Observatório Alviverde

11/09/2011

O PALMEIRAS PERDE DE TRÊS E FICA AINDA MAIS LONGE DA LUTA PELO TÍTULO. TIRONE GARANTE QUE FELIPÃO ESTÁ PRESTIGIADO MAS ELE SERÁ CAPAZ DE SUPORTAR OUTRA DERROTA?


(Escrevo no intervalo do jogo> INTER 1 X 0 PALMEIRAS)
Muitas coisas a dizer. Começo pela transmissão do PFC com Jota Júnior.
Embora não esteja nos trazendo bons eflúvios, a transmissão é (quase) perfeita.
O palrador Milton Leite deveria solicitar a cópia do VT, levar para a casa e ver o que é que o público deseja de uma transmissão.
Jota não fez nada de excepcional, apenas o trivial, fazendo uso de sua vasta experiência.
Não interferiu no trabalho do comentarista e nem o pautou como Leite gosta de fazer a todo o instante.
Ótimo trabalho, ao menos pelo que vi até agora.
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JOGAMOS COMO NUNCA, MAS PERDEMOS, COMO SEMPRE!
O Palmeiras realiza uma de suas melhores apresentações das últimas semanas. mas perdeu o jogo.
Eu disse e repito: o Inter é um adversário fatídico, uma asa negra em nossa vida. Precisamos tomar cuidado, atacar mais, arrematar mais, criar mais e caprichar mais, a fim de evitar o pior, um resultado negativo.
Cicinho, muito bem no apoio, criou a maioria de nossas melhores alternativas com bola rolando.
Mas vivemos, novamente, da bola parada e essa é a via mais difícil para se chegar ao gol. porque o adversário está sempre precavido.
O Inter tem o que nos falta: meias de qualidade e criatividade.
Fica evidente que temos carência de meias que façam a aproximação e tornem o time mais criativo, mais ofensivo, mais agressivo, mais objetivo.
E, se mal pergunto, para que se joga com um centro avante alto e forte enfiado entre os beques, se o Palmeiras não faz jogadas de ponta, e só toca a bola com lentidão em tabelas sem objetividade na entrada da área.
Esse tipo de envolvência só é possível quando se tem jogadores de grande habilidade ou rápidos, coisa que o Palmeiras não tem,
Jogamos bem este primeiro tempo, mas na base da força, do arranque, do espírito de luta, da vontade e da superação, porque a técnica, nesse time do Palmeiras, é manga de colete.
Apesar disso, pelo que mostrou o Inter no primeiro tempo, creio, firmemente, que vai dar para reagir.
Perder gols como perdemos com Luan e depois Gabriel e Tiago que se confundiram, simplesmente comprova aquilo que eu disse e com o que muitos não concordam, a parte espiritual.
Não venham com a conversa de que só não fizemos os gols porque eles são ruins!  Esse Pacaembu tinha de ser evitado e, no entanto, não foi.
Precisamos, por isso,  que melhore o bio-ritmo (biorritmo) no segundo tempo.
Se isso acontecer, apesar de nossas limitações, poderemos reverter e, em seguida, inverter o rumo deste jogo, de resultado negativíssimo, cujas consequências poderão detonar uma nova crise no Palmeiras.
O mineiro que apita o jogo está ajudando a enterrar o Palmeiras. Depois eu falo sobre isso, na postagem final..
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VOU ME REPETIR
A frase é do tempo dos nonos, mas quem a consagrou foi Oto Glória, o técnico brasileiro que levou Portugal ao terceiro lugar na longínqua copa de 66: Já naquela época ele dizia; “não se faz omelete sem ovos”.
Felipão, vem dando uma de alquimista, tentando de tudo para encontrar a fórmula que contrarie essa máxima, mesmo sabendo que não vai encontrar. Mas, se sabe, por que persevera em busca dessa ilusão?
Por que ficar cultivando marcação e imposição territorial, se todos sabem que, para vencer, é necessário, também, fazer gols?
Vejam que os adversários mudam, isto é, são outros a cada rodada, mas a nossa forma de jogar não se altera, é a mesma.
Os adversários quando perdem, mudam as peças, alteram o time,  assim como.também mudam em suas estruturas táticas, técnicas e estratégicas. O Palmeiras, não!
Só o Palmeiras não muda, porque Felipão é teimoso, não abre mão de seu jeito tradicional de jogar e continua preso às mesmas fórmulas táticas do tempo do onça, manjadíssimas, pelas quais buscamos, infrutiferamente, as vitórias.
