Observatório Alviverde

07/06/2012

A VELHA MANIA DE RETRANCA E MARCAÇÃO. ATÉ QUANDO VAMOS JOGAR ASSIM?

 

Não, Felipão! Por favor, não! Basta de desculpas e de bla-bla-bla!

Não venha novamente com a velha lorota de que o Palmeiras jogou ontem em Recife com três atacantes. É conversa pra boi dormir.

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Luan não é atacante, é defensor.

Ele cumpre, simplesmente, o papel de fechar o setor esquerdo, marcando a saída do lateral direito adversário.

Da mesma forma que João Vitor fecha o lado direito e faz o mesmo trabalho com o lateral esquerdo inimigo..

As funções, como se vê,  são, rigorosamente, as mesmas, só mudando o lado do campo e a faixa de terreno ocupada por um ou pelo outro.

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Em suma, Luan é um simulacro de atacante e não, propriamente, um atacante!

Sua atribuição tática principal é a de correr o tempo todo como uma espécie de marcador-defensor, sendo essa a sua função mais importante no ultrapassado esquema de Scolari.

De vez em quando ocupa o espaço no ataque e realiza uma ou outra jogada ofensiva, um passe, um cruzamento ou, até, arrisca um  arremate, mas é muito pouco para que seja chamado de atacante..

Afinal, como chamar de atacante alguém que em 95% das vezes está distante da área, ajudando na defesa?

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Vamos parar com essa história de que o time foi ofensivo e que jogou com três atacantes.

Luan atacante é, simplesmente, um estratagema de Felipão para calar as críticas ao seu defensivismo constante e incorrigível.

É a forma através da qual ele procura dissimular e mascarar a realidade visando a manter o seu esquema manjado e  ultrapassado sem receber críticas e reprovações.

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Fosse Mazinho o escalado, não Luan, aí, sim, o Palmeiras poderia ser definido como um time que joga com três atacantes.

Luan, limitado tecnicamente, aplicado taticamente, vigoroso fisicamente, nada mais tem a mostrar mais do que vem mostrando e do que já mostrou.

Do ponto de vista individual fica longe de Mazinho que, se não cumpre o papel de marcador tão bem quanto Luan, em compensação ataca um milhão de vezes ou mais, muito melhor do que ele.

Mazinho, mesmo amarrado, tolhido em suas melhores características de jogador ofensivo, submetido compulsoriamente a um esquema de jogo burro e escravizante que limita as suas qualidades, tem o dom do improviso, o drible no pé e muita ousadia..

Ele já mostrou, desde a sua estréia, que é um jogador de enorme potencial e de grande personalidade.

Ao menos até agora, Mazinho não se apequenou em campo usando a nossa camisa.

Mas, pelo que estou depreendendo, vai acontecer com Mazinho, parece que já está acontecendo, o mesmo que ocorreu com Max Pardalzinho, tanto ou mais arisco e habilidoso do que Mazinho.

Para quem não sabe, Max Pardalzinho é driblador, improvisador e tem a capacidade de fintar e passar, às vezes, por uma defesa inteira e invadir a área até o gol.

Mas esse tipo de jogador ofensivo e repentista, que individualiza as jogadas e parte pra cima dos beques com a bola nos pés, nunca serve a Felipão.

Ele parece gostar de trabalhar, exclusivamente, com atletas que o obedeçam cegamente e que tenham pendor para o defensivismo., 

Li centenas de críticas injustas de nossa torcida a Pardalzinho, que só atuou uma vez como titular, em um jogo em Campinas contra a Ponte, se não me falha a memória.

Pardal, simplesmente, é mais um caso de fritura explícita entre as tantas que ocorreram na era Felipão.

É outro jogador cuja contratação teve o aval da comissão técnica, mas que foi demitido, sumariamente, sem ter jogado e sem, ao menos, haver sido testado.

Quanto desperdício de tempo e de dinheiro!

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Ontem o nosso “guapo” treinador, mais uma vez, “viajou na maionese” como gostam de dizer os mais jovens..

Passou o tempo todo assistindo ao seu time jogar limitadamente, sem força ofensiva, sem poder de penetração, sem ataque e sem mais nada, parecendo satisfeito com o que via.

De fato, o Palmeiras passava a impressão de que atuava muito melhor do que o Sport, que tinha o jogo nas mãos e que chegaria à vitória assim que quisesse.

