Observatório Alviverde

07/12/2015

TIME MISTO DO PALMEIRAS DERROTA COM AUTORIDADE O FLAMENGO NO MARACANÃ!



 MARCELO OLIVEIRA

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 De dispensável à (quase) unanimidade no Palmeiras!


Muito mais "light" e já imbuído do espírito natalino, não vou, propriamente, comentar o 2 x 1 do Palmeiras sobre o Mengo, irrepreensível, mas, apenas, abordar alguns aspectos do jogo e do time sem ligar importância à cronologia ou à lógica da postagem. 

Mesmo com um mistão, o Verdão jogou mais bola que o Flamengo. Ganhou o jogo em pleno Maracanã, com casa quase cheia. Fez por merecer.

O resultado embora apertado e magro, não se pode dizer que foi injusto em face da melhor performance alviverde durante todo o transcorrer do jogo.

O clássico de ontem deixou uma lição: o time do Palmeiras não é incapaz, como se supunha, de por a bola no chão e trocar passes. 

Esse estilo de toques vigorou em grande parte do jogo de ontem, tanto e quanto não existiu durante o Brasileiro. 

Ontem, o locutor carioca que transmitia o jogo, ressaltava a tranquilidade do time do Palmeiras, absolutamente "zen", sem cargas negativas e sem traumas, exceto o goleiro Fábio, pilhado e nervoso e que acabou pagando um preço altíssimo por isso ao sofrer um gol de forma infantil.

Isso prova, comprova, ratifica e consagra o que este blog sempre denuncia, da influência negativa e do bullying constante da mídia que enerva o time, roubando-lhe, completamente, a paz, o bem-estar, a tranquilidade, e, acima de tudo, a confiança.

Sem a influência perniciosa e nefasta dos facciosos fanáticos da mídia, até o time misto do Palmeiras consegue jogar e render satisfatoriamente, mesmo em um palco emblemático como o Maracanã, enfrentando um estádio quase cheio e uma das torcidas mais barulhentas e entusiasmadas do Brasil, a do Flamengo.

Em relação ao jogo, há que se realçar a força de vontade alguns titulares palmeirenses fominhas (é assim que todos deveriam ser)  que, segundo Marcelo Oliveira, foram espontaneamente para o jogo: 

Refiro-me a Vitor Hugo, hoje o melhor zagueiro do Brasil, ao veterano e sempre dedicado Zé Roberto que ontem como meia correu como nunca, a Matheus Sales, digno representante da nova geração e até ao artilheiro Dudu que a cada dia mais se identifica com a camisa palmeirense. Aos quatro as nossas felicitações!

Em relação aos que jogaram, é óbvio que a maioria gostaria dos relacionados gostaria de ter entrado em férias, mas teve de ir compulsoriamente para o jogo. 

Não significa, porém, que alguém tenha atuado com má vontade, posto que o time, noves fora o resultado favorável, se empenhou durante todo o jogo e até marcou o gol da vitória em lindo mergulho do zagueiro acrobata, Vitor Hugo, "ao apagar das luzes do espetáculo" (expressão da lavra do inolvidável palmeirense Fiori Gigliotti) provando que buscou a vitória até o fim .

Em suma, o time improvisado encarou com a devida seriedade o jogo final do Brasileiro que nada valia, senão alguns trocados a mais da premiação da CBF e pela dignidade da despedida, dando tudo de si pela vitória sobre o time que dizem ser o de maior torcida no futebol brasileiro. 

En Passant:

Eu que morei em nove estados brasileiros e que conheci TODOS os outros, posso dizer que sou mais Palmeiras do que Flamengo, considerando-se a predominância alviverde nos estados e regiões mais populosas do Brasil, tanto e quanto a perda de prestígio e liderança do Rio de Janeiro em relação ao estado de São Paulo. 

Uma pena que os dirigentes palmeirenses sejam provincianamente caseiros e acreditam que o Palmeiras exista, se insira e circunscreva, exclusivamente, no âmbito dos bairros paulistanos que circundam a sua séde social, como Pompéía, Água Branca, Perdizes e adjacências.