Quando Felipão afirmou, sexta-feira, que jogaria a partir de então através de uma forma mais ofensiva, eu me animei.
Imaginei que adotaríamos um esquema revolucionário para os nossos atuais padrões, diferente daquele usual, mais batido do que clara de suspiro, mais na cara do que bigode.
Mas, não!  Felipão, como sói sempre acontecer, promoveu, de novo, as dobras pelos flancos com Cicinho e Vinicius pela direita e com Gabriel e Luan, pela esquerda, postura tática que pode ajudar na marcação, mas compromete ofensivamente a equipe, e torna o time absolutamente óbvio e previsível.
Da mesma forma, apesar da postura recuada do Colorado gaúcho, nossos meio-campistas realizaram muito pouco e não proporcionaram suficiente apoio ao nosso ataque que, mais uma vez, não existiu.
Nossa única alternativa para chegar ao gol continuou sendo, a bola parada, através dos cruzamentos de Assunção, batendo todas as faltas e córneres marcados a nosso favor, Nada mais!
Muitos dirão que o Palmeiras dispôs de quase vinte chances para fazer o gol, mas eu não coloco dessa forma.
A rigor o Verdão teve, no máximo, cinco chances de gol incluindo uma bola na trave, Todos esses lances, invariavelmente, originados de bola parada.
Além da intranqüilidade e das trapalhadas dos atacantes na hora do arremate, mormente Luan, o Palmeiras encontrou pela frente um goleiro que atuou de forma impecável, Muriel.
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São muitas as indagações que se faz, ao cabo de mais um resultado negativo, a propósito do time e de Felipão.
Por que Gabriel continua no time se não vinha jogando a contento?
Além de ser inferior a Gérley em físico e em disposição física, Gabriel, defensivamente, não tem a capacidade de apoio e nem o chute poderoso ou a experiência do injustiçado reserva. Em suma, é muito menos jogador.
Se Gérley foi indicado por Felipão e contratado mediante boa soma, em dinheiro,  junto ao Caxias, para ocupar o lugar de Gabriel, por que não está sendo usado?
Por que Felipão insiste tanto com Vinicius se sabe que o garoto, jovem e inexperiente, é limitado, tem cintura-dura, e não tem o drible nos pés, como se exige de um grande atacante?
Por que Vinicius, se ele é inferior aos seus companheiros que disputaram a Copa São Paulo nos últimos dois anos, tipo Gilsinho, Ramos e o outro Patrik? 
O que motiva Felipão a ter olhos entre os garotos da base, apenas e tão somente para Vinicius que, ao menos até agora, não correspondeu às expectativas?
Por que Felipão demora tanto em mexer na equipe? Por que só faz alterações óbvias, trocando, sempre, seis por meia dúzia, invariavelmente depois dos 20 minutos do segundo tempo?
Por que não arrisca? Por que não radicaliza e tenta algo diferente quando o time está batido no marcador e a derrota parece iminente?
Por que é tão conservador?
A verdade é que Felipão, não passa de um Yustrich dos nossos tempos. Não passa de um formador de grupos de jogadores que sob a sua liderança ganham disposição e força física, nada mais do que isso!
É aquele tipo de treinador do “Vamo que vamo, vamo lá, Vamo pegá, Vamo marcá”, por que taticamente, ele está sendo um rotundo fracasso.
Não, não venham com o papo de que ele é campeão do mundo, porque com aquele grupo de 2002 ele não passou de um distribuidor de camisas.  Lembrem-se, todos, sempre que ele convocou Kléberson, Beletti, Vampeta e Ricardinho, e não convocou Alex,melhor do que todos estes e outros de posições e funções diferentes.
Quando se trata de escolher jogadores para contratar, o desastre de suas indicações assume proporções de uma catástrofe atômica.
É impressionante que um técnico de tanta rodagem não consiga descobrir jogadores de talento para a equipe contratar, mas só medianos ou jogadores abaixo desta faixa.
Cada vez que Felipão se recusa a mudar o esquema de jogo, ou que apregoa aos quatro ventos que Luan é isso ou é aquilo que todos sabem que não é, ele, simplesmente, consolida a sua condição de um treinador superado e démodé.
Felipão, que passou tantos anos no exterior, está precisando, urgentemente de se reciclar. Ao dizer que, em 20 anos de profissão, esta é a primeira vez que não consegue dar jeito em uma equipe ele se esquece de sua passagem pífia pelo Cruzeiro e omite seu passado recente no Chelsea.
