passa" que consta em seu hino e a fracassada "escola de goleiros", se esquecendo de que o basquete é diferente de futebol e é jogado com as mãos.

Todo ano, até mesmo na Copa São Paulo, temos times montados, exclusivamente, para guarnecer a defesa e sem a menor contundência ofensiva que vão bem até um determinado ponto, mas pipocam, sempre, nas nas fases derradeiras das competições e entregam o ouro nas decisões.

Lembremo-nos, todos de que o Palmeiras de Luxa, em 2008, ganhou um Paulistão respaldado por um time altamente ofensivo, com atacantes de renome, impulsionado por um ataque demolidor que tinha Alex Mineiro, Diego Sousa, Kléber, Denilson e ...Valdívia, sete anos mais novo!

Quem seguraria um time desses, com semelhante força ofensiva? Ninguém! 

Pela primeira vez em muitos anos o Palmeiras não deixou a sua torcida sofrer numa final, demoliu a Ponte Preta, 5 X 0 e abiscoitou o título de 2.008.   

Ao contrário do time capenga montado por Felipão, altamente defensivo, que ganhou a Copa do Brasil em 2012 na bacia das almas, graças, exclusivamente, ao talento de Valdívia.
---------------------------

Mas pouco adianta que se exponha a cruel realidade de uma necessidade urgente, premente e necessária pois os anos passam e o Palmeiras não se acerta, não se apruma, não evolui, e é, sempre, um time de poucos gols.

Nem quando surgem as oportunidades para que goleie os adversários o Palmeiras consegue fazê-lo, como se tivesse piedade dos clubes com os quais se digladia. 

Falta, endogenamente, gente do ramo que saiba da importância das goleadas (quando possíveis), que motive o elenco para que as busque, o maior número de vezes

As goleadas geram auto-confiança  aos atletas acrescentando-lhes renovadas doses de moral e personalidade para a sequência dos campeonatos e, ao mesmo tempo, são capazes de criar novas e empolgadas gerações de torcedores.

À distância, há anos, verifico que, com raríssimas exceções, no Palmeiras, ninguém se preocupa com o macro, mas, exclusivamente, com o micro mercado. 

A cidade de São Paulo, em relação ao gigantismo da torcida do Palmeiras no território brasileiro, é um micro mercado, ressalvado o fato de ser o mais importante pela aglutinação dos torcedores, em relação ao do interior, pulverizado!

Aliás, as presidências do Palmeiras, ainda que algumas delas ocupadas, às vezes, por gente egressa do interior, somente se preocupa com a aldeia, isto é, Rua Turiaçu e adjacências, sem tomar conhecimento ou atribuir qualquer valor ao fato de o maior número de torcedores palmeirenses ser do interior de São Paulo e do Brasil.

Sei que este momento, é inadequado, mas, houvesse profissionalismo no Palmeiras e o clube mandaria alguns jogos no interior paulista, a fim de proporcionar ao Leal torcedor do interior, a oportunidade de assistir a alguns jogos do Verdão e ter um contato visual direto com os seus ídolos.

Do jeito que a coisa está andando na relação Palmeiras-RGT (que encapsulou o Palmeiras na embalagem da TV fechada), da forma como o Palmeiras é tratado por tantos estúpidos e ignorantes homens de mídia, a renovação da torcida alviverde, outrora em proporções geométricas, ocorre, agora, e em proporções, meramente, aritméticas, ou, se quiserem, em pilulas, em conta-gotas.

O Palmeiras precisa, urgentemente, contratar atacantes e tê-los em abundância no elenco, de oito ou dez, para cima, inclusos os centro-avantes, os meias contundentes e, sobretudo, armadores categorizados.

Sem a ofensividade e os gols, time algum chega a lugar nenhum!

O Palmeiras não é a exceção!

-----------------------------
TV
Prometi falar sobre a transmissão do Sportv.

Milton Leite, ressalvado o fato de engolir a voz  ao privilegiar (impropriamente) o coloquial em detrimento da emissão natural, esteve além -muito além- de minhas expectativas e realizou excelente transmissão.

Não se trata, repito, de implicância, mas de simples constatação, repito, como sempre, que, não se sabe porquê, ML gosta de esconder seus belíssimos timbre e tessitura vocais.

Se ele acha que o critico por prazer ou por questões clubísticas, sugiro que apanhe a fita da transmissão entre 14 e 20 minutos do primeiro tempo, onde Leite poderá verificar que a força de sua emissão vocal conseguia ser mais baixa do que a de Noriega e a de Beletti, obrigando o telespectador a aumentar o volume de áudio se seu televisor.

De qualquer forma, não sei se pela exigência do próprio jogo, ML conteve-se nos "cacos" reduzindo-os a um nível suportável.

Por outro lado, continua contando piadas e fazendo brincadeiras verbais que só interessam a ele e aos companheiros inseridos na transmissão, sem a menor graça ou significado para os telespectadores.  

Foi muito sensato na análise dos lances de arbitragem, mas tem de cuidar para que as suas opiniões, por osmose, não interfiram no que vão dizer os comentaristas que o assessoram. "Convergentemente", tem sido assim!

O grande defeito de Milton Leite, ontem, na narração, foi o de não destacar e valorar a enfiada de bola cinematográfica de Valdívia, em ponto futuro (créditos a Cláudio Coutinho) para Lucas, que redundou no gol da vitória, do Verdão.

Noriega, pela primeira vez, usou um pouco mais de ênfase na análise dos lances de arbitragem e, com isso, subiu muitíssimo de produção.

Desta vez, não foi econômico, indeciso, reticente e nem ficou sobre o muro ao abordar os lances que prejudicavam o Palmeiras. Simplesmente, rasgou o verbo, como manda o manual!

Quero ver se, domingo, no Iraquerão, manifestarão a mesma conduta profissional apresentada na transmissão de ontem. Conseguirão?

Se for possível deixar o Noriega sem a companhia de nenhum invasor da profissão, muito melhor. 

Os parvos que dirigem a Globo, imaginam que os ex-jogadores sabem mais que os jornalistas, mas não foi Nori quem disse, aos 37 minutos do primeiro tempo, que o Palmeiras tinha "profundidade ofensiva", a única coisa, aliás, que o Palmeiras, com um domínio territorial massacrante, não conseguia ter e que só passou a ter a partir da entrada de Valdívia.

Quando um Canal de TV coloca um jornalista para comentar um jogo ao lado de um ex-jogador, passa ao telespectador a imagem de que o comentarista não tem capacidade para o exercício da função. 

No caso, em questão, era e é exatamente ao contrário! (AD)