Autênticos caipiras de cidade grande (hoje a pecha mudou de lado e de lugar) todos eles, com raras exceções, acreditam que só existe vida inteligente na metrópole e fecham os olhos para aquilo que desconhecem. 

Soubesse o Palmeiras explorar devidamente o interior, ainda que fosse, exclusivamente, o interior paulista e aumentaria imensamente o seu prestígio, as suas rendas e, principalmente, a sua torcida. 

Por que, então, não realizar alguns jogos em cidades como Rio Preto, Ribeirão Preto, Araraquara, Bauru ou até mesmo em Campinas? 

Por que não fazer convênios com os clubes dessas cidades visando a garimpar as revelações egressas das categoria de base? 

Infelizmente, há anos é assim, o Palmeiras ignora um mercado paralelo que, explorado, além representar muito $$$, só engrandeceria o clube.

Meus amigos, se vocês tivessem idéia do tanto de camisas verdes que tenho visto pelas ruas de Belo Horizonte compreenderiam o que estou afirmando, aparentemente na contramão da lógica e da razão.

BH parece, até, que é uma cidade paulista, não fosse ela uma capital de estado que abriga duas outras grandes nações do futebol brasileiro, o Cruzeiro e o Atlético tanto e quanto um pequeno país que atende pelo nome de América FC e que vai disputar a primeira divisão em 2016.

Eu explico essa predominância palmeirense pelo fato de se identificar, pelas origens, com o Cruzeiro. Embora a maior parte da torcida celeste não ligue a menor importância ao fato, há quem considere a fraternidade entre os clubes que, antigamente, mantinham relações recíprocas de uma amizade.

Em relação ao América, há uma coincidência de cores, haja vista que ambos vestem verde e existe a tendência de simpatia por quem tem as mesmas cores de sua camisa.

Quanto ao Atlético, malgrado a barreira da cor das camisas, há como que uma empatia entre as torcidas, tanto e quanto existe, no Rio de Janeiro em relação ao Vasco.

O curica foi campeão brasileiro? Com a ajuda de seus décimo segundo, décimo terceiro e décimo quarto jogadores, foi. 

Mas se eles são aclamados pela mídia, sobretudo pela RGT e como insiste em afirmar a desavisada e tendenciosa imprensa paulistana, como time de maior torcida, como explicar, então, que o Palmeiras coloca nas ruas de BH um mar de camisas verrdes, na proporção de 20 a 30 camisas para cada uma dos Curicas?  O número é incrivelmente desproporcional!

Vou mais além.

No bairro em que resido há um restaurante cujo dono mora em meu prédio, palmeirense fanático.

Semana passada, ao levar um aparelho eletro-eletrônico para reparo, na Avenida Mário Werneck, no Bairro Buritis, deparei-me com uma loja, cujo dono, de nome Chamoni,(de ascendência árabe) exibe na entrada um enorme distintivo do Palmeiras. 

Detalhe, ambos são mineiros, não são paulistas e têm o Palmeiras como primeiro time na ordem de preferência. O Palmeiras tem uma imensa torcida própria na capital mineira!

Mas há um outro aspecto em que o Palmeiras predomina em BH, com folga, em relação a qualquer adversário incluindo-se até Flamengo e Curica. 

O Verdão é o segundo time de cruzeirenses e atleticanos, principalmente de atleticanos que, apesar da cor da camisa, adotaram o Palmeiras como segunda paixão. 

É um fenômeno interessantíssimo e que merece ser estudado pelos sociólogos ou por aqueles que se interessam pelo comportamento das massas.

Ontem, diante do Fla, o Palmeiras deu-se ao luxo de colocar em campo Fábio, Taylor, Juninho, além de Matheus Sales, isto é, quatro jogadores egressos das categorias de base.

Considero a medida um grande avanço, embora tardiamente adotada. Foi preciso, primeiro, que o Palmeiras afundasse no Brasileiro para que emergissem os jovens valores.

Aliás, fico vendo o entusiasmo que o torcedor palmeirense devota ao chamado período de contratações que sempre termina (é histórico) em frustrações.

Essa sede, essa gana por contratações de jogadores (o Palmeiras sempre anuncia o interesse pelos melhores e raramente os contrata) é que tem levado o time a deixar de explorar a mina de ouro que representa a sua base.

