Observatório Alviverde

29/08/2016

FOI UMA VITÓRIA INCONTESTÁVEL DO VERDÃO SOBRE O FLU!


O palco (Brasília) e o pequeno público (12.037 pagantes) foram incompatíveis com a importância de um dos clássicos mais antigos do futebol brasileiro, Flu x Palmeiras. 

Em outra cidade mais vibrante e em um outro estádio de gramado menos ruim, o público teria sido muito superior e o Palmeiras teria sapecado uma goleada sobre o Flu.  

Dudu e Róger Guedes, fominhas, desperdiçaram várias chances de ataque por puro egoísmo, tentando resolver lances em que se houvessem tocado "de prima" o Palmeiras teria ampliado o marcador.

Fique claro que o que vou dizer agora tem a ver, menos, com o resultado do jogo, mas com a boa performance do time do Palmeiras: 

"a volta do craque Gabriel Jesus após a conquista da medalha olímpica, tornou o Palmeiras muito melhor e mais eficiente ofensivamente do que aquele time que vinha encontrando dificuldade para vencer nos últimos jogos deste Brasileiro"!

Com alguns erros e muito mais acertos, (nunca existiu e tampouco existirá o time perfeito) o Verdão mostrou ao Brasil que não ostenta a liderança do Brasileiro por mero acaso ou, como se dizia antigamente, por um aborto da natureza.

Gabriel Jesus, perseguido e caçado em campo desde  -literalmente e sem exagero-  o primeiro lance do jogo (até a chuteira lhe rasgaram) não fez nenhum gol mas foi o artífice de grandes jogadas durante todo o desenrolar da partida e a grande válvula de escape do ataque palmeirense.

Pode-se dizer que GJ, com passes, seus toques, suas enfiadas de bola e, principalmente, com os seus deslocamentos, demoliu o forte sistema de marcação da até então "melhor defesa do campeonato". Até então o Flu houvera sofrido apenas 18 gols.

Com os dois gols sofridos ontem (poderia ter sido quatro ou cinco), o time carioca perdeu a hegemonia defensiva e passou a dividir a condição de melhor defesa com o Santos e com o Atlético Pr, também com 20 gols. O Palmeiras, até agora, sofreu 22!

Em compensação o Verdão selou a sua condição de melhor ataque "d-i-s-p-a-r-a-d-o" da competição alcançando a cifra de 40 gols -média de quase de 1 gol por jogo- e aproveitamento geral de 65,2%.

Cumpridas 22 rodadas do Brasileirão-16, pode-se dizer que neste momento, (neste momento, neste momento), o Palmeiras tem 44% de chances de ser campeão e 88% de se classificar para a Libertadores. 

Daqui até o final do Brasileiro serão mais 15 rodadas a ser cumpridas com 45 pontos em disputa.

Segundo Cuca, provocado calculadamente pela mídia na entrevista coletiva de após o jogo, mas que cuidou sempre de falar generalizadamente e de não mencionar a palavra Palmeiras, (sic) "para ser campeão qualquer time teria de alcançar entre 72 e 74 pontos.

Nessa vertente, o Palmeiras de Cuca, com 43 pontos, teria, forçosamente, de obter de 29 pontos cima, a fim de obter o título.   

Em relação ao jogo de ontem quero deixar mais para vocês a análise tática e individual do jogo, começando por dizer que, em minha visão, o goleiro Jailson foi um dos destaques do time. 

Ontem, outra vez, mais uma vez, Jailson demonstrou que é uma realidade pois esteve sempre firme e deu grande personalidade à defesa com uma atuação segura no gol alviverde.

Jean fez um partidão, mas ninguém na defesa jogou mais bola do que Mina que, ontem, mostrou uma nova qualidade além daquelas de zagueiro muito firme, combativo e excepcional no jogo áreo. Ele sabe sair jogando, virtude que facilita demais o trabalho do meio de campo. 

O setor defensivo esquerdo palmeirense,  normalmente vulnerável, ontem, esteve bem. Tanto Victor Hugo quanto Zé Roberto subiram de produção com o veterano lateral dando-se ao luxo de apoiar o time em alguns momentos do jogo. 

O motivo disso? Simplesmente o retorno de Gabriel que exerce a contenção mais pelo lado esquerdo. O anjo Gabriel (lembram-se que o chamávamos assim) voltou ao time com discrição e eficiência e por pouco não fez um gol para coroar a sua magnífica atuação. 

Aguentou bem o ritmo do jogo e só saiu quase no final, substituído por Arouca que foi para campo com muita vontade e determinação, apesar do reduzido tempo em que permaneceu em campo!

Do meio de campo para a frente é que saíram os maiores destaques palmeirenses, exceção feita a Eric, eficiente também, mas nem tão brilhante quanto os companheiros, pois cumpriu muito mais funções táticas de acompanhamento e marcação empenhado em seguir à risca as ordens de Cuca.

Do já citado Gabriel volante, ao classudo Tchê-Tche, deste ao imprevisível improvisador Dudu, chegando ao cracaço Gabriel Jesus e dele ao onipresente Moisés, pode-se dizer que todos estes jogadores estiveram muito bem e qualquer deles que seja escolhido como o craque do jogo terá sido uma boa escolha.

Como opinião cada um tem a sua, de minha parte coloco que ninguém, ontem, jogou mais bola do que Tchê-Tchê, a quem coloco e entronizo na condição de "craque do jogo".

A personagem ou, se quiserem, o protagonista do jogo também pode ser qualquer um desses jogadores, embora eu conceda toda a honra e mérito a Gabriel Jesus, cuja simples presença em campo demoliu tecnicamente o time carioca.

Num jogo onde não houve (da parte do Palmeiras) quem houvesse atuado mal, nem Róger Guedes que entrou no lugar do esforçado Éric e nem Cleyton Xavier que substituiu o onipresente Moisés, comprometeram, tanto e quanto nenhum dos dois conseguiu igualar o alto nível apresentado pelos demais atacantes palmeirenses.

O Brasileirão só voltará à vida do Palmeiras no feriado de 7 de setembro quando o Verdão, no Allianz recepcionará os bambis, em jogo de caráter decisivo no qual o adversário atuará com inúmeros desfalques, o que, teoricamente, pode facilitar a vida do Verdão!

Esta semana, o Palmeiras só atua mesmo pela Copa do Brasil e cumpre, também no Allianz, a sua primeira partida das (duas) eliminatórias contra o Botafogo da Paraíba, precisando fazer um resultado favorável que facilite-lhe o jogo decisivo em João Pessoa. 

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NA TV
Gostei -muito- da transmissão de Jader Rocha no Flu x Verdão.
Desta vez, não tenho críticas ao trabalho do Premiere, nem ao comentarista Edinho.
Apesar de uma ou outra contestação ou discordância na análise pontual de alguns lances, o trabalho da dupla mereceu o meu respeito, tanto e quanto o bom repórter Guido Nunes.
Surpreendi-me, ontem, com o profissionalismo de Edinho na análise do jogo!
Ele não vinha se portando dessa forma nos jogos dos cariocas, e, particularmente, do Fluminense.
Que continuem, Edinho e todos eles, assim! (AD)