Observatório Alviverde

02/03/2016

O ELENCO GIGANTE ATRAPALHA O TRABALHO DE MARCELO!


 SÓ NOBRE NÃO VÊ!

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O excesso de contratações está matando o time do Palmeiras!

Ensinou-me o futebol que ninguém, nunca, pode ser apontado como o culpado exclusivo (n)as crises e (d)as crises pelas quais passam clubes, dirigentes, técnicos, jogadores e, às vezes, a própria torcida.

Por isto, longe de mim levantar o meu dedo indicador para apontar ou denunciar Marcelo Oliveira como o único culpado pela crise técnica, disciplinar e comportamental que toma conta do elenco do Palmeiras com resultados pífios -para não dizer vergonhosos- dentro de campo. 

Fique claro, porém (não fujo nunca do que penso ou do que ditam as minhas convicções), considero o técnico mineiro, em decorrência de seu temperamento por demais passivo, como o maior entre todos os culpados e o principal responsável pelo momento incerto e inglório por que passa o Palmeiras.

Há que se reconhecer porém a parcela paralela de culpabilidade dos jogadores que não pode ser desprezada ou dissociada desse processo.

É elementar que jogadores existem dentro desse elenco, desnecessariamente numeroso e inchado, que, insatisfeitos pelo fato de não estarem jogando, trabalham (continuarão trabalhando) no sentido de que mude o treinador, a fim de que possam retirar do caminho o obstáculo maior que os impede de alcançar a titularidade, o técnico que não os escala.

Vi e ouvi na imprensa que o Palmeiras-2016 reúne um elenco gigantesco de 33 jogadores ou, simplesmente, três times. Um despropósito!  Não seria, entretanto, se o clube estivesse optando por sua base. Não é o caso!

A maior parte dos atletas do atual grupo do Palmeiras, foi contratada junto a outros times em negociações nas quais rolaram não só o acerto dos salários, mas as promessas e expectativas de dias melhores em um clube de primeira linha do futebol mundial. 

Aí o jogador chega e percebe que entre o que lhe prometeram, as suas expectativas e a realidade, há a figura de um treinador conservador  que não os prestigia, atrapalhando tudo! Haja decepção! Haja frustração! 

O que decorre daí, todo mundo sabe e a consequência final é que o elenco se coloca de maneira surda e muda porém firme e radical contra o técnico e o grupo acaba se tornando inadministrável.

Não, não me venham com achismos ou teorias segundo as quais o arrogante Leão, o grosseiro Felipão ou qualquer outro treinador de personalidade autocrática, diante desse quadro, colocaria a casa em ordem e a vida do clube seguiria linear, sem tumultos ou incidentes, funcionando com a precisão cronométrica de um relógio suíço.

O que qualquer desses treinadores mais vividos faria era afastar, minimamente, uns dez jogadores do grupo e coloca-los para treinar à parte, reduzindo substancialmente o grupo e, consequentemente, as inevitáveis ondas e fofocas.

A partir daí, escolheria um modo de jogar em consonância com as características das melhores peças que tivesse em mãos, definiria o time titular e o treinaria exaustivamente até condicioná-lo às exigências dos jogos, dos adversários e dos campeonatos a disputar.

Mas Oliveira, penso eu, por questões de sobrevivência no clube e por respeito hierárquico ao seu desavisado diretor de futebol mantém (certamente a contragosto) essa multidão de jogadores, todos jovens, ambiciosos, competitivos, de personalidade muito forte e buscando um lugar no time, nem que seja no peito, na raça, no grito ou na marra. Nem Himmler e sua Gestapo dariam conta de contê-los!

Marcelo Oliveira (conheço-o muito bem desde o tempo de atleta) é um indivíduo de muito boa índole, pacífico, generoso e de muitos amigos...

Ele é  dessas pessoas que nunca dizem que  "2 + 2 são 4 para não magoar o 1 e o 3", sendo esse o seu maior defeito em futebol, esporte que confirma aquele ditado segundo o qual "quem se abaixa muito para apanhar maçã, acaba mostrando o "fiantã" (AD) "! Marcelo Oliveira, no Palmeiras, simbolicamente, faz tempo, já mostrou!