Felipão não está tendo suficiente humildade e auto-crítica para admitir que os erros em relação ao Palmeiras podem estar sendo muito mais dele do que do grupo de jogadores. Sugiro-lhe uma reflexão e melhor avaliação da situação.
Todo o meu entusiasmo com Felipão esvaiu-se por completo nesta sua passagem pelo Palmeiras. Seus erros, grosseiros e contumazes, decepcionam-me muito, mas nada me decepciona tanto quando a sua mesmice e a sua irritante covardia tática. 
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Não, não estou sendo incoerente por admitir que o Palmeiras esteve melhor do que o Inter, que dominou territorialmente o jogo  que esteve mais próximo da vitória, ao mesmo tempo em que censuro, duramente, Felipão.
As críticas ao nosso técnico são decorrentes da forma de a equipe atuar, não apenas neste jogo contra o Inter, em que, não jogamos tão mal, apesar da derrota acachapante.
Elas provêm da reminiscência de tantos outros jogos em que tivemos idêntica postura tática de medo e de covardia.
Na verdade, os erros de Scolari, sempre os mesmos, vão se repetindo e, pior, vão se avolumando. Hoje, por exemplo, nosso domínio territorial não foi por imposição de nosso time, mas por concessão do adversário.
Ao Inter interessava jogar recuado para fazer a transição rápida de bola da defesa para o ataque e explorar a velocidade de seus atacantes.
A grande verdade é que Felipão não soube ler o jogo, caiu na armadilha de Dorival Júnior e levou o chamado “nó-tático”.]
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Felipão precisa se convencer que Ele não tem dado tranqüilidade ao elenco pois não define as titularidades e nem mantém uma espinha dorsal sequer por dois jogos.
Ressalvadas as incontornáveis situações decorrentes de cartões ou contusões, Isso gera uma baita insegurança aos jogadores, principalmente os mais jovens.
Hoje, no Palmeiras, só Assunção é soberano, quando o assunto é definir a escalação.
Felipão já mexeu e mexe com todo o elenco, exceto com Assunção, a quem ele nomeou seu homem de confiança dentro de campo e que é titular e não sai do time, exclusivamente por sua competência na bola parada, a única alternativa, por incrível que pareça, do time do Palmeiras para criar situações de gol.
Felipão tem sido muito criticado (ele merece as críticas) por escalar mal a equipe, e pela teimosia de só fazer uso de  uma única forma de jogar, sem variantes ou alternativas, o  que torna o time sem força de ataque e, completamente, previsível.
Isto vem ocorrendo, sistematicamente, na maioria dos jogos. O Palmeiras impõe a eficiência de uma implacável marcação, impõe o exuberante preparo físico de seu elenco ( noves fora Assunção a partir dos 30 minutos do segundo tempo) e consegue, até certo ponto, abafar os nossos adversários.
Mas, na hora de arrematar, de chutar, de tentar o gol, o time desanda e não consegue atingir os objetivos. A falta de dois meias categorizados para os lugares de Patrik e Assunção, a fim de darem ritmo, velocidade e força de ataque ao time é visível e notória.
Temos um desses meias, Valdívia, craque, destro, que atua mais pelo lado direito, desde que volte a jogar o que sabe e pode. Kléber, não foi, não é, e, jamais,  será o meia de que precisamos! 
Justificavam, quando não fazia gols, que não era centro-avante e que jogava pelos cantos do campo. Diziam isto porque o Palmeiras não tinha um um camisa nove de ofício?
Fernandão e Ricardo Bueno chegaram e o Palmeiras, agora, tem centro-avante de ofício. Não há mais desculpas para o péssimo rendimento de Kléber!
E agora, o que vão dizer se ele continuar jogando essa bolinha miúda que vem jogando? Que é centro-avante, e não é meia? Ou a culpa recairá, novamente, exclusivamente, sobre o esquema de Felipão?
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Meus amigos, eu não compreendo a incoerência de nossa diretoria. Está provado por A + B que o Pacaembu não é o local mais indicado para o Palmeiras mandar os seus jogos enquanto está sendo erguida a arena, mas Tirone e Frizzo insistem em jogar lá.
Por que mandar jogos nesse estádio, onde nossos resultados têm sido negativos, sabendo-se que o aluguel é caro e que a torcida, decepcionada com a campanha do time, não irá aparecer?
Por que não levar os jogos para o Canindé, onde o aproveitamento da equipe é alto? Por conta de possíveis três ou quatro tostões a mais?
Se o clube quer mais $$$, por que não leva os jogos para as cidades do interior paulista onde as prefeituras costumam arcar com as despesas, as rendas são sempre altas e onde o time atua mais à vontade?