Só que Scolari não percebeu que o domínio territorial imposto pelo Palmeiras em boa parte do jogo, era estéril.

Existia muito mais em decorrência do recuo adversário e do esquema de contrataques adotado por Mancini, do que, propriamente, pelo fato de o Palmeiras jogar melhor.

O técnico do Sport, que ontem estreava, apostava nos erros do Palmeiras e ganhou o jogo  assim.

Através de duas retomadas de bola no meio de campo, uma pela esquerda e outra pela direita,  o Sport marcou os dois gols que o conduziram à vitória.

Detalhe: no primeiro gol falharam Leandro Amaro e Márcio Araújo e, no segundo, o goleiro Bruno.

Será que alguém vai continuar exaltando a nossa “extraordinária” escola de goleiros?

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O Palmeiras, outra vez, mostrou que é um time que não sabe atacar com eficiência, só contratacar.

Igual aos times pequenos, o Palmeiras atual parece saber fazer com os outros apenas o que o Sport fez com o Palmeiras ontem no Recife, isto é jogar em contrataques sem qualquer outra variante tática ou atitude de jogo.

Quando precisa atacar, e tomar a iniciativa de ataque que a maioria dos jogos exige, o time de Scolari tem se revelado i-n-c-o-m-p-e-t-e-n-t-e.

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Ontem, Felipão só acordou para a necessidade de substituições seis minutos após o Sport fazer o segundo gol e ficar à frente do placar..

Aí, exagerou e colocou, de uma só vez, Cicinho, no lugar de Artur, Daniel Carvalho no lugar de Valdívia e Mazinho substituindo a Luan.

Três alterações corretíssimas, mas em outro contexto do jogo, no intervalo, por exemplo, ou,  a partir dos 10 ou 15 minutos do segundo tempo.

As tardias alterações deram um pouco mais de velocidade e contundência ao Verdão, mas como mudar o placar sobre um o time que se trancava, completamente, na defesa e com tão pouco tempo de jogo a cumprir?

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O Palmeiras, uma vez mais foi garfado pela arbitragem. Isso tem sido corriqueiro e tem de ser ressaltado..

Como imagina e sugere meu irmão palmeirense, será que os árbitros estão apitando contra Felipão?

É uma tese a ser considerada!

Felipão teve, ano passado,.um entrevero com o auxiliar de Vuaden, Altemir Hausmann que provocou a suspensão de Felipão pelo STJD por vários jogos. 

Hausmanm. ontem, voltou a pirraçar Felipão, assinalando um impedimento hipotético de Maicon Leite em situação na qual o Palmeiras poderia ter feito o gol.

Até a turma do Sport, que, pelo que se vê e se ouve das narrações e dos comentários, detesta o Palmeiras, reconheceu o erro grosseiro do auxiliar gaúcho.

Em compensação Muller, o invasor de profissão, isto é, o comentarista(?) do Sportv, afirmou que a anulação do gol de empate, marcado por Barcos, foi correta porque Maicon Leite tentou, na seqüencia, participar da jogada.

A interpretação em si, não está errada.

De fato, se algum jogador entra no circuito do lance, tenta participar da jogada ou desvia a atenção do goleiro, o gol deve ser anulado. Maikon Leite fez tudo isso e o gol, pelo que conheço de regras de futebol, foi bem anulado.

Mas o que me irrita é que eles só mencionam essa faceta real da regra quando o gol anulado é marcado pelo Palmeiras.

Quando um gol nessas circunstâncias é confirmado pelos árbitros contra o Palmeiras, eles, os narradores, os comentaristas e os analistas de arbitragem dizem que o jogador tal tentou participar, mas como não conseguiu, o gol tem de ser validado.

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Bruno falhou de novo e, parece, também que estou falhando na análise das possibilidades desse jogador,.

Eu avaliava Bruno como, potencialmente, melhor o que Deola, mas ele prova, a cada jogo, que não é!

Na verdade, temos goleiros, noves fora os terceiro e quarto reservas, os quais não conheço, apenas, medianos.

Tínhamos um único goleiro pronto, ótimo, Diego Cavalieri, mas a italianada não consegue se conter cada vez que fazem propostas aos nossos jogadores e o negociou.

Nunca conseguimos segurar os bons jogadores pois a ânsia de vendê-los é incontida.