No Verdão deu o azar ou, quem sabe, cometeu um erro de cálculo ao escolher Zé Roberto, jogador experiente porém em fim de carreira como o atleta de referência técnica e homem de sua confiança em campo, atribuindo-lhe, consequentemente, um atestado de perene titularidade. 

ZR, ontem um (quase) craque, hoje, em razão da veteranice, 42, um jogador apenas mediano, lento e de fôlego limitado, não poderia, como vem acontecendo, jogar 90 minutos como titular em um time com as ambições e os objetivos do Palmeiras. Não dá pra Marcelo entender? Não lhe entra na cabeça?

Oliveira se esquece que nos oito jogos de grandes resultados que se seguiram a sua chegada ao Palmeiras, o time não tinha Zé Roberto, mas Egídio, o rejeitado. 

Com Egídio na lateral, ele obteve seis vitórias, um empate e uma derrota com um aproveitamento de pontos da ordem de 79%.

O Palmeiras, então, marcou, 18 gols, sofreu apenas quatro e obteve a invejável média de 2,25 gols feitos por partida, e 0,5 sofridos.

Tudo o que foi dito neste post não significa que estejamos perseguindo ou culpabilizando ZR pela degringolada palmeirense. Pelo contrário.Tivesse eu algum poder e lhe daria um lugar importante no setor administrativo do time.

O que combatemos é sua presença e escalações constantes, tentando cumprir uma função para a qual não dispõe mais de recursos e condições para exercer. O terceiro gol da Ferroviária não foi (é) suficiente para Marcelo entender a extensão e a importância do que estamos falando?

Zé Roberto é apenas um exemplo dessa tendência de Marcelo em fazer compadres e transformar o elenco em uma ação entre amigos. Isso é o que o impele a ser um treinador conservador e pouco afeito às mudanças que envolvam jogadores outros que estejam fora de sua igrejinha.

Outro exemplo: apegou-se, emocionalmente, a Leandro Almeida (indicado ao Palmeiras por ele próprio), zagueiro limitadíssimo, desde os tempos do Coritiba, concedendo-lhe as chances que não proporcionou, por exemplo ao jovem promissor egresso da base, Nathan, muito melhor tecnicamente e com a experiência adquirida na temporada 2014 na qual ele foi um dos destaques da equipe...

Marcelo, imagino, terá amanhã, quinta-feira, a sua derradeira chance das três que lhe foram proporcionadas por Mattos e Nobre, para permanecer como técnico do Verdão.

Não acredito que em reduzidos quatro dias ele tenha conseguido transformar um time de bola comprida e DNA de contrataque em outro, de toque de bola.

A princípio, nem que Cleiton Xavier que assim que entrar vai mudar o modo de jogar do Palmeiras, seja escalado de cara e venha a comandar o meio de campo.

Aliás, nem sei mesmo se MO aceitaria ou adotaria uma mudança tão drástica e radical em seu modo de jogar! Penso que não! Pela forma como encara o futebol ele, certamente, agirá desse forma até que se desligue do clube.

De minha parte, pouco me importa que o adversário tenha mais posse de bola e que o Palmeiras continue jogando apenas em contra-ataques, sobretudo se o Verdão ganhar os jogos. 

Importa-me, mesmo, que o time pare de dar chutões, saiba sair jogando a partir da defesa, saiba o que fazer quando detiver a bola nos pés, que tenha poder de envolvimento, profundidade ofensiva, criatividade, arremate ao gol e uma postura defensiva firme e decisiva. 

Torço, s-i-n-c-e-r-a-m-e-n-t-e , para que o time acorde, tenha consciência de sua grandeza, não se sinta diminuído em relação ao adversário e que jogue não apenas por Marcelo Oliveira, mas por todos nós!

Parafraseando o Almirante Barroso, herói brasileiro da guerra do Paraguai, " O Palmeiras e os palmeirenses esperam que cada jogador cumpra o seu dever"

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