Há necessidade premente de contratações, é claro, mas não em número tão grande, haja vista que o Palmeiras já dispõe de uma base que necessita, exclusivamente, de ser enxertada com, no máximo, cinco jogadores, nada mais que isto.

O único aspecto a ser realçado nessa hipótese é aquele de que o Palmeiras precisa de reforços que sejam tecnicamente superiores aqueles de que dispõe atualmente. Se forem iguais, já não servem. Para que chover no molhado?

Como digo todo o ano na entressafra da temporada, o Palmeiras não pode e não deve publicar nunca qualquer lista de dispensas em função de desmoralizar os jogadores nela inseridos, tanto e quanto desvalorizar enormemente o seu patrimônio.

Além de um contingente enorme de jogadores emprestados que estarão voltando (é impossível que não haja nenhum reaproveitável) o Palmeiras tem condições de usar os dispensáveis (sigilosamente) como moeda de troca.

Um olhar arguto e responsável para a base (janeiro é mês de Copa São Paulo) pode proporcionar ao Palmeiras o surgimento de candidatos a craque como Gabriel Jesus.

Por que o Palmeiras nunca tem craques? 

Simplesmente porque craques se faz em casa ou se contrata, com muita visão e sorte, em fase embrionária, junto aos clubes de menor expressão. 

O Palmeiras dificilmente tem craques porque a torcida incomoda e (com raras exceções) não tem paciência e nem apoia os raros jovens egressos da base, tanto e quanto as diretorias que se sucedem no comando do clube não têm tido coragem suficiente e personalidade para enfrentá-la.

Quando, há duas semanas da decisão da CdB eu pedia a cabeça de Marcelo Oliveira, o fiz porque sabia que só à base do peso da camisa e da motivação do elenco o Palmeiras poderia vencer um time mais bem qualificado tecnicamente.

Honestamente, eu não acreditava que ele teria a capacidade de motivar a equipe e de fazê-la explodir contra o Santos, até por uma questão de ser ele um mineiro fleugmático, mas quando a diretoria o manteve eu disse que o apoiaria, até o fim. E o fiz! Muitos, neste blog, também o fizeram.

Enfim, mantidos Marcelo e a estrutura, o Palmeiras venceu e, o que é mais importante, convenceu tendo se constituído em um campeão daqueles a que chamamos de incontestável e o técnico atual vai continuar.

Embora eu não tenha certeza absoluta de que Marcelo foi, de fato, o principal motivador palmeirense, apoio a continuidade dele, com licença para que crie, a partir de 2016, a sua própria estrutura. O que me anima é que ele está de olho, consoante com a sua saga e clube, nas categorias de base do Verdão.

Em relação à motivação palmeirense para a decisão com o Santos, entendo que Prass, Zé Roberto, Rafa Marques, Dudu, Robinho e, enfim, os líderes do atual elenco a inspiraram, e o fizeram em face da atitude de deboche e escárnio de David Brass, Ricardo Oliveira e de outros jogadores santistas, tanto e quanto das manifestações semelhantes de 90% da crônica esportiva paulistana, a pior do Brasil.

Da mesma forma pela qual apoio a continuidade de Marcelo, reitero o meu apoio ao jovem diretor de futebol palmeirense Alexandre Mattos.

E o faço em consonância com o que eu disse, "antes mesmo do desfecho da Copa do Brasil" de que ele deveria ser mantido.

Decorrido um ano em que ele, enfeitado e apavonado, porém perspicaz inteligente, deve ter aprendido a diferença entre o que é administrar um gigante chamado Palmeiras, da torcida mais "leal", porém a mais chata e exigente do Brasil e um provinciano Cruzeiro, esta é a hora de dar-lhe força e prestigiá-lo. Não creio que ele erre tanto em 2016.

Aliás, aqui em Belo Horizonte corre a notícia segundo a qual Everton Ribeiro já está em negociações com o Palmeiras. Isto me foi passado por um amigo de Mattos que teria obtido a informação em conversa com um parente do diretor de futebol. Everton Ribeiro, além de um jogador espetacular, era o jogador de confiança de Marcelo quando da conquista do bi-brasileiro pelos mineiros.

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