Por que os nossos dirigentes gostam tanto de vender jogadores?

Antes eu não sabia, mas, agora, eu sei!

Não vou dizer porquê, mas todo mundo sabe.

Esta é outra razão de não conseguirmos formar grandes equipes. Qualquer jogador que desponta, depressa é negociado.

Aconteceu com Vagner Love, com Edmilson, com Cavalieri, com Kléber em sua primeira passagem, com Valdívia e com tantos outros.

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O Palmeiras, infelizmente, há muitos anos, virou um grande balcão de negócios. Parece a Bovespa!

“Pelo andar da carruagem” isto só vai mudar quando houver eleições diretas e as “famiglias” e clãs influentes que controlam o clube deixarem de mandar ou de ter ingerências sobre as administrações.

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Voltemos ao time!

Artur é melhor do que Cicinho, só na cabeça de Felipão.

Por que mudar a titularidade sem nenhuma necessidade, jogo a jogo?

É por isso que o time nunca se entrosa!

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Leandro Amaro, autêntico beque de fazenda, emérito rebatedor, péssimo na entrega de bola vai continuar titular?

Merecemos coisa melhor, mesmo que seja o limitadíssimo Thiago Heleno que está voltando de cirurgia.

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Falando em coisa melhor, Henrique já merece um lugar na Seleção Brasileira.

Atualmente é o melhor zagueiro interior esquerdo do Brasil.

Apesar da derrota ele foi, mais uma vez, ontem, contra o Sport, a nossa melhor expressão em campo.

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Juninho parece brinquedo que está com a pilha no fim, longe do lateral apoiador e eficiente dos primeiros jogos.

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Márcio Araújo não reclama, não diz nada, mas sabe que está sendo o grande sacrificado tático do time do Palmeiras.

Tem de correr por si, pelo Assunção e ainda cobrir as saídas do lateral direito.

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O esquema de Felipão, sem nenhuma agressividade ou força ofensiva, impõe a presença de Assunção por causa da bola parada.

Assunção, que, por causa da veteranice,  corre menos do que a função exige, sobrecarrega Araújo.

A torcida tem de enxergar e considerar isto antes de censurar o maranhense!

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Valdívia não jogou nada, absolutamente, nada, ontem, contra o Leão pernambucano! 

Para jogar mal faltou muito, quanto mais para jogar bem!

Falar mais o que de Valdívia nosso pior jogador em campo?

Só se for para dizer que ele foi o res´ responsável direto por um dos gols do Sport perdendo uma bola fácil no meio de campo por absoluta falta de atenção.

Exceção feita a uma ou duas enfiadas de bola, foi peça decorativa no time palmeirense.

Deveria ter sido substituído no intervalo do jogo ou alguns minutos após o início do segundo tempo.

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Daniel Carvalho jogou poucos minutos, no momento mais instável do Palmeiras, mas deu muito mais vida e velocidade ao time, conduzindo-se em plano bem superior a Valdívia.

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Barcos provou, novamente, que, se abastecido, consegue fazer gols. O esquema de Felipão, outra vez, isolou o argentino. É lamentável!

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Já dissemos, em outra oportunidade, que se o Palmeiras quiser jogar ofensivamente tem de entrar com Mazinho. Se quiser se resguardar tem de entrar com Luan.

A escalação de Luan contra o Sport mostrou, claramente, que a intenção de Felipão era a de jogar com cautela e não se arriscar, em claríssima inversão de valores e de responsabilidades.

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Um ditado antigo e corriqueiro diz que “quem não arrisca, não petisca”!

Felipão, como sempre, não arriscou e o Palmeiras virou petisco de “Leão”.

CONCLUINDO

Apesar de tudo, este não é o momento M para que o Palmeiras se desfaça de Felipão.

Vamos esperar o jogo de sábado contra o Galo Mineiro, “avant-première” das grandes decisões contra o Grêmio pela vaga nas finais da Copa do Brasil.

Barcos e Daniel Carvalho, publicamente, já deram a dica a LFS de que o grupo prefere jogar ofensivamente, mas que respeita as decisões do treinador.

Será, diabos, que só Felipão não enxerga isso?

É teimosia demais para uma pessoa só!

VOCÊ DISPENSARIA, SUMARIAMENTE, FELIPÃO ANTES DA DECISÃO CONTRA O GRÊMIO?

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