Na gestão de Belluzzo enquanto o Palmeiras mandou os seus jogos na Arena Barueri, o time não perdeu. Ficamos invictos.
Aliás, considero que o Palmeiras saiu de lá invicto porque aquele jogo contra o Fluminense perdido para ajudar os cariocas tirarem o título do Cu-rintias, foi uma exigência da torcida ao grupo de jogadores e  era tudo o que a galera mais queria.
Acontece que no Palmeiras há um lema sempre obedecido. Se tudo está dando certo, vamos mudar! Imediatamente!
Vocês se lembram quando Tirone concordou jogar a semifinal do Paulistão 2011 no Pacaembu contra os gambás? Por que não levou o jogo para Prudente que pagaria as despesas dos dois clubes e financiaria a decisão?
Meus amigos, o interior paulista traz apoio e tranqüilidade ao time. Hoje, quer os paulistanos queiram ou não, quer concordem ou não, o interior paulista é o maior reduto de torcedores do Verdão.
Tivessem Frizzo e Tirone uma visão mais profissional de futebol, levariam os jogos em que somos mandantes para o Canindé ou Barueri, na hipótese de desejarem os jogos na capital.
Mas se os levassem para o interior, longe das ondas, dos maus dirigentes, da influência nefasta da mídia inimiga ou das torcidas uniformizadas, o Palmeiras teria tudo para melhorar a campanha neste Brasileirão;

FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 0X3 INTERNACIONAL
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Alício Pena Júnior (MG)
Auxiliares: Cleriston Clay Barreto Rios (BA) e Helberth C. Andrade (MG)
Gols: Leandro Damião, 24'/1ºT (0-1), Leandro Damião, 38'2ºT (0-2), Leandro Damião, 46'/2ºT (0-3)
PALMEIRAS: Marcos, Cicinho (Chico, 42'/2ºT), Henrique, Thiago Heleno e Gabriel Silva; Chico, Marcos Assunção e Patrik (Tinga, 30'/2ºT); Vinícius (Ricardo Bueno, 25'/2ºT) Luan e Fernandão
INTERNACIONAL: Muriel, Nei, Rodrigo Moledo, Juan e Kleber; Sandro Silva (Bolatti, 22'/2ºT) Elton, Andrezinho (Fabrício, 41'/ºT), D'Alessandro (Ilsinho, 13'/2ºT) e Oscar; Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior.
Cartões amarelos: Sandro Silva, Oscar, Kleber / Patrik, Gabriel Silva
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Quero falar da arbitragem.
Foi péssima a arbitragem do mineiro Alício Pena Júnior.
Não é a primeira vez que ele prejudica o Palmeiras, mas segue sendo escalado.
O mau resultado, os gols perdidos, a tristeza dos palmeirenses e a perspectiva de mais uma crise no clube, desviaram as atenções da maioria para os erros contínuos de Alício, sempre contra o Palmeiras,
Erros de grande monta, de fato, não ocorreram, mas ele, sempre que pode, procurou parar as jogadas para impedir que o Palmeiras avançasse  em velocidade para o ataque.
Deixou de marcar cerca de dez faltas para o Palmeiras. no  campo de ataque, preferindo, sempre, ignorar as regras e sinalizar o segue o jogo. Os zagueiros do Inter abusaram da virilidade e, muitas vezes, da violência, mas foram isentados do cartão.
Houve, no primeiro tempo, uma sucessão de quatro faltas em um mesmo lance, contra o Inter, sem que nenhuma delas fosse marcada. Por outro lado, bastava um jogador do Palmeiras encostar em alguém do Inter que a falta era marcada imediatamente.
O grande prejuízo palmeirense residiu no fato de não poder realizar a sua melhor jogada, a bola parada em outras dez situações de jogo.
Isso teria de ser avaliado como erros graves porque impediu o Palmeiras de tentar mais dez jogadas em busca do gol
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PERGUNTAS FINAIS:
APESAR DA DERROTA, O TIME MELHOROU?
OU NÃO?
COM OS RETORNOS DE KLÉBER E VALDÍVIA PODEMOS MELHORAR E JOGAR MAIS?
OU NÃO?
ESTAMOS FORA DA LUTA PELO TÍTULO?
OU AINDA HÁ ESPERANÇA?
BRIGAREMOS, AO MENOS, PELA VAGA DA LIBERTADORES?
OU PODEMOS TIRAR O CAVALO DA CHUVA?
FELIPÃO DEVE SER MANTIDO?
OU TEM DE SAIR IMEDIATAMENTE?
E FRIZZO?
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